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A startup que parece a OpenAI mas não é (“tem o mesmo” cofundador, VP e CTO…)
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Mira Murati é a cabeça por trás da Thinking Machines Lab, a nova startup desse bilionário mercado de inteligência artificial (IA). Há seis meses, ela deixou a cadeira de CTO da OpenAI, onde foi responsável direta pelo desenvolvimento do ChatGPT, com a ideia de fazer a “sua própria exploração”.
Nascida na Albânia e criada no Canadá, a executiva de 36 anos estava descontente com as mudanças dentro da OpenAI, uma empresa que está passando pela transição de empresa sem fins lucrativos para com objetivo de lucro. E junto com os ex-colegas de OpenAI, o cofundador John Schulman, o ex-chefe de projetos especiais Jonathan Lachman e o ex-vice-presidente, Barret Zoph, criaram a Thinking Machines Lab.
Além deles, a startup também contratou pesquisadores e engenheiros com experiência em gigantes como Google, Meta e Character AI. Segundo a empresa, eles trabalharão na construção de modelos voltados para ciência e programação.
A ideia da startup é ajudar na construção de modelos voltados para ciência e programação. Esses executivos ajudaram a desenvolver uma organização de produtos e pesquisas que tem como objetivo tornar “os sistemas de IA amplamente compreendidos, personalizáveis e mais capazes”.
Durante sua gestão como CTO da OpenAI, Murati expressou preocupações sobre o impacto da IA no mercado de trabalho e defendeu a regulação da inteligência artificial, acreditando que os governos devem ter um papel mais ativo na supervisão desse setor.
Em uma postagem nas redes sociais na terça-feira, 18 de fevereiro, a companhia afirmou que “o conhecimento sobre como esses sistemas são treinados está concentrado nos principais laboratórios de pesquisa, limitando tanto o discurso público sobre IA quanto a capacidade das pessoas de usá-la de maneira eficaz”.
“O progresso científico é um esforço coletivo”, declarou a Thinking Machines Lab no documento. “Acreditamos que a maneira mais eficaz de avançar no entendimento da IA é colaborando com uma comunidade mais ampla de pesquisadores e desenvolvedores.”
Para atingir esse resultado, a startup afirmou que pretende publicar estudos técnicos, artigos e códigos, indo na contramão da OpenAI e da xAI, de Elon Musk – e se afastando da briga voraz entre eles.
Murati conhece bem Altman e Musk. Formada em engenharia pela Dartmouth College, nos Estados Unidos, onde começou sua carreira dentro da tecnologia, sua primeira experiência nesse mundo foi na Tesla.
Por lá, ela ocupou o cargo de diretora sênior de produto por três anos. Foi então que a jovem decidiu mergulhar de cabeça no mundo da inteligência artificial e embarcou na novata OpenAI, trabalhando ao lado de Sam Altman no desenvolvimento do que hoje conhecemos como ChatGPT.
Sua trajetória na companhia durou seis anos e contou até com uma passagem pelo cargo de CEO da empresa avaliada em US$ 157 bilhões, após Altman ser destituído do posto por um curto período de tempo.
Ainda não se sabe qual será a recepção do mercado com a nova startup, pois muita coisa aconteceu nos últimos meses no setor.
Porém, se a companhia seguir os passos da Safe Superintelligence (SSI), criada pelo cofundador da OpenAI, Ilya Sutskever, a novata pode atingir o sucesso. Em 2024, a startup levantou US$ 1 bilhão em investimentos com fundos como Andreessen Horowitz, Sequoia Capital, DST Global e SV Angel.
O cenário, porém, está um pouco diferente. As empresas dos Estados Unidos, que até o início de 2025 tinham dominância total da IA, perderam parte de sua confiança com a chegada da chinesa DeepSeek, que entregou resultados semelhantes ao ChatGPT, com uma fração do investimento feito na companhia de Altman.
Ao mesmo tempo, a xIA, de Musk, lançou o Grok 3 nesta terça-feira, nova versão do chatbot que ele afirma ter resultados ainda superiores aos das duas concorrentes. A chegada do modelo adiciona ainda mais pressão a companhias como Anthropic e Scale IA, que aparecem logo atrás na disputa pelo mercado.
