Negócios
Conferência discute uma “nova mineração” na Amazônia
Maior ecossistema do mundo e um dos mais valiosos patrimônios naturais da humanidade, a Amazônia está no centro dos debates sobre a emergência climática. Afinal, o futuro do planeta é indissociável do futuro da floresta e de suas comunidades e povos tradicionais.
Em uma espécie de convite à reflexão sobre como conciliar o desenvolvimento econômico com o respeito à natureza e a valorização da população local, entre os dias 6 de novembro e 8 de novembro, o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) realiza em Belém, no Pará, a segunda edição da Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias.
Patrocinado por Vale, Itaú e Alcoa, entre outras companhias, o encontro conta também com a parceria de representantes da sociedade civil — ativistas climáticos, acadêmicos, lideranças indígenas, quilombolas e ribeirinhas, por exemplo.
A curadoria do evento é da ambientalista Izabella Teixeira, ex-ministra do Meio Ambiente e atual membro do Conselho Econômico e Social da Organização das Nações Unidas (ONU). Entre os keynote speakers está Laurence Tubiana, CEO da European Climate Fondation (ECF) e signatária pela França do Acordo de Paris, em 2015.
Outro destaque da conferência é Ellen Johnson Sirleaf, primeira mulher a ser eleita presidente de um país africano, a Libéria, e vencedora do Prêmio Nobel da Paz, em 2011. Já confirmou também presença John Kerry, ex-secretário de Estado dos Estados Unidos e representante do governo americano no compromisso da ONU firmado nove anos atrás.
Durante os três dias, em cerca de 50 encontros, entre painéis, palestras e talk shows, serão debatidos os mais diversos temas. Da descarbonização da economia global à importância dos minerais estratégicos na transição energética; dos instrumentos financeiros e regulatórios ao papel da restauração florestar na economia amazônica e na neutralização das emissões, do combate ao grimpo ilegal às novas tecnologias de inovação.
Todos têm como ponto de convergência a discussão sobre a importância de uma “nova mineração” para a Amazônia. Um sistema no qual o desenvolvimento econômico ande de mãos dadas com a preservação e a regeneração do meio ambiente. Um modo de produção sustentável, justo e inclusivo, com respeito aos habitantes da floresta.
“Reconhecemos que a mineração, apesar de essencial para a sociedade, impacta o meio ambiente e as comunidades próximas”, diz Malu Paiva, vice-presidente de sustentabilidade da Vale. “Por isso, buscamos minimizar esses impactos com iniciativas de mineração circular e por meio de um centro de monitoramento ambiental, que analisa continuamente os indicadores de impacto para mitigar danos”, completa a executiva, uma das convidadas para participar da cerimônia de abertura da conferência.
“Restauração” é a palavra-chave, defende Claudia Salles, gerente de sustentabilidade do Ibram. “O desmatamento zero, por exemplo, é impossível. Mas a gente trata de desmatamento líquido [quando o que foi perdido é compensado com o reflorestamento ou com a recomposição da vegetação]”, afirma ela. “A mineração tem por obrigação restaurar suas áreas degradantes.”
Os estudiosos do assunto são unânimes: praticada dentro da lei, em consonância com os preceitos socioambientais, a atividade minerária pode, inclusive, estimular o desenvolvimento da região.
As oportunidades de negócios, no entanto, só serão bem aproveitadas com o fortalecimento das chamadas cadeias produtivas da sociobiodiversidade — o conjunto de bens e serviços obtidos por meio da conexão entre a diversidade biológica, a prática de atividades sustentáveis e o respeito ao modo de trabalho e conhecimento das populações locais, promovendo a renda e melhorias no bem-estar das comunidades.
“É fundamental valorizar os pequenos produtores garantindo que eles recebam um retorno justo por seus esforços”, diz Salles. Isso inclui combater o garimpo ilegal e o extrativismo predatório, melhorar a logística e a infraestrutura para que tanto os insumos cheguem às áreas mais remotas quanto os produtos alcancem os mercados consumidores de maneira limpa e eficaz.
