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Banco digital do iFood faz o “delivery” de seu primeiro bilhão de reais

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Tempo de Leitura:4 Minuto, 29 Segundo


O iFood Pago, o banco digital da plataforma de entrega controlada pela Prosus, está fazendo o seu primeiro delivery. No ano fiscal que termina em março deste ano, o braço financeiro do iFood chegará à receita de R$ 1,2 bilhão, um resultado 20% acima das previsões iniciais.

Mas esse não é o único item de seu cardápio. Para mais do que dobrar a receita em 2025 (a meta é alcançar um faturamento de R$ 2,5 bilhões), o iFood Pago está preparando um cartão de crédito exclusivo, cuja bandeira ainda é mantida sob sigilo, para pessoas jurídicas, especialmente aos restaurantes conectados à plataforma de entrega.

“Um cartão de crédito comum tem milhas e vários outros benefícios. Esse vai ser destinado para garantir vantagens aos empreendedores. Ele vai poder acumular pontos que irão se transformar em insumos mais baratos para seus restaurantes”, diz Bruno Henriques, CEO do iFood Pago, em entrevista ao NeoFeed.

Oficialmente, o iFood Pago foi criado em junho do ano passado, embora bem antes a empresa já contava com verticais que atuavam como soluções financeiras aos donos de restaurantes. “De lá para cá, estamos crescendo muito. Foi um business que nasceu rentável.”

Dos 400 mil estabelecimentos cadastrados no iFood, 175 mil hoje estão conectados com serviços financeiros do iFood Pago, especialmente na conta digital, o equivalente a 43,5% do total. A meta de Henriques é de que esse número chegue a mais de 90% da base de restaurantes do iFood.

Pelos restaurantes cadastrados no iFood foram transacionados R$ 83 bilhões em pedidos de clientes entre janeiro e dezembro de 2024. A meta é passar de R$ 100 bilhões em 2025. “É o banco que vai suportar o crescimento da nossa plataforma.”

Um exemplo é que o faturamento do banco digital do iFood já representa 15% da receita total do iFood, que está na casa dos R$ 10 bilhões. Mas o plano é que o iFood Pago corresponda a metade da receita da companhia em cinco anos.

Entre as áreas que devem ajudar a atingir essa meta é o setor de crédito. Desde o início das operações, o iFood Pago já concedeu R$ 2 bilhões. O objetivo é chegar a março de 2026 com repasses de R$ 3,5 bilhões nesse segmento. Hoje o tíquete médio dos empréstimos é de R$ 200 mil por empreendedor.

Em um momento de juros altos – o que deve forçar os bancos a serem mais conservadores e rigorosos na hora de conceder crédito -, o iFood Pago tem grande parte das informações financeiras dos estabelecimentos, o que deve minimizar a inadimplência. “Pelas informações que já temos, conseguimos oferecer uma proposta melhor para cada restaurante, que inclui taxa de juros, prazo e carência”, afirma o CEO do iFood Pago.

Outro ponto em que o iFood Pago tem investido é na ampliação das máquinas de pagamento, que são chamadas de ‘maquinonas’. Em janeiro deste ano, o iFood Pago já contava com 1.580 devices ativos em comércios. Em março, segundo o executivo, a tecnologia, que foi lançada em setembro do ano passado, será responsável por R$ 100 milhões em TPVs [Total Payment Volume] somente em São Paulo.

“Não é só um aparelho para realizar pagamentos. É uma plataforma de CRM [Customer Relationship Management] que o dono do restaurante tem na mão”, diz. Com isso, é possível atrair para o delivery do iFood, com ativações e promoções, aquele cliente do restaurante mais acostumado a frequentar o salão do estabelecimento.

A área de benefícios será outra vertente importante para o banco digital. Hoje, ela corresponde a 20% da receita do iFood Pago, o que representa aproximadamente R$ 240 milhões.

Nessa vertical, que atua com um cartão pré-pago, a empresa tem uma base de 800 mil usuários e deve fechar em um milhão até março. A expectativa é de que, ao fim do próximo ano fiscal, em março de 2026, conte com dois milhões de funcionários de empresas ligadas ao setor de benefícios do grupo.