Negócios
Números Falam #35 – Pedro Alvarenga, CFO da CSU
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Negócios
À espera de fusão de € 1,5 trilhão com AXA, BNP Paribas ajusta operação de sua gestora no Brasil
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A BNP Asset Management Brasil enfrentou uma turbulência no ano passado. O então CEO Luiz Carlos Sorges deixou a gestora após 23 anos para ser sócio e head de estruturas na XP Asset. O executivo levou duas pessoas da equipe com ele, responsáveis pelo flagship da casa. E o saldo para a instituição francesa foi negativo.
O fundo BNP Paribas Match DI vinha chamando a atenção do mercado com uma rentabilidade bastante satisfatória para um produto com liquidez e baixo risco (102,5 % do CDI em 2023 e 2024), um patrimônio que subiu de R$ 4,4 bilhões sob gestão no fim de 2022 e chegou a R$ 17 bilhões em junho de 2024 e pouco mais de 236 mil cotistas, segundo dados da plataforma Mais Retorno.
Desde a saída de Sorges, o fundo flagship foi sofrendo resgates e encolheu para cerca de R$ 10 bilhões – e o número de cotistas caiu para menos de 160 mil. A trajetória da BNP Asset, que até então era de captação, se transformou em resgates. E a gestora fechou o ano passado com captação negativa de R$ 7,8 bilhões, segundo dados da Anbima.
“Esse movimento faz parte do jogo. É natural que um player novo queira atrair talentos. E o Sorges já havia expressado a vontade de ir para novos desafios, após muitos anos na mesma função”, afirma Ricardo Guimarães, CEO do BNP Paribas no Brasil, em entrevista ao NeoFeed.
“Sempre que há uma mudança de gestores há uma perda de investidores em um primeiro momento, mas isso já está se revertendo com os resultados conquistados”, complementa.
Desde junho de 2024, Aquiles Mosca, na casa desde 2018, é o CEO da BNP Asset Management. A equipe também se reforçou com Damont Carvalho, ex-Principal Claritas, como gestor sênior de renda fixa e multimercados, e Natália Soares, que estava no banco BNP, como analista sênior de crédito privado.
Além deles, no início deste ano, a asset trouxe Gustavo Ottoni, que era responsável por macro alocação no fundo de pensão do Banco Central, como gestor sênior de fundos de fundos (FoFs).
Com os reforços e assento da nova liderança focando nas estratégias de renda fixa e conseguindo bons resultados, a décima quinta maior gestora do Brasil com R$ 70 bilhões sob gestão, segundo a Anbima, retoma o seu crescimento. E terá ainda uma grande alavanca vindo do exterior, com as possibilidades abertas pela fusão com a AXA Investment Management.
No fim do ano passado, o banco BNP selou um acordo de sua gestora com a AXA para criar a segunda maior gestora de ativos da Europa, com € 1,5 trilhão sob gestão – e uma das 10 maiores do mundo.
A fusão ainda está esperando a aprovação dos reguladores europeus, mas o sindicato do setor já deu o seu aval, o que sinaliza uma aprovação no meio deste ano, como afirmou o banco francês em sua divulgação de resultados.
Esse protagonismo global será um diferencial no projeto da gestora do BNP Paribas no Brasil, principalmente com a ampliação de acordos de distribuição. A AXA é bem forte em fundos de renda fixa, o que aumenta o portfólio de produtos do BNP – aqui no Brasil, a AXA atua só como seguradora.
“Ganhamos mais visibilidade e uma gama maior de produtos e tecnologias para oferecer para os clientes brasileiros. Pretendemos trazer novos feeders funds de fundos internacionais para cá, aumentando a oferta em uma crescente busca por ativos internacionais”, diz Guimarães.
Desde o fechamento de seu wealth management local em 2022, e a perda de seu mercado cativo, o BNP vem ampliando sua distribuição com plataformas de investimento e family offices. E a mais recente fase dessa ampliação de portfólio tem acontecido neste momento.
O banco está fechando parcerias com plataformas offshore, como Avenue, Inter, XP, BTG entre outras, para disponibilizar seus fundos globais aos investidores brasileiros de forma facilitada. E para o banco BNP, essa é uma forma mais eficiente de distribuição, pois não necessita da criação de feeders.
Ao mesmo tempo, o BNP está dando apoio a essa distribuição localmente em assessorias de investimento, para explicar as características dos produtos e aconselhando para quais perfis é mais indicado. E espera-se que essa presença local seja decisiva para a escolha dos alocadores e investidores.
“Estamos focando na venda de fundos no mercado offshore, crescente com a democratização do acesso nas plataformas digitais”, afirma Guimarães. “O brasileiro se sente mais seguro em aplicar em nomes conhecidos. Com a nossa placa forte no Brasil e tamanho global, acreditamos que podemos ser protagonistas nessa jornada internacional.”
