Negócios
O poder da neutralidade: por que uma plataforma independente é essencial para a indústria fitness
A indústria de bem-estar e fitness no Brasil está passando por uma transformação significativa. As plataformas digitais estão revolucionando o setor, tornando-o mais acessível à população em geral. Além disso, os empregadores agora percebem que oferecer planos de bem-estar é algo essencial para os colaboradores e um fator-chave para o desempenho das empresas.
Pesquisa do Wellhub mostra que 92% dos colaboradores no Brasil valorizam seu bem-estar no trabalho tanto quanto o salário, e 82% acreditam que o empregador tem responsabilidade em ajudá-los a cuidar do seu bem-estar. Isso representa uma oportunidade não só para empregadores e seus colaboradores, mas também para a indústria fitness. As vendas corporativas são uma nova e vasta fonte de receita.
Entretanto, há um ponto fundamental para a indústria levar em consideração: a importância de firmar parcerias com plataformas de bem-estar corporativo que mantenham a neutralidade. Como a principal plataforma de bem-estar corporativo no Brasil, o Wellhub atua como parceiro estratégico para mais de 30.000 academias, studios e serviços de bem-estar, conectando-os a milhares de clientes corporativos e seus milhões de colaboradores.
Criamos um ecossistema onde academias e studios podem alcançar novos usuários e gerar receita incremental do mercado corporativo. Nossa plataforma oferece aos parceiros o canal de vendas corporativas mais eficiente do setor, ajudando-os a maximizar seu potencial. Entre 2021 e 2024, o Wellhub entregou uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 75% em pagamentos aos parceiros.
O sucesso do Wellhub é construído em uma relação de confiança, e é por isso que mais de 4.000 novos parceiros aderiram à nossa rede no Brasil somente neste ano, atraídos pela oportunidade de crescimento acelerado por meio da nossa plataforma. A chave para esse crescimento está em nosso modelo: somos 100% dedicados a ajudar nossos parceiros a crescerem. Diferente de outras plataformas no mercado, o Wellhub não possui marcas próprias de academias ou studios.
Uma das principais vantagens do nosso modelo é que nós só crescemos quando nossos parceiros crescem. Essa abordagem simples, mas poderosa, garante que estejamos comprometidos com parcerias de longo prazo, onde o sucesso é uma jornada compartilhada. Por isso, investimos em nossos parceiros, impulsionando o seu reconhecimento de marca, a aquisição de novos alunos e o crescimento da receita.
Nossa plataforma oferece aos parceiros o canal de vendas corporativas mais eficiente do setor, ajudando-os a maximizar seu potencial
Academias e studios de pequeno e médio porte compõem aproximadamente 90% da base de parceiros do Wellhub no Brasil. Esses negócios contam com o ecossistema do Wellhub para competir e sobreviver em um mercado cada vez mais agressivo, onde a integração vertical e a consolidação ameaçam sua independência.
Diferente de plataformas que priorizam marcas próprias, o Wellhub está totalmente comprometido em direcionar um volume incremental de usuários e visitas aos seus parceiros. Mais de 50% dos nossos pagamentos para a indústria são direcionados para parceiros de menor porte e, como parte da nossa estratégia para aumentar o tráfego de usuários, incluímos mais de 2.500 desses parceiros em planos mais acessíveis, tornando seus serviços disponíveis a um público mais amplo.
Ao firmar parceria com o Wellhub, as academias e studios brasileiros conseguem competir com igualdade, em um campo de jogo equilibrado. Mantemos nossa neutralidade e estamos focados exclusivamente em expandir nosso ecossistema e impulsionar a indústria fitness, em vez de competir com os próprios negócios que atendemos.
Os colaboradores em nossa plataforma estão mais engajados do que nunca, e o efeito desse engajamento beneficia não apenas eles, mas também as empresas para as quais eles trabalham e os parceiros em nossa rede. Em diversos setores, vemos exemplos convincentes de como o alto engajamento na nossa plataforma resulta em colaboradores mais saudáveis, maior produtividade e melhores resultados para os negócios.