A estratégia de ser um superapp

O iFood Pago caminha em uma avenida que já tem o Mercado Pago, banco digital do Mercado Livre, como uma fintech consolidada para pequenos varejistas e microempreendedores desde 2004, ainda que não especificamente para donos de restaurantes.

No terceiro trimestre de 2024, a área financeira do marketplace alcançou US$ 6 bilhões no portfólio de crédito, segundo balanço divulgado pelo Mercado Livre, com alta de 77% sobre sobre o mesmo período do ano anterior. O Mercado Pago representa 26% da receita total do grupo.

“Quando o cliente entra no Mercado Livre e paga, o valor entra via Mercado Pago. Fazendo uma analogia, é esse o nosso caminho. E o banco é muito relevante no faturamento do Mercado Livre. O que a gente quer é que o iFood Pago sustente esse avanço”, diz Henriques.

Para Alberto Serrentino, fundador da Varese Retail e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), o modelo de crescimento dos dois bancos digitais ligados a plataformas de vendas é similar, ainda que tenham características diferentes do negócio.

“O iFood tem uma clara estratégia de se tornar um ecossistema, baseado no ativo da frequência da base de clientes e na capacidade de agregar serviços”, diz Serrentino. “Eles estão diversificando os produtos e se tornando um superapp, que envolve a vertical de serviços financeiros de pagamentos, hoje muito relevante no caso do Mercado Livre.”





Fonte: Neofeed

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A “saideira” de consumidores e empresários para embalar o carnaval

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A “saideira” de consumidores e empresários para embalar o carnaval
Tempo de Leitura:4 Minuto, 58 Segundo


Importante alerta sobre a economia partirá do Rio de Janeiro nos próximos dias e não necessariamente no festivo ritmo pré-carnaval. Na saideira de fevereiro, o humor de consumidores e empresários será revelado pela fluminense Fundação Getulio Vargas (FGV). Entre 24 e 28, a instituição divulgará seis índices de confiança, além do Indicador de Incerteza Econômica, que terão inflação pelo IPCA-15 e IGP-M e contas públicas como rivais na agenda.

A coleção de dados da FGV relativos a fevereiro reunirá confiança do consumidor, comércio, serviços, indústria, construção e confiança empresarial e poderá reforçar a percepção de que a atividade já enfraquece ou trazer algum alento graças, principalmente, à valorização do real ante o dólar.

Em fevereiro, até a quinta-feira 20, o dólar caiu cerca de 3% e, em 2025, 8%, devolvendo uma fração do ganho superior a 27% em 2024. O câmbio contagia os juros futuros que estão deixando para trás taxas superiores a 15%. Apesar da queda, as condições financeiras seguem apertadas. Porém, uma distensão foi observada recentemente devido à melhora do mercado local, informa ao NeoFeed Cristiano Oliveira, diretor de pesquisa econômica do banco Pine.

Com variação de -1 a +1 (onde o aperto monetário é crescente quanto mais elevado for o resultado da combinação de variáveis locais e internacionais como índices acionários, juros, câmbio e commodities), o indicador proprietário do banco (FCI-Pine) aponta condições que terão efeito cumulativo e defasado a impactar a atividade econômica, sobretudo, no segundo semestre.

Há um ano, o FCI-Pine estava em 0,04 ponto. Avançou e recuou nos meses seguintes ao sabor das variáveis que o compõe para retomar tração em outubro. Em dezembro, quando o dólar explodiu e o BC acelerou a alta da Selic para 1 ponto percentual e acenou com mais dois ajustes idênticos neste ano, o indicador do Pine chegou a 0,90. Em janeiro, superou 1 ponto para recuar em seguida. Já em fevereiro, a queda foi intensificada para cerca de 0,60 – variação importante, mas longe de zero ou condição monetária neutra.

“Exatamente por prever o efeito cumulativo e defasado da alta do juro, mantemos intacto nosso cenário para a Selic. Após o aumento de 1 ponto percentual no Copom de março e 0,5 ponto que esperamos para maio, acreditamos que o BC deverá interromper o ciclo e avaliar com cautela o impacto do aperto de 3,50 pontos empreendidos até lá”, diz Oliveira.

