Economia
CNPE autoriza participação brasileira em fórum da Opep+

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) autorizou a entrada do Brasil em alguns organismos internacionais que, segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, são fundamentais para o futuro das energias no mundo: a Agência Internacional de Energia (IEA) e a Agência Internacional de Energia Renovável (Irena).
Além disso, foi autorizada a participação brasileira à Carta de Cooperação entre Países Produtores de Petróleo (CoC), um fórum de discussão ligado à Opep, visando cooperações entre países produtores de petróleo. “Autorizamos a adesão à carta de cooperação, mas isso não gera obrigação vinculante ao Brasil”, disse o ministro.
Silveira falou sobre o assunto após participar da reunião do CNPE em Brasília. Ele lembrou que o Brasil foi convidado para fazer parte da carta de cooperação dos países produtores de petróleo durante uma visita do presidente Lula aos Emirados Árabes, na COP28.
De acordo com o ministro, trata-se apenas de uma carta em um fórum de discussão de estratégias dos países produtores de petróleo, e que o país não pode se envergonhar de ser um grande produtor de petróleo.
Silveira ressaltou que o país precisa crescer, se desenvolver, gerar renda, emprego e oportunidades para seus cidadãos, e que os tributos obtidos nesse setor poderão ser aplicados em áreas como educação, saúde e segurança.
Transição energética
“O Brasil é o líder das energias limpas e renováveis e é líder da transição energética global. Ele não pode deixar de participar de um fórum, em especial nesse momento”, disse o ministro.
“É importante ressaltar: o Brasil tem, na figura do presidente Lula, o maior líder capaz de fortalecer uma governança global para transição energética. Em especial, quando as loucuras se sobrepõem à racionalidade”, completou Silveira, ao se referir às recentes mudanças no cenário político dos Estados Unidos (EUA).
O CNPE autorizou também o início do processo de adesão à Agência Internacional de Energia, bem como a participação na Agência Internacional de Energia Renovável. Para Silveira, estas agências fortalecem o país do ponto de vista da transição energética. “Em especial, nos fortalecem na agenda dos biocombustíveis. Queremos uma transição energética justa, inclusiva e equilibrada.”
Apesar da adesão brasileira às agências, a especialista em política internacional do Greenpeace Brasil, Camila Jardim, criticou a aproximação do Brasil ao fórum ligado à Opep.
“Em meio a mais uma onda brutal de calor e recordes sucessivos nas altas de temperatura, o Brasil vai na contramão ao buscar integrar a Opep, um grupo que funciona como um cartel do petróleo e que trabalha para sustentar preços lucrativos por meio do controle da oferta”, disse a especialista.
Margem Equatorial
Após a reunião da reunião do CNPE, o ministro Alexandre Silveira falou também sobre o interesse brasileiro em ampliar os conhecimentos sobre supostas reservas petrolíferas que estariam no subsolo da Margem Equatorial, localizada no delta do Rio Amazonas, na Região Norte.
“Não explorar ou não conhecer a Margem Equatorial, e não dar o direito aos brasileiros de conhecer as nossas potencialidades minerais, seria uma insanidade”, disse o ministro, ao classificar como “questão ideológica” opiniões divergentes. “Não tem racionalidade porque, primeiro, é estratégico conhecer os potenciais”, disse, em meio a argumentações de que o petróleo ainda é uma questão de demanda global.
Essa demanda seria suprida por grupos como o da Saudi Aramco, empresa estatal petrolífera da Arábia Saudita, considerada a maior do mundo em termos de produção e reservas de petróleo cru.
“Para se ter uma ideia, a Petrobras vale US$ 100 bilhões. Já a Saudi Aramco vale US$ 1,8 trilhão na bolsa. Ela equivale a 18 Petrobras”, argumentou o ministro.
* Texto atualizado às 19h58
Economia
Setor de comércio e serviços de SP criou 357 mil empregos em 2024

O setor de comércio e serviços de São Paulo gerou cerca de 357 mil novos postos de trabalho formais em 2024. Os dados são da Pesquisa do Emprego no Estado de São Paulo (PESP), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomércioSP).
O segmento de comércio encerrou o ano passado com um acréscimo de 81,2 mil novas vagas celetistas – um aumento de 22,7% em comparação ao ano passado. Já o setor de serviços teve uma alta de 21,6% no mesmo período, com a criação de 276,2 mil postos de trabalho com carteira assinada.
Segundo os dados do levantamento, o varejo respondeu por mais da metade das vagas do setor do comércio. Foram 44.739 novos postos, com destaque para as áreas dos hiper e supermercados (13.761 vagas).
Locação de mão de obra temporária, saúde humana e serviços sociais, bem como atendimento hospitalar e a divisão de transporte foram os destaques no campo dos serviços.
Dezembro negativo
Se no conjunto de 2024 os números foram positivos, o cenário favorável não se repetiu em dezembro passado. Com resultado negativo, foi o pior dezembro dos últimos cinco anos.
Houve retração de 13.112 empregos formais no comércio. Na área de serviços, foram extintos 108,1 mil postos de trabalho no Estado de São Paulo.
Economia
Faturamento da Indústria de alimentos cresce 10% em 2024