A Toro, uma das principais empresas de serviços financeiros do mercado, viu 94% de seus usuários inscritos na nossa solução de saúde emocional ativamente engajados, com 70% relatando melhorias significativas em indicadores de ansiedade
A Riachuelo, por exemplo, uma das principais varejistas do Brasil, experimentou um aumento de 355% no engajamento dos colaboradores com nossa plataforma em comparação com a solução anterior, levando a melhorias no bem-estar e redução do absenteísmo. A Toro, uma das principais empresas de serviços financeiros do mercado, viu 94% de seus usuários inscritos na nossa solução de saúde emocional ativamente engajados, com 70% relatando melhorias significativas em indicadores de ansiedade. Essa participação elevada se traduz diretamente no sucesso dos nossos parceiros, com mais colaboradores adotando as ofertas de fitness e bem-estar, aumentando as visitas, o crescimento da receita e a lealdade de longo prazo às academias, studios e serviços de bem-estar em nossa rede.
O Poder da Neutralidade: Empoderando Empreendedores de Bem-Estar e Fomentando um Ambiente Competitivo
O Brasil apresenta desafios únicos para empreendedores da indústria fitness e de bem-estar, onde um grande player do segmento low-cost detém a maior parte do mercado, frequentemente ofuscando os concorrentes.
O Wellhub trabalha para equilibrar o campo de jogo, permitindo que pequenas e médias empresas possam competir de forma eficaz e prosperar nesse cenário. Segundo o SEBRAE, metade das micro, pequenas e médias empresas do setor fitness do Brasil fecha nos primeiros cinco anos. Essa tendência é observada entre os parceiros do Wellhub, com 3.300 academias e studios da nossa rede tendo fechado as portas em 2023.
Para evitar conflitos de interesse e focar inteiramente no sucesso dos nossos parceiros, o Wellhub optou por não possuir academias ou studios próprios, operando com total neutralidade. Essa escolha estratégica permite ao Wellhub se concentrar exclusivamente em ajudar nossos parceiros a crescer, garantindo que possamos direcionar todos os recursos para fortalecer o ecossistema e apoiar as ofertas únicas dos nossos parceiros, em vez de priorizar nossa rede própria em detrimento dos negócios que nós servimos.
A independência do Wellhub impede que nossos parceiros sejam usados apenas para gerar insights de mercado para fortalecer as operações de nossas marcas próprias, ou, em última instância, levados a fechar as portas.
Em 2022, o Wellhub assinou um acordo formal com o CADE, visando garantir que nossas ações estejam alinhadas com as diretrizes antitruste do Brasil, conforme esperado pela autoridade regulatória. Esse acordo reforça nosso compromisso em oferecer um ambiente justo, transparente e competitivo para todos os parceiros.
Diferente de modelos que dependem da expansão de suas redes próprias de academias ou studios, o Wellhub está comprometido em fomentar um ambiente equilibrado e competitivo. Graças à eficiência do nosso canal de vendas corporativas, trazemos visibilidade e engajamento aos nossos parceiros de toda a indústria fitness, ajudando-os a acessar novos públicos e crescer de forma sustentável. Nossa abordagem está centrada em apoiar uma rede aberta e inclusiva que prioriza a diversidade e o sucesso de longo prazo da indústria.
Na IHRSA deste ano, a maior feira fitness da América Latina, conversamos com diversos parceiros sobre sua decisão de ingressar na nossa plataforma. Muitos destacaram que, além do benefício estratégico de fornecer serviços de bem-estar através de um modelo exclusivamente B2B—trazendo novos usuários e gerando receita incremental—nossa neutralidade foi um fator decisivo.
O Wellhub assinou um acordo formal com o CADE, visando garantir que nossas ações estejam alinhadas com as diretrizes antitruste do Brasil, conforme esperado pela autoridade regulatória
Por exemplo, a Mr. Move, uma rede de cinco unidades em Minas Gerais, compartilhou que o Wellhub tem sido essencial para escalar seu negócio, aumentando a visibilidade da marca, atraindo novos usuários e proporcionando resultados financeiros expressivos. Além disso, ajudamos a competir em pé de igualdade contra uma grande rede que entrou na região abrindo várias unidades e concentrando participação de mercado.
