Negócios
As “barbeiragens” dos carros sem motorista colocam o mercado em xeque
A General Motors anunciou, nesta terça-feira, 23 de julho, que está adiando indefinidamente a produção de seu veículo autônomo Origin, que vinha sendo utilizado como táxis-robôs pela unidade Cruise da fabricante americana.
O anúncio não surpreendeu, pois a empresa já havia interrompido temporariamente a produção do Origin em novembro, para investigar um acidente ocorrido em São Francisco, no qual um pedestre foi arrastado por seis metros por um táxi-robô depois de ter sido atropelado por outro veículo.
A montadora anunciou que a unidade Cruise vai se concentrar agora nos testes de táxis-robôs produzidos a partir de uma a nova geração do Chevrolet Bolt – marca que havia sido descontinuada, mas que a Cruise tem usado há vários anos para o desenvolvimento de veículos autônomos.
A CEO da GM, Mary Barra, que preside o conselho da Cruise, disse em uma carta aos acionistas que a mudança reduzirá os custos da unidade e “abordará a incerteza regulatória” em torno da falta de controles manuais dos veículos, como volante ou pedais.
Uma investigação terceirizada sobre o incidente de outubro do ano passado descobriu que questões culturais, inépcia e má liderança alimentaram descuidos que levaram ao acidente. O estudo também investigou as alegações de encobrimento por parte da liderança de Cruise, mas não foram encontradas provas que apoiassem essas alegações.
Desde então, a GM demitiu cerca de um quarto dos funcionários da Cruise, criou uma posição de diretor de segurança e trouxe novos executivos para comandar a divisão. Além disso, reiniciou os testes de táxis-robôs do Bolt em Dallas, Houston e Phoenix.
A Cruise, uma startup sediada em São Francisco adquirida pela GM em 2016, perdeu a licença dos reguladores da Califórnia para usar os táxis-robôs no estado. A CEO havia dito anteriormente que a Cruise poderia gerar US$ 50 bilhões em receita anual até 2030. A empresa, que recebeu participação minoritária da Honda, acumula prejuízos de mais de US$ 8 bilhões desde 2017.
Avanço lento
O anúncio da GM reforça a percepção do avanço lento no desenvolvimento de carros autônomos, que movimentaram US$ 1 trilhão de investimentos, com resultados ainda insatisfatórios.
Após testes bem-sucedidos em 2019 e entrada em operação em 2020, os veículos autônomos estavam sendo aclamados como o futuro dos transportes. Desde o ano passado, acidentes, ações judiciais, demissões, falhas de software, carros parados nas estradas e um fluxo constante de más relações públicas afetaram o segmento.
A força motriz por trás dos veículos autônomos é a inteligência artificial (IA), mas os algoritmos atuais carecem da compreensão e do raciocínio humanos necessários para o contexto durante a condução.
De acordo com especialistas, estes veículos devem ser capazes de raciocínio contrafactual – avaliando cenários hipotéticos e prevendo resultados potenciais. Boa parte dos acidentes expõe essa falha, principalmente em condições com iluminação variável (nem clara nem escura), no nascer ou no pôr do sol.
Hoje, as três empresas que disputam o mercado de veículos autônomos – Waymo, Cruise e Tesla – estão sob investigação por questões de segurança. Todas vêm enfrentando dificuldades que estão arranhando sua imagem.
A Waymo, empresa da holdig Alphabet, controladora do Google, opera um serviço de táxis-robôs em São Francisco, Phoenix e Los Angeles equipados com sensores e software que controlam a direção. Embora seus carros não tenham contribuído para quaisquer acidentes fatais conhecidos, os reguladores dos EUA continuam investigando a sua condução por vezes errática.
Em meio aos pequenos acidentes provocados em São Francisco, o fato de os veículos autônomos não terem motorista tem gerado atos de vandalismo contra a crescente frota de táxis-robôs da Waymo.
Este mês, a empresa do Vale do Silício entrou com duas ações judiciais, exigindo indenizações por danos causados por supostos vândalos. Num deles, uma mulher, Ronaile Burton, foi acusada de cortar intencionalmente os pneus de 19 veículos Waymo – incluindo alguns que estavam ocupados por passageiros – ao longo de três dias no fim do mês passado em São Francisco.
