Negócios
Ele descobriu 23 unicórnios e fez nove IPOs. E está mais otimista com o Brasil do que com os EUA
Durante 11 anos, James Currier foi uma das vozes do The Richter Scales, banda de São Francisco, na Califórnia, com funcionários de big techs como Google, Apple e Facebook. E que se tornou figura carimbada com suas paródias a cappella sobre o Vale do Silício no Crunchies Awards, premiação do site americano TechCrunch.
Foi em outro palco, porém, que ele construiu sua carreira. Ao lado de quatro sócios, Currier toca, desde 2017, os investimentos da NfX. Com cerca de US$ 1,5 bilhão sob gestão e foco no early stage, a gestora de venture capital coleciona mais de 200 investidas, com nove IPOs e 23 unicórnios (startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão). Entre eles, DoorDash, Lyft e Patreon.
O Brasil soma três startups nesse portfólio: a Clubbi, marketplace para mercados de bairro; a UME, plataforma de crédito para o varejo; e a Porfin, que faz cobrança de dívidas com uso de inteligência artificial. E, cada vez mais, o País soa como “música para os ouvidos” da NfX.
“A NfX realmente acredita no Brasil. Nosso apetite pelo País é muito forte”, diz Currier, cofundador e general partner da NfX, em entrevista ao NeoFeed.
Ele ressalta que a margem restrita para que startups desafiem big techs como Google e Microsoft nos Estados Unidos ajudaram a colocar o Brasil no mapa da empresa.
“No Brasil, acho que estamos, provavelmente, seis ou oito anos atrás disso, o que significa que ainda há mais oportunidades e uma abertura maior”, afirma. “O mercado é grande e mal atendido. E não há tantos incumbentes e grandes empresas que irão bloquear uma startup.”
Atento a esse cenário, Currier esteve no Brasil para uma rápida visita de quatro dias. Na bagagem, trouxe a experiência de ter fundado quatro empresas antes da NfX, entre elas, a Iron Pearl, comprada pelo PayPal, em 2013. E levou uma ótima impressão dos empreendedores do País.
“A qualidade do empreendedor é maior do que em muitas geografias”, diz. “Eles sabem o que estão fazendo. Mas são humildes o suficiente para fazer todo o esforço necessário. Vemos a mesma coisa nos founders israelenses. Eles trabalham mais duro e vão mais fundo.”
Na conversa, ele fala ainda dos segmentos de maior potencial no Brasil, de inteligência artificial e de uma possível bolha associada a esse conceito. E sobre a tese da NfX, bastante influenciada pelo fato de seus fundadores terem criado 10 empresas que, juntas, valem hoje mais de US$ 10 bilhões.
Entre elas, a Trulia, proptech fundada por Pete Flint, um dos sócios da NfX, e que foi comprada pela também americana Zillow, em 2014, em um acordo avaliado em US$ 3,5 bilhões. Confira:
Qual é o tamanho da operação e como você definiria a NfX?
Temos aproximadamente US$ 1,5 bilhão sob gestão e somos o que chamamos de uma empresa de capital de risco das melhores ideias e dos melhores fundadores. Investimos em marketplaces, fintechs, proptechs, cripto e biologia orientada por software. E a inteligência artificial toca todos esses setores.
Como a América Latina se insere nessa tese? Qual é o apetite pela região?
Temos cerca de 7% dos nossos fundos investidos na América Latina e esperamos que esse valor aumente na região. Mas nós não separamos uma quantia para biologia, cripto ou Brasil. Temos apenas um grande pool e nosso fundo está em US$ 325 milhões agora.
Você mencionou o Brasil. Por que você veio ao País?
Porque a NfX realmente acredita no Brasil. Vim para cá para ver as empresas nas quais investimos e estou me reunindo com todos os outros VCs e investidores early stage, como Big Bets, Maya e Canary, para fazer parcerias e conhecer muitos founders. Devo ter falado com 14 empresas e ainda vou conversar com outras cinco antes de ir, além de falar com pelo menos uma startup brasileira por semana quando eu estiver de volta a Palo Alto. Nosso apetite pelo País é muito forte.
O que está por trás desse interesse?
