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5 dicas para incentivar as crianças a cuidarem dos dentes
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 45% da população de todo o mundo sofre com doenças bucais, sendo a cárie a mais comum, afetando mais de 2 milhões de indivíduos. Só em crianças com dentes decíduos, popularmente conhecidos como dentes de leite, a cárie acomete 514 milhões. No Brasil, apesar de o Ministério da Saúde divulgar uma melhora no índice de crianças sem cárie, que passou de 46,6%, em 2010, para 53,17%, em 2023, o tema ainda merece atenção.
Como alerta a dentista e responsável técnica do Centro Odontológico São Lourenço em Curitiba, Barbara Garcia Haensch, mudar esse cenário e reduzir continuamente esses percentuais, é um trabalho que começa dentro de casa. “Os pais e cuidadores precisam ser exemplo, estimulando a escovação correta depois de todas as refeições e incentivando que os pequenos sejam responsáveis por cuidar dos seus dentinhos”, diz.
Além do cuidado com a escovação dos dentes, Barbara Garcia Haensch ressalta a importância da ingestão de água. A saliva, que atua, por exemplo, na limpeza dos dentes e manutenção do pH bucal, é formada 95% por água. “Portanto, pouco consumo de água significa pouca salivação, o que gera mau hálito e aumenta a probabilidade do aparecimento de doenças, como a cárie”, explica.
Outro ponto que merece atenção é a alimentação. “É preciso controlar o consumo de doces, alimentos muito calóricos e ultraprocessados que são conhecidos por contribuir com os problemas bucais”, reforça Barbara Garcia Haensch, que completa: “Todos esses cuidados são essenciais, mas, não dispensam a necessidade da consulta de rotina. As crianças precisam se sentir à vontade no ambiente odontológico desde cedo e o seu desenvolvimento dentário deve ser acompanhado por um profissional”.
Sintomas da cárie nos dentes
Dor de dente recorrente, muita sensibilidade, especialmente na mastigação de alimentos quentes ou gelados, gengivas inchadas, aparecimento de manchas nos dentes, às vezes acompanhadas por furos visíveis, e mau hálito são alguns dos sintomas mais comuns da cárie.
Na fase inicial, esses sinais podem não aparecer, por isso, ao menor indício de um desses sintomas, procurar um dentista é fundamental. “Quanto antes o diagnóstico se confirmar e o tratamento iniciar, complicações como dores intensas, infecções bucais mais graves ou, até mesmo, a perda de dentes pode ser evitadas e mais rápido ocorrerá a recuperação”, comenta Barbara Garcia Haensch.
Para ajudar os pais na tarefa de incentivar que os pequenos cuidem de seus dentinhos desde cedo, a dentista Barbara Garcia Haensch lista cinco dicas. Veja abaixo!
1. Crie o hábito de escovar os dentes diariamente
A escovação é um hábito que precisa ser inserido na rotina das crianças desde muito cedo. Estimule esse momento de autocuidado, mostrando como ela deve fazer, explicando que essa tarefa é necessária e importante para a saúde bucal. O ideal é que os dentes sejam escovados, pelo menos, três vezes ao dia.
2. Priorize uma alimentação saudável
Ofereça às crianças alimentos ricos em nutrientes, como frutas, verduras e carnes. Evite o excesso de açúcar e amido, pois eles produzem os ácidos que formam a placa bacteriana causadora da cárie.
3. Escolha o creme dental e a escova adequados para a criança
Opte por um creme dental com flúor, uma substância importante na prevenção da cárie. Mas, atente-se à proporção correta para os pequenos, que deve ser entre 1.000 e 1.500 ppm. A escova deve ter cerdas macias, cabeça pequena, para alcançar até o último dente da boca, e uma haste adequada para o tamanho da mão da criança.
4. Mantenha em dia as consultas ao dentista
Mesmo que não haja problemas aparentes, manter as consultas de rotina na agenda é importante para que o dentista acompanhe o desenvolvimento dentário e oriente nos cuidados. Pelo menos uma vez por ano, leve seu pequeno ao dentista.
5. Dê o exemplo
Crianças aprendem pela observação e imitam os seus cuidadores; por isso, dar o exemplo pode ser mais eficaz do que somente falar. Uma boa ideia é que a higiene bucal do adulto seja feita, sempre que possível, com a da criança. Assim, a família toda torna esse momento de cuidado um hábito diário.