Refletindo a tensão que sacudiu dezembro – de arrancada do dólar atenuada com a venda de quase US$ 30 bilhões pelo BC – os índices de confiança recuaram, em janeiro, na avaliação da situação presente e das expectativas.

Calmaria à espera de medidas populistas

Além do juro, a inflação corrente e as previsões salgadas comprometeram, adicionalmente, a avaliação da situação financeira futura das famílias, independente de faixas de renda. Entre os índices apurados em janeiro as perdas foram as seguintes: confiança da indústria (-1,3 ponto), confiança empresarial (-1,8), confiança da construção (-1,9), confiança de serviços (-2,5), confiança do comércio (-2,8) e confiança do consumidor (-5,1).

O indicador que, mesmo em queda, ficou mais próximo da neutralidade, equivalente a 100 pontos, foi a indústria com 98,4 sem anular, contudo, a cautela de empresários quanto ao futuro. Apesar dos estoques satisfatórios nas empresas, ainda persistem dúvidas quanto à sustentação da demanda.

Mas o cenário, no geral, desanuviou com os ativos menos voláteis. Até quando? É difícil prever, ante a expectativa de analistas de que o governo não desistirá de medidas populistas que incentivem a economia – caso da promoção de crédito por instituições públicas e impulso do consignado privado. Na quinta-feira, 20 de fevereiro, em entrevista à Rádio Tupi FM, do Rio de Janeiro, o presidente reiterou que políticas de crédito ao pequeno empreendedor serão anunciadas.

Além de um Donald Trump mais brando quanto à aplicação das tarifas comerciais, dois vetores políticos explicam a calmaria presente no mercado: a aposta no enfraquecimento do presidente Lula como candidato à reeleição em 2026, condição que poderia abrir espaço para uma política econômica alternativa à frente e de maior compromisso fiscal; e o fato de o Congresso estar esquentando os motores para engrenar as atividades após o carnaval – e com foco na tramitação da proposta orçamentária deste ano.

Se a expectativa se confirmar, a retomada, para valer, dos trabalhos no Congresso ampliará o debate sobre a política fiscal que também estará na ordem do dia às vésperas do carnaval. O Tesouro atualizará informações com a divulgação na quarta e quinta-feira, 26 e 27, respectivamente, do Relatório Mensal da Dívida Pública e do resultado primário do governo central que reúne contas do Tesouro, Previdência e BC. Os documentos referem-se a janeiro.

Já os dados consolidados das contas públicas pelo BC, também de janeiro, vão atrasar. Serão publicados em 12 de março. Em meados de janeiro, o BC informou o adiamento das estatísticas fiscais e as monetárias e de crédito. Explicou que a mudança de datas resulta da necessidade de prazo adicional para que as instituições adaptem seus sistemas ao novo plano contábil (Cosif) das entidades reguladas pela instituição. Mas as alterações no Cosif não afetarão as estatísticas ou suas séries históricas, assegurou o BC.

A última semana do mês ainda reserva a divulgação do IPCA-15 e IGP-M de fevereiro, respectivamente, para terça e quinta-feira, 25 e 27. Os índices poderão confirmar o rebote no custo da energia elétrica que despencou em janeiro pelo bônus de Itaipu nas contas de luz.

Na agenda externa, o PIB dos EUA no quarto trimestre tem anúncio previsto para quinta, 27, e inflação no dia seguinte. Especialmente o dado de inflação (PCE) de janeiro é relevante para a decisão do Federal Reserve (Fed) sobre a taxa de juro. A próxima reunião de política monetária do BC americano será em 19 de março – mais uma vez coincidente com o encontro do Copom, no Brasil.



Fonte: Neofeed

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Nissan “pede carona” a Elon Musk após fusão com a Honda ficar pelo caminho

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Tempo de Leitura:3 Minuto, 29 Segundo


O fim das negociações para uma fusão com a Honda colocou um grande ponto de interrogação no caminho da Nissan. Elo mais frágil desse acordo, a empresa está conduzindo um plano de reestruturação no qual prevê 9 mil demissões e a redução de 20% de sua capacidade global.