Açaí e mineração
Os desafios da indústria minerária na Amazônia não são poucos nem pequenos. E, muito frequentemente, exigem ações que ultrapassam, a princípio, os limites de atuação das mineradoras.
Tanto que o tema central do evento do Ibram de 2023 nem foi a mineração, lembra Julio Nery, diretor de sustentabilidade do instituto. E, sim, o desenvolvimento de novas frentes de negócios para a região.
A Vale, por exemplo. Presente na região há quatro décadas, a empresa tem um compromisso de longo prazo, em uma visão de legado para o território, diz Paiva. “Além de tudo que tem investido em ações socioambientais voluntárias — só nos últimos quatro anos foram R$ 1,7 bi para a região com recursos próprios — a empresa mantém ativos importantes como o Instituto Tecnológico Vale — ITV, o Fundo Vale, Instituto Cultural Vale e Fundação Vale”, completa a executiva.
Lançado em 2009, o Fundo Vale recebeu, no ano passado, um aumento de 29% em investimentos, totalizando R$ 74 milhões. Por intermédio do fundo, a companhia apoia 35 projetos, que direta e indiretamente, já impactaram mais 41 mil pessoas.
“O modelo, com foco nas pessoas e na integração das dimensões sociais e ambientais, fortalece a resiliência das comunidades que estão na linha de frente da preservação”, diz a vice-presidente de sustentabilidade.
Um dos projetos apoiados pela mineradora é a Jornada Amazônia, focada no desenvolvimento de talentos e empreendimentos de impacto socioambiental, que já capacitou 1.888 talentos empreendedores, apoiou a criação de 141 startups da bioeconomia e está impulsionando outros 49 negócios em estágios mais avançados de maturidade.
Outra iniciativa da Jornada Amazônia é a Plataforma Digital Twin da Floresta para negociação de produtos da bioeconomia, em operação com as cadeias produtivas de castanha e de açaí.
O Fundo Vale também dá suporte ainda a políticas públicas que visam a impulsionar uma economia mais sustentável, justa e inclusiva. É o caso da parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), autarquia do governo federal, para o fortalecimento de cadeias produtivas, como as de pirarucu, madeira e óleos, segundo a executiva.
Alguns podem perguntar o que a mineração tem a ver com castanha, açaí ou pirarucu. Aí, vale lembrar a hipótese de Gaia, proposta em 1979, pelo cientista inglês James Lovelock (1919-2022). A Terra é um enorme organismo vivo, cuja vida controla a própria vida, pela interação entre os elementos que o compõem. Como tudo funciona em feedback (inclusive as cadeias produtivas), se um perde, todos perdem.
De olho na COP 30
Há 14 anos, foi lançado o Instituto Tecnológico Vale Desenvolvimento Sustentável (ITV-DS), instituição sem fins lucrativos mantida mineradora. “O ITV-DS busca contribuir com o Pará e o Brasil no desenvolvimento de soluções tecnológicas e científicas para os desafios da cadeia da mineração e da sustentabilidade para as futuras gerações”, diz Paiva.
Hoje, o instituto conta com 41 pesquisadores permanentes e 139 bolsista e já investiu quase R$ 600 milhões em pesquisa, que resultaram no apoio a projetos de P&D e na publicação de mais de 1.150 trabalhos científicos.
Um dos projetos do ITV-DS é o GBB — Genômica da Biodiversidade Brasileira, em parceria com o ICMBio, para o mapeamento genômico de espécies da fauna e da flora brasileiras ameaçadas de extinção, exóticas invasoras ou que tenham potencial bioeconômico. “O projeto é uma proposta inédita no Brasil e conta com a participação de diferentes instituições de pesquisas nacionais e internacionais”, afirma a executiva.
