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A obsessão da mulher que fez do champanhe uma bebida refinada

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A obsessão da mulher que fez do champanhe uma bebida refinada
Tempo de Leitura:4 Minuto, 10 Segundo


Em pouco mais de duas horas, a cinebiografia A Viúva Clicquot — A Mulher que Formou um Império funciona como uma aula de pioneirismo, inovação e empreendedorismo. Embora a jornada de Barbe-Nicole Clicquot-Ponsardin (1777-1866) siga o molde de um épico tradicional nas telas, o espectador passa a entender melhor o legado da “Grande Dama de Champagne”, que revolucionou o mundo dos espumantes no início do século 19.

Até hoje o processo que ela inventou, batizado de “remuage”, é utilizado na fabricação da bebida — tanto da sua marca, a Veuve Clicquot, quanto da maioria dos demais vinhos brancos espumantes do mercado. Criado há mais de 200 anos, o método é um elemento fundamental para deixar o espumante limpo e cristalino, à altura do produto de luxo que ele é.

Várias cenas do filme, recém-lançado nas salas de cinemas do Brasil, dão uma ideia do seu trabalho incansável da empreendedora. Interpretada pela atriz americana Haley Bennett, a personagem foi construída aqui com base no livro da historiadora Tilar J. Mazzeo, A Viúva Clicquot: A História de um Império do Champanhe e da Mulher que o Construiu, lançado em 2008, nos Estados Unidos.

Mesmo sem que o roteiro não mergulhe nos detalhes mais técnicos, exaltando mais a jornada de uma heroína, o que se vê na tela é uma mulher obcecada pela qualidade e em busca da excelência no seu ramo. Apontada como uma das primeiras a ingressar no mundo dos negócios na França, Barbe-Nicole faz tudo para aperfeiçoar o processo e apresentar uma bebida fina à sociedade burguesa que tinha tomado o poder, após a Revolução Francesa.

A pioneira simplesmente não suportava o aspecto turvo que os espumantes tinham na época, provocado pelas partículas em suspensão. Ou seja, os resíduos decorrentes do processo de fermentação que podiam até gerar aromas indesejáveis na hora de apreciar a bebida.

Daí surgiu a ideia do “remuage”, uma técnica que consiste em posicionar as garrafas de boca para baixo durante o envelhecimento do vinho. Assim, elas podem ser giradas diariamente (de modo manual ou automatizado) para garantir que as impurezas sejam depositadas na saída, próxima à rolha.

Depois do “remuage”, vem o “dégorgement”, que é a degola. O gargalo é então congelado para facilitar a expulsão dos sedimentos. Com a abertura, a pressão interna ajuda a expelir a parte congelada com as impurezas da garrafa, que volta a ganhar a rolha, após a limpeza e a adição do licor de “dosage” — fase em que é definido se o espumante será doce, seco ou meio seco.

Até chegar aos métodos revolucionários, no entanto, a cinebiografia dirigida por Thomas Napper mostra como Barbe-Nicole assumiu, mesmo sendo mulher, o controle do negócio de espumantes. No caso aqui, o vinho foi batizado de champagne por ser o nome da região francesa onde é produzido: Champagne, no norte da França.

Foi Barbe-Nicole a criadora do “remuage”, técnica que consiste em deixar a garrafa inclinada, com a ponta para baixo, para que os sedimentos se acumulem no gargalo e possam ser facilmente retirados (Foto: Divulgação)

A viúva Clicquot teve de enfrentar um tribunal para manter a vinícola do marido e conseguir produzir champanhe (Foto: Divulgação)

Decidida a assumir os negócios depois da morte do marido, Barbe-Nicole enviou a filha para um internato (Foto: Divulgação)

Casada aos 21 anos com François Clicquot (Tom Sturridge), um herdeiro de vinhedos, ela passou a se interessar pelo negócio, aprendendo tudo o que podia com o marido, que também se dedicava apaixonadamente à sofisticação da bebida.

Com a morte abrupta dele (supostamente vítima de febre tifoide), a viúva, na época com 27 anos, insistiu para que seu sogro a deixasse no comando, o que foi aceito inicialmente, apenas em caráter de teste.

O nome que a empresa ganhou mais tarde, Maison Veuve Clicquot, veio justamente do estado civil da empreendedora veuve” significa viúva, em francês.

A viuvez, aliás, foi o que garantiu que ela tivesse a oportunidade de tocar o negócio, algo que as mulheres casadas não podiam fazer, de acordo com o rígido Código Napoleônico.

Só as viúvas podiam trabalhar, por precisarem sustentar os filhos. Barbe-Nicole, que era mãe de uma menina, Clementine, rapidamente abraçou essa oportunidade de emancipação.

