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E se a Totvs comprasse a Linx, da Stone? O Itaú BBA fez as contas

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E se a Totvs comprasse a Linx, da Stone? O Itaú BBA fez as contas
Tempo de Leitura:4 Minuto, 12 Segundo


Há pouco mais de um mês, o NeoFeed antecipou que a Stone contratou o Morgan Stanley e o J.P. Morgan para buscar um comprador para a Linx, a empresa de softwares de gestão especializada no varejo, pela qual a companhia brasileira de pagamentos pagou R$ 6,7 bilhões, em 2020.

Com o ativo no “balcão”, os rumores, desde então, apontaram para um possível interessado, em particular: a também brasileira Totvs, com a qual a Stone disputou e venceu a disputa pela Linx há quatro anos.

O Itaú BBA tem sido testemunha das especulações em torno de uma possível investida da Totvs nas últimas semanas. E, diante desse burburinho crescente, divulgou um extenso relatório analisando os efeitos de uma eventual aquisição da Linx pela empresa.

“Acreditamos que a Totvs é a principal compradora potencial do ativo, porque a aquisição fortaleceria o seu portfólio de soluções de varejo”, escreveram os analistas Thiago Kaupulskis e Maria Clara Infantozzi, afirmando que o fraco momento operacional da Linx justificaria um desconto material para a Totvs.

A dupla ressalta que, embora tenha mostrado interesse no ativo, a Totvs fez a ressalva sobre o  valuation do ativo. E destaca que a Linx tem mostrado tendências de crescimento “decepcionantes” dentro da Stone, já que desbloquear as oportunidades de vendas cruzadas provou ser mais desafiador do que o esperado.

Para estimar o valuation atual do ativo e o tamanho desse “desconto”, o banco parte de uma análise sobre o valor de mercado da Totvs em relação a 38 empresas de software listadas nos Estados Unidos, dado que a base de comparação de empresas do setor com capital aberto no Brasil é limitada.

O banco conclui que a Totvs está sendo negociada com um desconto de 44% em relação ao seu múltiplo justo, de 26 vezes seu EV/Ebit para 2025 em comparação com a média das companhias incluídas nessa amostra. E, a partir dessa análise e de indicadores da Linx, traça dois possíveis cenários numa aquisição.

No primeiro deles, o banco sugere um valuation de R$ 3,8 bilhões. Já numa segunda perspectiva, os analistas indicam que a Linx deve ser avaliada em cerca de R$ 2 bilhões, levando-se em conta o desconto de 44% da Totvs em relação aos seus pares de tecnologia nos Estados Unidos.

“Acreditamos que a Linx deve ser avaliada entre R$ 2,2 bilhões e R$ 3,8 bilhões para que um possível acordo com a Totvs se concretize”, afirmam os analistas, pontuando que as margens da Linx são significativamente mais fracas do que as da Totvs.

Já em relação à complementaridade embutida na transação, o Itaú BBA ressalta que a presença da Linx no varejo, em particular, em farmácias, postos de gasolina e no setor de moda, seria um encaixe perfeito para a Totvs no varejo, mais focada em revendedores, supermercados e eletrônicos.

“Existem oportunidades significativas de vendas cruzadas, visto que a Totvs pode usar sua rede robusta de distribuição para comercializar as soluções da Linx. Além disso, a expertise da Linx pode expandir o alcance das soluções mais amplas de ERP e produtividade da Totvs”, observa o banco.

Os analistas fazem a ressalva, no entanto, que notícias recentes dão conta da possibilidade da venda parcial da operação da Linx, o que poderia limitar o potencial de valorização das sinergias em uma aquisição pela Totvs.

Em um outro “capítulo”, o Itaú BBA também faz uma análise do P&L (lucros e perdas) potencial da nova companhia resultante da incorporação do ativo pela Totvs, assumindo um cenário hipotético e conservador para a Linx.

A partir desses cálculos, o banco projeta que a combinação de Totvs e Linx traria um crescimento de 13% na receita bruta em 2025, para R$ 7,5 bilhões, com alta de 15% para a Totvs nessa linha e de 3% para a Linx.