Até 2027, o GBB receberá investimentos de US$ 25 milhões até 2027, para realizar pesquisas em Unidades de Conservação Federais, sob a responsabilidade do ICMBio, em todo o Brasil, afirma Paiva. Uma das metas é determinar 80 genomas de referência e cerca de 5 mil genomas resequenciados.
Em um momento em que o mundo observa atentamente a Amazônia, a Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias se posiciona como um catalisador para discutir e implementar soluções eficazes.
A ideia é, ao final do encontro, elaborar um documento a ser encaminhado aos tomadores de decisão, durante a COP30, a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas. Presidido pelo Brasil, o encontro está marcado para novembro de 2025, também na capital paraense.
Negócios
Hapvida combina R$ 2 bilhões de investimentos com uma boa dose “asset light”
Em uma call recente com analistas sobre o seu balanço do terceiro trimestre de 2024, a Hapvida reforçou que a expansão da rede própria era uma das suas prioridades para os próximos dois anos. Três semanas depois desse “spoiler”, o grupo de saúde traduziu em números essa ambição.
A companhia anunciou um plano de investimentos de R$ 2 bilhões para o biênio de 2025 e 2026. O montante será destinado exclusivamente à ampliação e requalificação da sua infraestrutura própria de atendimento, e não leva em conta os aportes adicionais em frentes como tecnologia.
“Esse é mais um voto de confiança, mesmo num cenário macro e em dias mais desafiadores”, disse Jorge Pinheiro, CEO da Hapvida, em conversa com jornalistas na manhã de terça-feira, 3 de dezembro, em São Paulo. “Mas nosso modelo é cíclico e contracíclico, somos beneficiados em ambas as situações.”
Além de 10 novos hospitais, o plano contempla projetos de ampliação em algumas estruturas, bem como novas clínicas e unidades de pronto-atendimento, de medicina diagnóstica e de coleta laboratorial nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus, Fortaleza, Recife, Belém e Campo Grande.
O principal destino dos recursos, porém, será o mercado de São Paulo e região metropolitana, onde está previsto um aporte de R$ 1 bilhão nesse intervalo. Essa cifra envolverá a inauguração de quatro hospitais, uma unidade de pronto atendimento, oito unidades de diagnóstico e 14 unidades de coleta laboratorial.
Um dos destaques nesse pacote para a região será o Hospital Antonio Prudente, na avenida Rubem Berta, zona sul da capital, que reunirá operações de alta complexidade, com 250 leitos e um investimento de R$ 410 milhões.
Nessa mesma linha de alta complexidade, mas focado na saúde da mulher e da criança, outro projeto de grande porte será o Hospital Ibirapuera, na avenida Brigadeiro Luís Antônio, também com capacidade de 250 leitos e um aporte de R$ 405 milhões.
“Esses dois hospitais terão um tom de hotelaria e de serviços um pouco mais elevado e serão mais focados do meio para o topo da pirâmide”, disse Pinheiro. “Vamos lançar junto com os hospitais, uma linha mais premium e uma gama de novos produtos, e não apenas em São Paulo.”
Na capital e região metropolitana, os investimentos envolvem ainda projetos como a reabertura do hospital, agora rebatizado, Jardim Anália, no bairro Anália Franco, na zona leste da capital. Bem um hospital em Santo André, na região do ABC, e a ampliação do hospital Cruzeiro do Sul, em Osasco.
“Estamos presentes em todas as regiões de São Paulo e no entorno da capital”, observou o CEO. “E fazendo uma hierarquização da rede, com opções de baixa complexidade perto de onde o usuário mora e, de altíssima complexidade, nos grandes centros.”
No ranking dos destinos desses investimentos, o segundo lugar no pódio fica com o Rio de Janeiro, com R$ 340 milhões previstos, seguido por Manaus, com R$ 218 milhões, Recife, com R$ 198 milhões, e Campo Grande, com R$ 115 milhões.