Mas não faltam problemas, provações e traições pelo caminho da empreendedora no filme até porque os homens envolvidos na produção não engoliam a liderança de uma mulher.

Um raro aliado da viúva, que investiu todo o dinheiro que tinha no sonho de um espumante refinado, foi Louis Bohne (Sam Riley), um vendedor de vinhos.

Bohne ajudou Barbe-Nicole a cruzar fronteiras, fazendo o seu produto chegar à Rússia, uma prova da visão estratégica da empresária, que já reconhecia o potencial internacional da bebida. E ela tinha razão.

Assim que o czar Alexandre I provou o champagne Veuve Clicquot, ele não quis mais tomar outra coisa, o que ajudou no marketing de bebida perfeita para agradar o paladar exigente da aristocracia. Tudo o que a viúva mais queria.



Fonte: Neofeed

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Plataforma de produtos naturais “abocanha” empresa de snacks para o seu portfólio

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Plataforma de produtos naturais
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A Positive Company, plataforma de produtos sustentáveis e de impacto, acaba de anunciar um investimento na Zaya, marca de snacks e farinhas saudáveis.

Com a integração, a novata se juntará ao portfólio que conta com nomes como A Tal da Castanha, Plant Power e Possible, sendo a primeira no segmento de snacks. Com o negócio, a Positive espera crescer 10 vezes nos próximos três anos, levando os produtos Zaya para 20 mil pontos de venda. Hoje, a marca é comercializada em 800 estabelecimentos.

“Nós vemos um potencial gigantesco nesse mercado de snacks e estamos muito animados com essa sociedade. Há muitas oportunidades para serem trabalhadas em saudabilidade e no produto sem glúten, já que a maior parte dos produtos disponíveis no mercado ainda são importados”, afirma Rodrigo Carvalho, sócio fundador da Positive Company.

Para atingir as expectativas de crescimento, os fundadores afirmam que farão um investimento na fábrica da Zaya para aumentar a capacidade de produção e a gama de produtos, além de diversificar os pontos de vendas da marca, chegando a grande parte dos supermercados e lojas de conveniência do país.

Nesse movimento, a companhia prevê lançar novas embalagens do produto que possam ser consumidos de forma individual e em apenas uma porção, atingindo diversos públicos que hoje ainda não conhecem a marca.

Além disso, os fundadores da Positive esperam conseguir ajustar os preços dos produtos da Zaya, que contam com maior flexibilidade produtiva e de logística, além de conseguirem preços mais atrativos por conta de sua quantidade de produtos comercializados.

“Nossa intenção é manter a qualidade e sabor do produto, mas permitir que outros públicos consigam consumi-lo também”, afirma Carvalho.

Hoje, as Zaytas, um dos produtos da linha Zaya, se destaca no segmento de snacks saudáveis e proteicos, com mais de 14 sabores nas gôndolas. Com a união, Marcelo Achcar, fundador da companhia, permanecerá como sócio e CEO da Zaya.

“Unir forças com a Positive Company é um momento decisivo para a Zaya. Esta parceria permite manter nosso foco em inovação, qualidade e segurança alimentar, ao mesmo tempo em que ampliamos nossa distribuição e alcance no mercado. Estamos ansiosos para levar nossos snacks saudáveis a um público ainda maior e conquistar novos consumidores em todo o Brasil”, diz Achcar.

O negócio deve levar mais seis meses para ser totalmente integrado e começar a entregar as sinergias esperadas pelos novos sócios.



Fonte: Neofeed

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Academias no Marrocos são teste para Smart Fit acelerar expansão em outras regiões

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Com mais de 50% das suas academias espalhadas pela América Latina, a Smart Fit prepara a sua estreia na África. O país escolhido foi Marrocos, onde a rede vai inaugurar de uma vez quatro unidades. Esse é apenas o primeiro passo de uma meta bem mais audaciosa, disse o CEO Edgar Corona, durante o NeoConference, primeiro evento do NeoFeed, que aconteceu em São Paulo, em 10 de setembro.

“A Smart Fit está em 15 países, na América Latina inteira. Hoje, a gente já tem mais academias fora do Brasil do que no Brasil. Estramos no continente africano sempre do jeito que costumamos. Testamos o produto, entendemos o mercado e começamos a acelerar a expansão. E aí começamos a olhar outras geografias”, afirmou Corona.

O fundador da Smart Fit adiantou que as unidades na África devem ter uma área exclusiva de musculação feminina, o que percebeu ser uma adaptação necessária devido à predominância do islamismo no Marrocos.

Pelas regras do Alcorão, as muçulmanas devem cobrir o corpo e usar hijab (véu) na cabeça em público. Por isso, muitas academias em regiões islâmicas têm espaços dedicados apenas a mulheres. Assim, elas têm a liberdade de treinar usando roupas de ginástica justas e de deixar os cabelos à mostra.

