Negócios
EXCLUSIVO: Grupo MPR, dono do álcool Zulu e dos perfumes Coala, busca comprador
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O Grupo MPR, um dos maiores fabricantes de produtos de limpeza e perfumaria do Brasil, não é tão conhecido no mercado pelo nome institucional. Mas suas marcas dispensam apresentações: álcool Zulu, Cooperalcool, Zumbi, Coala Perfumes, entre outras. E todas elas podem mudar de mãos.
O NeoFeed apurou que o Grupo MPR mandatou o Itaú BBA e o Citi para encontrar um comprador no mercado. Procurado, o MPR disse que “não existe nenhum processo em andamento”. A reportagem, entretanto, confirmou com três fontes que a oferta está na rua. Trata-se de um negócio que pode variar de R$ 800 milhões a R$ 1,2 bilhão.
Além de ter marcas consagradas, o grupo vem apresentando crescimento. No ano passado, o faturamento atingiu R$ 1,2 bilhão, uma alta de 20% em relação a 2023, e o Ebitda em R$ 150 milhões.
“O movimento de venda é para dar saída ao Alothon”, diz uma fonte a par das negociações referindo-se a gestora de private equity que investiu na companhia em 2015. Na época, o fundo III da gestora adquiriu o controle do Grupo MPR. O objetivo era, obviamente, fazer a operação crescer e depois encontrar uma saída via mercado de capitais.
Em 2020, o MPR até tentou abrir essa porta e contratou vários bancos para iniciar o processo de IPO. Na ocasião, o mercado de capitais brasileiro estava efervescente e havia uma janela de oportunidade. Mas o negócio acabou não indo para frente.
Recentemente, o MPR voltou aos holofotes com a sua marca Coala, de perfumes. Com a crise de imagem da grife de luxo Tania Bulhões nas redes sociais, a linha de perfume para casa Chá Branco da Coala teve suas vendas quadruplicadas – o que pegou a empresa de surpresa.
Segundo uma reportagem do jornal O Globo, as vendas saltaram depois que influenciadoras surgiram nas redes sociais comparando a linha da Coala, com quatro produtos, que sai por R$ 68,00, com a de Tania Bulhões, que cobra R$ 370,00 por um difusor de ambientes.
Negócios
Warren Buffett bate três novos recordes
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As ações da Berkshire Hathaway atingiram patamares recordes na segunda-feira, 24 de fevereiro, depois de Warren Buffett e sua equipe “realizarem sua mágica” e apresentarem um lucro operacional histórico no quarto trimestre.
Por volta das 18h06, as ações classe A da casa dirigida pelo “mago de Omaha” registravam alta de 4,04%, a US$ 747,76. O valor superou os US$ 741,97 registrados por alguns serviços de cotação de ações em 3 de junho, após uma falha nas cotações na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), segundo a agência de notícias Reuters.
Com o resultado, as ações da Berkshire Hathaway acumulam alta de 11,6% nos últimos 12 meses, levando o valor de mercado a US$ 1,08 trilhão.
O entusiasmo dos investidores veio após a Berkshire Hathaway registrar um lucro operacional de US$ 14,5 bilhões no quarto trimestre, um aumento de 71% em relação ao mesmo período de 2023.
O valor considera os resultados obtidos das companhias detidas pela gestora. No trimestre, a Berkshire teve um impulso relevante da parte de seguros, com destaque para a Geico, que passa por uma reestruturação. Essa vertical apresentou um lucro 302% maior no período, em base anual, de US$ 3,4 bilhões.
Já os resultados de investimentos em participações registrou uma forte desaceleração no quarto trimestre, dos US$ 29,1 bilhões apurados nos mesmos três meses de 2023 para US$ 5,2 bilhões.
Pelo nono trimestre consecutivo, a Berkshire vendeu mais ações do que comprou, fazendo com que as vendas totalizassem US$ 134 bilhões em 2024, num período em que os mercados americanos bateram recordes seguidos de alta.
Isso fez com que a gestora registrasse outra marca histórica no ano passado, de montante de recursos em caixa. O balanço apontou para uma colchão de US$ 334,2 bilhões, acima dos US$ 325,2 bilhões registrados no terceiro trimestre e do market cap da Petrobras (US$ 90,4 bilhões), Vale (US$ 42,7 bilhões), Itaú (US$ 52 bilhões) e Nubank (US$ 53,5 bilhões) combinados.