De forma semelhante, a Run2Fit, uma rede com duas unidades em São Paulo, está ampliando uma unidade para 1.600 metros quadrados para atender à crescente demanda. Com uma parcela significativa dos membros oriunda do Wellhub, a academia espera atingir a marca de 2.000 usuários, e destaca o nosso papel em apoiar o crescimento sustentável e o senso de comunidade dos seus alunos. A parceria com o Wellhub proporciona previsibilidade de receita que reforça o investimento na expansão.
A BioFisic, também de Minas Gerais, está abrindo seis novas unidades até o final do ano e atribui seu rápido crescimento de capacidade em novas unidades ao fluxo constante de usuários do Wellhub.
Enquanto isso, o Estúdio Qualivida, um estúdio de personal trainer e Pilates com 14 unidades no Rio de Janeiro, atribui uma parcela significativa de sua base de usuários ao Wellhub. Além de impulsionar a aquisição de clientes para novas unidades, a parceria ajuda o Qualivida a rivalizar com redes maiores, permitindo que os membros treinem em várias unidades, o que também impulsiona sua estratégia de expansão.
O Wellhub opera um ecossistema onde todos ganham. Os líderes de RH podem facilmente fornecer uma solução abrangente de bem-estar, os colaboradores têm opções flexíveis e acessíveis, e os parceiros de bem-estar ganham acesso a milhões de novos clientes em potencial. É uma situação ganha-ganha-ganha para os empregadores, colaboradores e a indústria fitness do Brasil.
*Esse artigo foi escrito por Pietro Carmignani, Vice-Presidente Executivo de Parcerias do Wellhub
Negócios
Reestruturação da Azul melhora liquidez, mas dilui acionistas em 27%, diz Goldman Sachs
A Azul concluiu o processo de reestruturação de dívida com credores, arrendadores de aeronaves e fabricantes de equipamentos, após captar US$ 525 milhões junto a investidores.
Com o novo dinheiro em “mãos”, a companhia aérea limpou um total de US$ 1,6 bilhões do seu balanço ao longo do último ano, o que deve representar, na visão da Azul, uma redução da alavancagem de 4,8 vezes o Ebtida para 3,4 vezes em relação ao nível do terceiro trimestre do ano passado.
Na visão do Goldman Sachs, as movimentações feitas pela companhia ao longo de 2024 efetivamente ajudarão a melhorar sua liquidez e reduzir a alavancagem, problema que se evidenciou após a pandemia do Covid-19.
O plano de reestruturação, que também contou com a emissão de 94 milhões de ações para arrendadores e fabricantes, vai significar uma diluição de 27% para os acionistas atuais da empresa.
O Goldman Sachs faz outra conta que leva em consideração o preço médio do ADR da Azul nos últimos 15 dias e inclui a conversão de 35% do principal da dívida. Isso resultaria na emissão de aproximadamente 147 milhões de novas ações.
A conversão da debêntures de 52,5%, por sua vez, adicionaria cerca de 233 milhões de ações ao mercado. Com isso, seriam emitidas cerca de 475 milhões de novas ações implicaria uma diluição de aproximadamente 136% em relação ao número atual de ações.
Com essas ressalvas, os analistas mantiveram a recomendação dos papéis da Azul no patamar neutro, com preço-alvo de R$ 5,40. Na visão deles, as ADRs podem atingir um valor justo de US$ 2,70 por papel. Esses valores representariam um potencial de valorização de 21,3% e 18,9%, respectivamente.
Para Amorim e Frizo, ainda existem alguns riscos que podem colocar a tese da Azul, que assinou recentemente um memorando de entendimento para uma possível fusão com a Gol, em risco.
Entre eles estão as variações no preço do petróleo, que podem afetar os custos operacionais da companhia; as flutuações cambiais; a variação na demanda por viagens nos próximos meses e anos; e o nível de concorrência no setor, a depender das próximas definições junto à Gol.
Em entrevista ao NeoFeed, o CEO da Azul, John Rodgerson, afirmou que as conversas com a Gol foram aceleradas, já que a companhia, controlada pela Abra Group, que tem a família Constantino como principal acionista, deve sair da recuperação judicial dentro de quatro meses.
