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O fiasco de Bill Ackman

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O fiasco de Bill Ackman
Tempo de Leitura:1 Minuto, 49 Segundo


Nem todo o sucesso do bilionário Bill Ackman nas redes sociais, nem um pedido inusitado de ajuda aos investidores foi capaz de levar adiante o IPO do fundo Pershing Square USA (PSUS). Pelo menos por enquanto.

Segundo comunicado divulgado na sexta-feira, 26 de julho, no site da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), a operação, prevista para ocorrer na semana que vem, foi adiada. A nova data não foi informada, nem os motivos que levaram a esta decisão.

A notícia veio após o fechamento do mercado e depois que Ackman enviou nesta semana uma carta aos investidores de sua holding, formado por instituições financeiras e indivíduos com patrimônios elevados, para que participassem do IPO.

Segundo o jornal The Wall Street Journal, Ackman escreveu que “quanto mais cedo [participassem] melhor”, para “fortalecer” a operação.

A expectativa inicial de Ackman é que fossem levantados cerca de US$ 25 bilhões, no que seria o maior IPO desde que a Saudi Aramco, a petrolífera da Arábia Saudita, conseguiu arrecadar US$ 29,4 bilhões em janeiro de 2020, quando vendeu uma fatia de seu capital social. A gestora, fundada em 2003, conta atualmente com cerca de US$ 18 bilhões sob gestão.

No entanto, diante das dificuldades, a Pershing teve que reduzir significativamente as expectativas recentemente, para entre US$ 2,5 bilhões e US$ 4 bilhões.

O gestor ativista, conhecido pelas campanhas contundentes contra empresas como a rede de fast food Wendy’s e a fabricante de suplementos alimentares Herbalife, também apostou na sua fama no X (antigo Twitter) para alavancar a operação.

Com cerca de 1,3 milhão de seguidores na rede social, em que teceu críticas a respeito dos rumos da economia dos Estados Unidos e defendeu Israel na guerra contra o Hamas, Ackman chegou a dizer em reunião com potenciais investidores que sua presença no X deve ajudar a conseguir um valuation elevado para o IPO.

A operação contava com 30 coordenadores, entre eles Citi, UBS, Bank of America (BofA). O BTG Pactual também estava atuando como um dos bookrunners no IPO do fundo, que estava em busca de investidores institucionais, sobretudo na América Latina, conforme apurou o NeoFeed.





Fonte: Neofeed

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Energisa “baixa a voltagem” de seu negócio de energia renovável

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painel solar
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A (re)energisa, braço de energia renovável da Energisa, passou por uma reestruturação dos negócios na primeira semana de outubro. A holding que atua no segmento de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia decidiu “baixar a voltagem” do segmento em virtude dos fracos resultados.

O NeoFeed apurou que a (re)energisa, que detém 95 usinas solares em operação em Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro, decidiu cortar 20% do seu quadro de funcionários ao conquistar apenas um terço do total de clientes que projetava para o mercado livre de energia.

A empresa tinha traçado um plano para ser uma das líderes nesse mercado livre de energia. No início deste ano, os clientes de média e alta tensão foram autorizados pela Aneel a escolher o seu fornecedor de energia e negociar diretamente com as comercializadoras (que também podem ser geradoras e desenvolvedoras). Esses são contratos grandes e de longo prazo.

A (re)energisa, por exemplo, conquistou um grande cliente do setor automotivo. Um contrato com prazo de seis anos e receita aproximada de R$ 22 milhões. O problema é que esse é um dos poucos casos da carteira da empresa.

Mas, assim como a (re)energisa colocou sua equipe de vendas para trabalhar, a concorrência também saiu em busca desses consumidores. E a estimativa é que cerca de 80% das empresas desse segmento de média e alta tensão já tenham escolhido suas fornecedoras de longa duração.

Para as empresas de energia, a competição exigiu quase que uma troca: investir na conquista do cliente e rentabilizar no futuro ou com a oferta de serviços de valor agregado (SVA). Nem sempre a empresa consegue resultado imediato. Até o primeiro semestre, a (re)energisa tinha perdido 11,4% de receita líquida em SVA na comparação com o mesmo período de 2023.