Ao longo do ano passado, a Berkshire Hathaway reduziu suas posições em grandes empresas, notadamente Bank of America (BofA) e Apple, duas grandes “estrelas” do seu portfólio, ainda que a empresa co-fundada por Steve Jobs (1955 – 2011) permaneça como uma parcela relevante dos investimentos da gestora.
As razões para essas vendas e o que a Berkshire Hathaway fará com os recursos em caixa ainda são uma incógnita. Em sua tradicional carta aos acionistas, divulgada junto com os resultados, Buffett afirmou que não pretende ficar segurando os recursos, assegurando que o estilo de investimentos da casa não mudou.
“Os acionistas da Berkshire podem ter certeza de que utilizaremos sempre uma maioria substancial do seu dinheiro em ações, principalmente ações americanas, embora muitas delas tenham operações internacionais significativas”, diz trecho da carta. “A Berkshire nunca preferirá a propriedade de ativos equivalentes em dinheiro ativos ante bons negócios, sejam eles controlados [pela Berkshire] ou apenas parcialmente detidos.”
Na carta, Buffett também tratou de sua sucessão, tema que ganhou força após a morte de Charlie Munger, seu então braço direito, em 2023, aos 99 anos. Com 94 anos, Buffett reafirmou que Greg Abel, vice-presidente que lidera todas as operações não relacionadas a seguros da gestora, será o seu substituto.
“Aos 94 anos, não demorará muito antes de Greg Abel me substitua como CEO e comece a escrever as cartas anuais”, afirmou.
Negócios
A estratégia do fundador da Azul para manter sua participação na companhia aérea
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Em um ano de turbulência financeira e com prejuízo líquido ajustado de R$ 1,05 bilhão reportado em 2024, a companhia aérea Azul tenta reduzir a crise transformando dívida em participação acionária.
Nesse movimento, o próprio fundador, David Neeleman confirmou que vai aportar recursos para manter sua posição na companhia, que hoje representa 4%.
Junto com outros controladores, Neeleman irá realizar aportes de US$ 10 milhões a US$ 20 milhões para aumentar o capital da companhia. Do total, dois terços devem partir de Neeleman, o que representar até US$ 13 milhões.
O problema é que o montante nem de longe representa alívio nas contas da companhia, que fechou 2024 com dívida de R$ 30,4 bilhões. Esse aporte “simbólico” é uma estratégia para não ser diluído.
Explica-se: com as conversões dos papeis, os bondholders (credores) poderão deter cerca de 80% da companhia, enquanto 11,5% será reservado para gestores e acionistas preferenciais. E assim, Neeleman, que seguirá presidente do conselho, conseguiria manter seus 4%.
A Azul “vendeu” esse aporte do fundador como uma voto de confiança na companhia. “Os controladores vão colocar mais dinheiro e comprar ações porque confiam no futuro da Azul e acham que é um bom investimento”, diz Alexandre Wagner Malfitani, CFO e diretor de relações com investidores da Azul. “Isso vai reduzir ainda mais a dívida.”
No pacote de reestruturação da empresa também está a mudança de cadeiras no Conselho, que passará de 13 para nove. Dois deles virão dos bondholders (investidores que detêm títulos de dívidas), o que mostra a força que os credores terão a partir de agora. “Isso deve ser implementado no fim de abril, quando fecharmos essas iniciativas”, diz o CEO.
Desempenho financeiro
No acumulado do ano, a Azul reportou, no critério não ajustado (sem levar em conta variações cambiais e resultados de derivativos não realizados), prejuízo de R$ 8,2 bilhões, contra R$ 700,3 milhões em 2023.
“A gente precisou alavancar muito a empresa durante a Covid-19 para sobreviver. Isso criou um volume muito alto de despesas financeiras e sem ajuda do governo. Agora estamos tirando mais de US$ 100 milhões de juros ao ano”, diz John Rodgerson, CEO da Azul.
Para o CFO da Azul, o dado mais relevante do balanço de 2024, ainda que a companhia tenha reportado prejuízo, é o Ebitda de R$ 6 bilhões registrado no ano passado. “Queremos chegar a R$ 7,4 bilhões em 2025, o que vai representar uma evolução significativa”, diz Malfitani. “Parte desse ganho virá dessas iniciativas do nosso plano de redução de custos e de poder cobrar mais o produto que a gente vende.”