Enquanto isso, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) já poderiam analisar o mérito do negócio.
Se a operação for concluída, a junção das companhias dará origem a uma empresa com mais de 300 aeronaves, faturamento combinado de R$ 25,3 bilhões de janeiro a setembro de 2024 e 60,3% do mercado nacional, desbancando da liderança a Latam, que tem 39,4%.
As ações da Azul fecharam o pregão desta quarta-feira, 29 de janeiro, em alta de 0,67%. A empresa está avaliada em R$ 1,5 bilhão.
Negócios
Melnick volta a se unir com a Even e chega a São Paulo
Depois de encerrar uma parceria de 16 anos com a Even, a Melnick voltou a se unir com a incorporadora paulista, para lançar seu primeiro empreendimento em São Paulo.
A incorporadora gaúcha anunciou nesta quarta–feira, 29 de janeiro, o desenvolvimento de um condomínio de alto padrão no bairro Vila Madalena, com valor geral de vendas (VGV) de aproximadamente R$ 700 milhões.
O projeto, que conta com 80 unidades de cerca de 355 metros quadrados, além de uma completa área de lazer, representa a nova fase da Melnick, que através de parcerias com outras incorporadoras quer expandir sua área de atuação para além de Porto Alegre, sua cidade de origem.
“Temos hoje um mercado, em Porto Alegre, em que atuamos, que não está expansionista. Então, está mais difícil crescer na cidade”, diz Leandro Melnick, CEO da Melnick, ao NeoFeed. “E da mesma forma que aconteceu no passado, quando a Even entrou em Porto Alegre em parceria com a Melnick, a Melnick está entrando em São Paulo.”
Com o acordo, Leandro vai deixar o conselho de administração da Even, mas se mantém como acionista da companhia – através da gestora Melpar Invest, ele detém uma participação de 7,61%.
A parceria com a Even não será nos mesmos moldes que no passado, quando a incorporadora paulista chegou a deter aproximadamente 43% do capital da Melnick após o IPO da incorporadora gaúcha, ocorrido em 2020. Leandro chegou a ser CEO da Even, reestruturando a operação.
Nesta nova fase, a relação é pontual, baseada no projeto e intermediada pela Melnick Partners, uma companhia criada pela incorporadora para firmar acordos com outras incorporadoras para desenvolver projetos em conjunto.
No começo, os acordos foram feitos com empresas em Porto Alegre, resultando num VGV de R$ 1 bilhão. Diante dos resultados, a Melnick decidiu fechar acordos com empresas fora de Porto Alegre.
Em dezembro de 2024, a Melnick anunciou sua chegada a Santa Catarina, com uma parceria com a incorporadora Müze para desenvolver um empreendimento na Praia Brava de Itajaí. O mesmo modelo foi utilizado para chegar em Curitiba, em um empreendimento com cerca de R$ 190 milhões de VGV. E, agora em São Paulo.
“As parcerias foram muito bem-sucedidas, deram muito resultado e nós aprendemos a ser parceiros”, diz Leandro. “Agora, estamos vendo muitas oportunidades, porque tem muitas empresas com bons negócios, mas querendo dividir risco, expor menos caixa e aí tem ótimos terrenos, com ótimas empresas, em condições de fazer parcerias.”
Ele destaca que as parcerias são firmadas de acordo com as oportunidades. E não descarta desenvolver projetos em São Paulo com outras empresas. Mas Leandro diz que a companhia não possui guidance de lançamentos via parcerias. “Não temos pressão por crescimento”, afirma.
As ações da Melnick fecharam o pregão com queda de 0,82%, a R$ 3,65. Em 12 meses, acumulam recuo de 15,9%, levando o valor de mercado a R$ 753 milhões.
Negócios
Para Henrique Meirelles, governo caiu na própria armadilha
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva chegou na metade de seu mandato pagando pelo erro de ter apostado numa política fiscal expansionista desde a transição, acelerando a economia no curto prazo, que acabou estimulando a inflação e, como efeito, a elevação da taxa de juros.