A (re)energisa tinha como meta alcançar 1,2 mil contratos no mercado livre de energia. Mas, até o terceiro trimestre, foram assinados cerca de 400 acordos.

Além disso, o que mais tem preocupado é a tendência de crescimento do churn no segmento de energia renovável. A taxa da (re)energisa está em torno de 6% de clientes que têm optado por romper ou cancelar contratos.

O desempenho aquém do esperado trouxe consequências. Toda energia contratada pela companhia à espera desses clientes está à disposição do mercado. E sem ter a quem fornecer, vira custo para a operação.

Segundo relatos ouvidos pelo NeoFeed, a empresa vem acumulando um déficit de R$ 30 milhões nessa unidade de negócios ligada às fontes renováveis de energia. A perda é pequena – até irrelevante – para um grupo que registrou receita operacional bruta de R$ 10,7 bilhões no segundo trimestre deste ano.

Esse desempenho mexeu com a estratégia pensada pela Energisa para a (re)energisa. O marketing, por exemplo, perdeu 60% do orçamento de R$ 15 milhões para o ano – sendo que quase a totalidade autorizada foi utilizada para contratar o treinador da seleção brasileira de vôlei Bernardinho como garoto-propaganda.

A Engie, que é uma grande concorrente no mercado livre, está investindo R$ 50 milhões para reforçar sua estratégia de conquistas de novos clientes. O resultado é que a empresa passou de 1,4 mil contratos assinados. No fim do segundo trimestre, a empresa tinha conseguido aumentar 56,3% o número de clientes em relação ao mesmo período do ano anterior.

Pessoas que participaram de reuniões recentes com Ricardo Botelho, CEO da Energisa, contaram ao NeoFeed terem ouvido o seguinte questionamento sobre a participação da empresa no mercado livre de energia: para que investir tempo e dinheiro se “não estamos trazendo clientes e estamos perdendo para a concorrência”?

Como consequência dessa baixa performance, a direção da Energisa decidiu cortar 20% do quadro de funcionários da (re)energisa. Cerca de 120 pessoas foram desligadas de praticamente todas as áreas na primeira semana de outubro – menos a de engenharia que presta “serviço híbrido” para todos os negócios.

Ao NeoFeed, a (re)energisa afirma que “implementou capturas de sinergias operacionais entre suas áreas de negócio, a fim de aumentar a agilidade em processos e tomada de decisões”.

“A (re)energisa reitera que segue comprometida em ser o parceiro ideal dos clientes, oferecendo as melhores soluções em energias renováveis”, complementa a nota da companhia de energia renovável.

A ação na bolsa

Há cerca de três meses, o volume financeiro entre as gestoras compradas e vendidas na ação ENGI11, da Energisa, era equivalente.

O NeoFeed conversou com duas gestoras que estavam short no papel. Ambas relataram que a estratégia era pontual e já desmontaram a posição. E que a Energisa tem fundamentos sólidos para competir com os pares do setor de energia.

“A Energisa é excelente na qualidade, mas tem uma estratégia mais conservadora e perde oportunidades. Preferimos a Equatorial, que cria mais valor para o acionista”, disse um desses gestores.

Entre agosto e setembro, o short interest (ações de uma empresa que estão vendidas a descoberto) da Energisa estava em 1%, sendo o indicador mais baixo do setor. A Auren, por exemplo, que recentemente adquiriu a AES Brasil, oscilou entre 14% e 18% e a Engie Brasil entre 16% e 18%.

Questionados sobre a recente mudança na (re)energisa, os gestores ouvidos pelo NeoFeed disseram que é preferível “a empresa focar os esforços nos negócios que ela sabe gerir bem e ser remunerada por eles”. “O ativo de renovável e a capacidade não mudam em nada a história da empresa”, afirma a outra fonte.

Vladimir Pinto, analista da XP, afirma que a Energisa opera bons ativos e que encontrou um caminho de crescimento interessante no segmento de transição energética com o investimento em gás natural.

“Em gás natural, a penetração é baixa e a rede não é capilarizada no Brasil. É um dos elementos da transição natural de um combustível mais competitivo”, diz o analista, que tem recomendação de compra e preço-alvo de R$ 67 (upside de pouco mais de 54%).