A Tesla está sob escrutínio após um recall de 2 milhões de veículos nos EUA devido a preocupações com a função de piloto automático de seus modelos elétricos, que não são autônomos. O piloto automático foi criado para ajudar o motorista em manobras como direção e aceleração.
A falha levantou dúvidas sobre os avanços da Tesla no segmento de carros autônomos. Desde 2020, o CEO da companhia, Elon Musk, vem prometendo lançar táxis-robôs, mas os anúncios acabam sendo adiados. No início deste ano, Musk prometeu apresentar o robo-táxi da Tesla em 8 de agosto, mas sinalizou, na semana passada, que a montadora levaria mais tempo para incorporar uma mudança de design.
Os testes com o mais recente modelo de veículo autônomo desenvolvido pela montadora – a nova versão Beta 12.4 do FSD (Full Self-Driving, “Direção Totalmente Autônoma”, em português) – apresentou avanços, mas expôs uma folha constrangedora: o software baseado em câmera nem sempre consegue evitar o veículo autônomo de trafegar na contramão.
Negócios
Alfredo Menezes, da Armor: “Dominância fiscal é o pior cenário para o dólar. E estamos nesse caminho”
A decepção com o pacote fiscal levou o dólar a superar a marca de R$ 6 pela primeira vez na história, acumulando uma alta de 25% neste ano frente ao real. No entanto, o pior cenário pode ainda estar por vir, na avaliação de Alfredo Menezes, sócio-fundador da Armor Capital e um dos principais gestores de câmbio do País.
“Estamos chegando a um patamar de juros que compromete a sustentabilidade da dívida. Isso é preocupante e pode reacender as discussões sobre dominância fiscal”, afirma Menezes, em entrevista ao NeoFeed.
Em um cenário de dominância fiscal, os efeitos da política monetária perdem força, o que pode levar o Banco Central a adotar taxas de juros ainda mais elevadas para controlar a inflação ou mesmo abrir mão desse objetivo para preservar a saúde da dívida pública.
“O que poderia fazer o dólar disparar é a desconfiança, um clima de dominância fiscal”, diz ele. “Não acredito que estamos tão longe disso.”
De acordo com as projeções da Armor Capital, o déficit nominal do Brasil deverá atingir 10% do PIB no próximo ano, o que poderia dobrar o valor total da dívida em menos de oito anos.
“Não falta muito para entrarmos [em um cenário de dominância fiscal]. Na verdade, já estamos caminhando nesse sentido. Para reverter essa trajetória, seria necessário discutir uma reforma administrativa e cortes de gastos mais severos”, defende Menezes.
No curto prazo, no entanto, Menezes acredita que o Banco Central terá condições de controlar a desvalorização do real por meio de uma política monetária mais agressiva.
Para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o mercado espera uma aceleração no ritmo de alta da Selic de 0,50 ponto percentual para 0,75 ponto percentual e 1,00 ponto percentual.
Segundo Menezes, qualquer movimento abaixo desse patamar pode reacender a pressão sobre o dólar. “Se nenhuma medida adicional for adotada no campo fiscal, a Selic pode chegar a 14,5%”, estima o gestor.
Além das reformas – nas quais Menezes demonstra pouco otimismo –, ele defende que uma eventual mudança na meta de inflação, atualmente fixada em 3%, poderia aliviar o cenário fiscal.
Os críticos da mudança argumentam que alterar a meta de inflação poderia deteriorar ainda mais as expectativas inflacionárias. Porém, para Menezes, essa pode ser a saída menos prejudicial.
“O que é pior: conviver com uma inflação um pouco mais alta ou enfrentar um problema com a dívida no futuro? Em um cenário de dominância fiscal, a deterioração das expectativas será muito mais severa do que no caso de uma alteração bem planejada da meta”, afirma ele.
Acompanhe, a seguir, os principais trechos da entrevista:
O dólar acima de R$ 6 tem surpreendido até mesmo as expectativas mais pessimistas do mercado. É um patamar que veio para ficar?
O último trimestre, sazonalmente, é um momento mais apertado para o fluxo de dólar no Brasil, por conta das remessas de dividendos para o exterior e pela redução nas exportações. Uma alta para R$ 5,80 é consequência desse fluxo. Já a alta para próximo de R$ 6,10 tem como principal fator o fiscal. O projeto decepcionou, não houve corte de gastos radicais, o que é normal em governos de esquerda. Estamos chegando a um patamar de juros que vai gerar um déficit fiscal nominal de 10% para o ano que vem. É um número que compromete a sustentabilidade fiscal e dobraria a dívida do país em 7,5 anos. Isso é preocupante e pode reacender as discussões sobre dominância fiscal.
