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PIB, debate sobre inflação e “pressa” no Congresso encerram semestre

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Tempo de Leitura:4 Minuto, 35 Segundo


O Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na terça-feira, 4, e abre junho que deverá comportar intenso debate sobre inflação e esvaziamento político.

Na economia devem prevalecer, ao longo de junho, discussões sobre inflação e juro que será novamente avaliado pelo Banco Central do Brasil e Federal Reserve, respectivamente, em 18 e 19 de junho e 11 e 12 de junho. Portanto, sem “superquarta”, mas com decisões precedidas de um esperado corte de taxa pelo Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira, 6 de junho.

Na política, a expectativa é de cumprimento de uma agenda concentrada na regulamentação da Reforma Tributária no Congresso que está de olho nas eleições municipais, assim como o Executivo, e inclinado ao esvaziamento pelo retorno de parlamentares às suas bases para as festas juninas – uma tradição que antecede o recesso da Câmara e do Senado com início em 18 de julho.

O PIB do primeiro trimestre não deve surpreender, ante a prevalente expectativa de crescimento entre 0,6% e 0,8% na comparação com o último período de 2023. Mas analistas anteveem o risco de queda da atividade no segundo trimestre como efeito da crise climática no Sul. Expectativa oposta, de alta, fica para a inflação e pelo mesmo motivo.

Também pesará sobre a expansão do PIB mais adiante, a política monetária restritiva representada pela manutenção da Selic em 10,50% ou em leve queda a 10,25% até o fim do ano, como estimam bancos e consultorias.

A maioria dos analistas vê o placar dividido do último Copom e a deterioração das expectativas de inflação – turbinada inclusive pelo racha na decisão do colegiado – como justificativas para a interrupção imediata do processo de flexibilização até meados de 2025. Entretanto, em janeiro, o BC já estará sob novo comando. Mudança que, embora programada, também gera expectativas.

No cenário atual, a perspectiva de Selic estável ganha ibope junto ao mercado, mas não no governo, como condição para promover a convergência da inflação à meta de 3% em vigor este ano e, possivelmente, em 2025 e 2026. Com chance de ser estendida a 2027 – a depender do posicionamento do Conselho Monetário Nacional (CMN) que se reúne em 27 de junho para pensar o futuro.

Pelas regras que (ainda) orientam o regime de metas vigente no País desde 1999, em junho de cada ano, o CMN deve definir a meta de inflação de três anos à frente. Portanto, o próximo encontro mira o alvo de 2027.

Entretanto, o Conselho poderá ir além, inclusive em favor da melhora das tais expectativas, se estipular a meta de prazo mais longo e lançar o decreto presidencial que deverá formalizar a mudança no regime anunciada, há um ano, pelo ministro Fernando Haddad que lidera o CMN. Órgão composto pelos titulares dos ministérios da Fazenda, Planejamento e Banco Central.

Meta contínua de inflação sem decreto?

Em junho de 2023, Haddad anunciou a adoção da meta contínua de inflação que deverá substituir, a partir de 2025, a meta calculada em ano-calendário e que prevê, portanto, seu alcance de janeiro a dezembro.

Na ocasião, o ministro sinalizou um horizonte ampliado para aferição do resultado, possivelmente, de 24 meses. Mas esclareceu que o “horizonte” deverá ser definido pelo BC.

E esse é um ponto a ser esclarecido pelo decreto da meta contínua em elaboração. Outro ponto que suscita questionamento refere-se à margem de tolerância da meta destinada a acomodar choques de preços. Intervalo que, hoje, é de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos da meta central – continuará valendo?

A meta contínua de inflação, adotada pela maioria dos mais de 30 países que abraçaram o regime desde o início de sua adoção em 1990, tem a vantagem de ser perseguida com maior adequação do juro ao momento da economia.

Elevações extraordinárias de preços pela incidência de fatores temporários podem ser diluídas em períodos mais longos, o que tende a evitar altas mais intensas de juros pelos bancos centrais.