Para o BTG Pactual, a ação ENGI11 também é compra, com preço-alvo de R$ 63, o que significa um upside de quase 45% sobre o valor atual de tela. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) projetado pelo banco para este ano é de 16,1% e em 2025, de 12,2%.

“Embora os custos tenham permanecido sob controle em seu braço de distribuição, as despesas consolidadas com pessoal, material, serviço e outros (PMSO) da Energisa cresceram 13% no ano contra ano, impulsionadas por maiores despesas com pessoal (+11%), materiais (+6%) e terceiros (+18%). A inadimplência também aumentou 63% no ano contra ano”, escreveram Joao Pimentel, Gisele Gushiken e Maria Resende, analistas do BTG, em relatório.

No balanço divulgado no fim do segundo trimestre, a dívida líquida da Energisa estava em R$ 23,44 bilhões. A alavancagem da companhia era de 2,7 vezes (x) a relação dívida líquida sobre o Ebitda. Os covenants para contratos de empréstimo e financiamento é de 4x para aqueles assinados até 2019 e de 4,25x desde então.

Com valor de mercado de R$ 22,2 bilhões, a ação da Energisa está em queda de 16,7% no ano, até quarta-feira, 9 de outubro.





Fonte: Neofeed

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O “laboratório de ideias” de Elie Horn para promover o bem

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think tank do bem elie horn
Tempo de Leitura:3 Minuto, 41 Segundo


Quando o assunto é filantropia e fazer o bem, Elie Horn é a principal referência no empresariado brasileiro. Mesmo dedicando quase 50 anos à Cyrela, uma das principais incorporadoras e construtoras do País, avaliada em R$ 8,7 bilhões, o empresário sempre buscou conciliar o trabalho com a filantropia.

Agora, seu Elie, como ele é conhecido, quer engajar a sociedade a fazer o bem. Para isso, ele reuniu um grupo de mais de 30 pessoas, entre empresários, políticos e intelectuais, para criar o Think Tank do Bem, um “laboratório de ideias” para desenvolver iniciativas que promovam o avanço do bem no País.

“O grupo não envolve dinheiro, ele pretende promover ideias”, disse “seu Elie”, ao NeoFeed, durante o lançamento do grupo. “Queremos passar ideias boas para a mídia e eventualmente para o governo [para serem promovidas na sociedade]. É produzir ideias o tempo inteiro.”

Nos últimos seis meses, em todas as primeiras segundas-feiras do mês, esse grupo de mais de 30 pessoas – que conta com nomes como Flávio Rocha, presidente do conselho de administração da Guararapes; Alexandre Cruz, sócio-fundador da JiveMauá; Guilherme Benchimol, fundador da XP; José Galló, ex-CEO da Renner; e Pedro Passos, cofundador da Natura – se reuniu na casa do seu Elie para discutir ideias e projetos que promovam avanços na sociedade.

Com o intuito de promover o bem de diversas maneiras, o think tank se dividiu em cinco grupos temáticos – combate à miséria, educação, saúde, meio ambiente e Justiça. As ideias são discutidas dentro desses comitês, para serem elaboradas, estruturadas e depois levadas para serem debatidas por todo o grupo.

Caso aprovadas, o think tank pretende fazer promoção dessas iniciativas. O grupo também pretende reverberar ideias e iniciativas que já existem, sempre com o intuito de engajar a sociedade.

“Uma ideia boa pode ser melhorada, adaptada e implementada por vários outros setores da sociedade, público ou privado. Nosso compromisso é intelectual, de tempo, para disseminar iniciativas para ampliar a cultura de fazer o bem”, afirmou Alexandre Cruz. “Vamos precisar de outras pessoas, de outros setores da sociedade, para ajudar, validar, lapidar e, principalmente, implementar as ideias.”

Seu Elie conta que a ideia de criar um think tank voltado para pensar iniciativas visando a promoção do bem veio, mais ou menos, há três anos. No entanto, por conta da doença de Parkinson, que o fez deixar o comando da Cyrela em 2014, ele acabou deixando de lado a iniciativa, que acabou retomada no ano passado. “Até montar o grupo [do think tank] levou meses, e nosso grupo é um grupo muito bom, com um PIB social, intelectual e financeiro muito forte”, diz.

