Negócios
A grande dúvida nos Estados Unidos: os juros continuarão a cair?
Com os mais recentes dados indicando que a economia dos Estados Unidos está aquecida, economistas de alguns dos principais bancos do país começaram a revisar suas projeções para cortes de juros em 2025.
Alguns, inclusive, acham que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pode interromper o afrouxamento monetário iniciado em setembro, que levou os juros a uma faixa de 4,25% a 4,50% ao ano.
Esse é o caso do Bank of America (BofA). O banco, que anteriormente previa que os juros cairiam 0,50 ponto percentual neste ano, não espera mais novos cortes. E seus economistas alertam para o risco de o Fed voltar a subir os juros.
Em relatório obtido pela Bloomberg, a equipe de macroeconomia do BofA, liderada por Aditya Bhave, diz que os dados a respeito do mercado de trabalho em dezembro devem forçar uma paralisação do ciclo de cortes.
No mês passado, os Estados Unidos criaram 256 mil postos de trabalho, segundo levantamento feito pelo Departamento do Trabalho, divulgado nesta sexta-feira, 10 de janeiro. O resultado superou em 100 mil a média das expectativas de analistas consultados pelo The Wall Street Journal.
Para Bhave, um eventual aumento de juros deve ocorrer se a inflação não der sinais de arrefecimento e se as expectativas começarem a desancorar. Em novembro, a inflação nos Estados Unidos avançou 2,7% em 12 meses, uma aceleração ante os 2,6% apurados em outubro.
O Goldman Sachs passou a esperar dois cortes de juros em 2025 em vez de três. Os economistas passaram a projetar que o Fed reduzirá os juros em junho e dezembro, e mais um em junho de 2026, enquanto a expectativa anterior era de reduções em março, junho e setembro. Com isso, eles esperam que os juros fechem entre 3,50% e 3,75%.
Não são apenas os dados de emprego que têm chamado a atenção dos economistas. Dados recentes sobre o setor de serviços, mostrando aceleração da atividade e aumento dos preços pagos por insumos em dezembro, também representaram uma ducha de água fria sobre as expectativas de um forte afrouxamento em 2025.
Alguns integrantes do Fed têm demonstrado cautela em relação aos próximos passos. O presidente do Fed St. Louis, Alberto Musalem, afirmou em entrevista ao WSJ que a autoridade monetária terá de avaliar com cuidado os próximos passos.
Segundo ele, o risco de a inflação ficar num intervalo de 2,5% a 3% aumentou, destacando os dados de atividade econômica e os números de inflação.
Já Citi continua esperando cinco cortes de 0,25 ponto percentual, mas avalia que o movimento começará em maio, e não mais em janeiro. A equipe de economistas do banco não antecipa um cenário em que os juros não serão cortados ou serão elevados.
Segundo eles, apesar de o mercado de trabalho ainda demonstrar sinais de robustez acima do esperado, os preços e os salários têm desacelerado, abrindo caminho para cortar os juros.
Negócios
“Atropelada” pelos veículos elétricos, Toyota deixa de lado produção de carros movidos a hidrogênio
Foram 32 anos de um sonho que, literalmente, virou fumaça (ao menos, não é poluente). Sem alarde, a Toyota – a maior montadora de veículos do mundo – está abandonando o seu grande projeto de produzir veículos de passeio movidos a hidrogênio. O objetivo, a partir de agora, é investir mais em caminhões, ônibus e vans movidos a hidrogênio.
De janeiro a novembro de 2024, a Toyota vendeu apenas 1.702 veículos com célula de combustível de hidrogênio em todo o mundo de sua marca, Mirai, o que levou a uma queda de 54% em comparação com o ano anterior. A crise é mais antiga: nos últimos dez anos, apenas 27.500 carros de passeio movidos a hidrogênio foram comercializados.
É inevitável fazer o paralelo do ocaso dos veículos movidos a hidrogênio com a rápida expansão e barateamento dos veículos elétricos, em especial os chineses, que atropelaram os fabricantes de carros movidos a hidrogênio.