Institucionalmente, são eles os responsáveis por entregar ao governo e à sociedade a inflação na meta previamente estabelecida. E que funciona como instrumento de gestão de expectativas de agentes econômicos quanto à evolução dos preços na economia.

Neste momento, a discussão sobre o regime de metas é mais que oportuna, inclusive, ante a flagrante dificuldade enfrentada por bancos centrais do mundo inteiro de reverter processos inflacionários alimentados, sobretudo, pela ruptura de cadeias de suprimentos pós-pandemia, apesar do aumento dos juros aos maiores níveis em décadas nos EUA e Europa.

No mesmo dia da reunião do CMN, 27 de junho, o BC publicará o Relatório de Inflação do segundo trimestre. O documento nasceu com o regime de metas e é um dos mais relevantes da instituição que nele detalha informações que levaram às decisões mais recentes do Copom sobre a taxa básica.

O Relatório de Inflação, além de reunir dados e análises sobre inflação, atividade, crédito, cenário externo e contas públicas, atualiza projeções. Entre elas, a evolução do PIB. No documento do primeiro trimestre, o BC elevou a estimativa para o crescimento da economia de 2024, de 1,7% para 1,9%.

A julgar pela avaliação de Roberto Campos Neto em evento promovido pelo Lide em São Paulo na segunda-feira, 27 de maio, a projeção subirá um pouco mais. Segundo o chefe do BC, o crescimento no segundo trimestre está surpreendendo para cima, indicando “um custo baixo de desinflação no país”.



Fonte: Neofeed

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Assaí pisa no freio em expansão para reduzir alavancagem

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Assaí pisa no freio em expansão para reduzir alavancagem
Tempo de Leitura:2 Minuto, 16 Segundo


Segunda maior rede de atacarejo do País, o Assaí revisou parte de suas projeções para 2025 e 2026 em fato relevante divulgado na quinta-feira, 17 de outubro, além de incluir novas estimativas para o biênio.

Um dos destaques desse novo pacote é justamente um dos itens que têm sido um mantra do grupo já há alguns trimestres: a redução da alavancagem. A meta da operação é chegar ao fim de 2025 com esse indicador no patamar de 2,6 vezes a relação dívida líquida sobre Ebitda.

Como referência, o Assaí encerrou o segundo trimestre de 2024 com uma alavancagem de 3,65 vezes, uma redução de 0,6 vez contra o índice de 4,25 vezes registrado em igual período de 2023. Entre abril e junho, a dívida líquida da rede foi de R$ 12,3 bilhões, contra R$ 8,3 bilhões, um ano antes.

No fato relevante de hoje, a empresa ressaltou que o nível de alavancagem estimado para o fim de 2025 se apoia no crescimento esperado do Ebitda, assim como na redução da dívida líquida, fruto da revisão da expansão e do plano de investimentos, também anunciadas nessa data.

Segundo o Assaí, essas atualizações levaram em conta principalmente as recentes altas da taxa Selic e as mudanças nas expectativas da curva de juros para os próximos anos, “influenciando diretamente” o custo de carregamento da dívida líquida da operação.

Com o foco da redução da alavancagem em mente, a rede decidiu adiar a abertura de alguns projetos de novas lojas. A projeção atualizada aponta para a inauguração de 10 unidades em 2025, contra o guidance anterior de 20 lojas.

Já para 2026, o grupo informou que espera retomar o patamar de expansão de 20 unidades por ano que vinha cumprindo antes de engatar, a partir do fim de 2021, numa onda de 64 conversões de hipermercados Extra.

Como parte dessas atualizações, o Assaí projeta agora um investimento na visão caixa entre R$ 1 bilhão e R$ 1,2 bilhão para 2025. Desse total, um montante entre R$ 650 milhões e R$ 750 milhões será reservado para a abertura de lojas.

A rede também vai destinar entre R$ 250 milhões e R$ 300 milhões à manutenção e novos serviços como açougues e padarias no parque de lojas já em operação. Uma parcela restante entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões será investida em infraestrutura, novos sistemas de TI e projetos de inovação.

