Connect with us

Negócios

Na lei orçamentária de 2025, uma “surpresa” do setor privado

Prublicadas

sobre

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (Foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda)
Tempo de Leitura:2 Minuto, 28 Segundo


A Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025 será apresentada na sexta-feira, 30 de agosto, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deu um spoiler sobre um dos pontos que estará na peça: uma ajuda do setor privado.

Durante sua participação na 25ª Conferência Anual do Santander, via plataforma de vídeo, Haddad afirmou que recebeu há um mês uma proposta do setor privado que foi encaminhada com o projeto de lei. O ministro não detalhou, mas disse que tem ligação com um sistema tributário mais equilibrado.

“Recebemos uma proposta interessante elaborada pelo setor privado que estará no programa da lei orçamentária”, disse o ministro da Fazenda.

Ana Paula Vescovi, economista-chefe do Santander, que foi secretária do Tesouro Nacional e secretária-executiva do Ministério da Fazenda, no governo Michel Temer, tentou extrair mais detalhes de Haddad, mas em vão.

“Essa peça equilibrada vai ser mais equilibrada. Estou mais confiante que, no ano passado, quando achei subestimada as receitas ordinárias e superestimadas as extraordinárias”, diz o Ministro da Fazenda.

Haddad deu o exemplo da Receita Federal, que projeta sua receita conforme o IGP-DI. No ano passado, o índice teve um comportamento anômalo, o que provocou esse subdimensionamento. E o que se está vendo é uma receita recorrente (nesse sentido) surpreendente.

O Banco Central e a Selic

Antes de falar sobre a taxa de juros, Haddad fez questão de mencionar que as agências de classificação de risco estão trabalhando com o Brasil para fazer uma revisão na nota soberana de crédito.

Na Standard & Poor’s, Fitch e Moody’s, as três principais agências de rating, o Brasil precisa de dois degraus para chegar ao grau de investimento. A Standard & Poor’s fez a revisão mais distante, em dezembro do ano passado. As outras duas mantiveram a perspectiva estável entre maio e junho deste ano.

“O Brasil já tem o grau de investimento. Mas além dos modelos matemáticos, há o fator subjetivo”, disse Haddad. “Estão sendo revistos o fiscal, a dívida e o juro. E a impressão é de bons frutos dessa estratégia.”

Mas o ministro da Fazenda está convencido de que a taxa Selic permanecerá alta por mais um tempo, mesmo com os esforços para ajustes das contas públicas. Ele ressaltou que as metas fiscais têm sido atingidas, de forma saudável.

“O Banco Central deve manter, talvez, ainda, a taxa de juros restritiva. Mas no médio e longo prazo, não”, disse Haddad.

Sobre o nome que vai substituir Roberto Campos Neto, nenhum spoiler. Haddad contou que ele e o atual presidente do Banco Central conversaram no início deste ano para entender quando seria o momento para uma transição tranquila: entre o fim de agosto e começo de setembro.

“Passamos ao presidente [Lula] essa informação e tenho certeza que está na cabeça dele. o anúncio deve acontecer em breve”, falou Haddad.

Que essa informação chegue logo para acabar com as assimetrias e as incertezas que cercam o mercado.



Fonte: Neofeed

Negócios

No Brasil, o copo está “meio cheio” quando se olha para o longo prazo

Prublicadas

sobre

No Brasil, o copo está
Tempo de Leitura:2 Minuto, 53 Segundo


No momento em que a economia brasileira apresenta uma série de dificuldades macroeconômicas, deprimindo o humor dos investidores, o Pátria Investimentos e a Constellation Asset vêem o copo “meio cheio” para o Brasil quando o olhar é ajustado para o médio e longo prazo.

A avaliação é de que, apesar dos riscos que teimam em se perpetuar, o País apresenta boas teses seculares e também tem companhias robustas, líderes de mercado, capazes de fazerem frente a qualquer nome global e oferecerem bons retornos para quem não tem um olhar de curto prazo.