Quem também irá se beneficiar da nova gama de produtos globais com a AXA são os fundos de pensão, que sempre foram importantes para a gestora brasileira e representam mais da metade do passivo da gestora brasileira. As fundações, por questões regulatórias, alocam em players internacionais que têm presença local.
Guimarães ressalta que a demanda no momento é baixa, com as altas taxas pagas pelas NTN-Bs, mas a gestora já está fazendo o trabalho educacional para o momento de virada. E como parte da estratégia de estar mais próxima desse público institucional, o banco está lançando neste ano uma plataforma de gestão de recursos, para ajudar as fundações a gerirem o seu patrimônio de forma mais automatizada.
Surfando as emissões de renda fixa
Apesar de grande em market share, a asset representa menos de 10% da receita do BNP no Brasil. A maior parte do faturamento vem da mesa de operações, que executa transações como câmbio e derivativos para bancos e gestoras no País.
O banco tem uma participação de mercado relevante nessa linha de negócio e o que parecia sem espaço para mais crescimento, ganhou impulso com a nova regulação de derivativos de crédito em 2023.
Da mesma forma, o crescimento do mercado de capitais em renda fixa, que teve a emissão recorde de mais de R$ 700 bilhões no ano passado, abriu espaço para o investment banking do BNP dar um salto.
“O mercado cresceu muito, cerca de 40%, e conseguimos crescer mais, cerca de 60%, e ganhar market share. Estamos nos tornando referência na emissão de crédito de infraestrutura e incentivados no geral”, diz Guimarães.
Segundo o banco, as receitas com a mesa de operações e o investment banking cresceram, aproximadamente, 20% ao ano entre 2021 e 2023. O bom desempenho fez o banco entrar com um processo para ter uma DTVM e para ingressar no mercado de emissão de equity também.
“No momento, o mercado de IPOs está fechado no Brasil e temos surfado bem a onda de captação por renda fixa. Mas queremos estar completos no nosso IB para quando o mercado mudar de ares”, diz o CEO do BNP.
Assim, o banco vai se destacando nas emissões de infraestrutura e quer ser protagonista no potencial de títulos verdes brasileiro, escolhendo atuar em emissões que fazem parte dos valores sustentáveis do banco. Em destaque agora estão o segmento de energia limpa e de infraestrutura em data centers.
Na visão do CEO do BNP Paribas, o Brasil possui uma vantagem competitiva em energia sustentável e pode liderar o processo de transição energética. “O Brasil perdeu o boom demográfico para crescer e não pode se dar ao luxo de perder essa vantagem competitiva do powershoring que traz oportunidade para o Brasil nos próximos 20 anos”.
Para o banco, a área financeira possui um papel primordial nessa estratégia, ajudando a financiar projetos sustentáveis por meio do mercado de capitais e contribuindo para um investimento com uma visão mais sustentável.
Na Europa, onde essa discussão está mais avançada, já há uma taxonomia verde bem estabelecida e um mercado de carbono regulado que pode servir de modelo.
Como o maior banco de investimento europeu e com grande presença no Brasil, o BNP quer ajudar nessa conexão com o velho e sustentável continente e ajudar nessa discussão na COP-30 em novembro.
“Esse será um marco importante para o Brasil em sustentabilidade e há várias iniciativas a serem desenvolvidas no mercado dívida, em sustainable finance, e queremos ajudar nossos clientes brasileiros, sejam bancos, gestoras ou empresas, nessa evolução”, afirma Guimarães.
Negócios
O duro recado da Gerdau ao governo brasileiro sobre o aço da China
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Maior empresa produtora de aço no Brasil, a Gerdau cobrou o governo brasileiro para adotar de forma rápida medidas mais duras de defesa à indústria nacional, a exemplo do que fez o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em taxar em 25% o aço importado.
Para a Gerdau, não há ação efetiva do Brasil para frear a entrada do aço da China no mercado nacional. A companhia inclusive deu prazo para aguardar o posicionamento do governo de Luiz Inácio Lula da Silva antes de repensar o volume de investimentos no País: fim do primeiro trimestre.
“O tempo está passando e a gente precisa confirmar ou não os investimentos dos próximos anos”, diz Gustavo Werneck, CEO da Gerdau. “Esse é o prazo importante para que gente perceba movimentos do governo para evitar essa competição desleal.”