A ação ASAI3, do Assaí, fechou o pregão de quinta-feira, 17 de outubro, em queda de 0,84%, cotadas a R$ 7,06. Os papéis acumulam uma desvalorização de 47,8% no ano. A empresa está avaliada em R$ 9,5 bilhões.



Fonte: Neofeed

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BC europeu baixa os juros (boa notícia). Risco agora é a deflação (péssima notícia)

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BC europeu baixa os juros (boa notícia). Risco agora é a deflação (péssima notícia)
Tempo de Leitura:3 Minuto, 56 Segundo


A União Europeia não consegue se livrar dos pesadelos econômicos nem diante de boas notícias. O Banco Central Europeu (BCE) anunciou na quinta-feira, 17 de outubro, mais um corte de juros – o terceiro em sequência –, levando a taxa anual para 3,25%.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, comemorou o anúncio, afirmando que o processo desinflacionário estava “no caminho certo” e que todos os dados desde a reunião anterior da autoridade monetária, no mês passado, “estavam indo na mesma direção – para baixo”.

O drama é justamente esse – não são apenas os juros que estão em queda. A inflação, também em declínio, fechou setembro com índice de 1,7% ao ano – abaixo da meta estipulada pelo BCE, de 2%.

O que seria comemorado com fogos em outros países (como o Brasil) viraram motivos de preocupação, pois a fraca inflação na zona do euro, aliada ao baixo crescimento do PIB do bloco no segundo trimestre, de 0,2%, levantaram preocupações de que o BCE possa estar diante do risco de uma deflação.

Essa possibilidade é real, uma vez que uma deflação – resultado de oferta maior que a demanda e de menos dinheiro em circulação, condições criadas por atividade econômica fraca por longo período – pode desencadear um ciclo descendente que se autoalimenta, à medida que os consumidores adiam compras, ao mesmo tempo que a diminuição do rendimento torna mais difícil o pagamento de dívidas.

As últimas previsões dos especialistas do BCE indicaram que a inflação anual atingirá o seu objetivo de 2% no quarto trimestre de 2025 e permanecerá bem acima desse nível durante os primeiros nove meses do ano.

Mas os próprios técnicos do BCE estavam preocupados com o fato de que a previsão, publicada em setembro, poder ter sido demasiado otimista. Para o BCE, superar a deflação pode ser muito mais difícil do que controlar a inflação.

A perspectiva de um período de aumentos de preços reduzidos representa uma reviravolta acentuada face aos recentes níveis históricos de inflação elevada, que forçaram o BCE a aumentar as taxas de juro para um nível recorde de 4%, em setembro de 2023.

Economistas advertem que o aumento inflacionário na zona do euro, entre 2021 e 2023, foi temporário, impulsionado por preços mais elevados da energia e estrangulamentos na cadeia de abastecimento, em vez de um aumento fundamental na procura.

Há críticas no sentido de que o BCE aumentou demasiado as taxas de juros, prejudicando uma economia que já era atingida pela baixa produtividade, pelo investimento morno e pelo envelhecimento da população.

Na semana passada, Sebastian Dullien, diretor de pesquisa do Instituto de Política Macroeconômica, com sede em Düsseldorf (Alemanha), disse que o crescimento fraco e a queda acentuada da inflação sugerem que o BCE estava “agindo muito lentamente no ajuste das taxas mais uma vez”.

Segundo ele, a análise do banco central sobre os impulsionadores da inflação foi “defeituosa”. “A política monetária excessivamente restritiva exacerbou algumas das questões estruturais”, advertiu Dullien.

Outros na mira

Não é apenas o bloco europeu que está às voltas com o risco de deflação. A inflação no Reino Unido caiu mais do que o esperado, para o mínimo de três anos, 1,7% em setembro, também abaixo da meta, o que levou a libra a cair.