“Os ruídos e barulhos de curto prazo preocupam, o risco que tem que correr no Brasil é alto” disse Daniel Sorrentino, sócio e CEO do Pátria para as Américas, na terça-feira, 10 de setembro, na NeoConference, evento do NeoFeed que está discutindo o Brasil de hoje e do futuro.

“Mas com uma dose de conservadorismo na hora de escolher os investimentos, vemos que o Brasil, no longo prazo, tem companhias e ativos bons, remunera muito bem o capital. Falta de oportunidades não é um problema”, complementou.

Com mais de US$ 25 bilhões investidos em ativos reais no Brasil, o Pátria entende que alguns segmentos apresentam boas perspectivas quando se olha para um prazo mais longo, caso das áreas de energia, infraestrutura e agronegócio.

Além desses, Sorrentino destacou o setor de real estate, tese relativamente nova do Pátria e recentemente reforçada com a aquisição de 100% da VBI Real Estate, em agosto. Para ele, essa é uma classe com boas perspectivas, diante da demanda dos investidores, incluindo as pessoas físicas, e da oferta de ativos no mercado.

“Existe um potencial enorme para que fundos e gestoras tenham participação enorme no mercado de fundos imobiliários”, afirmou.

Na Bolsa, em que os humores andam voláteis por conta da situação fiscal local e a condução da política monetária nos Estados Unidos, Florian Bartunek, sócio-fundador e CIO da Constellation, avalia que as boas oportunidades existem para quem pensa mais além do curto prazo. “Na maior parte das vezes é melhor não focar no macro, mas nas companhias”, disse.

Por ter uma série de barreiras de entrada, legislações distintas em cada Estado, e que muda frequentemente, o Brasil representa um desafio para muitas companhias, segundo Bartunek, mas acaba sendo uma oportunidade para quem consegue navegar por esse cenário e tem uma visão empreendedora.

“As margens das empresas incumbentes brasileiras são muito altas”, afirmou. “A Localiza, por exemplo, é a melhor locadora de carros do mundo. A questão é achar os incumbentes capazes de durar por muitos anos”

Ele destacou que a escolha precisa ser feita com cautela, apontando para duas questões que deveriam ser fundamentais para os investidores como são para a Constellation. A primeira é se conseguem atender as necessidades dos clientes, enquanto a segunda é o nível de alavancagem financeira, dois fatores que Bartunek acredita serem essenciais para garantir a perenidade.

Tanto para Sorrentino quanto para Bartunek, o Brasil tem boas possibilidades de atrair investidores internacionais, considerando a situação geopolítica, a competência das empresas, a qualidade dos ativos e dos gestores, sendo bastante visados por chineses e países do Oriente Médio. Mas uma melhora da imagem e do pitch de vendas é fundamental.

“O Brasil tem oportunidade de se emparceirar com países que enxergam o País com posição estratégica e deveríamos liderar uma série de pautas”, disse Sorrentino. “Cada vez mais sinto falta das teses de investimentos para o Brasil.”





Fonte: Neofeed

Continue Lendo

Negócios

“O Brasil tem todas as oportunidades disponíveis para capturar o potencial da IA”, diz Christian Gebara, da Vivo

Prublicadas

sobre

“O Brasil tem todas as oportunidades disponíveis para capturar o potencial da IA”, diz Christian Gebara, da Vivo
Tempo de Leitura:2 Minuto, 46 Segundo


A inteligência artificial (IA) continua sendo um dos assuntos mais comentados ao se falar de tecnologia e, no Brasil, não poderia ser diferente. No País, questões como infraestrutura, letramento e acessibilidade são determinantes para a adoção da IA. Com 215 milhões de habitantes, os desafios se multiplicam e uma questão fica no ar: o Brasil está preparado para o avanço tecnológico?