O problema, segundo Werneck, é que não há, no horizonte, alguma iniciativa prática em andamento para minimizar o impacto da presença do aço estrangeiro no Brasil, a um custo menor do que o produzido no País.
“É frustrante ver que o governo brasileiro não é célere para tomar medidas de defesa comercial”, afirma Werneck. “Temos quatro ou cinco semanas para buscar uma solução.”
O alerta está no aumento significativo da presença do aço importado no Brasil. Segundo a Gerdau, o volume do produto vindo do exterior corresponde hoje a um índice próximo a 20%, quase o dobro do que representava historicamente, quando alcançava 10%. Do total importado, quase 70% vêm da China.
“Não dá para competir com um aço importado, com preço menor do que nosso custo. Não dá para competir. São claros descumprimentos do que preconiza a Organização Mundial do Comércio (OMC)”, diz Werneck. “Por isso que países como os Estados Unidos têm sido pragmáticos em adotar essas medidas de defesa comercial.”
O CEO da Gerdau subiu ainda mais o tom quando disse que a indústria precisa é de um governo que garanta sua defesa e não a proteção. “Proteção dá a ideia de alguém que é ineficiente, que precisa de ajuda. Não quero proteção de nada. Temos 124 anos de história e todos os dias pensamos em competitividade”, afirma. “O que quero é condição isonômica.”
Em 2024, o Brasil implementou cotas de importação de produtos ligados ao aço, mas, segundo a empresa, as medidas prejudicaram a competição no mercado nacional e afetaram as receitas das empresas, inclusive a Gerdau.
Segundo Werneck, sob impacto das iniciativas insuficientes do governo, a Gerdau decidiu hibernar, em maio do ano passado, a unidade de Barão do Cocais, em Minas Gerais.
“Essa usina não conseguia produzir mais. A gente se viu com a necessidade de passar esse volume para outras unidades, para poder melhorar nossa equação de custos”, afirma. “Isso aconteceu porque o Brasil não toma as medidas adequadas.”
Para o CFO da companhia, Rafael Japur, isso significa que a empresa poderia ter um acréscimo de 10% no volume de vendas de aço no Brasil, se essa competição, na avaliação da empresa, fosse mais leal. “Se não fosse esse volume de penetração de aço importado, que dobrou de tamanho, poderia vender mais”, diz. “Poderíamos ter produzido 10% a mais a gerado muito mais empregos.”
Em um cenário desafiador, a empresa inaugura, em março, um laminador de bobinas a quente em Ouro Branco (MG), que vai aumentar a capacidade de laminação de 250 mil toneladas de aços planos para a Gerdau. O CEO, no entanto, reconhece a dificuldade de ampliação de mercado.
“A gente vai começar a operar esse laminador com dificuldade de vender, por estar entrando produto importado no Brasil. E o que vamos fazer? Deixar um equipamento novinho parado? Esse é o dilema que estamos enfrentando”, afirma Werneck.
Cenário favorável
Nos Estados Unidos, o cenário é diferente para a Gerdau. A empresa aposta na utilização da capacidade ociosa de produção de 30% na unidade local para ampliar sua presença no mercado norte-americano. Isso poderia representar um aumento de volume de 1 milhão de toneladas de aço por ano.
“Essa capacidade ociosa nos ajuda a diluir nossos custos e ser mais competitivos. A gente espera produzir mais nos Estados Unidos e melhorar nossos resultados”, diz o CEO.
Em 2024, a siderúrgica investiu R$ 6,2 bilhões, sendo 46% em manutenção e 54% em projetos de expansão, além de atualização tecnológica. Para este ano, estão previstos aportes de R$ 6 bilhões.
Se há desafios para serem enfrentados, a companhia também demonstra confiança em seu próprio crescimento. No ano passado, a siderúrgica destinou aos acionistas, por meio de dividendos, R$ 1,7 bilhão para a Gerdau S.A. e R$ 461 milhões aos donos de ações da Metalúrgica Gerdau S.A.
Também em 2024, a empresa realizou a recompra de 69,8 milhões de ações ordinárias e presenciais, representando 3,4% das ações. Para este ano, estão previstas recompras equivalente a 3,2%.
A receita líquida da companhia em 2024 fechou a R$ 67 bilhões, queda de 2,7% sobre 2023. O lucro líquido alcançou R$ 4,3 bilhões, queda de 37,5%.
Os papéis da empresa na B3 registraram queda de 4,04% em 12 meses. A empresa está avaliada em R$ 34,7 bilhões.
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