O mundo do venture capital está ficando muito competitivo nos Estados Unidos, com incumbentes como Google, Microsoft e outros ficando muito fortes. É cada vez mais difícil para as startups competirem com eles. E, no Brasil, acho que estamos, provavelmente, seis ou oito anos atrás disso, o que significa que ainda há mais oportunidades e uma abertura maior. O mercado é grande e mal atendido. E não há tantos incumbentes e grandes empresas que irão bloquear uma startup.
E quais foram suas impressões dessa primeira visita ao País? O que chamou mais sua atenção?
A qualidade do empreendedor é maior do que em muitas geografias. Acho que as pessoas aqui são batalhadoras. E estão se sentindo como azarões, mas estão bastante conectados com o que fez sucesso na indústria de tecnologia, seja no Vale do Silício ou em Nova York. Então, eles sabem o que estão fazendo. Mas são humildes o suficiente para fazer todo o esforço necessário. Vemos a mesma coisa nos founders israelenses. Eles trabalham mais duro, vão mais fundo e é por isso que gostamos de investir aqui.
O quão importante é ter humildade nessa indústria?
Você olha para o Mark Zuckerberg e ele ainda é paranoico. Ele ainda sente que vai morrer a qualquer minuto. E é isso que mantém o Facebook. Você não pode ficar arrogante. Não pode ficar confiante. Você tem que ser paranoico, batalhador, inventivo, corajoso. E eu sinto isso nos founders brasileiros. É por isso que estamos olhando pra cá com tanta atenção. Há muitas pessoas que saíram da Rappi, do Mercado Livre, do Nubank, que foram para Stanford, Harvard e que agora estão voltando. Há muito talento aqui.
“Temos cerca de 7% dos nossos fundos investidos na América Latina e esperamos que esse valor aumente na região”
Em quais setores você enxerga mais oportunidades no Brasil?
Particularmente, em software como serviço (SaaS, na sigla em inglês) e fintechs, com transferências, pagamentos e empréstimos. E também em games e softwares empresariais alimentados por inteligência artificial.
De que maneira o Brasil pode atrair investimentos no campo da inteligência artificial?
Não esperamos que as grandes ferramentas que são as entranhas da IA venham daqui. Elas virão da Bay Area, de São Francisco. O que estamos procurando no Brasil são companhias que usem IA na camada das aplicações ou construam marketplaces que facilitem o acesso da IA a todos os negócios e, eventualmente, a todos consumidores do País.
Muitos falam do risco de uma bolha associada ao hype da IA. Como você enxerga esse cenário?
Sim, há elementos de uma bolha. Mas acho que, no médio e longo prazo, não é uma bolha de jeito nenhum. Eu me lembro de 2007, quando o Facebook valia US$ 15 bilhões e Peter Thiel disse que não havia uma bolha em tecnologia. E todos achavam que ele era louco. E, agora, o Facebook vale US$ 1,3 trilhão. Acho que estamos enfrentando a mesma coisa com a IA. Pode parecer uma bolha, mas o impacto que ela terá em todos os negócios e consumidores nos próximos 10 a 15 anos é enorme. Assim como a internet teve um grande impacto de 2007 até agora. Então, acho que devemos ser cautelosos ao afirmar que é uma bolha, porque é um grande negócio.
Voltando à NfX, quais são os principais fatores que fundamentam a tese da empresa?
Nós procuramos empresas que podem construir efeitos de rede, porque essas são aquelas que chegam a valer US$ 4 bilhões, US$ 10 bilhões ou US$ 20 bilhões. Se você olhar as 15 empresas mais valiosas do mundo, 11 têm efeitos de rede no seu core. E, às vezes, as companhias já têm esses efeitos de rede presentes quando investimos, mas normalmente elas não têm. E, então, temos que ajudá-las a construir.
Como isso se aplica às startups brasileiras do portfólio de vocês?
O Clubbi é um marketplace. Esse é um efeito de rede de dois lados. A UME é uma rede que trabalha com varejistas que concedem empréstimos aos consumidores. Então, quanto mais comerciantes, mais os consumidores querem usar a UME. E quanto mais consumidores usam a UME, mais os comerciantes querem estar lá. E, na Porfin, que faz cobrança de dívidas usando IA, quanto mais dados eles obtiverem, melhor eles serão. E quão maiores ficarem, mais cada fornecedor vai querer usar a Porfin. Então, esses são os tipos de efeitos de rede que buscamos em cada um dos negócios.