Estamos longe de um cenário de dominância fiscal?
Não acho que estamos tão longe. Com um déficit nominal de 10%, os agentes vão se preocupar muito com a evolução da dívida. A solução fiscal sempre vai passar por um lugar: a inflação mais alta, que é a maior tributação. Não é à toa que o mercado precifica a taxa de juros em quase 15%. A história nos mostra que governos de esquerda não cortam gastos e mudam o patamar de inflação. Isso aumenta a arrecadação nominal, porque os preços sobem.
O argumento dos economistas que defendem a manutenção da meta de inflação é de que uma alteração pioraria ainda mais as expectativas de inflação. Considerando que uma meta mais alta permitiria um juro mais baixo, o saldo da mudança seria positivo para o Brasil?
Com o juro real em que estamos, o país não é solvente. Não adianta fazermos um “faz de conta”. Com um juro real de 7% e uma dívida de 74% do PIB, seria necessário 5% entre crescimento e superávit primário. Com o país crescendo 3%, precisaríamos de um superávit de 2%. Mas ainda temos déficit primário. O que é melhor: uma inflação mais alta ou um problema com a dívida lá na frente? Essa é a balança. Os medalhões da economia têm esse ponto de vista, de que a mudança pioraria as expectativas. Mas, se formos para um clima de dominância fiscal, a expectativa seria muito mais deteriorada do que se a meta fosse ajustada.
“Os medalhões da economia têm esse ponto de vista, de que a mudança pioraria as expectativas. Mas, se formos para um clima de dominância fiscal, a expectativa seria muito mais deteriorada”
Quanto tempo deve demorar para esse dólar mais forte bater na inflação?
Normalmente, demora entre seis e nove meses para impactar a inflação. Até acredito que, no primeiro trimestre, o dólar possa voltar para R$ 5,80 ou R$ 5,70, com a entrada da exportação de grãos. Mas o Banco Central e os agentes econômicos já consideram o dólar em torno de R$ 6. Provavelmente veremos as projeções de inflação no Focus subindo. Não é à toa que os agentes esperam uma alta de 75 ou 100 pontos-base na próxima reunião do Copom.
Entre a alta de 75 e 100 pontos-base, qual é mais provável?
Acredito que o mais provável seja 75 pontos-base, ainda que o ideal fosse uma alta de 100 pontos-base. Porém, imagina a pressão sobre o Roberto Campos se ele subir 100 pontos-base na sua última reunião do Copom. Sempre defendi um ajuste mais rápido na alta de juros, porque isso tende a resultar em uma taxa terminal menor. É melhor do que subir aos poucos. Mas acelerar de 50 pontos-base para 100 pontos-base seria uma mudança muito drástica, e não vi o BC sinalizar que pretende aumentar tanto o ritmo. Por isso, aposto em 75 pontos-base. Até porque, se for só 50 pontos-base, o real deve se desvalorizar ainda mais.
Para este ciclo de alta, é possível chegar a 15%, como o mercado precifica?
Estamos trabalhando com a expectativa de uma taxa final de 14,5%, caso não seja feito mais nada no lado fiscal. Se o mercado acredita em 14,5%, ele precifica 15% no pré-fixado. Isso acontece porque, devido ao descasamento entre ativo e passivo no Brasil, a oferta de títulos pré-fixados vem de arbitradores, que geralmente exigem um prêmio de cerca de 50 pontos-base acima de suas expectativas para a curva de juros.
Esse juro é suficiente para segurar o câmbio ou devemos ver o dólar muito acima de R$ 6,10?
Acredito que não [deve ultrapassar muito R$ 6,10], a menos que ocorra um clima de dominância fiscal muito forte. Se entrarmos nesse clima, será muito difícil que apenas a alta de juros seja suficiente para segurar o dólar.
“Hoje, o melhor termômetro do risco do país é a curva pré-fixada longa, que tem mostrado que o mercado não acredita no ajuste fiscal”
O externo tem influenciado o câmbio no Brasil, com o mercado reduzindo as expectativas de cortes de juros nos Estados Unidos?