Os analistas estimam uma margem bruta de 68,5% para a operação, além de uma margem Ebitda de 23%. Dadas as incertezas sobre um acordo, o banco não projeta, porém, um lucro líquido resultante da operação, mas sim, um lucro de R$ 135 milhões para o negócio de software da Stone em 2025, sendo R$ 121 milhões originados pela Linx.

“Em resumo, concluímos que a Totvs contribuiria com 81% das receitas totais e 86% do Ebitda total da nova companhia até 2025, o que mostra margens menores do que a Totvs sozinha (sem considerar as sinergias”, observa outro trecho do relatório.

Na análise, o Itaú BBA manteve a recomendação de compra para a Totvs, com um preço-alvo de R$ 36 para a ação em 2025, o que representa um upside de 27% sobre o valor do papel no fechamento do pregão da segunda-feira, 14 de outubro, de R$ 28,27.

As ações da Totvs estavam sendo negociadas com ligeira alta de 0,11% por volta das 11h05 na B3, cotadas a R$ 28,30. Em 2024, os papéis têm uma desvalorização acumulada de 15,9%, dando à companhia um valor de mercado de R$ 16,77 bilhões.





Fonte: Neofeed

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Em São Paulo, a retomada das lajes corporativas vai além do eixo da Faria Lima

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Em São Paulo, a retomada das lajes corporativas vai além do eixo da Faria Lima
Tempo de Leitura:3 Minuto, 29 Segundo


Renato Almeida, head de corporate offices da consultoria americana Cushman & Wakefield, costuma comparar o mercado imobiliário com uma locomotiva. Quando a crise bate, ele demora para frear. E quando a economia volta, sua retomada é mais devagar.

A boa notícia é que, após um 2023 desafiador, um espaço em particular do setor está voltando aos trilhos: as lajes corporativas de alto padrão. E, no caso de São Paulo, essa recuperação já não está mais concentrada apenas no eixo dos escritórios da Faria Lima, do Itaim Bibi e adjacências.

Esse é o retrato de uma nova pesquisa da Cushman & Wakefield, que traz dados de escritórios corporativos na capital paulista relativos ao terceiro trimestre, a qual o NeoFeed teve acesso com exclusividade.

“Há um movimento agora que nós chamamos de flight to price”, afirma Almeida, ao NeoFeed. “Ou seja, de empresas que estão buscando uma qualidade de ocupação de um prédio classe A+, mas com uma redução significativa no valor de locação.”

Alguns números do segundo trimestre dão uma medida dessa movimentação de metros quadrados. No período, o mercado de escritórios classe A e A+ de São Paulo registrou a maior absorção líquida – o saldo entre locações e devoluções – do ano, de 44.584 metros quadrados.

A avenida Rebouças, com 8.792 metros quadrados, e a Faria Lima, próxima dali, com 7.720, ficaram com o primeiro e o terceiro lugar nesse pódio, respectivamente. Na segunda posição, porém, veio a região da avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini, com 8.129 metros quadrados.

Em um segundo pelotão, além da avenida Juscelino Kubitschek, no Itaim, e da Marginal Pinheiros, um ponto que, até pouco tempo, estava fora da curva de reaquecimento e que se destacou no período foi a região da avenida Chucri Zaidan, na zona sul de São Paulo, com 6.865 metros quadrados de absorção líquida.

Já no que diz respeito à absorção bruta – o volume de locações -, quem ficou na dianteira foi a região da Chucri Zaidan, com 9.639 metros quadrados no período. Seguida pela av. Rebouças, com 8.792 metros quadrados, e av. Juscelino Kubistchek, com 8.386 metros quadrados.

“Há uma queda de braço nas renegociações de contrato, especialmente na Faria Lima, na Vila Olímpia, na região da Rebouças e em Pinheiros”, diz Almeida. “Os proprietários nesses locais estão testando o mercado e pedindo valores próximos de R$ 300 até R$ 330 o metro quadrado.”

Essas regiões foram as principais responsáveis pelo aumento de 13,66% no preço médio por metro quadrado, que foi de R$ 130,19, em relação ao segundo trimestre de 2024. A Faria Lima teve o índice mais elevado, de R$ 286,20. Já a Chácara Santo Antônio, na zona sul, registrou a menor cifra – R$ 83,29.