Qual o potencial de expansão dessas empresas? Há fôlego para essas companhias fora do Brasil?
Acho que para a Clubbi e a UME provavelmente não. Elas têm mercados grandes o suficiente para que possam criar empresas multibilionárias sem sair daqui. E acho que a Porfin fará isso por um tempo e depois irá expandir para a América Latina.
“O mercado é grande e mal atendido. E não há tantos incumbentes e grandes empresas que irão bloquear uma startup”
O que uma startup precisa ter para despertar a atenção da NfX?
Há muitos elementos de uma empresa que você pode analisar para entender se uma empresa vai ter sucesso. Mas tudo se resume em uma questão: a velocidade. A velocidade vence. Então, se você pode medir a velocidade delas, é muito positivo. O segundo componente que você precisa buscar é uma mudança tecnológica. Então, a DoorDash foi possível por causa do celular. A Lyft também. Cada um dos grandes sucessos que tivemos investindo foi construído em uma mudança tecnológica que aconteceu nos 18, 24 meses anteriores e não em algo que aconteceu há oito anos.
E quanto ao estágio das empresas que vocês investem?
Trabalhamos com empresas em estágio inicial. Então, o tamanho típico do nosso cheque é de US$ 2 milhões a US$ 3 milhões. Em geral, essas empresas têm um produto, uma equipe de quatro a oito pessoas, atendem clientes de alguma forma e há alguma receita. E, então, nós nos envolvemos.
Qual é o nível desse envolvimento?
Os sócios da NfX fundaram 10 empresas que, juntas, valem mais de US$ 10 bilhões. Então, nós estivemos no lugar dos fundadores. Por isso, estamos sempre próximos ajudando, semanalmente. Trabalhamos com essas empresas, ajudamos elas a desenharem a estratégia de crescimento e passamos horas auxiliando os times a pensarem em tudo o que é preciso.
Como você avalia a tese de “spray and pray” adotada por muitos fundos de early stage?
Somos o oposto do spray and pray. Olhamos para 8 mil empresas por ano e investimos em 25, 30 delas. E investimos, em média, US$ 3 milhões em troca de uma fatia de cerca de 17%. Então, assumimos grandes participações por um cheque muito maior. As startups podem realmente mover os ponteiros por dois anos, nós trabalhamos duro com elas e, com frequência, sentamos nos conselhos da empresas em que investimos. Os fundos de spray and pray nunca fazem isso.
E qual é a mensagem que você deixaria para as startups e os founders brasileiros?
Mantenham-se humildes e mantenham-se agressivos. Sejam rápidos, aprendam com seus concorrentes e os não concorrentes. Continuem aprendendo. É preciso aprender de forma variada. Essa é a chave para esse mercado em rápido movimento. Você tem que desaprender todas as coisas que aprendeu na semana passada para poder aprender algumas coisas novas. E o maior ponto de alavancagem em uma startup é a psicologia dos fundadores. Então, eles têm que observar sua psicologia com muito cuidado. Gerenciem sua psicologia, ajudem uns aos outros a gerenciarem sua psicologia porque vocês podem estar bem próximos de algo e colocarem tudo a perder porque a mentalidade estava errada.
Negócios
Athon capta R$ 605 milhões em emissão recorde de debêntures incentivadas para geração distribuída
A Athon Energia, que opera cerca de 50 usinas fotovoltaicas de Geração Distribuída (GD) em 10 estados, captou R$ 605 milhões com emissão de debêntures incentivadas simples (não convertíveis em ações), operação concluída esta semana e divulgada nesta sexta-feira, 4 de outubro, pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), com um resultado surpreendente: uma demanda pelo papel três vezes superior à oferta.
“Foi a maior emissão de debênture incentivada para geração distribuída de energia já feita”, afirma Breno Megale, sócio-diretor da Athon, ao NeoFeed. “Já existe debênture incentivada há muito tempo, mas para GD é um papel regulamentado recentemente, e a grande procura superou as expectativas.”