Apenas em 2024, as montadoras chinesas produziram mais de 10 milhões de unidades, entre elétricos, plug-in e híbridos. Os chineses projetam um aumento de 20% de produção dos VEs este ano – o que deve suplantar a produção de veículos a combustão no país até dezembro.
Como consolo, os carros movidos a hidrogênio são ainda mais sustentáveis que os VEs, que usam baterias de lítio e seguem com o problema de descarte. As células a combustível de hidrogênio geram eletricidade por meio de reações químicas entre o hidrogênio e o oxigênio, deixando apenas vapor de água saindo do tubo de escape.
Além de gerarem zero emissões de carbono, os veículos movidos a hidrogênio são mais rápidos para reabastecer do que os VEs e, para os veículos pesados, têm uma autonomia de condução mais longa.
Esse trunfo sustentável, porém, não evitou o fiasco. A Toyota não admite paralisar a produção de veículos de passeio movidos a hidrogênio, pois acredita que esse segmento ainda desempenhará um papel significativo na descarbonização dos transportes. Mas nos últimos meses lançou sinais de que está jogando a toalha.
“Se desistirmos desta tecnologia, corremos o risco de desistir do futuro”, disse Hiroki Nakajima, diretor de tecnologia da Toyota, durante evento realizado em novembro no autódromo Fuji Speedway, no Japão, no qual a montadora anunciou os projetos voltados para veículos pesados, como caminhões e ônibus movidos a hidrogênio.
Na ocasião, a Toyota revelou um protótipo de van híbrida hidrogênio-elétrica, que afirma ser a primeira desse tipo e será testada na Austrália. A montadora também está trabalhando com a Isuzu Motors para produzir em massa um caminhão leve com célula de combustível a hidrogênio ainda nesta década e garantiu acordos para fornecer ônibus a hidrogênio em Tóquio, Estrasburgo e Madri.
Sobre a descontinuidade de produção dos veículos de passeio, nenhuma menção. Projeto concebido em 1992 como a grande aposta da montadora japonesa e consolidado em 2014, com o lançamento do primeiro modelo Mirai, a popularização dos carros movidos a hidrogênio sempre esbarrou no alto custo de produção e de venda, além da falta de infraestrutura de abastecimento.
Isso explica a pouca aderência ao projeto iniciado pela Toyota. Desde 2015, apenas três fabricantes no mundo comercializaram veículos movidos a hidrogênio: além da Toyota, com o Mirai, a Honda ofereceu o Clarity (que já saiu de linha) e a Hyundai tem o Nexo.
A Hyundai tem um prejuízo de US$ 22 mil em cada unidade de seu carro-chefe Nexo SUV a hidrogênio, atenuado com os cerca de US$ 30 mil em subsídios governamentais para cada veículo comercializado.
Apesar do apoio governamental em países de todo o mundo, o ecossistema do hidrogênio continua pequeno, com poucos grandes projetos para produzir o combustível chegando à construção.
Como resultado, as células de combustível de hidrogênio não são produzidas em massa e os custos permanecem elevados. A Shell deu uma espécie de atestado de óbito para a categoria ao fechar todas as suas estações de reabastecimento de hidrogênio na Califórnia, estado americano que sempre apoiou soluções sustentáveis.
A medida mostrou que, transição energética à parte, não dá para bancar uma solução sustentável que só causa prejuízo.
Negócios
O que a carta de Galípolo mostra sobre o passado (e o futuro) da inflação
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, teve de escrever e justificar os motivos pelo não atingimento da meta de inflação em 2024, de até 4,5%. Divulgada na tarde de sexta-feira, 10 de janeiro, a carta atribui a falha ao forte crescimento econômico, fatores climáticos, depreciação do câmbio e desancoragem das expectativas de inflação.