Corona ainda afirmou estar atento a boas oportunidades de negócio, como considera a recente aquisição da Velocity, além de estar empenhado em fazer  o TotalPass aumentar a sua relevância no mercado brasileiro.

“Hoje, o TotalPass já é líder no México. Estamos crescendo fortemente no Brasil, com 21 mil academias, com Velocity exclusiva, Bio Ritmo exclusiva, Smart Fit exclusiva. Acho que também nesse mercado vamos conseguir ser bem-sucedidos e fazer atendimento para as empresas com custo menor, remunerando melhor as academias”, disse Corona.





Fonte: Neofeed

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Goldman Sachs e Citi analisam a venda da Linx. A Totvs está no páreo?

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Goldman Sachs e Citi analisam a venda da Linx. A Totvs está no páreo?
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Quatro anos depois de travar – e vencer – uma intensa disputa com a Totvs pela Linx, a Stone está buscando um comprador para a empresa de softwares de gestão para o varejo. Essa movimentação foi antecipada, com exclusividade, pelo NeoFeed, em matéria publicada na quinta-feira, 12 de setembro.

A empresa contratou o J.P. Morgan e o Morgan Stanley para encontrar um interessado na companhia, adquirida por R$ 6,7 bilhões. Nesse processo, a Totvs pode ser uma das candidatas a comprar a Linx. E por um valor muito mais baixo, dado que, hoje, o negócio vale metade do que a Stone pagou em 2020.

Com essa possibilidade na mesa, as discussões sobre uma eventual investida da Totvs já estão movimentando o mercado. E estão no centro de dois relatórios publicados nesta sexta-feira, 13 de setembro, pelo Goldman Sachs e o Citi.

“Acreditamos que um acordo poderia potencialmente trazer sinergias na meta da Totvs de expandir seu portfólio de Business Performance (historicamente direcionado a clientes menores do que o perfil típico de PME da Totvs) e torná-lo mais sofisticado”, ressaltou o Goldman Sachs.

Nessa frente, Vitor Tomita e Milenna Okamura, analistas do banco americano, observaram que muitas das ofertas da Linx foram projetadas para clientes de grande porte, um perfil que compõe, em grande parte, a carteira atendida pela companhia.

A dupla também destacou o potencial embutido na especialização da Linx em subsegmentos do varejo, a partir de uma série de aquisições feitas pela companhia. Esses M&As consolidaram seu domínio em verticais como vestuário, fast-food, postos de gasolina, farmácias e concessionárias de automóveis.

O banco também destacou que a gestão da Totvs ressaltou na call de resultados do segundo trimestre que os racionais estratégicos para a oferta feita pela Linx, em 2020, seguiam os mesmos. E que a empresa continuava interessada em comprar um software de gestão que expandisse sua oferta.

Nessa direção, o Goldman Sachs relembrou alguns tópicos da oferta na época. A complementaridade de segmentos atendidos foi justamente um desses temas, já que a Totvs é mais focada em setores como atacadistas e supermercados, com presença limitada nas verticais “dominadas” pela Linx.

Em outra linha, o fato de que a Totvs tem em suas fileiras do alto escalão diversos executivos com passagens pela Linx, entre eles, seu CEO, Dennis Herszkowicz, também foi destacado.

“Acreditamos que o conhecimento existente dos executivos sobre os negócios e ativos específicos da Linx pode ser benéfico na due-diligence e integração de qualquer eventual processo de fusão”, escreveu o Goldman, que têm recomendação neutra e preço-alvo de R$ 34 para a ação da Totvs.

O Citi, por sua vez, tomou como base a informação apurada pelo NeoFeed de que uma eventual venda poderia ocorrer pela metade do valor pago em 2020 para projetar que, sob esses termos, uma transação seria positiva para a Stone, levando a um potencial aumento de 6% em seu lucro líquido.

Já no que diz respeito à Totvs, o banco ressaltou que a companhia tem uma posição de caixa líquido de R$ 400 milhões e projetou que, caso a empresa faça uma proposta pela Linx e emita uma dívida para pagar o acordo, sua alavancagem aumentaria para 1,6 vezes, o que parece “relativamente confortável”.

As ações da Totvs estavam sendo negociadas com alta de 2,96% por volta das 12h35 na B3, cotadas a R$ 30,23. A empresa está avaliada em R$ 17,9 bilhões e seus papéis registram uma desvalorização de 10,2% em 2024.

Já as ações da Stone subiam 2,52% na Nasdaq por volta das 11h50 (horário local), cotadas a US$ 12,20. No ano, os papéis acumulam uma queda de 32,3%, dando à empresa um valor de mercado de US$ 3,7 bilhões.



Fonte: Neofeed

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