O sucesso da emissão de debêntures da Athon reforçou a grande procura por esse tipo de papel. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), as emissões de debêntures incentivadas pela Lei 12.431 somaram R$ 88,2 bilhões de janeiro a agosto deste ano, recorde para esse período na série histórica iniciada em 2012.
Na análise por setor, energia elétrica segue na liderança em 2024, respondendo por 39,2% das emissões, seguido de transporte e logística (23,5%), saneamento (11,9%) e petróleo e gás (8,5%).
Quando lançou a oferta na B3, no início de setembro, sob supervisão do BTG Pactual, a Athon pretendia pagar, no máximo, a variação da NTNB-35 mais 2,15% ao ano. Com a grande procura pelos papéis, a última taxa caiu para 0,80%. Os papéis têm vencimento de 17 anos.
Com um portfólio de 162 MWp (megawatt-pico) de capacidade instalada, a Athon constrói e arrenda usinas solares voltadas ao segmento de GD primordialmente para grandes clientes corporativos dos setores de telecom, saneamento e geradores de energia, com contratos variando entre 12 a 20 anos.
Megale afirma que o fato de a Athon contar com clientes mais qualificados estimulou a procura pelas debêntures. “Esta emissão contou com rating AAA emitido pela Agência Fitch, pelo risco de crédito e perfil dos arrendatários das usinas, ou seja, trata-se de uma dívida com alto grau de confiabilidade.”
Segundo ele, a procura pelo papel atraiu pessoas físicas, cuja alocação surpreendeu a empresa, gestoras, private bankings e veículos institucionais, como fundos. A Athon pretende usar os R$ 605 milhões captados para refinanciar, com ampliação de prazo e redução de custos, parte das usinas operacionais atuais, além de permitir investimentos em novos projetos, que inclui M&A e expansão orgânica.
Criada em 2017, a empresa deu um grande salto em 2021, quando lançou o fundo Athon Energia ESG I FIP IE para levantar capital visando uma consolidação no segmento GD, por meio de projetos greenfield e aquisições de usinas solares, em construção ou operacionais.
O fundo, listado na B3 e com mais de R$ 415 milhões sob gestão, é o detentor dessas usinas. De acordo com o executivo, a Athon pretende seguir crescendo de forma orgânica nos próximos cinco anos, mirando dobrar a capacidade instalada, para 300 MWp.
“Não somos ligados a nenhum grupo financeiro nem a companhias de geração de energia, temos uma estratégia conservadora, sem alavancagem exagerada, e isso tem assegurado bons resultados”, diz Megale.
Negócios
A IA está “engolindo” os cheques de venture capital
Um relatório da consultoria americana CB Insights indica que a inteligência artificial (IA) estabeleceu uma presença dominante em todo o cenário de capital de risco. De acordo com o levantamento, as startups de IA atraíram um em cada três dólares de investidores de venture capital (VC) no terceiro trimestre de 2024.
O estudo compila os investimentos de VC no período e traz dados que reforçam o controle cada vez maior do Vale do Silício, um importante centro de tecnologia dos EUA sobre o dinheiro dos investidores.
Isso explica o fato de as startups de IA estarem capturando quase um terço (31%) de todo o financiamento de risco no momento – a segunda maior participação já registrada, após os 35% do segundo trimestre. De acordo com o relatório, mais da metade dos novos unicórnios, startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão, no 3º trimestre de 2024 são empresas de IA.
Entre eles, vários unicórnios estão trabalhando para trazer maior consciência espacial aos sistemas de IA, desde a robótica humanóide inteligente da Skild AI até as ferramentas de construção de mundos 3D da World Labs. Outros estão desenvolvendo agentes e copilotos de IA corporativa, como Harvey, no domínio jurídico, e a Codeium, em engenharia de software.
Essa opção por startups de IA ocorre num cenário em que tanto o financiamento global quanto os negócios de VC vêm caindo trimestre a trimestre em 2024, na comparação anual – o volume de negócios no terceiro trimestre deste ano, de US$ 54,7 bilhões, está no mesmo nível de 2016/2017.
Embora o volume de negociações tenha diminuído progressivamente, o valor do cheque médio cresceu. Em 2024, até agora, o cheque médio é de US$ 13,9 milhões, acima dos US$ 12 milhões de 2023.