Por Marlise Groth
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5 técnicas para aproveitar espaços em apartamentos pequenos
A percepção sobre viver em um apartamento pequeno mudou significativamente, deixando para trás o estigma de que esses imóveis não são confortáveis. Hoje, a valorização do minimalismo e do design inteligente resulta em espaços projetados para otimizar cada metro quadrado, oferecendo soluções criativas de armazenamento e layouts multifuncionais.
Segundo a arquiteta Júlia Guadix, à frente de seu escritório Studio Guadix, os caminhos que a levam a concretizar um projeto de arquitetura de interiores eficiente estão no planejamento estratégico que inclui a utilização de móveis polivalentes e boas ideias no aproveitamento inteligente da verticalidade e da iluminação.
“Esses fatores me conduzem para desenvolver soluções criativas para maximizar o aproveitamento do espaço, equilibrando as expectativas dos moradores no que diz respeito à composição dos ambientes, área de armazenamento, o estilo pretendido para o décor e a superação dos limites impostos pela metragem reduzida”, revela a profissional.
Abaixo, a arquiteta lista algumas dicas criativas para otimizar espaços em apartamentos pequenos. Confira!
1. Lavanderia oculta na marcenaria
Sem espaço para uma lavanderia tradicional, nesse studio de 37m² a arquiteta encontrou uma resolução prática ao integrar a máquina lava e seca na marcenaria da cozinha. Camuflada em um dos armários, o intuito foi permitir com que o morador possa lavar suas roupas no conforto de casa, sem depender da área de uso comum. “No geral, as máquinas apresentam medidas de 65 x 65 cm, mas nesse caso optamos por um modelo de 60 x 60 cm, pois, nesse projeto, cada centímetro faz diferença”, recorda-se.
2. Estrutura giratória para TV
Sem espaço para um rack tradicional, a solução foi desenvolver uma estrutura giratória para a TV, que, por sua vez, foi posicionada estrategicamente entre o dormitório e a área social. Com esse recurso, que não comprometeu a estética dos ambientes, o morador assiste aos seus programas preferidos em todos os momentos desejados.
3. Solução elegante para dividir ambientes
A porta-camarão de serralheria foi outra saída inteligente aplicada neste studio, uma vez que o morador pode resguardar da área íntima quando receber convidados. Para tanto, Júlia contou com um sistema de abertura em dobras que não atrapalha a circulação e entrega privacidade.
4. Circulação inteligente no dormitório
No dormitório do imóvel com 37 m², a posição estratégica da cama queen size foi fundamental. Na equação do layout estudado por Júlia, foi possível conceber um jogo de corredores: um de 57 cm entre a cama e a porta da varanda, outro de 64 cm que propicia uma passagem mais ampla para o banheiro e mais um de 58 cm que libera a abertura das portas dos armários no vão entre a cabeceira.
O espelho desempenha um papel funcional, integrando um armário com bom espaço de armazenamento. “E como o studio conta com apenas um banheiro, que também será utilizado pelas visitas, não é ideal deixar tudo à mostra”, explica a arquiteta Júlia. Além disso, ela incorporou uma iluminação slim, embutida na volta do espelho, no melhor estilo camarim – perfeita para maquiagem e o momento de barbear.
Por Glaucia Ferreira
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Veja as causas e os sintomas da depressão pós-parto
Transtorno mental pode ser ocasionado por diferentes fatores e exige cuidados para garantir a saúde da mãe
A depressão pós-parto é um subtipo de depressão caracterizado pela tristeza profunda e perda de interesse em atividades comuns durante o período puerpério ou, até mesmo, na gestação. Conforme o estudo “Factors associated with postpartum depressive symptomatology in Brazil”, publicado no Journal of Affective Disorders, a condição acomete em torno de 25% das mães no Brasil.
Ricardo Vieira Carvalho, psicólogo pela Behavioral Tech Institute, destaca que é muito importante diferenciar a depressão pós-parto do “baby blues”, que é uma instabilidade emocional passageira após o parto, desencadeada por fatores hormonais nas mães – que estão tentando se organizar com a nova rotina.