Esses dois últimos fatores, reconheceu o presidente do BC, afetados pela piora da percepção fiscal, uma sinalização bastante esperada pelo mercado. O IPCA de 2024, apresentado ainda de manhã pelo IBGE, fechou em 4,83%. Desde a introdução da meta de inflação em 1999, esta foi a oitava vez que o BC deixou de cumpri-la — a última havia sido em 2022.
“A significativa depreciação cambial decorreu principalmente de fatores domésticos, complementada pela apreciação global do dólar norte-americano”, afirmou Galípolo em carta aberta para o presidente do Conselho Monetário Nacional, o ministro da Fazenda Fernando Haddad.
“As expectativas de inflação se deterioram ao longo de 2024, tanto para prazos mais curtos como para prazos mais longos, ampliando assim a sua desancoragem. O aumento das expectativas refletiu as pressões inflacionárias correntes e prospectivas”, traz outro trecho do documento.
O reconhecimento dos problemas fiscais, segundo investidores, tende a ser vista como uma sinalização positiva pelo mercado. Mas não tira o peso das preocupações quanto à trajetória da inflação.
A carta ressalta o cenário previsto no Relatório de Inflação de dezembro, que prevê o IPCA rodando acima do teto da meta até o terceiro trimestre, chegando ao limite superior do teto no fim do quarto trimestre. Porém, as projeções do mercado são menos otimistas.
Antecipando uma inflação mais robusta neste ano, o Banco Central deu início, em setembro, a um novo ciclo de alta da Selic, elevando a taxa de 10,50% para 12,25%. Para as próximas reuniões, a sinalização é de mais dois aumentos de 1 ponto percentual cada, mas o consenso do mercado já projeta a taxa em 15%.
Mesmo assim, o aperto monetário adicional tem sido insuficiente para conter o pessimismo quanto ao rumo da inflação em 2025. Segundo o boletim Focus, a mediana das projeções de mercado está em 4,99%, superior ao índice registrado no ano passado.
“O resumo de 2025 deve ser inflação mais alta e atividade mais fraca”, afirma Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master. O economista estima que a maior parte da inflação deste ano se concentrará nos primeiros meses, enquanto a economia permanece aquecida e as empresas aproveitam a virada do ano para ajustar preços. A valorização do dólar, que subiu 27% frente ao real em 2024, também deve ter impacto mais significativo no primeiro trimestre.
Na carta, Galípolo escreve que de acordo com as “projeções do cenário de referência do Relatório de Inflação de dezembro, a inflação ficará acima do limite do intervalo de tolerância até o terceiro trimestre de 2025, entrando depois em trajetória de declínio, mas ainda permanecendo acima da meta”.
“Será quase impossível o IPCA de 2025 fechar abaixo de 4% este ano, a menos que a inflação seja zerada no segundo semestre. Nos meses de janeiro, fevereiro e março, o acumulado do IPCA deve se aproximar de 3%. São períodos sazonalmente desfavoráveis, com chuvas pressionando os preços de alimentos e a desvalorização cambial contribuindo para o aumento”, analisa Gala.
Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura, prevê um IPCA de 5,5% em 2025, acima da projeção do Focus. Parte do pessimismo deriva do núcleo da inflação e dos serviços subjacentes, que aceleraram em dezembro de 2024. Com o desemprego na mínima de 6,1% e incentivos fiscais sustentando o consumo das famílias, Borsoi vê o aquecimento da atividade econômica como um fator de pressão inflacionária no início do ano.
“É um cenário desafiador, ainda influenciado pela desvalorização cambial nesses primeiros meses. O IPCA está elevado e com uma qualidade muito ruim”, afirma Borsoi.
Até o momento, o IGP-M tem capturado mais intensamente os efeitos da valorização do dólar na economia brasileira, devido à sua maior exposição a preços do atacado. Após começar 2024 com uma variação negativa de 3,14% em 12 meses, o índice fechou o ano com alta de 6,54%.
“O IGP-M aponta o caminho para o IPCA, com um delay de dois a três meses. Enquanto a economia segue aquecida, há espaço para reajustes de preços na percepção dos empresários”, comenta André Leite, CIO da TAG Investimentos.