À medida que as taxas de juros caem e o apetite por ativos mais arriscados aumente, a expectativa é que as startups de IA recebam ainda mais atenção de um número crescente de investidores.
Dentro da IA, a idade e o estágio de uma empresa nem sempre se correlacionam com o tamanho dos aportes. Uma das maiores rodadas no 3º trimestre de 2024, por exemplo, foi um acordo de US$ 1 bilhão com a Safe Superintelligence (SSI) – uma startup em estágio inicial fundada em junho deste ano pelo cofundador da OpenAI, Ilya Sutskever. A empresa tem apenas 10 funcionários.
O acordo da SSI é a 9ª rodada de capital de IA de mais de US$ 1 bilhão este ano. Dada a disposição de participar de rodadas tão grandes para tantas empresas, os investidores parecem confiantes de que um novo gigante da tecnologia emergirá.
Apesar do otimismo dos investidores, muitas das startups de IA incipientes terão dificuldades para corresponder às expectativas elevadas. E algumas acabarão falhando. Mesmo gigantes da IA como a OpenAI enfrentam a difícil tarefa de manter os custos sob controle: espera-se que as perdas do líder da IA cheguem a US$ 5 bilhões este ano.
A força do Vale
Outra constatação do relatório é que o dinheiro de VC está se concentrando no Vale do Silício, que abriga mais de um terço das startups de IA sediadas nos EUA.
No terceiro trimestre deste ano, as startups do Vale do Silício levantaram US$ 10,5 bilhões – mais de 2,5 vezes mais do que Nova York (US$ 3,9 bilhões), a segunda maior área metropolitana.
Mais de dois terços dos negócios do Vale do Silício este ano estão nos estágios inicial ou série A. Entre as startups em estágio inicial, a avaliação média para negócios este ano é de US$ 13,5 milhões, o nível anual mais alto já registrado.
Negócios
Os principais insights do NeoConference
Realizado em 10 de setembro, no Teatro B32, em São Paulo, o NeoConference, primeiro evento do NeoFeed, reuniu cerca de 200 empresários, executivos e empreendedores em torno do debate: “O Brasil de Hoje e do Futuro”.
Patrocinado pela Gerdau, Itaú Empresas e JBS, o encontro teve dez palestrantes, divididos em cinco painéis. Em comum, todos foram pautados pela discussão sobre os desafios e as oportunidades do Brasil nos próximos anos. Mas, cada um abordou o tema sob diferentes perspectivas.
O primeiro painel avaliou o que esperar do Brasil e do mundo sob a ótica dos grandes gestores de investimentos. Felipe Guerra, CIO da Legacy Capital, e Mário Torós, sócio e co-CIO da Ibiuna Investimentos, discutiram como o desequilíbrio fiscal compromete a queda de juros no país.
O segundo debate reuniu Daniel Sorrentino, sócio e CEO da gestora Patria Investimentos para as Américas, e Florian Bartunek, sócio-fundador da gestora Constellation. Os dois chegaram à conclusão que, quando se olha a longo prazo, as perspectivas são boas.
No painel seguinte, Christian Gebara, presidente da Vivo, e Sérgio Chaia, CEO da operação brasileira da IDTech Unico, avaliaram o potencial brasileiro frente ao avanço acelerado da inteligência artificial.
O quarto encontro contou com a participação de Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza e do Grupo Mulheres do Brasil, e Rubens Menin, presidente do Conselho de Administração da MRV, Inter, Log, CNN Brasil, Rádio Itatiaia e Conedi, Eles falaram das dificuldades de se fazer negócios e empreender no Brasil.
O NeoConference foi encerrado pelo bate-papo entre Gustavo Werneck, CEO e membro do conselho de administração da Gerdau, e Wesley Batista, integrante do conselho de administração da JBS e Pilgrim’s Pride Corporation e acionista da J&F Investimentos. Líderes de duas empresas que não apenas se internacionalizaram, como se tornaram relevantes no cenário mundial.
Apesar da diversidade dos temas, é possível sintetizar tudo o que foi discutido naquela manhã de 10 de setembro, na certeza de que as oportunidades existem e, sabendo aproveitá-las, o Brasil tem um futuro promissor pela frente.
Clique aqui para baixar um paper com os destaques do NeoConference.
Ou, se preferir, ouça o podcast do NeoConference:
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