Negócios
Na Syn, R$ 1 bilhão para os acionistas (e uma empresa extremamente descontada)
A Syn, antiga Cyrela Commercial Properties, está dando um presente de R$ 1 bilhão aos seus acionistas até o fim deste ano.
Nesta segunda-feira, 2 de setembro, a companhia anunciou uma proposta de redução de capital de R$ 560 milhões a ser paga em dezembro deste ano. Antes, havia comunicado dividendos de R$ 440 milhões.
O valor de mercado da Syn, antes do anúncio de redução de capital, é de R$ 1,2 bilhão – o que deve cair para pouco mais de R$ 600 milhões após a operação.
Um gestor comprado no papel resolveu fazer as contas e chegou à conclusão de que a ação da Syn está extremamente descontada. O NAV (valor líquido dos ativos) da Syn é de R$ 1,1 bilhão, segundo uma estimativa conservadora desse gestor.
A empresa, cuja principal receita é o valor dos aluguéis dos shoppings e dos imóveis que detém, é dona de ativos considerados muito bons, como o Shopping Cidade São Paulo, do qual tem uma fatia de 60%. Além disso, conta com participações em outros shoppings e tem lajes corporativas AAA.
“No preço atual, o que sobra está avaliado a um cap rate de 18%”, diz esse gestor. “O NAV, excluindo o que será distribuído aos acionistas, é duas vezes maior do que o valor de mercado.”
Esse fato já havia sido notado por muitos, quando a Syn vendeu ativos para o XP Malls por R$ 1,85 bilhão – 20% de seu valor de mercado na época. Por conta disso, a ação SYNE3 deu um salto de 70% em um único dia. “Agora, ficou ainda mais escancarado”, afirma esse gestor.
Do valor da venda para o XP Malls, entraram para o caixa da Syn “apenas” R$ 941 milhões. O restante será pago em duas parcelas com vencimentos no fim de 2024 e 2025.
Os dois maiores acionistas da Syn são Elie Horn, o controlador da Cyrela, e Leo Krakowiak com 23,58% e 22,18%, respectivamente.
Negócios
Goldman Sachs e Citi analisam a venda da Linx. A Totvs está no páreo?
Quatro anos depois de travar – e vencer – uma intensa disputa com a Totvs pela Linx, a Stone está buscando um comprador para a empresa de softwares de gestão para o varejo. Essa movimentação foi antecipada, com exclusividade, pelo NeoFeed, em matéria publicada na quinta-feira, 12 de setembro.
A empresa contratou o J.P. Morgan e o Morgan Stanley para encontrar um interessado na companhia, adquirida por R$ 6,7 bilhões. Nesse processo, a Totvs pode ser uma das candidatas a comprar a Linx. E por um valor muito mais baixo, dado que, hoje, o negócio vale metade do que a Stone pagou em 2020.
Com essa possibilidade na mesa, as discussões sobre uma eventual investida da Totvs já estão movimentando o mercado. E estão no centro de dois relatórios publicados nesta sexta-feira, 13 de setembro, pelo Goldman Sachs e o Citi.
“Acreditamos que um acordo poderia potencialmente trazer sinergias na meta da Totvs de expandir seu portfólio de Business Performance (historicamente direcionado a clientes menores do que o perfil típico de PME da Totvs) e torná-lo mais sofisticado”, ressaltou o Goldman Sachs.
Nessa frente, Vitor Tomita e Milenna Okamura, analistas do banco americano, observaram que muitas das ofertas da Linx foram projetadas para clientes de grande porte, um perfil que compõe, em grande parte, a carteira atendida pela companhia.
A dupla também destacou o potencial embutido na especialização da Linx em subsegmentos do varejo, a partir de uma série de aquisições feitas pela companhia. Esses M&As consolidaram seu domínio em verticais como vestuário, fast-food, postos de gasolina, farmácias e concessionárias de automóveis.
O banco também destacou que a gestão da Totvs ressaltou na call de resultados do segundo trimestre que os racionais estratégicos para a oferta feita pela Linx, em 2020, seguiam os mesmos. E que a empresa continuava interessada em comprar um software de gestão que expandisse sua oferta.