Sintomas da depressão pós-parto
Além dos sintomas característicos da depressão, a condição pós-parto também pode envolver outros sinais. Segundo Larissa Fonseca, psicóloga clínica e doutoranda em ansiedade, depressão, estresse, sono e sexualidade feminina, eles são:
- Falta de energia;
- Dificuldade de se conectar emocionalmente com o bebê;
- Irritabilidade;
- Perda de apetite;
- Sensação de desesperança;
- Insônia ou sono excessivo;
- Sentimento de culpa e/ou inadequação.
A profissional acrescenta que, em casos graves, podem ocorrer pensamentos suicidas ou desejo de prejudicar o bebê.
Causas da depressão pós-parto
A depressão pós-parto pode ser ocasionada por diferentes fatores, como genéticos, ambientais e de vulnerabilidade individual. De acordo com a Dra. Lívia Castelo Branco, psiquiatra da Holiste Psiquiatria, mulheres com histórico familiar de depressão ou que apresentaram episódios depressivos ao longo da vida têm uma chance maior de desenvolver esse tipo de transtorno mental.
“Dentre os fatores ambientais, estresse, dificuldades financeiras, pouco suporte do parceiro e ausência da rede de apoio podem deixar a mulher mais vulnerável a ter sintomas depressivos”, acrescenta a psiquiatra.
Além disso, a psicóloga Larissa Fonseca comenta que uma gravidez indesejada e/ou fruto de violência sexual, bem como histórico de infertilidade e complicações médicas durante e após a gestação, podem aumentar o risco de a mulher desenvolver a condição.
Diagnóstico da depressão pós-parto
A depressão pós-parto é diagnosticada de forma clínica, isto é, a partir de sintomas relatados pela mulher e seu histórico médico. “Profissionais de saúde também avaliam fatores biológicos, psicológicos e sociais para compreender o quadro geral da paciente. É importante avaliar a qualidade de vida antes do parto e pós-parto, o nível de atividade e motivação em ambas as situações”, explica Larissa Fonseca. Além disso, a Dra. Lívia Castelo Branco ressalta que, em alguns casos, ocorre a coleta de exames laboratoriais para excluir outras doenças.
Depressão pós-parto e outras doenças
Conforme Larissa Fonseca, a doença também pode estar relacionada com outras condições de saúde. “A depressão pós-parto pode estar associada aos transtornos de ansiedade, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e, em casos mais graves, à psicose pós-parto”, afirma.
A Dra. Lívia Castelo Branco comenta que esse tipo de depressão também pode estar relacionado à bipolaridade, bem como a doenças clínicas crônicas associadas às inflamações intensas ou que necessitam do uso de corticoides (substâncias utilizadas para reduzir a produção de inflamações ou diminuir a atividade do sistema imunológico).
Tratamentos para a depressão pós-parto
O tratamento da depressão pós-parto geralmente pode envolver psicoterapia e medicação. “As psicoterapias indicadas são a TCC (Terapia Cognitivo-Comportamental) e a DBT (Terapia Comportamental Dialética), pois focam na reestruturação cognitiva e ensinam a paciente a lidar com a desregulação emocional e a controlar os impulsos”, pontua o psicólogo Ricardo Vieira Carvalho.
Em relação aos medicamentos, a Dra. Lívia Castelo Branco comenta que, em casos moderados ou graves, é necessário o uso de antidepressivos ou ansiolíticos – receitados por um psiquiatra. Ademais, a médica acrescenta que, em casos mais graves, pode haver a necessidade de internação psiquiátrica e afastamento do bebê para evitar risco de suicídio e danos ao recém-nascido.
Hábitos que ajudam no tratamento
Durante o tratamento da depressão pós-parto, é muito importante que as mulheres estabeleçam alguns hábitos saudáveis, pois eles podem promover uma recuperação mais rápida e uma melhora na qualidade de vida em geral. Algumas práticas essenciais citadas pela psicóloga Larissa Fonseca são:
- Manter uma alimentação balanceada;
- Praticar exercícios físicos regularmente;
- Ter um sono adequado;
- Investir em atividades de relaxamento, como meditação ou mindfulness.