Por isso, os próximos dois anos serão os mais difíceis para a atual gestão – pois terá de enfrentar os efeitos dessa expansão fiscal, entre eles a evolução da dívida pública, que começa a gerar desconfiança do mercado, tudo isso em meio a um ambiente político adverso no Congresso, por causa das emendas impositivas, que cada vez mais travam o Orçamento e reduzem o espaço de ação do governo.
Esse cenário sombrio para a economia do País no curto prazo foi traçado na quarta-feira, 29 de janeiro, por Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da Fazenda, e pelo economista Marcos Lisboa, ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda e presidente do Insper, no último painel do LAIC2025, evento promovido pelo banco suíço UBS.
O painel transcorreu enquanto o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, em sua primeira reunião sob comando do novo presidente do BC, Gabriel Galípolo, confirmava o aumento de 1 ponto percentual da taxa Selic, que agora é de 13,25% ao ano.
Em suas intervenções, Meirelles e Lisboa fizeram uma retrospectiva da economia brasileira desde o primeiro mandato de Lula, no início dos anos 2000, até os dias atuais, apontando erros e acertos da política econômica dos governos de turno e da atuação do Banco Central nesse período.
A constatação de que o governo atual caiu numa armadilha montada por ele próprio e o efeito disso até 2026 chamou a atenção pela falta de opções da equipe econômica para reverter os erros cometidos na largada.
Para Meirelles, o atual governo entra em seu período mais difícil. “Vai ter de enfrentar os efeitos dessa expansão fiscal, como a inflação em elevação, que vai obrigar o BC a subir os juros, e ainda temos outro problema, a evolução da dívida pública atrelada aos gastos previdenciários, que começa a gerar desconfiança do mercado “, diz.
Apesar do quadro difícil, com provável queda de crescimento da economia, Meirelles descarta comparação com a recessão de 2015/2016. “Mas é importante que o governo mostre que está olhando a sustentabilidade da dívida pública”, afirma.
Como ex-presidente do BC, Meirelles também comentou sobre sua expectativa da gestão Galípolo: “A vantagem é que ele foi nomeado pelo Lula, ou seja, não teria intenção de prejudicar o governo. Por outro lado, mercado fica preocupado com essa proximidade, é importante manter uma distância técnica, que influencia a expectativa de inflação.”
Ele elogiou Galípolo por já ter feito a indicação, na reunião passada do Copom, de dois aumentos futuros, de 1 ponto percentual cada, na taxa Selic.
“Ele precisa tomar decisões que caracterizam a independência do BC, é melhor subir mais e depois cortar em seguida ara colocar os juros num ponto em que a inflação converge para a meta”, acrescenta, lembrando que esse tipo de inciativa é essencial para ganhar a “guerra de expectativas”.
Lisboa, por sua vez, disse que o Brasil está pagando o preço do descuido do governo, que estimulou a economia no curto prazo com a expansão fiscal bancada pela PEC da transição.
“Agora, a inflação começa a machucar, obrigando o Banco Central a subir os juros e jogando a economia do país num velho problema, o da volatilidade”, diz.
Segundo ele, a despeito dos erros cometidos pelo governo – “a PEC da transição não conversava com o arcabouço fiscal, que por sinal não parava de pé quando foi lançado” – seria injusto atribuir todos os problemas atuais da economia ao Poder Executivo.
“Agora ainda temos emendas parlamentares siando do controle, são R$ 50 bilhões apenas este ano engessando o Orçamento, não há reforma administrativa que resolva o problema do orçamento público”, diz Lisboa.
Mas ele procurou manter o otimismo, afirmando que o governo precisa tomar algumas medidas. Entre elas, impedir o crescimento dos gatros públicos e estimular as iniciativas da economia que têm avançado.
“No período entre 1980 e 2019, tivemos no total 26 anos de bom crescimento médio – cerca de 3% ao ano, o que é muito bom – e 16 anos de crise, cuja marca é a volatilidade”, diz. O drama, prossegue, é que tivemos mais crises que outros países emergentes.
Lisboa diz que o País tem um histórico de políticas públicas bem-sucedidas em várias áreas, como na saúde (com o SUS), inovação com o agronegócio, formação de capital humano, mercado de capitais consolidado e energia renovável, entre outros.
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