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CCR define estratégia de uma década com “pista livre” de R$ 190 bilhões em oportunidades

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Tempo de Leitura:4 Minuto, 59 Segundo


A CCR, maior empresa de infraestrutura de mobilidade do Brasil, anunciou na terça-feira, 28 de maio, sua estratégia para a próxima década, baseada em quatro verticais: crescimento “rentável e seletivo”, balanço robusto, geração de valor e liderança em sustentabilidade.

Mas o que ficou claro é o foco em melhoria de eficiência, com redução de 30% da estrutura do grupo mesclada a metas ambiciosas, como o crescimento de Ebtida em dois dígitos até a próxima década (no primeiro trimestre deste ano o indicador cresceu 4,6%, para R$ 2 bilhões) e busca de sócios em algumas principais linhas de negócios da CCR – concessões nas áreas de rodovias, mobilidade urbana e aeroportos.

O plano estratégico, batizado de Ambição 2035, foi apresentado durante o CCR Day 2024, encontro anual com investidores, pelo presidente do grupo, Miguel Setas, e outros executivos.

“Nosso objetivo, dentro do plano Ambição 2035, é explorar um pipeline total de R$ 190 bilhões em oportunidades em nossas plataformas, que pretendemos desenvolver de forma rentável e seletiva”, disse o CEO. “Mas, para isso, precisamos ter disciplina e rigor na alocação de capital, esse é o nosso compromisso”, acrescentou.

Além de administrar 3,6 mil quilômetros de rodovias, o grupo gerencia 130 estações de trens, metrôs, VLT e barcas em São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, com um volume diário de 3 milhões de passageiros. Opera ainda 20 aeroportos, 17 no Brasil e três na América Latina, com um fluxo anual de 46 milhões de passageiros.

O plano estratégico visando a próxima década dá seguimento a um amplo processo interno de reestruturação iniciado no ano passado, quando o Grupo CCR anunciou um novo modelo organizacional visando a tornar a organização mais leve e eficiente, com maior autonomia para as três plataformas de negócios, e o objetivo de levar a CCR à liderança em sustentabilidade nas áreas onde atua, ligadas à área de infraestrutura.

Diante de um cenário de cautela nos investimentos, no qual a CCR deixou recentemente de participar de leilões, como o do Trem Intercidades, Setas admitiu a possibilidade de a CCR buscar novos sócios nos projetos de investimentos futuros do grupo.

“Nosso foco atual é termos a casa arrumada, com custos otimizados, não há nenhuma decisão tomada de buscarmos parcerias, mas também não rejeitamos a ideia”, disse ele após a apresentação, quando foi questionado por jornalistas sobre o impacto da estratégia mais cautelosa nos novos projetos.

A possível busca de parcerias, de acordo com Setas, seria mais palatável em investimentos-chave da CCR, como os planos do governo estadual paulista de privatização das Linhas 11, 12 e 13 da CPTM: “Seriam parcerias em várias dimensões, nas áreas de construção e tecnológica, por exemplo.”

Setas abriu a apresentação informando sobre a atuação do grupo para amenizar o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul, onde detém a concessão da principal rodovia que corta o estado, a BR 386 – que a empresa conseguiu liberar para o tráfego em dez dias.

“Além de adotarmos isenção de tarifas rodoviárias e aeroportuárias para transportes humanitários, liberamos o pagamento de pedágio durante o período de vigência do estado de calamidade”, disse.

Por conta disso, a CCR registrou R$ 12 bilhões de perda de receitas com a abertura de cancelas de pedágio, registrando ainda um tráfego até 2% menor em relação ao ano passado – ante a perspectiva de 4% de crescimento, se o estado não fosse afetado pelas enchentes.

Setas, porém, disse que ainda é cedo para falar em reequilíbrio do contrato. “Nosso foco é ajudar na reconstrução, e não ocupar o tempo do governo com esse tema”, disse.

Receitas adjacentes

Uma parte importante da nova estratégia do Grupo CCR foi adiantada por Setas em entrevista ao NeoFeed, há duas semanas, na qual revelou planos para o grupo ampliar o acesso a receitas complementares em suas concessões de rodovias estaduais, aeroportos e de mobilidade urbana para engordar o seu caixa.

