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Muito além dos chips: Nvidia quer abocanhar computadores, robôs e softwares

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Muito além dos chips: Nvidia quer abocanhar computadores, robôs e softwares
Tempo de Leitura:3 Minuto, 45 Segundo


A Nvidia, maior fabricante de chips de inteligência artificial do mundo, está colocando o pé além dos chips e entrando, de forma efetiva, na IA física.

Para isso, a empresa anunciou o lançamento de novos produtos em diversas frentes, que vão desde um supercomputador pessoal de IA até chips de videogames e softwares para robôs e carros.

Chamado de Digits, o computador pessoal da Nvidia será capaz de executar um único modelo de linguagem com até 200 bilhões de parâmetros, se transformando em seu próprio data center. Atualmente, para fazer tal serviço, seria necessário alugar espaço de um provedor de nuvem como AWS e Microsoft.

“Colocar um supercomputador de IA na mesa de cada cientista de dados, pesquisador de IA e estudante os capacita a participar e moldar a era da inteligência artificial”, afirmou Jensen Huang, fundador e CEO da Nvidia.

A ação da Nvidia acumula alta de 168,15% em 12 meses e o valor de mercado da companhia está em US$ 3,44 trilhões. Essas novidades podem ter força para destravar ainda mais valor da companhia.

Com o sistema, será mais simples o processo de experimentar modelos que se aproximam das capacidades básicas do Chat GPT-4 da OpenAI ou do Gemini do Google. Porém, as melhores versões desses modelos, hospedadas em data centers da Microsoft e do Google, devem continuar mais poderosas do que o disponibilizado pela Nvidia.

A máquina, que conta com um “superchip” da Nvidia chamado GB10 Grace Blackwell, otimizado para acelerar os cálculos para treinar e executar modelos de IA, custará a partir de US$ 3 mil.

Além disso, o CEO da Nvidia também apresentou o Llama Nemotron, um modelo de linguagem (LLM) que ajuda desenvolvedores a criar e implantar agentes de IA, o que, em sua visão, é o futuro da tecnologia e pode gerar “múltiplos trilhões de dólares”.

A companhia também apresentou os modelos de fundação Cosmos, que geram vídeos realistas que podem ser usados para treinar robôs e carros autônomos a um custo muito inferior do que o dos dados convencionais.

Com isso, a empresa fechou uma parceria com a Toyota para inserir seu sistema operacional nos novos modelos produzidos pela gigante japonesa.

As novidades animaram os analistas do Itaú, Bank Of America e Citi, que continuam vendo as ações da Nvidia como a melhor escolha no segmento de inteligência artificial.

Na visão dos especialistas do Itaú, de todas as novidades apresentadas, a mais importante é a ferramenta Nemotron, que efetivamente dá uma oportunidade interessante para a Nvidia monetizar no longo prazo.

“Podemos imaginar a Nvidia adotando uma estratégia de ‘software de infraestrutura’ como facilitadora de IA”, afirmaram Thiago Alves Kapulskis e Maria Clara Infantozzi no relatório do Itaú.

Por outro lado, os analistas se mostraram preocupados com uma observação feita durante a apresentação de Huang. Ele afirmou que a IA deve ser uma indústria intensiva em capital, diferentemente do software, que historicamente é leve em capital.

“Se a visão de Huang estiver correta, e a IA se tornar uma tecnologia indispensável em todos os setores, as implicações serão profundas, tanto para a economia real quanto para os retornos do mercado de ações”, afirmaram no relatório.

“Com mais capital sendo alocado para fornecer tecnologia e os custos marginais deixando de ser quase nulos, o setor, ou ao menos parte dele, pode enfrentar desafios para entregar retornos acima da média”, complementam os analistas.

Mesmo assim, para o banco, a ação, que registrou valorização de aproximadamente 170% no último ano, ainda pode chegar a um preço-alvo de US$ 164 por papel, um potencial de alta de 17%.

Para o Bank of America, os papéis da companhia de chips devem chegar ainda mais longe, com um preço-alvo estimado em US$ 190 por papel. Os analistas acreditam que a empresa continua expandindo sua capacidade de ser uma empresa de IA de ponta a ponta e trazendo benefícios para os consumidores de grandes corporações.