“Ao mesmo tempo, em regiões como a Chucri Zaidan, os donos dos imóveis estão oferecendo condições melhores e boas concessões, com carências e descontos”, afirma o a executivo. “Na Faria Lima, em média, o aluguel de um escritório do mesmo padrão é três vezes mais caro comparado com a Chucri Zaidan e a Berrini.”

No trimestre, o preço médio por metro quadrado foi de R$ 97,37 na Berrini e de R$ 102,55 na Chucri Zaidan. “Há um equilíbrio maior da demanda e a tendência é de que a absorção comece a migrar para as regiões mais descentralizadas”, diz Almeida

Ele adiciona a Chácara Santo Antônio como um provável terceiro destino nesse mapa. E observa que essa migração está sendo impulsionada por empresas dos setores de serviços, de bens de consumo, de tecnologia e de e-commerce, especialmente após os ajustes ao modelo híbrido do pós-pandemia.

Numa segunda camada, Almeida pontua que a região de Alphaville, em Barueri, vive uma tendência de esvaziamento, após a perda de incentivos fiscais. E quem tem se beneficiado com essa mudança é o bairro da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo.

Os dados mostram ainda que o mercado de lajes corporativas de São Paulo registrou uma vacância de 18,20% no trimestre, uma queda de 5,37 pontos percentuais sobre igual período de 2023 e o menor nível desde o início de 2020.





Fonte: Neofeed

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Google “compra” sua entrada no mercado de energia nuclear para a IA

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Google “compra” sua entrada no mercado de energia nuclear para a IA
Tempo de Leitura:2 Minuto, 17 Segundo


O Google assinou o primeiro acordo corporativo do mundo que visa adquirir energia de pequenos reatores nucleares, entrando na disputa pela fonte de energia que vem se mostrando o futuro da inteligência artificial.

Segundo o documento enviado ao mercado, o acordo fechado com a Kairos Power, empresa especializada em energia nuclear, tem como objetivo colocar o primeiro reator em operação até 2030 e continuar implementando novas unidades até 2035.

No anúncio, as empresas não deram detalhes financeiros sobre a transação e também não informaram onde as usinas seriam construídas no território americano. Porém, o Google disse que concordou em comprar 500 megawatts de energia provenientes de seis a sete reatores, quantidade menor do que a produzida pelos reatores nucleares existentes.

“Sentimos que a energia nuclear pode desempenhar um papel importante em ajudar a atender nossa demanda de maneira limpa e com fornecimento constante,” disse Michael Terrell, diretor sênior de energia e clima do Google, em uma coletiva de imprensa.

A iniciativa do Google segue o movimento de concorrentes e visa atingir um mercado em pleno crescimento. De acordo com o Goldman Sachs, o uso de energia pelos data centers nos EUA deve aproximadamente triplicar entre 2023 e 2030, exigindo cerca de 47 gigawatts de nova capacidade de geração.

Antes, a previsão era de que outras fontes como energia eólica e solar seriam suficientes para suportar essa demanda, mas a realidade é outra.

A Amazon já havia se antecipado nessa corrida, ao comprar um data center movido por energia nuclear da Talen Energy. A Microsoft, por sua vez, fechou um acordo de 20 anos que prevê a compra de energia de uma usina nuclear inativa que será reativada, a Three Mile Island, localizada na Pensilvânia.

Na perspectiva do Google, o corte de gastos é levado em consideração. Os pequenos reatores modulares (SMRs, na sigla em inglês) são projetados para serem componentes construídos em fábricas e não no local de instalação, o que ajuda a reduzir os custos de fabricação.

Porém, especialistas consultados pela Reuters apontam que existem pontos negativos nessa narrativa. Na visão deles, os SMRs podem ser mais caros do que os reatores atuais, já que podem não alcançar a economia de escala das grandes usinas. Além disso, os pequenos módulos poderão gerar resíduos nucleares de longa duração, para os quais o país ainda não tem um depósito final.