Setas quer transformar as receitas adjacentes em uma nova plataforma de receitas, além das três ligadas a estradas, mobilidade e aeroportos.

Ele confirmou que o grupo está traçando um roteiro de negócios integrados ou adjacentes aos ativos sob sua gestão, que pode incluir desde projetos de energia e de desenvolvimento imobiliário no entorno dos aeroportos e rodovias até centros de compras em áreas anexas às estações de trens e metrôs.

Segundo ele, o total de receitas com esses negócios adjacentes é de R$ 1 bilhão, o que representa 6% do total do grupo. “Nosso objetivo, até 2035, é ampliar essa parcela para 10%, mas acreditamos ser possível dobrar a receita”, afirmou.

Em relação à estratégia do Grupo CCR para a próxima década, chamou a atenção as metas ambiciosas traçadas.

A primeira vertical, crescimento rentável e seletivo, tem como meta registrar uma taxa de crescimento anual composta de pelo menos um dígito alto (high single digit) no resultado operacional (Ebitda ajustado) e uma participação dos negócios adjacentes.

No eixo geração de valor, o objetivo é posicionar o grpo no primeiro quartil de eficiência operacional entre 800 empresas de concessões de todo o mundo. Como fruto desta meta, a expectativa é chegar ao fim de 2026 com a relação Opex Caixa/Receita Líquida em 38%, e abaixo de 35% em 2035.

A terceira vertical, de balanço robusto, prevê alavancagem-alvo de 2,5 vezes  a 3,5 vezes e um potencial de reciclagem de capital entre R$ 5 bilhões e R$ 10 bilhões, por meio da venda de participação acionária em ativos, desinvestimento de ativos selecionados e destravamento de valor das plataformas.

Além disso, as metas incluem o endividamento líquido zero na holding e o compromisso com uma elevada qualidade de crédito traduzida num rating AAA em nível local.

No eixo liderança sustentável, o Grupo CCR estabeleceu cinco pilares ambiciosos para protagonizar a agenda de sustentabilidade no setor de infraestrutura brasileiro. Entre eles, redução do risco climático e da pegada ambiental e compromisso de investir R$ 750 milhões em projetos sociais e culturais até 2035.





Fonte: Neofeed

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Assaí pisa no freio em expansão para reduzir alavancagem

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Assaí pisa no freio em expansão para reduzir alavancagem
Tempo de Leitura:2 Minuto, 16 Segundo


Segunda maior rede de atacarejo do País, o Assaí revisou parte de suas projeções para 2025 e 2026 em fato relevante divulgado na quinta-feira, 17 de outubro, além de incluir novas estimativas para o biênio.

Um dos destaques desse novo pacote é justamente um dos itens que têm sido um mantra do grupo já há alguns trimestres: a redução da alavancagem. A meta da operação é chegar ao fim de 2025 com esse indicador no patamar de 2,6 vezes a relação dívida líquida sobre Ebitda.

Como referência, o Assaí encerrou o segundo trimestre de 2024 com uma alavancagem de 3,65 vezes, uma redução de 0,6 vez contra o índice de 4,25 vezes registrado em igual período de 2023. Entre abril e junho, a dívida líquida da rede foi de R$ 12,3 bilhões, contra R$ 8,3 bilhões, um ano antes.

No fato relevante de hoje, a empresa ressaltou que o nível de alavancagem estimado para o fim de 2025 se apoia no crescimento esperado do Ebitda, assim como na redução da dívida líquida, fruto da revisão da expansão e do plano de investimentos, também anunciadas nessa data.

Segundo o Assaí, essas atualizações levaram em conta principalmente as recentes altas da taxa Selic e as mudanças nas expectativas da curva de juros para os próximos anos, “influenciando diretamente” o custo de carregamento da dívida líquida da operação.

Com o foco da redução da alavancagem em mente, a rede decidiu adiar a abertura de alguns projetos de novas lojas. A projeção atualizada aponta para a inauguração de 10 unidades em 2025, contra o guidance anterior de 20 lojas.

Já para 2026, o grupo informou que espera retomar o patamar de expansão de 20 unidades por ano que vinha cumprindo antes de engatar, a partir do fim de 2021, numa onda de 64 conversões de hipermercados Extra.