O faturamento da indústria brasileira de alimentos alcançou R$ 1,277 trilhão em 2024, um aumento de 9,98% em relação ao ano anterior. O resultado representa 10,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Os dados, divulgados nesta quinta-feira (20), são da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia).
Segundo o levantamento, a maior parte do faturamento, 72%, ou R$ 918 bilhões, foi proveniente do mercado interno; 28% do comércio exterior (US$ 66,3 bilhões). Já as vendas em 2024 apresentaram expansão de 6,1% e a produção, 3,2%, alcançando 283 milhões de toneladas de alimentos.
De acordo com a Abia, a indústria de alimentos investiu em 2024 aproximadamente R$ 40 bilhões. Do total, R$ 24,9 bilhões foram direcionados para inovações e R$ 13,80 bilhões, para fusões e aquisições.
“A Abia reafirma o compromisso anunciado pela indústria de investir R$ 120 bilhões no período de 2023 a 2026. Só em 2023 e 2024, a indústria investiu R$ 74,7 bilhões, mais de 62% do projetado para o período. Com esses investimentos, o setor demonstra a força e a consistência desse movimento, essencial para garantir competitividade e abastecimento nos mercados interno e externo”, destacou o presidente executivo da entidade, João Dornellas, em nota.
Supermercado do mundo
Desde 2022, o Brasil ocupa a posição de líder mundial na exportação de alimentos industrializados, em volume. No ano passado, foram 80,3 milhões de toneladas, 10,4% acima do apurado em 2023. No acumulado de 2024, a receita com essas vendas alcançou o patamar recorde de US$ 66,3 bilhões, valor 6,6% acima do verificado no ano anterior, de US$ 62,2 bilhões.
Os principais mercados de exportação dos produtos brasileiros em 2024 foram Ásia (38,7% das exportações, destaque para a China, com participação de 14,9%), seguida da Liga Árabe (18,9%) e da União Europeia (12,6%). Os itens que lideram a lista são carnes (US$ 26,2 bilhões); produtos do açúcar (US$ 18,9 bilhões); produtos de soja (US$ 10,7 bilhões); óleos e gorduras (US$ 2,3 bilhões); e sucos e preparações vegetais, (US$ 3,7 bilhões).
Economia
Dólar cai para R$ 5,70 com possibilidade de acordo entre EUA e China

Em um dia de trégua no mercado internacional, o dólar caiu com a possibilidade de um acordo entre Estados Unidos e China. A bolsa oscilou bastante ao longo do dia, mas teve a primeira alta após duas quedas seguidas.
O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (20) vendido a R$ 5,704, com recuo de R$ 0,022 (-0,38%). A cotação operou em baixa durante todo o dia. Na mínima da sessão, por volta das 14h45, chegou a R$ 5,68, mas um movimento de compra por investidores que se aproveitaram da cotação barata elevou a cotação para acima de R$ 5,70.
Com o desempenho desta quinta, a moeda norte-americana acumula queda de 2,28% em fevereiro. Em 2025, o recuo chega a 7,68%.
O mercado de ações teve um dia mais volátil. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 127.606 pontos, com alta de apenas 0,23%. O indicador alternou altas e baixas ao longo do dia, mas fechou em leve alta apoiado por ações de mineradoras.
Sem notícias econômicas no Brasil, as negociações foram dominadas pelo mercado externo. O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou ser possível um novo acordo comercial com a China em entrevista a bordo do avião presidencial. Um acerto entre os dois países poderia significar atraso ou flexibilização do aumento de tarifas comerciais por parte dos Estados Unidos.
A declaração trouxe mais alívio que outra fala de Trump, que disse pretender instituir uma tarifa de 25% sobre madeira e produtos florestais a partir de abril.
*Com informações da Reuters
-
Entretenimento8 meses atrás
da Redação | Jovem Pan
-
Negócios7 meses atrás
O fiasco de Bill Ackman
-
Entretenimento6 meses atrás
Jovem Pan | Jovem Pan
-
Tecnologia9 meses atrás
Linguagem back-end: veja as principais e guia completo sobre!
-
Empreendedorismo9 meses atrás
5 maneiras de garantir acolhimento às mães na empresa
-
Tecnologia9 meses atrás
Linguagem de programação Swift: como programar para IOS!
-
Entretenimento9 meses atrás
Gisele Bündchen arrecada R$ 4,5 milhões para vítimas de enchentes no RS
-
Negócios9 meses atrás
As duas vitórias da IWG, dona de Regus e Spaces, sobre o WeWork: na Justiça e em um prédio em SP