Em tempos de maior volatilidade, a companhia encontrou, porém, um atalho para viabilizar esse aporte bilionário. Dos R$ 2 bilhões anunciados, a empresa irá financiar com recursos próprios um total de R$ 630 milhões.
O montante restante virá de parcerias no modelo de built to suit, em que a Hapvida encontrará parceiros para investir nos ativos, locando esses imóveis posteriormente, quando concluídos, para o grupo de saúde.
“Nosso pensamento é manter a companhia mais leve do ponto de vista de aquisição de imóveis”, disse Pinheiro. “Esse modelo de arrendamentos ou built to suit diminui a necessidade de investimento e que mais recursos seja usados para tecnologia e qualificação da operação.”
Esse foi, por exemplo, o modelo adotado com a gestora Riza, em parceria anunciada em julho deste ano e que envolve a captação de R$ 600 milhões para dois projetos incluídos nessa soma de R$ 2 bilhões – o Hospital Antonio Prudente, em São Paulo, e um hospital no Rio de Janeiro.
Há outras negociações em curso para financiar as parcelas restantes do plano. “São negociações que devem guardar similaridades com o acordo da Riza”, disse Lucas Adib, CFO da Hapvida. “Longuíssimo prazo, um aluguel muito domesticado e com direito de recomprar o ativo”.
À parte dos planos de expansão, Pinheiro, por sua vez, também reservou tempo para falar sobre a tendência crescente de judicialização no setor de saúde. Algo que, no caso da Hapvida, se traduziu na divulgação de um volume de R$ 869 milhões em depósitos e bloqueios judiciais no terceiro trimestre.
“Essa não é uma questão particular, é setorial. E que atinge todas as empresas com a mesma intensidade”, disse o CEO. Ele observou que o grupo fará um pequeno ajuste de preço, em torno de 1,5 ponto percentual acima do que faria, para fazer frente a essa tendência.
“Um dado objetivo é que nossa necessidade de reajuste para os planos coletivos varia entre 30% e 40% menor que o restante do mercado”, afirmou. “E mesmo com esse pequeno ajuste, vamos tentar amortecer com práticas internas e novas ferramentas para requerer menos do usuário.”
A ação HAPV3, da Hapvida, estava sendo negociadas com alta de 1,12% por volta das 12h na B3, cotadas a R$ 2,70. No ano, os papéis registram, porém, uma desvalorização de 39,3%, dando à companhia um valor de mercado de R$ 20,2 bilhões.
Negócios
Grupo CCR celebra 25 anos com campanha que mostra a presença de suas operações no dia a dia das pessoas
Milhões de brasileiros utilizam todos os dias as rodovias, trens, metrôs, barcas, VLT e aeroportos da CCR para realizar tarefas e atividades do cotidiano. Os serviços de mobilidade se fazem presentes quando possibilitam levar à mesa dos brasileiros o alimento produzido por agricultores, viabilizar a ida de professores para a sala de aula ou transportar órgãos para uma cirurgia emergencial e salvar a vida de uma pessoa.
Presente na vida de 50% da população brasileira, o Grupo CCR, a maior empresa de infraestrutura de mobilidade do País, lança a campanha institucional “Mover o Brasil é para gigantes” no ano em que celebra os seus 25 anos. A iniciativa busca mostrar como a Companhia ajuda os brasileiros a “moverem” o País diariamente, reforçando a dimensão e a excelência de suas operações em rodovias, mobilidade urbana e aeroportos, que precisam estar à altura da grandeza do povo brasileiro.
No ar até dezembro deste ano, a nova campanha é assinada pela Agência Talent, e será veiculada nas principais emissoras de TV do País, nas redes sociais, rádios e nos serviços de TV Conectada (CTV) e TV com Vídeo Online, alcançando 48 milhões de brasileiros nas principais regiões do País. Além disso, a identidade visual da campanha está sendo aplicada nas plataformas de mobilidade e nos aeroportos do Grupo CCR. Por exemplo, trens do VLT Carioca, na capital fluminense, e da CCR Metrô Bahia, em Salvador, estão sendo envelopados com as peças da iniciativa.