Está claro que o dólar será uma moeda forte em um cenário com Trump, principalmente porque ele tende ao protecionismo, aumentando tarifas de importação. Além disso, Trump tem um viés mais liberal, o que deve gerar um crescimento econômico mais robusto nos Estados Unidos. Isso pode levar a juros médios mais altos por lá, fortalecendo o dólar especialmente frente às moedas do G7. No entanto, eu diria que esse não é o principal vetor da desvalorização do real. Acredito que o fiscal tenha tido um impacto maior. Basta comparar a desvalorização do real com as principais moedas emergentes. O que poderia fazer o dólar disparar é a desconfiança: um clima de dominância fiscal. Hoje, o melhor termômetro do risco do país é a curva pré-fixada longa, que tem mostrado que o mercado não acredita no ajuste fiscal.
O que falta para entrarmos no clima de dominância fiscal?
É um tema sobre o qual não gosto muito de falar, porque parece que sou o “vendedor do apocalipse”. Mas não falta muito para isso acontecer. Na verdade, já estamos caminhando nesse sentido. Para reverter essa trajetória, seria necessário discutir uma reforma administrativa e cortes de gastos mais severos.
Como vocês estão posicionados?
Estamos bem defensivos no Brasil, tomado em juros longos nominais, porque vejo a solução passando pela inflação média mais alta. Com a eleição em 2026, dificilmente haverá política de corte de gastos.
Não há mais expectativa, agora só com um eventual novo presidente em 2026?
Sim, é o que eu acho.
Negócios
Hapvida combina R$ 2 bilhões de investimentos com uma boa dose “asset light”
Em uma call recente com analistas sobre o seu balanço do terceiro trimestre de 2024, a Hapvida reforçou que a expansão da rede própria era uma das suas prioridades para os próximos dois anos. Três semanas depois desse “spoiler”, o grupo de saúde traduziu em números essa ambição.
A companhia anunciou um plano de investimentos de R$ 2 bilhões para o biênio de 2025 e 2026. O montante será destinado exclusivamente à ampliação e requalificação da sua infraestrutura própria de atendimento, e não leva em conta os aportes adicionais em frentes como tecnologia.
“Esse é mais um voto de confiança, mesmo num cenário macro e em dias mais desafiadores”, disse Jorge Pinheiro, CEO da Hapvida, em conversa com jornalistas na manhã de terça-feira, 3 de dezembro, em São Paulo. “Mas nosso modelo é cíclico e contracíclico, somos beneficiados em ambas as situações.”
Além de 10 novos hospitais, o plano contempla projetos de ampliação em algumas estruturas, bem como novas clínicas e unidades de pronto-atendimento, de medicina diagnóstica e de coleta laboratorial nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus, Fortaleza, Recife, Belém e Campo Grande.
O principal destino dos recursos, porém, será o mercado de São Paulo e região metropolitana, onde está previsto um aporte de R$ 1 bilhão nesse intervalo. Essa cifra envolverá a inauguração de quatro hospitais, uma unidade de pronto atendimento, oito unidades de diagnóstico e 14 unidades de coleta laboratorial.
Um dos destaques nesse pacote para a região será o Hospital Antonio Prudente, na avenida Rubem Berta, zona sul da capital, que reunirá operações de alta complexidade, com 250 leitos e um investimento de R$ 410 milhões.
Nessa mesma linha de alta complexidade, mas focado na saúde da mulher e da criança, outro projeto de grande porte será o Hospital Ibirapuera, na avenida Brigadeiro Luís Antônio, também com capacidade de 250 leitos e um aporte de R$ 405 milhões.
“Esses dois hospitais terão um tom de hotelaria e de serviços um pouco mais elevado e serão mais focados do meio para o topo da pirâmide”, disse Pinheiro. “Vamos lançar junto com os hospitais, uma linha mais premium e uma gama de novos produtos, e não apenas em São Paulo.”
Na capital e região metropolitana, os investimentos envolvem ainda projetos como a reabertura do hospital, agora rebatizado, Jardim Anália, no bairro Anália Franco, na zona leste da capital. Bem um hospital em Santo André, na região do ABC, e a ampliação do hospital Cruzeiro do Sul, em Osasco.
“Estamos presentes em todas as regiões de São Paulo e no entorno da capital”, observou o CEO. “E fazendo uma hierarquização da rede, com opções de baixa complexidade perto de onde o usuário mora e, de altíssima complexidade, nos grandes centros.”