Apesar de perspectivas positivas para o agronegócio no primeiro trimestre, economistas projetam uma forte desaceleração econômica ao longo de 2025, especialmente na indústria e no consumo, em grande parte devido à política monetária.
“A economia ainda está aquecida, mas deve levar entre 3 e 6 meses para que o impacto da alta dos juros comece a aparecer. O segundo semestre será mais difícil para a população”, prevê Leite.
Para Borsoi, identificar o nível ideal de juros para conter a inflação é complicado, sobretudo devido à atuação desalinhada das políticas monetária e fiscal. “A política contracionista pode ter sido contrabalançada pelo estímulo fiscal. Outra hipótese é que o juro neutro estrutural seja mais alto, uma tese pessimista, mas plausível, dada a deterioração do endividamento público.”
Leite vai além, sugerindo que o Brasil pode estar entrando em um cenário de dominância fiscal, com sinais já perceptíveis. “Não há uma placa dizendo que o Brasil chegou à dominância fiscal, mas os sintomas começam a surgir”, aponta.
Entre eles estão a desvalorização do câmbio e a deterioração das expectativas de inflação, mesmo com o BC subindo juros e projetando novas altas de 1 ponto percentual nas próximas reuniões.
“Outro fator é que metade da dívida pública está pós-fixada, o que gera um efeito riqueza para os detentores, oposto ao esperado caso fossem pré-fixadas. Isso reduz a eficácia da política monetária, considerando o espaço ocupado pela política fiscal.”
Negócios
Fatura de juro explode e coloca meta de inflação no foco
O Tesouro drenou R$ 918,2 bilhões do caixa para pagar juros da dívida pública em 12 meses até novembro, informa o Banco Central. A cifra – equivalente a cinco anos do Bolsa Família que repassou R$ 168,3 bilhões em 2024 – será turbinada pela alta da Selic em mais dois pontos percentuais em duas parcelas, janeiro e março, como decidiu o Copom.
O primeiro trimestre terminará com taxa básica de juros a 14,25% que poderá, contudo, ultrapassar 15% ao final do atual ciclo monetário mais adiante, preveem grandes bancos que defendem o juro salgado para reduzir a inflação de quase 5% em 12 meses para a meta de 3%.
A torcida é grande para que a meta de inflação seja cumprida. Mas o quanto ela é realista, se o juro exigido para alcançar o alvo joga a dívida pública ao espaço elevando prêmios de risco?
As projeções de queda do PIB em 2025 carregam, entre as premissas para o cálculo, a percepção de que a Selic permanecerá nas alturas o ano todo. Se de um lado, há consenso de que o juro real de quase 9% provocará estrago na atividade e até na imagem do governo; de outro, não dá para dizer que será suficiente para conter a inflação ou as expectativas.
Na prática, inflação e expectativas pressionadas, inclusive pelo vigor da taxa de câmbio, fortalecem a avaliação de que a estrutura da economia brasileira não comporta meta de 3%. E a persistir a drenagem bilionária de recursos do caixa do Tesouro para quitar os juros da dívida pública, o debate sobre a necessidade de elevar a meta de inflação tende a ser retomado.
O mercado financeiro resiste à possibilidade de mudança da meta por acreditar que uma alteração seria favorável à prática de inflação mais alta. Entretanto, não é prudente descartar a possibilidade de o governo – em algum momento e ante a escalada da dívida que castiga o câmbio – apelar ao princípio do “mal menor”.
Isto é, tomar uma decisão de impacto negativo num primeiro momento para evitar consequências piores. Nesse caso, o descumprimento da meta que, repetido ao longo do tempo, mina a credibilidade do próprio regime.
No início do Lula 3, economistas, inclusive de mercado, alertavam para o custo de cumprir a meta de 3%. Em outubro passado, economistas ligados à academia foram além. Divulgaram uma carta aberta ao Conselho Monetário Nacional (CMN), avaliando que a meta estava se tornando disfuncional.