Como parte dessas atualizações, o Assaí projeta agora um investimento na visão caixa entre R$ 1 bilhão e R$ 1,2 bilhão para 2025. Desse total, um montante entre R$ 650 milhões e R$ 750 milhões será reservado para a abertura de lojas.

A rede também vai destinar entre R$ 250 milhões e R$ 300 milhões à manutenção e novos serviços como açougues e padarias no parque de lojas já em operação. Uma parcela restante entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões será investida em infraestrutura, novos sistemas de TI e projetos de inovação.

A ação ASAI3, do Assaí, fechou o pregão de quinta-feira, 17 de outubro, em queda de 0,84%, cotadas a R$ 7,06. Os papéis acumulam uma desvalorização de 47,8% no ano. A empresa está avaliada em R$ 9,5 bilhões.



Fonte: Neofeed

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BC europeu baixa os juros (boa notícia). Risco agora é a deflação (péssima notícia)

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BC europeu baixa os juros (boa notícia). Risco agora é a deflação (péssima notícia)
Tempo de Leitura:3 Minuto, 56 Segundo


A União Europeia não consegue se livrar dos pesadelos econômicos nem diante de boas notícias. O Banco Central Europeu (BCE) anunciou na quinta-feira, 17 de outubro, mais um corte de juros – o terceiro em sequência –, levando a taxa anual para 3,25%.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, comemorou o anúncio, afirmando que o processo desinflacionário estava “no caminho certo” e que todos os dados desde a reunião anterior da autoridade monetária, no mês passado, “estavam indo na mesma direção – para baixo”.

O drama é justamente esse – não são apenas os juros que estão em queda. A inflação, também em declínio, fechou setembro com índice de 1,7% ao ano – abaixo da meta estipulada pelo BCE, de 2%.

O que seria comemorado com fogos em outros países (como o Brasil) viraram motivos de preocupação, pois a fraca inflação na zona do euro, aliada ao baixo crescimento do PIB do bloco no segundo trimestre, de 0,2%, levantaram preocupações de que o BCE possa estar diante do risco de uma deflação.

Essa possibilidade é real, uma vez que uma deflação – resultado de oferta maior que a demanda e de menos dinheiro em circulação, condições criadas por atividade econômica fraca por longo período – pode desencadear um ciclo descendente que se autoalimenta, à medida que os consumidores adiam compras, ao mesmo tempo que a diminuição do rendimento torna mais difícil o pagamento de dívidas.

As últimas previsões dos especialistas do BCE indicaram que a inflação anual atingirá o seu objetivo de 2% no quarto trimestre de 2025 e permanecerá bem acima desse nível durante os primeiros nove meses do ano.

Mas os próprios técnicos do BCE estavam preocupados com o fato de que a previsão, publicada em setembro, poder ter sido demasiado otimista. Para o BCE, superar a deflação pode ser muito mais difícil do que controlar a inflação.

A perspectiva de um período de aumentos de preços reduzidos representa uma reviravolta acentuada face aos recentes níveis históricos de inflação elevada, que forçaram o BCE a aumentar as taxas de juro para um nível recorde de 4%, em setembro de 2023.

Economistas advertem que o aumento inflacionário na zona do euro, entre 2021 e 2023, foi temporário, impulsionado por preços mais elevados da energia e estrangulamentos na cadeia de abastecimento, em vez de um aumento fundamental na procura.

Há críticas no sentido de que o BCE aumentou demasiado as taxas de juros, prejudicando uma economia que já era atingida pela baixa produtividade, pelo investimento morno e pelo envelhecimento da população.

Na semana passada, Sebastian Dullien, diretor de pesquisa do Instituto de Política Macroeconômica, com sede em Düsseldorf (Alemanha), disse que o crescimento fraco e a queda acentuada da inflação sugerem que o BCE estava “agindo muito lentamente no ajuste das taxas mais uma vez”.

Segundo ele, a análise do banco central sobre os impulsionadores da inflação foi “defeituosa”. “A política monetária excessivamente restritiva exacerbou algumas das questões estruturais”, advertiu Dullien.