No ranking dos destinos desses investimentos, o segundo lugar no pódio fica com o Rio de Janeiro, com R$ 340 milhões previstos, seguido por Manaus, com R$ 218 milhões, Recife, com R$ 198 milhões, e Campo Grande, com R$ 115 milhões.
Em tempos de maior volatilidade, a companhia encontrou, porém, um atalho para viabilizar esse aporte bilionário. Dos R$ 2 bilhões anunciados, a empresa irá financiar com recursos próprios um total de R$ 630 milhões.
O montante restante virá de parcerias no modelo de built to suit, em que a Hapvida encontrará parceiros para investir nos ativos, locando esses imóveis posteriormente, quando concluídos, para o grupo de saúde.
“Nosso pensamento é manter a companhia mais leve do ponto de vista de aquisição de imóveis”, disse Pinheiro. “Esse modelo de arrendamentos ou built to suit diminui a necessidade de investimento e que mais recursos seja usados para tecnologia e qualificação da operação.”
Esse foi, por exemplo, o modelo adotado com a gestora Riza, em parceria anunciada em julho deste ano e que envolve a captação de R$ 600 milhões para dois projetos incluídos nessa soma de R$ 2 bilhões – o Hospital Antonio Prudente, em São Paulo, e um hospital no Rio de Janeiro.
Há outras negociações em curso para financiar as parcelas restantes do plano. “São negociações que devem guardar similaridades com o acordo da Riza”, disse Lucas Adib, CFO da Hapvida. “Longuíssimo prazo, um aluguel muito domesticado e com direito de recomprar o ativo”.
À parte dos planos de expansão, Pinheiro, por sua vez, também reservou tempo para falar sobre a tendência crescente de judicialização no setor de saúde. Algo que, no caso da Hapvida, se traduziu na divulgação de um volume de R$ 869 milhões em depósitos e bloqueios judiciais no terceiro trimestre.
“Essa não é uma questão particular, é setorial. E que atinge todas as empresas com a mesma intensidade”, disse o CEO. Ele observou que o grupo fará um pequeno ajuste de preço, em torno de 1,5 ponto percentual acima do que faria, para fazer frente a essa tendência.
“Um dado objetivo é que nossa necessidade de reajuste para os planos coletivos varia entre 30% e 40% menor que o restante do mercado”, afirmou. “E mesmo com esse pequeno ajuste, vamos tentar amortecer com práticas internas e novas ferramentas para requerer menos do usuário.”
A ação HAPV3, da Hapvida, estava sendo negociadas com alta de 1,12% por volta das 12h na B3, cotadas a R$ 2,70. No ano, os papéis registram, porém, uma desvalorização de 39,3%, dando à companhia um valor de mercado de R$ 20,2 bilhões.
Negócios
Grupo CCR celebra 25 anos com campanha que mostra a presença de suas operações no dia a dia das pessoas
Milhões de brasileiros utilizam todos os dias as rodovias, trens, metrôs, barcas, VLT e aeroportos da CCR para realizar tarefas e atividades do cotidiano. Os serviços de mobilidade se fazem presentes quando possibilitam levar à mesa dos brasileiros o alimento produzido por agricultores, viabilizar a ida de professores para a sala de aula ou transportar órgãos para uma cirurgia emergencial e salvar a vida de uma pessoa.
Presente na vida de 50% da população brasileira, o Grupo CCR, a maior empresa de infraestrutura de mobilidade do País, lança a campanha institucional “Mover o Brasil é para gigantes” no ano em que celebra os seus 25 anos. A iniciativa busca mostrar como a Companhia ajuda os brasileiros a “moverem” o País diariamente, reforçando a dimensão e a excelência de suas operações em rodovias, mobilidade urbana e aeroportos, que precisam estar à altura da grandeza do povo brasileiro.
No ar até dezembro deste ano, a nova campanha é assinada pela Agência Talent, e será veiculada nas principais emissoras de TV do País, nas redes sociais, rádios e nos serviços de TV Conectada (CTV) e TV com Vídeo Online, alcançando 48 milhões de brasileiros nas principais regiões do País. Além disso, a identidade visual da campanha está sendo aplicada nas plataformas de mobilidade e nos aeroportos do Grupo CCR. Por exemplo, trens do VLT Carioca, na capital fluminense, e da CCR Metrô Bahia, em Salvador, estão sendo envelopados com as peças da iniciativa.