A expectativa é de que as primeiras iniciativas sejam apresentadas no fim do ano. O comitê de justiça, por exemplo, está trabalhando em temas de insegurança jurídica e as consequências para o Estado de Direito e, por consequência, para o bem da sociedade.

Segundo Ellen Gracie, ex-ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), que encabeça o comitê junto com Renata Moura, sócia da consultoria de estratégia Integration Consulting, a origem da insegurança jurídica é o fato de a legislação ser caótica, muito extensa, por vezes conflitante, que deixa as pessoas às vezes sem saber exatamente como aderir ao Estado de Direito.

“Nossa ideia é fazer um experimento com um setor da sociedade, restrito, para podermos controlar, e examinar toda a legislação que diz respeito àquele setor, e propor uma proposta, a ser encaminhada ao Congresso, de redução dessa legislação, com eliminação de normas que são sobrepostas, repetitivas, que não representam segurança jurídica”, afirmou Gracie.

O Think Tank do Bem representa mais uma das iniciativas de seu Elie na promoção do bem. Ele também é um dos fundadores do Movimento Bem Maior, voltado ao estímulo da filantropia, e recentemente deixou a timidez de lado para lançar uma biografia, que terá o dinheiro da venda destinado a projetos sociais.

O empresário também aderiu ao movimento The Giving Pledge, criado por Warren Buffett, Bill Gates e sua ex-esposa Melinda French Gates, para incentivar a doação de ao menos metade da fortuna em vida ou após o falecimento. Seu Elie se comprometeu em doar 60% de seu patrimônio em vida, estimada atualmente em R$ 3 bilhões.

“Pretendo deixar o mundo melhor do que quando eu nasci”, disse seu Elie.”Quanto [melhor], eu não sei, porque não depende apenas de mim, mas a minha obrigação é tentar.”





Fonte: Neofeed

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O “lubrificante” que emperrou o IPO da Moove: o risco-Brasil

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Ainda não foi dessa vez. Após alimentar a expectativa do mercado com a promessa de concretizar a primeira listagem de uma companhia brasileira desde a abertura de capital do Nubank, em dezembro de 2021, a Moove, empresa de lubrificantes da Cosan, adiou seu IPO na Bolsa de Nova York.

A Cosan informou na noite de quarta-feira, 9 de outubro, que, “em função das condições adversas de mercado”, decidiu não prosseguir, neste momento, com a oferta pública inicial de ações da companhia. E acrescentou que manterá o mercado atualizado sobre o desenvolvimento deste tema.

O caminho da Moove para o IPO em Nova York ganhou ares oficiais em 17 de setembro, quando a companhia protocolou o pedido para a abertura de capital da operação junto à Securities and Exchange Commission (SEC), a comissão de valores mobiliários americana.

Duas semanas depois, em 1º de outubro, o grupo avançou com o projeto ao divulgar o plano de captar até US$ 437,5 milhões (cerca de R$ 2,5 bilhões) com a oferta de 25 milhões de ações, precificadas em uma faixa estimada de US$ 14,50 a US$ 17,50.

Com essa projeção de precificação – a definição do patamar estava marcada para hoje -, a Cosan buscava um valuation de até US$ 1,94 bilhão para a companhia de lubrificantes na oferta coordenada pelos bancos J.P. Morgan, Bank of America, Citi, Itaú BBA, BTG Pactual e Santander.

Conforme reportado pelo site Pipeline, a empresa tinha uma demanda de duas vezes a oferta. Ela estava distribuída, porém, em ordens pequenas e em investidores com perfil de giro mais rápido, o que tornava difícil assegurar uma boa negociação do papel após a listagem.

Um tema recorrente nas conversas finais foi o risco-Brasil. Nesses termos, fundos long-only que haviam acenado com ordens de US$ 30 milhões acabaram entrando com ordens na casa de US$ 2 milhões para reduzir a exposição a esse risco.

Com o ciclo de juros novamente em viés de alta no Brasil e os dois terços do Ebitda da Moove ainda no País, a tese acabou não emplacando. A expectativa é que, dentro de dois anos ou a partir de uma nova aquisição, essa proporção do Ebitda mude.



Fonte: Neofeed

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