No relatório do Citi, a empresa pode chegar a US$ 175 por ação, se continuar nesse ritmo de crescimento visto ao longo de 2024. Porém, na visão dos analistas, existem pontos que podem atrapalhar essa meta.

“Os riscos incluem um aumento na concorrência no mercado de games, que pode reduzir a participação da Nvidia; a adoção mais lenta do que o esperado de novas plataformas; oscilações nos mercados automotivo e de data centers e também o Impacto da mineração de criptomoedas nas vendas de games”, disse o banco no relatório enviado ao mercado.



Fonte: Neofeed

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Elon Musk tenta, mais uma vez, “enquadrar” Sam Altman e levar um naco da OpenAI

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openai
Tempo de Leitura:2 Minuto, 29 Segundo


A briga entre Elon Musk e Sam Altman, CEO da OpenAI, ganhou um novo capítulo. A disputa, que ocorre há meses dentro e fora dos tribunais entre os ex-parceiros de empresa, recebeu mais algumas páginas após Musk solicitar que os procuradores-gerais da Califórnia e de Delaware forcem a OpenAI a leiloar uma parte da empresa.

Na prática, Musk alega que a startup, originalmente criada em 2015 como uma organização sem fins lucrativos para beneficiar a humanidade, mudou sua estrutura para fins lucrativos de forma inadequada, o que sustentaria a tese do leilão.

Em 2019, após a saída de Musk, a OpenAI lançou uma subsidiária com fins lucrativos para atrair investimentos externos, que incluem mais de US$ 13 bilhões da Microsoft e outros gigantes da tecnologia. Hoje, a empresa está avaliada em US$ 157 bilhões, nos quais o braço sem fins lucrativos tem uma participação.

O pedido do leilão foi feito por meio de uma carta enviada pelo advogado de Musk, Marc Toberoff, de acordo com o Financial Times. Nela, o executivo afirma representar grandes investidores em inteligência artificial interessados em participar de um processo de licitação competitivo pela fatia da companhia.

Na carta, Toberoff argumenta que essa seria a única forma de garantir que a entidade sem fins lucrativos obtenha o máximo valor por seus ativos e cumpra seus deveres. O FT estima que a participação valha dezenas de bilhões de dólares.

Nos processos judiciais divulgados em novembro, a equipe de Musk afirmou que “OpenAI e Microsoft, juntas, estão explorando as doações de Musk para construir um monopólio com fins lucrativos, que agora está especificamente direcionado contra a xAI”.

Essa não é a primeira vez que Musk manifesta sua insatisfação com o rumo que a OpenAI tomou. Ele já entrou com quatro processos contra a empresa e criticou Altman publicamente em diversas ocasiões, afirmando que a companhia se desviou de sua missão original e que ele cometeu um “engano em proporções shakespearianas” com ela.

Musk também tomou medidas para impedir que o braço sem fins lucrativos da OpenAI se transforme em uma Public Benefit Corporation (PBC), ou seja, uma empresa com fins lucrativos comprometida com o bem-estar social.

Com a proposta definida em sua última rodada de investimentos, Altman quer transferir a participação do braço para a PBC, que assumiria as operações e negócios da OpenAI. Assim, segundo ele, a entidade sem fins lucrativos passaria a focar em iniciativas filantrópicas em áreas como saúde, educação e ciência.

A OpenAI afirma que sua conversão para uma PBC criará “uma das organizações sem fins lucrativos mais bem financiadas da história” e ampliará as doações feitas por investidores iniciais, como é o caso Musk, de forma relevante.

De acordo com fontes ouvidas pelo Financial Times, a equipe de Musk estaria buscando apenas “mais caos” com sua nova solicitação, já que a OpenAI não planeja fazer nenhum leilão de participação e segue aguardando novidades sobre a conversão para a PBC.



Fonte: Neofeed

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Holding de restaurantes do 3G traz a sua nova aposta ao Brasil e planeja 500 unidades

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firehouse subs brasil
Tempo de Leitura:3 Minuto, 49 Segundo


A Restaurant Brands International (RBI), holding de fast food controlada pelo 3G, está prestes a inaugurar no Brasil as operações da Firehouse Subs, que integra seu portfólio ao lado de Tim Hortons, Burger King e Popeye’s.