“O Grupo CCR está presente no cotidiano dos brasileiros, oferecendo um serviço de excelência para ajudar o Brasil e as pessoas a cumprirem seu propósito e conquistarem os seus objetivos”, afirma Vanessa Vieira, diretora de Comunicação e Marca do Grupo CCR. “Nos 25 anos do Grupo CCR, queremos celebrar a grandiosidade de movimentar um país desta dimensão. Para isso, vamos mostrar que ele conta com gigantes à sua altura: o Grupo CCR e cada um dos mais de 200 milhões de brasileiros”, completa.
Como parte da campanha institucional, foi instalada uma cabine fotográfica itinerante nos escritórios do Grupo CCR. Nela, os colaboradores da Companhia são fotografados sob a perspectiva do contra-plongé da campanha, adquirindo a aparência de gigantes. As imagens são criadas com um arte-template, incentivando o seu compartilhamento nas redes sociais e reforçando o sentimento de pertencimento entre os colaboradores.
Uma trajetória de crescimento, sucesso e busca por qualidade
Fundado em 1999, o Grupo CCR se consolidou como a maior empresa de infraestrutura de mobilidade do Brasil ao longo destes 25 anos, atuando em três modais: rodovias, mobilidade urbana e aeroportos. Com presença em 13 estados, a Companhia administra mais de 3,6 mil quilômetros de rodovias, 130 estações de transporte urbano e 17 aeroportos no Brasil, além de operar três terminais internacionais.
As operações da CCR Mobilidade estão localizadas nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, sendo que suas linhas de metrôs, trens, VLT e barcas transportam mais de 3 milhões de passageiros diariamente. Atualmente, o Grupo CCR é o maior operador privado de trilhos na América Latina, ocupando a sétima posição no ranking global.
As concessões da CCR Rodovias também estão entre as mais importantes do Brasil. Com operações nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, cerca de 2,5 milhões de veículos circulam diariamente pelas rodovias administradas pela Companhia, número este que representa um terço da frota leve nacional e metade da frota de veículos comerciais do País.
A CCR Aeroportos também ocupa posição de destaque na operação dos terminais aeroportuários, conectando o Brasil internamente e com outros países. Em seus 20 aeroportos, embarcam 43 milhões de passageiros por ano, que contam com 200 linhas regulares. Atualmente, o Aeroporto Internacional de Confins (MG) é considerando o mais sustentável do Brasil, sendo o único carbono neutro do País.
O Grupo CCR é líder em sustentabilidade no setor de infraestrutura de mobilidade. É uma das poucas companhias brasileiras a figurar no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3 por 13 anos consecutivos. Além disso, detém o rating AA no MSCI ESG, uma das mais importantes organizações globais de avaliação de gestão e desempenho em meio ambiente, ações sociais e governança. Essa classificação coloca o Grupo CCR em primeiro lugar da América Latina no seu setor.
Recentemente, a Companhia lançou a sua Ambição 2035, plano estratégico de longo prazo que traz uma série de metas e compromissos operacionais, financeiros e de sustentabilidade. Este plano reforça a Visão da Companhia de liderar o setor de mobilidade no País com foco na criação de valor sustentável ao definir a sua atuação a partir de quatro eixos: 1) crescimento rentável e seletivo; 2) geração de valor; 3) balanço robusto; e 4) liderança sustentável.
Por meio destes quatro pilares, o Grupo CCR pretende reforçar sua posição de liderança em rodovias, ganhar escala na comparação mundial em mobilidade urbana e participar dos movimentos de consolidação na frente de aeroportos, além de alavancar o crescimento para a criação de valor nos chamados Negócios Adjacentes.