Nessa direção, o Goldman Sachs relembrou alguns tópicos da oferta na época. A complementaridade de segmentos atendidos foi justamente um desses temas, já que a Totvs é mais focada em setores como atacadistas e supermercados, com presença limitada nas verticais “dominadas” pela Linx.
Em outra linha, o fato de que a Totvs tem em suas fileiras do alto escalão diversos executivos com passagens pela Linx, entre eles, seu CEO, Dennis Herszkowicz, também foi destacado.
“Acreditamos que o conhecimento existente dos executivos sobre os negócios e ativos específicos da Linx pode ser benéfico na due-diligence e integração de qualquer eventual processo de fusão”, escreveu o Goldman, que têm recomendação neutra e preço-alvo de R$ 34 para a ação da Totvs.
O Citi, por sua vez, tomou como base a informação apurada pelo NeoFeed de que uma eventual venda poderia ocorrer pela metade do valor pago em 2020 para projetar que, sob esses termos, uma transação seria positiva para a Stone, levando a um potencial aumento de 6% em seu lucro líquido.
Já no que diz respeito à Totvs, o banco ressaltou que a companhia tem uma posição de caixa líquido de R$ 400 milhões e projetou que, caso a empresa faça uma proposta pela Linx e emita uma dívida para pagar o acordo, sua alavancagem aumentaria para 1,6 vezes, o que parece “relativamente confortável”.
As ações da Totvs estavam sendo negociadas com alta de 2,96% por volta das 12h35 na B3, cotadas a R$ 30,23. A empresa está avaliada em R$ 17,9 bilhões e seus papéis registram uma desvalorização de 10,2% em 2024.
Já as ações da Stone subiam 2,52% na Nasdaq por volta das 11h50 (horário local), cotadas a US$ 12,20. No ano, os papéis acumulam uma queda de 32,3%, dando à empresa um valor de mercado de US$ 3,7 bilhões.
Negócios
Números Falam #24 – Marcos de Oliveira, CEO da Iochpe-Maxion
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Negócios
Flutter dá “all-in” no mercado de bets e compra fatia da dona da Betnacional por R$ 1,9 bilhão
Em meio ao forte crescimento do mercado de bets no País, a americana Flutter Entertainment anunciou na madrugada desta sexta-feira, 13 de setembro, a aquisição de 56% do NSX Group, dono da marca Betnacional, por US$ 350 milhões (R$ 1,9 bilhão).
O acordo prevê ainda que a Flutter, empresa de apostas esportivas online, poderá adquirir os 44% restantes na NSX em um período de até dez anos. Listada na Bolsa de Nova York (NYSE), a companhia possui um valor de mercado de US$ 39 bilhões (R$ 220,5 bilhões) e registrou uma receita de US$ 3,6 bilhões (R$ 20,3 bilhões) no segundo trimestre de 2024.
Os sócios brasileiros da Betnacional – que conta com embaixadores como Galvão Bueno, Vinicius Jr. e os cantores Thiaguinho e Ludmilla – continuarão à frente dos negócios. A expectativa é de que a NSX gere cerca de US$ 256 milhões em receitas (R$ 1,4 bilhão) e um Ebitda ajustado de US$ 34 milhões em 2024 (R$ 192,2 milhões), segundo a Flutter.
O acordo prevê ainda que a NSX vai incorporar a marca Betfair Brasil, da Flutter, que patrocina nomes como Vasco e Cruzeiro. A previsão é de que a marca apresente uma receita de US$ 70 milhões em 2024 (R$ 395,8 milhões).
A Flutter está de olho no forte crescimento deste mercado, que desde 2018 apresentou uma expansão composta anual de receita bruta de 38%, para quase US$ 3 bilhões em 2023 (R$ 17 bilhões). O acordo resulta na criação da Flutter Brasil.
“A transação está totalmente alinhada com a estratégia da Flutter de investir em nomes líderes nos mercados internacionais, garantindo as primeiras posições para a Flutter no mercado regulado e de rápido crescimento do Brasil”, diz um trecho do comunicado.
A aquisição vem no momento em que a regulação para o mercado de bets deve entrar em vigor em 2025. Segundo o governo federal, a Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda (SPA-MF) recebeu 113 pedidos de autorização de 108 empresas para a exploração de apostas de quota fixa.
No começo do ano, a XP divulgou um relatório apontando que o mercado de apostas esportivas online já movimenta R$ 100 bilhões.
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