Com as marcas Burger King e Popeye’s já operadas pela Zamp, controlada pelo Mubadala desde 2024, a chegada da rede de fast food foi estruturada por meio de uma nova empresa: a Firehouse Brasil International. Trata-se de uma joint venture entre a RBI e Iuri Miranda, executivo que liderou a expansão do Burger King no Brasil entre 2010 e 2021 e que, até o ano passado, integrava o conselho da Zamp. Miranda também assumirá o cargo de CEO da operação.

“O projeto do Burger King no Brasil começou com uma joint venture. Para nós, faz muito sentido replicar essa história com um parceiro de longa data, que conhecemos e confiamos, como o Iuri”, afirma Thiago Santelmo, presidente da RBI International, ao NeoFeed.

A chegada da marca faz parte da estratégia de expansão internacional da marca. Adquirida em 2021, a Firehouse entrou recentemente no México, Emirados Árabes e Zurique. No Brasil, os planos são ambiciosos: abrir 500 restaurantes em uma década, cerca de 40% do atual número de lojas da Firehouse no mundo. O primeiro Firehouse em território brasileiro será inaugurado ainda neste ano.

Fundada em 1994 por dois ex-bombeiros (daí o nome Firehouse), a rede é especializada em sanduíches com carnes premium típicas dos Estados Unidos, como pastrami e brisket. Para evitar importações e reduzir a exposição ao câmbio, a Firehouse desenvolveu cortes junto a fornecedores locais.

“Fontes de proteína existem no mundo todo, mas há uma receita específica por trás de cada corte, assim como acontece com o tempero do salame. Desenvolvemos os produtos com fornecedores locais. A receita é exclusivamente nossa, mas não tenho dúvida de que estamos criando uma categoria de produto do zero”, explica Miranda ao NeoFeed.

As primeiras unidades da Firehouse serão abertas em praças de alimentação de shoppings na cidade de São Paulo. “Nossa estratégia é crescer rápido. Quero abrir Zona Sul, Zona Oeste, Zona Leste. Assim, o consumidor não precisa atravessar a cidade para experimentar um Firehouse. Queremos estar presentes em diferentes regiões”, detalha o CEO.

São Paulo, maior cidade do Brasil, conta com algumas padarias e lanchonetes que oferecem sanduíches de pastrami e brisket, mas geralmente com preços mais altos do que os de hambúrgueres tradicionais. Com escala e parcerias locais, a Firehouse pretende ser extremamente competitiva nessa frente.

“Se for mais barato importar o produto, faremos isso, mas teremos opções locais. Além disso, estamos trabalhando com empresas brasileiras para o fornecimento de máquinas que hoje são importadas”, complementa Miranda.

O executivo destaca que a Firehouse utiliza uma tecnologia diferente no aquecimento de carnes, via vapor, o que reduz a perda de água e garante mais suculência. “Nosso maior marketing será o sabor”, diz o sócio da operação brasileira.

Para agradar ao paladar nacional, foram feitos pequenos ajustes nas receitas originais, e os sanduíches serão oferecidos em dois ou três tamanhos.

Nesta fase inicial, a Firehouse Brasil contará apenas com Miranda e a RBI como sócios, mas há planos de atrair novos investidores à medida que o negócio crescer. “É um projeto grande, e investidores serão mais que bem-vindos no futuro. Foi exatamente o que aconteceu quando iniciamos a primeira joint venture [que deu origem à Zamp].”

“Quando começamos com o Burger King no Brasil, o McDonald’s, maior concorrente, tinha 400 lojas no País. Hoje, os dois têm mais de 1.000. Acreditamos em um cenário semelhante para o mercado de sanduíches”, avalia Miranda.

Segundo pesquisas internas da Firehouse, o segmento de sanduíches (sem hambúrguer) e comidas de padaria tem crescido acima da média do mercado no Brasil, com uma taxa anual de 12%, frente aos 9% registrados pelos fast foods em geral. Dentro dessa categoria, 96% das lojas são de redes independentes, enquanto 4% pertencem a um único player: o Subway.

“É um mercado ainda muito pulverizado no Brasil, com apenas um grande operador. Nos Estados Unidos, 60% do setor já é dominado por grandes marcas. No Chile, esse número chega a quase 40%. À medida que o mercado amadurece, é natural que surjam redes que ganham escala e se consolidem”, comenta o CEO.