Atualmente, o Grupo CCR está executando o maior plano de investimento dos seus 25 anos de história. Com a vitória recente no leilão da concessão rodoviária da Rota Sorocabana, a Companhia está destinando cerca de R$ 38 bilhões para modernização, expansão e melhorias de rodovias, mobilidade urbana e aeroportos.
Além disso, a empresa segue ampliando os seus investimentos em tecnologias de transporte sustentáveis, sempre com o foco em valorizar as pessoas e os recursos do Brasil, um país de dimensões continentais.
Negócios
Gestora espanhola de € 11 bilhões chega ao Brasil com a “queridinha local” na bagagem
A carteira do investidor brasileiro é formada por dois terços de ativos de renda fixa. Segundo a Anbima, o estoque de títulos públicos e privados é de R$ 12,5 trilhões. Nada mais natural do que uma gestora chegar ao País com o ativo preferido pelo investidor local.
É com essa estratégia que a Arcano Partners, uma das maiores gestoras independentes da Espanha, especializada em mercados alternativos e sustentáveis, entra no mercado brasileiro.
Com € 11 bilhões em ativos sob gestão, a Arcano coloca os pés na América Latina com o fundo European Income Fund – ESG Selection, um produto que busca retorno absoluto investindo em títulos corporativos europeus com peso em ativos com garantia sênior em setores defensivos.
As regiões de maior exposição do fundo são Reino Unido, França, Holanda e Alemanha. Já os setores mais presentes no portfólio, com participação de 9% cada, são telecomunicações, tecnologia e serviços. Lançado em agosto de 2011, o fundo acumula valorização de 74,7% até outubro deste ano.
“Desde o início somos uma gestora muito internacional e mirando clientes ao redor do mundo. E temos percebido o interesse de investidores institucionais da América Latina no mercado high yield europeu”, afirma Pedro Hamparzoumian, sócio da Arcano, em entrevista ao NeoFeed.
Os mercados europeus de empréstimos líquidos e high yield corporativo estão na ordem de € 1,1 trilhão e têm apresentado historicamente uma inadimplência muito baixa, pela sua maturidade. Por isso, a gestora entendeu que seria um produto interessante para o brasileiro, acostumado a juros altos com pouco risco.
A entrada no mercado brasileiro será em parceria com a Constância Investimentos, gestora fundada em 2009, atualmente com R$ 2 bilhões sob gestão, que há um ano criou uma vertical de third party distribution, com foco em trazer boutiques de investimento globais para o Brasil. Até agora, a Arcano se relacionava com os clientes brasileiros pelo mercado offshore.
A Constância está em negociação com as maiores plataformas de investimento para disponibilizar o feeder da Arcano nas próximas semanas, já dentro da nova regulação, para o público em geral.
O fundo será hedgeado, o que garante uma rentabilidade adicional do diferencial de taxa de juros entre os mercados, visando um retorno de CDI + 3% ao ano.
O fundo feeder, chamado Arcano Constancia European Income, começa com dinheiro próprio da gestora brasileira – cerca de R$ 12 milhões. E as altas taxas de juros no Brasil não desanimam a gestora, que mostra disposição para desbravar o mercado apesar das suas dificuldades.
“O mercado europeu corporate high yield tem historicamente maior qualidade e rentabilidade do que o dos EUA, com taxas mais altas e colateralização de ativos, e menor inadimplência”, diz Manuel Mendívil, CIO da Arcano.
A Arcano diz que está ciente do grande home bias local. E tem como estratégia construir um track record de renda fixa em moeda forte para atender os desejos de diversificação dos investidores brasileiros. E que mesmo com a queda de juros no mercado internacional, há muitas oportunidades na renda fixa.
“No contexto de queda de juros, esperamos que o mercado mostre altos níveis de emissão de títulos dentro de um cenário de risco de crédito melhorado como resultado de menores custos financeiros”, complementa Mendívil.
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