Isso não significa que a montadora japonesa está parada. Desde que as conversas com a Honda ficaram pelo caminho, outras possibilidades estão surgindo no horizonte da companhia. E uma dessas vias alternativas pode levar a uma associação com a empresa mais valiosa do setor.

Segundo o jornal britânico Financial Times, o mais novo movimento nessa direção passa pelos planos de um grupo japonês para abordar o bilionário Elon Musk em busca de um investimento da Tesla na Nissan – as ações da empresa subiram mais de 11% no pregão de sexta-feira, 21.

Em um atalho para essa conversa, a proposta é liderada por Hiro Mizuno, ex-diretor do Fundo de Investimento do Governo do Japão e ex-membro do conselho de administração da Tesla, no período de 2020 a 2023.

A investida, que visa dar mais tração financeira à estratégia de recuperação da empresa, conta ainda com o apoio de Yoshihide Suga, ex-primeiro-ministro do Japão e figura ainda bastante ativa na política do país. Além de Hiroto Izumi, seu ex-assessor.

Um dos motivos que dão confiança ao grupo é a crença de que a Tesla estaria interessada em adquirir fábricas da Nissan nos Estados Unidos. Essas plantas reforçariam sua produção doméstica e ajudariam a lidar com as ameaças de aumento de tarifas feitas pelo presidente americano Donald Trump.

A Nissan tem duas fábricas no mercado americano, no Tennesse e no Mississippi. Essas unidades têm uma capacidade anual combinada de aproximadamente 1 milhão de veículos. Mas produziram apenas 525 mil unidades em 2024.

Em uma postagem no X (antigo Twitter) sobre a reportagem do Financial Times, Musk pareceu, no entanto, minimizar o interesse nos ativos. “A fábrica da Tesla é o produto. A linha de produção do Cybercab (um dos novos protótipos da empresa) não se parece com nada na indústria automotiva”, escreveu ele.

Na outra ponta, diversos membros do board da Nissan estão cientes da proposta, que prevê um consórcio de investidores e a Tesla como o seu maior nome. Os termos incluem ainda a possibilidade de uma fatia minoritária da taiwanesa Foxconn, que fabrica, entre outros produtos, os iPhones da Apple.

A Foxconn é uma peça-chave nas engrenagens cada vez mais intrincadas dessas negociações. Anunciada em dezembro de 2024, a proposta de uma fusão com a Honda surgiu justamente depois de a fabricante taiwanesa mostrar interesse na compra da fatia detida pela francesa Renault na Nissan.

Essa investida gerou o receio de que a Nissan, terceira maior montadora do Japão, pudesse ter seu controle adquirido por meio de uma oferta hostil, de um player estrangeiro. Após o fracasso nas negociações com a Honda, a Foxconn voltou a confirmar seu interesse na empresa.

Nessa direção, ao que tudo indica, a Foxconn parece disposta, inclusive, a buscar outros roteiros. Segundo o jornal japonês Nikkei, a empresa propôs uma parceria estratégica com a Honda que envolveria ainda a Nissan e a Mitsubishi, que também estava incluída no acordo anterior de fusão.

Antes dessa nova proposta, no fim da semana passada, outra potencial opção surgiu na mesa da Nissan a partir de um suposto interesse da KKR na companhia. Segundo a agência Bloomberg, a gestora americana de private equity estaria considerando investir na empresa.

Em meio a esse pacote de opções, alguns membros do conselho da Nissan teriam sugerido a Tesla e a Apple como alvos ideais de investidores estratégicos, segundo pessoas familiarizadas com esses planos ouvidas pelo Financial Times.

O fato é que, enquanto procura alternativas, a Nissan segue seu percurso acidentado. Nessa sexta-feira, a agência de classificação de crédito Moody’s rebaixou o rating da montadora para o status de junk.

Em nota sobre montadora, Dean Enjo, analista sênior da empresa, ressaltou os “riscos associados à implementação de seu novo plano de reestruturação, à renovação de sua linha envelhecida de produtos e às políticas de comércio global”.