O acordo com o Google dependerá do recebimento de permissões da Comissão Reguladora Nuclear dos EUA (NRC) e de agências locais. Apesar da Kairos ter recebido uma licença de construção da NRC para um reator de demonstração no Tennessee em 2023, a companhia ainda precisa de licenças de design e construção para os reatores incluídos no acordo com o Google.



Fonte: Neofeed

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The New York Times expande batalha contra IA e mira a Perplexity, de Jeff Bezos

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The New York Times expande batalha contra IA e mira a Perplexity, de Jeff Bezos
Tempo de Leitura:3 Minuto, 1 Segundo


O The New York Times entrou em uma nova disputa contra as empresas de inteligência artificial e o foco desta vez é na Perplexity, startup apoiada por Jeff Bezos. O jornal americano enviou um aviso à startup de IA generativa, exigindo que a empresa pare de acessar e utilizar seu conteúdo, de acordo com uma carta que o The Wall Street Journal teve acesso.

O documento, enviado pelo escritório de advocacia do Times, afirma que a maneira como a Perplexity está usando seu conteúdo, seja para criar resumos ou verificar informações, viola seus direitos autorais.

“A Perplexity e seus parceiros comerciais foram injustamente beneficiados ao usar, sem autorização, o jornalismo expressivo, cuidadosamente escrito, pesquisado e editado do Times sem uma licença”, afirmou o jornal.

Em resposta à intimação, o CEO da Perplexity, Aravind Srinivas, disse em entrevista que a empresa não está ignorando os esforços do Times para bloquear o rastreamento de seu site. Além disso, ele afirmou que a Perplexity deve responder ao aviso legal dentro do prazo estabelecido, que se encerra em 30 de outubro.

“Estamos muito interessados em trabalhar com cada editor, incluindo o The New York Times“, disse Srinivas. “Não temos interesse em ser antagonistas de ninguém.”

Lançada em 2022 e apoiada por Jeff Bezos, a Perplexity chegou ao mercado para tentar desafiar o Google. Na prática, ela também funciona como um site de buscas, mas com informações geradas por inteligência artificial.

Assim, quando os usuários digitam algo no espaço de busca do site, o mecanismo responde com resumos gerados por IA, junto com fontes destacadas e links. Atualmente, o Google também tem essa função.

Antes da carta oficial, a Perplexity havia dito ao Times que interromperia o uso de tecnologia que ia contra as políticas do jornal. Porém, até 2 de outubro, quando o Times enviou o aviso de “cessar e desistir”, o conteúdo continuava aparecendo na plataforma da startup.

Essa não é a primeira disputa que o The New York Times enfrente uma big tech. O jornal já está batalhando contra a OpenAI, dona do ChatGPT, e a Microsoft também por violação de direitos autorais. Porém, diferentemente do caso da Perplexity, a disputa com a OpenAI chegou à Justiça.

Na intimação realizada no fim de 2023, o Times afirma que sofreu danos de “bilhões de dólares” com essa violação e exige uma indenização. Além disso, a empresa reforçou a solicitação de que a OpenAI apague todos os dados utilizados de sua base.

Não é novidade que as empresas de inteligência artificial são um desafio para os veículos de mídia ao redor do mundo. Isso porque, embora existam casos de uso que facilitam a vida desses meios de comunicação, existem riscos sobre o mau uso de suas informações e até roubo de conteúdo.

Além das questões éticas, o modelo de negócio de grande parte dos veículos envolve receita por meio de publicidade e de assinaturas, que correm risco de perder a sua função com esses “facilitadores”.

Porém, algumas empresas do segmento estão buscando caminhos para contornar o problema. Nos últimos anos, empresas de mídia como a News Corp, controladora do Wall Street Journal, a IAC, dona da Dotdash Meredith, e a Axel Springer, proprietária do Politico, assinaram acordos com a OpenAI. Nesse caso, a empresa de IA realiza uma compensação financeira pelo uso dos conteúdos.

A Perplexity fez uma movimentação semelhante e chegou a fechar alguns acordos com editores dos grandes jornais. Porém, as empresas de mídia afirmam que os termos oferecidos pela startup são menos atraentes do que os acordos na casa de “de oito e nove dígitos” oferecidos pela OpenAI.



Fonte: Neofeed

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