Da mesma forma que no bloco europeu, investidores a aumentarem as apostas em novos cortes nas taxas por parte do Banco de Inglaterra (BoE), o BC britânico. O risco de deflação, porém, é menor no país, pois a inflação de serviços segue alta, em 4,9%.

A China, com produção econômica fraca desde a pandemia, também tem lutado para evitar a deflação. Há duas semanas, o governo chines anunciou um amplo pacote– incluindo injeções de liquidez de US$ 250 bilhões, flexibilização das taxas hipotecárias e grandes cortes nas taxas de juro e de reservas bancárias obrigatórias, esta para abrir linhas de crédito – para estimular o consumo.

Mesmo assim, Stephen Roach, economista da Universidade Yale, advertiu na ocasião que o pacote é insuficiente e que a China corre o risco de entrar num processo deflacionário devido ao crônico problema do estouro da bolha imobiliária, que desde 2021 gerou perdas de US$ 18 trilhões em riqueza das famílias chinesas, inibindo o consumo.

Roach atribuiu a hesitação do governo chinês em abrir o cofre para estimular o consumo como reflexo do impacto gerado pelo crescimento da dívida pública – hoje sob índice estratosférico de 283% em relação ao PIB, três vezes superior ao da década passada.

“O governo chinês precisa gastar com as pessoas para reanimar a procura interna; sem ela, o país caminha para a deflação, enquanto o seu enorme mercado imobiliário está sobrecarregado com habitações não vendidas e grandes pilhas de dívidas”, disse Roach.



Fonte: Neofeed

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“Nunca aposte contra a Apple”: Warren Buffett deixou de ganhar mais US$ 23 bilhões

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Com status de lenda e conhecido por seu olhar apurado para os investimentos, Warren Buffett tem chamado mais atenção nos últimos meses pelas vendas em série de ações do Bank of America (BofA) e da Apple realizadas por sua gestora, a Berkshire Hathaway.

E até mesmo Buffett, considerado o Oráculo de Omaha por suas tacadas certeiras, não consegue acertar tudo. Uma de suas frases mais famosas, “never bet againts America” (nunca aposte contra os EUA), poderia ser parafraseada por “nunca aposte contra a Apple”.

Um cálculo do Business Insider conclui que a Berkshire Hathaway pode ter deixado de ganhar mais US$ 23 bilhões ao reduzir em 55% sua participação detida na Apple no primeiro semestre de 2024, mesmo com os papéis da companhia sendo negociados em patamares recordes.

O cálculo para chegar a esse número envolveu a diferença entre a cotação atual do papel da Apple e o preço médio ponderado contabilizado pela gestora na venda de 505,9 milhões de ações da companhia na primeira metade do ano, de cerca de US$ 186,15 por ação.

Em outra conta, a reportagem destaca que a Berkshire Hathaway iniciou 2024 com 905,6 milhões de ações da Apple, avaliadas em US$ 174 bilhões na época. Hoje, essa posição estaria avaliada em cerca de US$ 210 bilhões. A fatia atual da gestora, porém, vale US$ 84 bilhões.

O portal faz a ressalva, porém, de que é impossível saber exatamente a que preço a Berkshire Hathaway vendeu os papéis e que, por isso, se baseou no preço médio das ações no primeiro e no segundo trimestre.

Ao ressaltar que o resultado não significa necessariamente um passo em falso, o Business Insider observa que Buffett e seus pares começaram a construir a posição na Apple no primeiro trimestre de 2016, quando a empresa já ostentava o status de a mais valiosa do mundo.

As compras iniciais de ações da companhia pela gestora na época foram feitas com um preço médio estimado de compra de US$ 39,59 por ação. Desde então, os papéis da Apple acumulam uma valorização de 485%.

Os papéis da Apple fecharam o pregão desta quinta-feira, 17 de outubro, cotados a US$ 232,15 e com uma ligeira alta de 0,16%. As ações registram uma valorização de 20,6% em 2024 e a empresa está avaliada em US$ 3,5 trilhões.



Fonte: Neofeed

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