Outros na mira

Não é apenas o bloco europeu que está às voltas com o risco de deflação. A inflação no Reino Unido caiu mais do que o esperado, para o mínimo de três anos, 1,7% em setembro, também abaixo da meta, o que levou a libra a cair.

Da mesma forma que no bloco europeu, investidores a aumentarem as apostas em novos cortes nas taxas por parte do Banco de Inglaterra (BoE), o BC britânico. O risco de deflação, porém, é menor no país, pois a inflação de serviços segue alta, em 4,9%.

A China, com produção econômica fraca desde a pandemia, também tem lutado para evitar a deflação. Há duas semanas, o governo chines anunciou um amplo pacote– incluindo injeções de liquidez de US$ 250 bilhões, flexibilização das taxas hipotecárias e grandes cortes nas taxas de juro e de reservas bancárias obrigatórias, esta para abrir linhas de crédito – para estimular o consumo.

Mesmo assim, Stephen Roach, economista da Universidade Yale, advertiu na ocasião que o pacote é insuficiente e que a China corre o risco de entrar num processo deflacionário devido ao crônico problema do estouro da bolha imobiliária, que desde 2021 gerou perdas de US$ 18 trilhões em riqueza das famílias chinesas, inibindo o consumo.

Roach atribuiu a hesitação do governo chinês em abrir o cofre para estimular o consumo como reflexo do impacto gerado pelo crescimento da dívida pública – hoje sob índice estratosférico de 283% em relação ao PIB, três vezes superior ao da década passada.

“O governo chinês precisa gastar com as pessoas para reanimar a procura interna; sem ela, o país caminha para a deflação, enquanto o seu enorme mercado imobiliário está sobrecarregado com habitações não vendidas e grandes pilhas de dívidas”, disse Roach.



Fonte: Neofeed

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“Nunca aposte contra a Apple”: Warren Buffett deixou de ganhar mais US$ 23 bilhões

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Com status de lenda e conhecido por seu olhar apurado para os investimentos, Warren Buffett tem chamado mais atenção nos últimos meses pelas vendas em série de ações do Bank of America (BofA) e da Apple realizadas por sua gestora, a Berkshire Hathaway.

E até mesmo Buffett, considerado o Oráculo de Omaha por suas tacadas certeiras, não consegue acertar tudo. Uma de suas frases mais famosas, “never bet againts America” (nunca aposte contra os EUA), poderia ser parafraseada por “nunca aposte contra a Apple”.

Um cálculo do Business Insider conclui que a Berkshire Hathaway pode ter deixado de ganhar mais US$ 23 bilhões ao reduzir em 55% sua participação detida na Apple no primeiro semestre de 2024, mesmo com os papéis da companhia sendo negociados em patamares recordes.

O cálculo para chegar a esse número envolveu a diferença entre a cotação atual do papel da Apple e o preço médio ponderado contabilizado pela gestora na venda de 505,9 milhões de ações da companhia na primeira metade do ano, de cerca de US$ 186,15 por ação.

Em outra conta, a reportagem destaca que a Berkshire Hathaway iniciou 2024 com 905,6 milhões de ações da Apple, avaliadas em US$ 174 bilhões na época. Hoje, essa posição estaria avaliada em cerca de US$ 210 bilhões. A fatia atual da gestora, porém, vale US$ 84 bilhões.

O portal faz a ressalva, porém, de que é impossível saber exatamente a que preço a Berkshire Hathaway vendeu os papéis e que, por isso, se baseou no preço médio das ações no primeiro e no segundo trimestre.

Ao ressaltar que o resultado não significa necessariamente um passo em falso, o Business Insider observa que Buffett e seus pares começaram a construir a posição na Apple no primeiro trimestre de 2016, quando a empresa já ostentava o status de a mais valiosa do mundo.

As compras iniciais de ações da companhia pela gestora na época foram feitas com um preço médio estimado de compra de US$ 39,59 por ação. Desde então, os papéis da Apple acumulam uma valorização de 485%.

Os papéis da Apple fecharam o pregão desta quinta-feira, 17 de outubro, cotados a US$ 232,15 e com uma ligeira alta de 0,16%. As ações registram uma valorização de 20,6% em 2024 e a empresa está avaliada em US$ 3,5 trilhões.



Fonte: Neofeed

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