A perspectiva de crescimento da empresa está na melhora do resultado do quarto trimestre de 2024, em relação ao período anterior. Entre outubro e dezembro, a companhia aérea registrou lucro líquido ajustado de R$ 62,4 milhões, revertendo prejuízo de R$ 270,6 milhões no mesmo período de 2023.
A companhia aérea vem seguindo a trilha de reduzir os custos operacionais antes da concretização da fusão com Gol, a partir de memorando assinado em janeiro deste ano, e que deve ser concretizada somente em 2026, caso seja aprovada pelo Conselho Administrativo e Defesa Econômica (Cade) e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
“Os desafios do Brasil são enormes e nosso balanço estava estressado por causa da pandemia. E, em 2025, estamos totalmente focados na Azul. O que acontecer após esse ano deixaremos para depois”, diz o CEO da Azul.
Na semana passada, a companhia anunciou a suspensão de voos para 14 cidades, entre elas Campos (RJ), Sobral (CE), Mossoró (RN) e Ponta Grossa (PR), justamente por causa do custo operacional, a partir de março.
A empresa também comunicou que os voos para Fernando de Noronha partiriam somente de Recife (PE). “É óbvio que vamos fechar o que não funciona. Hoje em dia a gente tem zero paciência para perder dinheiro”, afirma Rodgerson.
Atualmente, a Azul conta com 150 destinos, que, segundo o CEO, representam 50 cidades a mais do que os concorrentes. “Quando tivemos a desvalorização cambial, a demanda por algumas cidades não acompanhou a receita que seria necessária, a partir do novo custo”, diz.
“O foco da empresa agora é reduzir custos. A gente quer que os 15 mil tripulantes estejam pensando do mesmo jeito que os donos, que é aproveitar para diminuir custos onde há oportunidade”, afirma Malfitani.
Nos últimos 12 meses, as ações da Azul na B3 tiveram desvalorização de 67,7%. A empresa está avaliada em R$ 1,26 bilhão.
Negócios
Como o xadrez de Lula na Esplanada pode aumentar o fogo amigo e isolar Haddad
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Brasília – Mesmo garantido no cargo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é um dos mais atentos ao xadrez ainda em montagem do presidente Lula na Esplanada. As combinações previstas até aqui na reforma ministerial são vistas com preocupação por aliados do comandante da economia, pois tendem a enfraquecê-lo nas disputas internas do governo.
A ida de Gleisi Hoffmann para a Secretaria Geral da Presidência da República pode fazer coro a um antagonista de Haddad na Esplanada, o ministro da Casa Civil, Rui Costa. As divergências estão relacionadas principalmente às políticas mais restritivas de Haddad em questões orçamentárias, como os planos Safra e de Aceleração do Crescimento.
Gleisi deve ocupar a cadeira de outro petista, Márcio Macedo (PT-S). Entre os governistas, duas eventuais mudanças, mesmo que periféricas, podem levar o time ministerial contrário à política de Haddad aumentar. Nos bolões de apostas, dois outros ministros mais moderados podem cair: Wellington Dias (Desenvolvimento Social) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Social).
Expectativa
A depender de eventuais novos perfis dos ministros, Haddad pode ter dificuldades. Outros dois personagens que devem criar marolas para o ministro da Fazenda são o novo líder da bancada do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ) – namorado de Gleisi – e a secretária de finanças do partido, Gleide Andrade, que deve deixar o cargo na legenda para ocupar uma função no primeiro-escalão na Esplanada, como secretária-executiva de uma das pastas.
A expectativa é a de que Lula anuncie os primeiros nomes da reforma nos próximos dias. A primeira troca será na Saúde. Alexandre Padilha, atual secretário de Relações Institucionais, deve ir para o lugar de Nísia Trindade.
O núcleo duro do Palácio do Planalto assim ficaria sem um dos principais defensores de Haddad, que perderia menos se para a vaga de Padilha fosse convocado o senador Jaques Wagner (PT-BA), um aliado de primeira hora do ministro da Fazenda. Outro cotado para a cadeira é o deputado José Guimarães (PT-CE), que é visto como um nome mais neutro neste caso.
Na disputa de poder, há uma leitura paralela, entretanto. Um cálculo que Lula teria feito ao pensar na ida de Gleisi para a Esplanada. Deixá-la mais amarrada quando o assunto é a crítica direta a Haddad. Esse papel sobraria para Lindbergh, que, em última análise, faria discursos na Câmara, um pouco mais distante do Planalto.
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