Christian Gebara, presidente da Vivo, e Sergio Chaia, CEO da operação brasileira da Unico, acreditam que sim, mas dizem ainda ser preciso desenvolver essa operação de forma estruturada. O assunto foi analisado pelos executivos no painel “Quem disse que o Brasil não é Tech”, dentro da NeoConference, evento do NeoFeed que está discutindo o Brasil de hoje e do futuro.

Para eles, no cenário macro, digitalização, infraestrutura, impostos e conectividade estão entre os pontos principais para serem pensados nesse processo. “A inteligência artificial exige infraestrutura, que é um ponto que a Vivo investe constantemente, tanto em 5G quanto na fibra, que são os meios que nos permitem usar a tecnologia aqui no Brasil”, afirma Gebara.

“A Vivo investiu R$ 9 bilhões no último ano para sofisticar a sua infraestrutura e auxiliar nesse momento de avanço tecnológico, ajudando a levar o acesso a mais regiões do país. Em 25 anos, já foram R$ 500 bilhões aportados nesse segmento”, diz o presidente da companhia.

Porém, ele lembra que, com o acesso cada vez mais disseminado, é preciso pensar em como preparar a população, que em grande parte não tem capacidades mínimas de letramento digital, para um mundo muito mais sofisticado e tecnológico.

sergio chaia unico
Sergio Chaia, CEO da Unico

A Unico, que foi considerada a segunda empresa de tecnologia mais valiosa do País, está utilizando a inteligência artificial para ajudar a população a evitar o lado ruim da tecnologia. Responsáveis por autenticar e proteger identidades no mundo digital, a empresa trabalha para ser mais rápida e eficiente do que os fraudadores locais.

“Eu costumo falar que a inteligência artificial atrai borboletas e mariposas. Ao mesmo tempo que é possível operar um paciente de forma muito mais rápida e efetiva com robôs movidos a IA, existe o lado sombra, que traz problemas como o deepfake e fraudes, que precisam ser endereçados para que essa convivência seja benéfica”, diz Chaia.

A empresa trabalha com inteligência artificial própria para comprovar a biometria dos usuários e também utiliza a tecnologia para treinar seus mecanismos de prevenção à fraude. “Nós precisamos estar sempre à frente do que os fraudadores estão criando e o nosso machine learning é essencial para nos colocar nessa posição”, diz o executivo da Unico.

Além do lado negativo da tecnologia, o presidente da Vivo relembra que, em um país como o Brasil, é preciso pensar nos impactos ambientais da inteligência artificial. Ele afirma que a tecnologia consome muita energia e água, então é necessário existir uma preocupação sobre o quanto isso vai trazer efeitos negativos e como minimizar essas questões.

“Pensando em todas essas questões, acredito que o Brasil tem todas as oportunidades disponíveis para capturar o potencial da IA e se tornar um nome importante na tecnologia”, diz Gebara. “Muito ainda está para ser criado e nós somos um país jovem, que tem a propensão à digitalização e, ajustando tudo o que conversamos, é possível capturar o melhor da IA.”





Fonte: Neofeed

Continue Lendo

Negócios

“O Brasil é a empresa mais desequilibrada e a de maior prejuízo”, diz Mário Torós, da Ibiuna

Prublicadas

sobre

mário torós ibiúna neoconference
Tempo de Leitura:3 Minuto, 48 Segundo


A próxima reunião do Copom, que acontece entre os dias 17 e 18 de setembro, deve aprovar um aumento da taxa Selic porque o arcabouço fiscal não para de pé e o Brasil tem a maior dívida e o maior déficit nominal entre os seus pares.

Essa foi a conclusão do primeiro painel da NeoConference, evento do NeoFeed que está discutindo o Brasil de hoje e do futuro, realizado na manhã de terça-feira, 10 de setembro, que contou com a participação de Mário Torós, sócio e co-CIO da Ibiuna Investimentos, e Felipe Guerra, CIO da Legacy Capital.