“O Grupo CCR está presente no cotidiano dos brasileiros, oferecendo um serviço de excelência para ajudar o Brasil e as pessoas a cumprirem seu propósito e conquistarem os seus objetivos”, afirma Vanessa Vieira, diretora de Comunicação e Marca do Grupo CCR. “Nos 25 anos do Grupo CCR, queremos celebrar a grandiosidade de movimentar um país desta dimensão. Para isso, vamos mostrar que ele conta com gigantes à sua altura: o Grupo CCR e cada um dos mais de 200 milhões de brasileiros”, completa.
Como parte da campanha institucional, foi instalada uma cabine fotográfica itinerante nos escritórios do Grupo CCR. Nela, os colaboradores da Companhia são fotografados sob a perspectiva do contra-plongé da campanha, adquirindo a aparência de gigantes. As imagens são criadas com um arte-template, incentivando o seu compartilhamento nas redes sociais e reforçando o sentimento de pertencimento entre os colaboradores.
Uma trajetória de crescimento, sucesso e busca por qualidade
Fundado em 1999, o Grupo CCR se consolidou como a maior empresa de infraestrutura de mobilidade do Brasil ao longo destes 25 anos, atuando em três modais: rodovias, mobilidade urbana e aeroportos. Com presença em 13 estados, a Companhia administra mais de 3,6 mil quilômetros de rodovias, 130 estações de transporte urbano e 17 aeroportos no Brasil, além de operar três terminais internacionais.
As operações da CCR Mobilidade estão localizadas nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, sendo que suas linhas de metrôs, trens, VLT e barcas transportam mais de 3 milhões de passageiros diariamente. Atualmente, o Grupo CCR é o maior operador privado de trilhos na América Latina, ocupando a sétima posição no ranking global.
As concessões da CCR Rodovias também estão entre as mais importantes do Brasil. Com operações nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, cerca de 2,5 milhões de veículos circulam diariamente pelas rodovias administradas pela Companhia, número este que representa um terço da frota leve nacional e metade da frota de veículos comerciais do País.
A CCR Aeroportos também ocupa posição de destaque na operação dos terminais aeroportuários, conectando o Brasil internamente e com outros países. Em seus 20 aeroportos, embarcam 43 milhões de passageiros por ano, que contam com 200 linhas regulares. Atualmente, o Aeroporto Internacional de Confins (MG) é considerando o mais sustentável do Brasil, sendo o único carbono neutro do País.
O Grupo CCR é líder em sustentabilidade no setor de infraestrutura de mobilidade. É uma das poucas companhias brasileiras a figurar no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3 por 13 anos consecutivos. Além disso, detém o rating AA no MSCI ESG, uma das mais importantes organizações globais de avaliação de gestão e desempenho em meio ambiente, ações sociais e governança. Essa classificação coloca o Grupo CCR em primeiro lugar da América Latina no seu setor.
Recentemente, a Companhia lançou a sua Ambição 2035, plano estratégico de longo prazo que traz uma série de metas e compromissos operacionais, financeiros e de sustentabilidade. Este plano reforça a Visão da Companhia de liderar o setor de mobilidade no País com foco na criação de valor sustentável ao definir a sua atuação a partir de quatro eixos: 1) crescimento rentável e seletivo; 2) geração de valor; 3) balanço robusto; e 4) liderança sustentável.
Por meio destes quatro pilares, o Grupo CCR pretende reforçar sua posição de liderança em rodovias, ganhar escala na comparação mundial em mobilidade urbana e participar dos movimentos de consolidação na frente de aeroportos, além de alavancar o crescimento para a criação de valor nos chamados Negócios Adjacentes.
Atualmente, o Grupo CCR está executando o maior plano de investimento dos seus 25 anos de história. Com a vitória recente no leilão da concessão rodoviária da Rota Sorocabana, a Companhia está destinando cerca de R$ 38 bilhões para modernização, expansão e melhorias de rodovias, mobilidade urbana e aeroportos.
Além disso, a empresa segue ampliando os seus investimentos em tecnologias de transporte sustentáveis, sempre com o foco em valorizar as pessoas e os recursos do Brasil, um país de dimensões continentais.
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