Importância da rede de apoio
Assim como o tratamento e os hábitos saudáveis, a rede de apoio também é de extrema importância para a remissão da depressão pós-parto. Portanto, amigos e familiares “devem oferecer apoio sem julgamento moral acerca das emoções e pensamentos desagradáveis que surgem com o transtorno, oferecer tempo de qualidade e alguma ajuda especificamente solicitada pela nova mãe”, detalha Ricardo Vieira Carvalho. Além disso, Larissa Fonseca pontua que é essencial que as pessoas ao redor da mulher a incentivem a buscar o tratamento adequado e não minimizem a gravidade dos sintomas da doença.
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Veja por que as mulheres apresentam mais lesões nos joelhos
Certas características anatômicas e biomecânicas específicas do corpo feminino contribuem para esse problema
As mulheres – até mesmo as atletas – têm maior probabilidade de sofrer lesões ligamentares nos joelhos, em atividades esportivas e físicas, devido a certas características anatômicas e biomecânicas específicas do seu corpo. Por isso, abaixo, o ortopedista Dr. Marcos Cortelazo, sócio efetivo da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho e da Sociedade Brasileira de Artroscopia, esclarece os motivos que as tornam mais suscetíveis a esses problemas e como evitá-los. Confira!
Fatores que contribuem para as lesões nos joelhos
As mulheres são mais suscetíveis a lesões nos joelhos por uma combinação de diversos fatores, entre eles, fatores hormonais, anatômicos e biomecânicos. Em relação à anatomia, vale citar algumas situações:
- Frouxidão ligamentar: as mulheres apresentam uma maior frouxidão ligamentar, ou seja, elas tendem a ter ligamentos mais amolecidos do que os dos homens, que pode contribuir por uma menor estabilidade articular.
- Formato ou largura da pelve: A pelve feminina é mais larga, chamada de pelve ginecoide, o que pode levar a uma maior rotação interna do fêmur e maior estresse sobre a articulação do joelho.
- Ângulo Q: o ângulo do quadríceps, que é geralmente maior nas mulheres, devido a essa pelve mais larga e esse ângulo aumentado pode causar mais estresse sobre o joelho.
- Flutuações hormonais: questão dos hormônios femininos, especialmente o estrogênio, afeta a flexibilidade e a força dos ligamentos, ou seja, durante o ciclo menstrual há uma flutuação de hormônios que pode aumentar a susceptibilidade a lesões ligamentares, dependendo da fase do ciclo menstrual, ou seja, dependendo desta fase os ligamentos se apresentam mais frouxos.
- Biomecânica e próprio movimento do joelho: existem diferenças de mecânica de movimento, ou seja, as mulheres apresentam uma diferente biomecânica na hora de correr, de saltar em comparação com o homem, o que pode aumentar o estresse sobre a articulação do joelho e, com isso, aumentar as lesões.
Prevenindo problemas nos joelhos
Para prevenir o problema, talvez seja necessário fazer um programa de prevenção de lesões que foque em fortalecer músculos estabilizadores do joelho, melhorar a técnica de movimento em atividades esportivas como salto, corrida, entre outras, e considerar as variações hormonais no que diz respeito a momentos de competição ou determinadas situações.
Então, talvez redobrar o cuidado ou, em situações que sejam possíveis, evitar treinos exaustivos ou passar do limite em momentos em que a mulher possa estar mais suscetível a lesões.
O reforço muscular ao redor das articulações ajuda a evitar lesões. Outros cuidados são importantes, como técnicas de treinamento adequadas, que levem em consideração quais são os maiores riscos de lesão que o corpo feminino apresenta, melhorar a biomecânica, entre outras técnicas. Além disso, o uso de calçados adequados pode ajudar a prevenir lesões, além de considerar as peculiaridades hormonais durante um ciclo menstrual.
Avanço da idade interfere na saúde dos joelhos
A idade influencia homens e mulheres no que diz respeito à diminuição da massa muscular, chamado de sarcopenia. Treinamento e alimentação adequada são importantes para prevenir a condição ou, pelo menos, atenuar os seus efeitos. Isto vale tanto para homens como para mulheres.
Contudo, talvez, elas sintam isso de uma forma mais marcada, principalmente quando entram no período do climatério e da menopausa. Indiretamente, essas alterações hormonais podem favorecer, além de fraqueza muscular, outras questões que acabam resultando em lesões.
Por Guilherme Zanette
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