Nos primeiros anos, as lojas da Firehouse serão próprias, mas há planos de expansão para o modelo de franquias. A ideia, primeiro, é testar todos os conceitos e ajustar a operação. Em seguida, partir para um modelo híbrido, com lojas próprias e franqueadas.





Fonte: Neofeed

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China produz mais carros do que precisa (e isso é um grande problema)

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China produz mais carros do que precisa (e isso é um grande problema)
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A China se tornou um grande polo automotivo nos últimos anos, ganhando dominância principalmente no desenvolvimento de veículos elétricos, que circulam nas ruas das maiores metrópoles do mundo. Porém, o país está produzindo mais carros do que a sua população pode absorver, o que cria um grande problema para as montadoras.

De acordo com dados divulgados pela Associação Chinesa de Carros de Passageiros na quinta-feira, 9 de janeiro, as vendas de automóveis aumentaram 5,5% em 2024, totalizando 22,9 milhões de veículos. Apesar do crescimento, a demanda está abaixo da metade da capacidade projetada pelas empresas.

O resultado dessa equação obriga muitas das montadoras a reduzir preços e até mesmo expandir suas vendas internacionais para se manterem competitivas em um mercado cada vez mais acirrado.

No último ano, até 227 modelos de carros reduziram seus preços, comparados a 148 modelos no ano anterior, de acordo com Cui Dongshu, secretário-geral da associação.

Nessa leva, até a Tesla, pioneira no segmento de elétricos, passou a oferecer financiamento com juros zero por cinco anos para seus veículos, além de reduzir o preço do Model Y para o equivalente a menos de US$ 33 mil. O modelo chega a custa US$ 45 mil nos Estados Unidos.

Nessa corrida, as marcas nacionais ainda se mantêm mais fortes. Até o fim do ano, as empresas domésticas representaram 61% do mercado local, um aumento de 8,6 pontos percentuais em relação ao ano anterior.

As estrangeiras, por outro lado, são as que mais perdem espaço. Gigantes como General Motors, Volkswagen e Toyota têm buscado alternativas e parcerias para reduzir as perdas de participação no território chinês, em grande parte apostando nos veículos elétricos. Porém, a briga está cada vez mais complexa.

Isso porque, em 2024, 23 marcas de carros elétricos deixaram o mercado chinês ou foram consolidadas por outros players, enquanto 12 novos fabricantes chegaram ao mercado, afirmou Stephen Dyer, diretor-gerente da AlixPartners, ao The Wall Street Journal.

“O período de 2025 a 2027 marcará a fase de eliminação na indústria automotiva”, escreveu He Xiaopeng, CEO da fabricante de veículos elétricos Xpeng, em uma carta interna obtida pelo WSJ. “A competição em 2025 será mais acirrada do que nunca.”

Essa fase de “ajuste”, por outro lado, não é algo desconhecido para os chineses. Os governos inicialmente incentivam as indústrias com subsídios e suporte político e, ao atingir uma massa crítica, deixam que as marcas disputem entre si. O mesmo acontece em setores como aço, eletrônicos e até mesmo no segmento de energia.

Via de regra, as empresas que “ganham” essa competição costumam se tornar líderes mundiais em seus setores, como é o caso da BYD, que está entre os principais fabricantes de elétricos do mundo.

É com essa tática que a China projeta vender mais carros elétricos do que tradicionais já em 2025, com um crescimento de 20% na comercialização desses modelos ao longo do ano.

Em 2024, mais da metade dos carros emplacados por lá já são elétricos ou híbridos plug-in. No fim do ano, Xi Jinping, o presidente chinês, destacou o marco de 10 milhões de unidades produzidas desses veículos em 2024.

Para base de comparação, a venda desses veículos na China já se aproxima do tamanho do mercado automotivo dos Estados Unidos como um todo. Por lá, foram vendidos cerca de 15,9 milhões de carros em 2024, segundo a Wards Intelligence.

Na tentativa de continuar crescendo dentro do país, empresas como a Volkswagen têm buscado companhias nacionais para firmar parcerias e fortalecer suas vendas. A empresa fechou um acordo de compartilhamento de carregadores super rápidos com a Xpeng, com quem também planeja desenvolver carros em conjunto em um futuro próximo.



Fonte: Neofeed

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