“O Brasil é a empresa mais endividada e a que tem o maior prejuízo entre os seus competidores; isso não se sustenta, o que explica a taxa de juros elevada no País”, afirmou Torós, do alto de sua experiência no tema – ele comandou a diretoria de Política Monetária do Banco Central (BC) entre 2007 e 2009 e, nesse posto, teve papel ativo durante a crise financeira global de 2008/2009.

Gestor de estratégia macro da Ibiuna, com mais de R$ 19 bilhões sob gestão, Torós diz que o debate quanto ao aumento de 0,25 ponto percentual (p.p.) ou de 0,50 p.p. da Selic na próxima reunião do Copom é irrelevante.

Segundo ele, o ponto central é a discussão sobre o porquê de o Brasil não conseguir se livrar dessa anomalia de ter taxa de juros elevada. “Olhando nossos dados, a inflação está controlada, com desemprego perto do mínimo, mas o desequilíbrio fiscal é muito forte e insustentável ao longo do tempo”, diz ele. “O impulso fiscal desde o governo anterior, em 2022, gera a situação que temos hoje: a maior dívida e o maior déficit nominal, de 10% do PIB.”

felipe guerra legacy capital
Felipe Guerra, da Legacy 

Guerra, gestor da Legacy, com aproximadamente R$ 24 bilhões sob gestão, cita a “dissintonia do Brasil” em relação a outros países do mundo, com inflação em elevação e atividade forte. Segundo ele, os dados da economia apenas expõem as contradições do arcabouço fiscal.

“O arcabouço não para de pé, as despesas de saúde e educação crescem mais rápido que o teto, comprimindo as despesas discricionárias, isso vai ficando insustentável”, diz Guerra. “As despesas não cabem nessa regra e precisa de reformas estruturais, como da Previdência, isso vai gerar ruído à frente.”

Em relação à situação de o Banco Central contar até o final do ano com dois presidentes – o atual, Roberto Campos Neto, e o indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gabriel Galípolo –, os dois gestores não hesitaram em afirmar em qual deles o mercado deve ficar atento: Galípolo.

“São três reuniões do Copom até a efetivação da troca de comando, com inflação muito pressionada”, adverte Guerra. “Galípolo terá de escrever a carta no começo do ano explicando por que a inflação estará acima da meta”, prevê.

Para o gestor da Ibiuna, como o efeito de uma decisão de política monetária ocorre nove meses à frente, é natural que a preponderância da pessoa que vai assumir a presidência do BC seja crescente. “O que esperamos é clareza, uma vez que a capacidade de comunicação do Copom reduz o custo da política monetária”, diz Torós.

A eleição presidencial nos Estados Unidos também foi abordada pelos debatedores. Torós chama a atenção que, mais do que saber quem vai ocupar a Casa Branca, é a composição do futuro Congresso americano que interessa ao mercado.

Ele prevê uma divisão, com republicanos ganhando no Senado e os democratas levando a Câmara dos Representantes, o que vai limitar o raio de ação do novo(a) presidente. Torós, porém, aponta um setor que não depende do Congresso, a decretação de tarifas de importação – proposta defendida por Donald Trump, o que, segundo ele, preocupa o Brasil.

“Em abril, Trump citou o Brasil como país protecionista em relação aos EUA”, lembra Torós, citando que as tarifas médias de importação cobradas pelo Brasil é de 31%, contra apenas 3% cobradas pelos EUA. “Isso pode ser um risco para o País, afetando os ativos brasileiros.”

Guerra, por sua vez, adverte que as agendas mais radicais devem prevalecer no caso de o candidato vencedor tiver alinhamento com o Congresso. “Kamala Harris é mais do mesmo, com gasto fiscal elevado, com inflação e juros desacelerando, bolsa mais baixa”, aposta.

“Com Trump, porém, o Fed terá menos espaço para cortar juros, ele deve reduzir os impostos corporativos e manter o dólar forte, o que significa juro mais elevados e bolsa mais alta”, complementa o CIO da Legacy.





Fonte: Neofeed

Continue Lendo

Popular