Fonte: Neofeed

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Nubank apresenta bons números, mas mercado vê desaceleração (e ação desaba)

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Nubank apresenta bons números, mas mercado vê desaceleração (e ação desaba)
Tempo de Leitura:3 Minuto, 18 Segundo


Os sinais de uma possível desaceleração apresentados pelo Nubank no quarto trimestre de 2024 colocaram em xeque a visão de que o banco é uma tese de crescimento acelerado, levando a uma forte correção das ações na sexta-feira, 21 de fevereiro, que acumulam alta de 25% em 12 meses.

Depois de uma queda de mais de 8% no pós-mercado de quinta-feira, 20, os papéis do maior banco digital da América Latina recuavam 15,22% perto das 12h45, na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), a US$ 11,31. O valor de mercado soma US$ 55,1 bilhões.

O Nubank fechou o quarto trimestre com um lucro líquido de US$ 552,6 milhões no trimestre. O resultado ficou praticamente estável em relação ao terceiro trimestre e um aumento de 53,1% em relação ao mesmo período de 2023.

A receita avançou 1,5% em base trimestral e 24,3% na anual, para quase US$ 3 bilhões, enquanto o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) atingiu 32%, acima dos 30% do terceiro trimestre e de 23% do quarto trimestre de 2023.

Quando colocaram a lupa sobre os resultados, a dinâmica da receita foi um ponto levantado por muitos analistas. Ainda que a última linha do balanço tenha superado suas estimativas em 5%, a equipe do Citi destacou que alguns do KPIs (indicadores de performance) no lado da receita tiveram forte desaceleração.

É o caso, por exemplo, da margem financeira líquida (NIM), que recuou em 0,7 ponto percentual em relação ao terceiro trimestre, para 17,7%, a segunda queda seguida em base trimestral. Outro KPI destacado foi a receita com tarifas – apesar do crescimento de 9%, foi a primeira vez que a expansão ficou abaixo dos dois dígitos.

“Embora a gente reconheça alguns contratempos vindos do câmbio, vemos algumas tendências da operação core atingindo saturação”, diz trecho do relatório assinado por Gustavo Schroden.

Apesar da carteira de crédito ter apresentado uma expansão de 45% em relação ao ano anterior e 13% em comparação ao trimestre anterior, os analistas da Ativa Investimentos disseram que o desempenho ficou abaixo do esperado. Segundo eles, o principal produto da carteira, o cartão de crédito, registrou um crescimento mais modesto de apenas 9% na comparação trimestral.

“Esse desempenho abaixo do esperado se deve, principalmente pela expectativa elevada, devido à sazonalidade habitual do quarto trimestre, que normalmente impulsiona o volume transacionado nos cartões e, consequentemente, a expansão do portfólio”, diz trecho do relatório assinado por Ilan Arbetman e Pedro Dietrich.

Para os analistas do BTG Pactual, a questão da NIM combinada com a mensagem de que o Pix parcelado não deve ter um aumento de penetração na base pelos próximos um ou dois trimestres ajudam a explicar o mau humor do mercado. São notícias negativas para os investidores, ao menos no curto prazo, que projetavam forte expansão no curto prazo.

“Avaliamos que o negócio no Brasil está cada vez mais mostrando sinais de maturidade, com menos espaço para crescimento, especialmente em cartões de crédito, em que a empresa ‘decifrou o código’”, diz trecho do relatório assinado pelos analistas Eduardo Rosman, Ricardo Buchpiguel e Thiago Paura.

Esta situação vem num momento negativo para os bancos brasileiros, com nomes como Itaú e Bradesco adotando uma postura mais conservadora quanto à concessão de crédito, diante dos juros e inflação em alta.

Os analistas do Safra avaliam que a receita deve desacelerar em 2025, com as receitas com cartões e juros perdendo força, diante da maturidade das operações de crédito e poucas opções de escalabilidade.

“Uma vez que novas iniciativas e geografias não devem pesar no lucro por ação no curto prazo tanto quanto cartões de crédito e empréstimos pessoais, vemos riscos nos consensos [no lucro por ação], especialmente nos mais otimistas, com alguns apresentando uma diferença de 37% na mediana do lucro por ação para 2027”, diz trecho do relatório assinado pelos analistas Daniel Vaz e Maria Luisa Guedes.



Fonte: Neofeed

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