O texto, publicado na Folha de S.Paulo, provocou reação negativa no mercado. O tema caiu à “segunda divisão”, mas não foi abortado e volta a ganhar relevância ante a estupenda conta de juros que mira R$ 1 trilhão para alegria de rentistas que o presidente Lula tanto combate.
Na carta ao CMN, Luiz Gonzaga Belluzzo (Unicamp), Carmem Feijó (UFF), Demian Fiocca (USP), Fernando Ferrari Filho (UFRGS), Gilberto Tadeu Lima (USP), Leda Paulani (USP), Lena Lavinas (UFRJ), Luiz Fernando de Paula (UFRJ) e Nelson Marconi (FGV) alertaram para a rigidez de um conjunto de preços na economia e para a forte indexação que prevalece no Brasil – fatores que, entre outros, justificaram a proposta de elevação da meta a 4%.
Dominância fiscal à espreita
Incertezas fiscais e externas ofuscaram a proposta de mudança da meta que impõe um desafio particular. Em junho passado, o CMN adotou a “meta contínua” de inflação, manteve a variação em 3% até 2027 e determinou que qualquer alteração deve ser anunciada com 36 meses de antecedência. Portanto, mudanças antes do prazo teriam um custo e tanto para o governo.
“Mas a elevação da meta seria mais realista e incorreria em menores custos para a economia brasileira e para a sociedade”, avalia Nelson Marconi, professor da Fundação Getulio Vargas (FGV-SP) e coordenador do Centro de Estudos do Novo Desenvolvimento, que, recentemente, voltou ao tema em artigo publicado na revista Conjuntura Econômica, da FGV Ibre.
Em conversa com o NeoFeed, Marconi, que também subscreveu a carta aberta ao CMN, defende a meta de 4% por considerar que 3% “está impedindo um crescimento maior da economia, pressionando o cenário fiscal e, a médio prazo, pressionará também a própria inflação”.
O professor entende que é melhor corrigir agora que posteriormente remediar os custos do descasamento entre a meta e a realidade da inflação brasileira. “Meta de 4%”, observa, “é compatível com a realidade da estrutura de preços no Brasil, em que a inflação de serviços é bastante rígida para baixo e contempla regras de indexação, formais e informais, que dificultam a redução do índice a 3% – patamar pouquíssimas vezes atingido no País.”
No atual cenário, calcula, a distância entre a meta e a inflação observada permanecerá em torno de 1 ponto percentual. E a tentativa de levar a inflação a 3% reduz o espaço para queda do juro. Resultado: o custo da rolagem da dívida pública seguirá aumentando, pressionando o câmbio como já vem ocorrendo e a inflação via preços de produtos comercializáveis.
Especialista em preços, Marconi avalia que a política fiscal, ainda que pressione a demanda, não parece ter sido preponderante para determinar a inflação que se mantém elevada. Já o câmbio, diz, mantém correlação com a inflação. É afetado por fluxos comerciais e financeiros que são influenciados pela evolução dívida pressionada pela despesa com juros. Um círculo vicioso.
Ele descreve que “a meta de inflação irrealista obriga o BC a manter o juro alto, o resultado fiscal nominal se deteriora e pressiona a dívida pública, mesmo que o resultado primário (que exclui a conta de juros) seja positivo”.
Nesse contexto, diz, perseguir meta de 3% será um tiro no pé porque a inflação subirá, os juros idem, bem como a taxa de câmbio. “Chegaremos assim a uma situação de dominância fiscal, mas não devido ao resultado primário das contas públicas. E, sim, em função das despesas com juros.”
Para Marconi, elevar a meta não significa que ela não poderá ser reduzida no futuro para 3,5% ou 3%. “A meta pode cair, a depender de uma bem-sucedida desindexação e aprimoramento da infraestrutura, com investimento em fontes alternativas de energia, retomada dos estoques reguladores de alimentos e aumento da produtividade via expansão do investimento privado”, pontua.
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