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Em premiação, XP elege os melhores assessores e escritórios de investimentos do país

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Em premiação, XP elege os melhores assessores e escritórios de investimentos do país
Tempo de Leitura:5 Minuto, 18 Segundo


Os assessores e escritórios de investimentos são responsáveis por uma transformação sem precedentes na indústria financeira do Brasil. Com o apoio desse exército de especialistas, milhões de investidores conseguiram alcançar os seus objetivos.

Pioneira no desenvolvimento da carreira de assessor de investimentos, a XP Inc. tem oferecido valiosa contribuição para fomentar a atividade e, na mesma medida, impulsionar o mercado financeiro do país.

A sintonia entre a XP e os assessores de investimentos está retratada no Brazil Advisor Awards, premiação anual promovida pela empresa que reconhece e homenageia os profissionais e escritórios do setor.

Em sua 13ª edição, o evento anuncia os vencedores em uma cerimônia que faz parte da programação do primeiro dia do Expert XP, o maior festival de investimentos do mundo.

“A premiação nasceu em 2012 como uma iniciativa para reconhecer os melhores assessores da indústria financeira”, afirma Guilherme Sant’Anna, diretor de Canais da XP Inc. “Com o tempo, ela ganhou notoriedade e se tornou a chancela mais importante do setor.”

Bruno Ballista, sócio e head de assessoria e relacionamento com o cliente da XP Inc, lembra que, ao longo dos anos, a XP aprimorou o prêmio com o aumento do número de reconhecimentos e a criação de novas categorias que, afinal, são essenciais para promover a qualidade da indústria.

“Com um ecossistema cada vez mais complexo e uma oferta de produtos e serviços completa, ampliamos as categorias para reconhecer a qualidade em todas as nossas frentes de negócio. O Awards é o momento mais esperado do ano por toda a indústria e é pensado para ser de grande prestígio para os parceiros que estão no dia a dia com a XP”, diz Ballista.

A edição 2024 ficou marcada por uma série de novidades. O prêmio incluiu a criação do ranking S5, que reconhece os cinco escritórios de melhor performance da rede com até 3 anos de vida.

Os vencedores do Awards são selecionados, principalmente, por fatores como a qualidade no atendimento e oferta de serviços, percepção dos assessores sobre o escritório, crescimento da assessoria e assessor e satisfação dos clientes.

“O prêmio destaca quem são as referências dentro do universo de assessoria de investimentos, ressaltando a qualidade e a performance dos profissionais e escritórios”, acrescenta Diego Gonsalez, head de investidas B2B e Wealth Services da XP.

Na edição 2024, foram concedidos 200 prêmios em 12 categorias, entre escritórios e assessores, sendo que o evento contou com a participação de 3,5 mil convidados de diversas regiões do Brasil.

O prêmio, de fato, tem a característica de contemplar profissionais de diferentes partes do país, em categorias regionais que destacam a atuação dos assessores e escritórios espalhados pelo Brasil.

Trata-se de um ecossistema gigantesco: A rede de assessores parceiros da XP é formada por 15 mil assessores e mais de 400 escritórios. Para os premiados, o reconhecimento traz uma série de benefícios.

Eles se tornam referência e fonte de inspiração para os demais empreendedores da rede, enquanto os selos atribuídos aos vencedores são importantes chancelas que impulsionam os seus negócios.

Há outras vantagens. Na categoria “Top 100”, uma das mais disputadas por reconhecer os 100 melhores assessores da rede, os 20 primeiros colocados recebem ações da XP, tornando-se sócios da empresa. Por sua vez, o Top 50 participa de uma experiência internacional com os principais executivos da companhia.

Ao premiar as melhores práticas dos assessores e escritórios, a XP estimula o aprimoramento dos profissionais – e, num sentido mais amplo, coloca os interesses dos investidores no centro das decisões.

Confira a seguir a lista dos vencedores da 13ª edição do prêmio Brazil Advisor Awards:

Melhor Escritório

Ável Investimentos

G20

Avel Investimentos
Invest Smart Investimentos
Svn Investimentos
Liberta Investimentos
Center AI
Requin Capital
Manchester Investimentos
Verso Investimentos
Somus Capital
Criteria Investimento
Veedha Investimentos
Valor Investimentos
Alta Vista Investimentos
M7 Investimentos
All Investimentos
Act Investimentos
Rp Capital Investimentos
Pequod Investimentos
Athena BGA Investimentos
Guelt Investimentos

Escritórios Regionais

Nordeste
Requin Capital

Sudeste
InvestSmart Investimentos

Sul
Ável Investimentos

Centro-oeste
Nexgen Capital

Norte
Norte Investimentos

S5

W1 Capital
Ville Capital
Futuro Capital
Matriz Capital
A7 Capital

Produtividade

Luciano Feres Ribeiro De Lima (Captação)
Daniel Pais Zyskowski (ATIVAÇÃO)
Tadeu Balieiro Salomao (RECEITA)
Antonio José Marinho Bernardo (IEA)
Ben Hur De Castro Abed (Cross Sell)

NPS

Argos Capital Investimentos (Menor de 5k de clientes)
Jb3 Investimentos (5-10k de clientes)
Veedha Investimentos (Maior 10k de clientes)

E15

M7 Investimentos
Center AI
Nippur Finance Investimentos
Avel Investimentos
Requin Capital
Faz Capital
Bull Investimentos
Riva Investimentos
Verso Investimentos
JFK Investimentos
Nexgen Capital
Pequod Investimentos
Manchester Investimentos
K3 Investimentos
Act Investimentos

P15

Somus Capital
S6 Investimentos
Futuro Capital
Criteria Investimentoa
HCI Invest
A7 Capital
Eximius Investimentos
Pequod Investimentos
Knox Capital Investimentos
Davos Financial Partnership
Kronor Capital Investimentos
Braúna Investimentos
Jb3 Investimentos
Norte Investimentos
Olimpo Investimentos

Expansão

Invest Smart Investimentos
M. M. Barsi Investimentos
Matriz Capital Investimento
Saron Investments
Verso Investimentos
AFFA Capital Investimentos
Requin Capital
W1 Capital
Ável Investimentos
Gb Investimentos
Somus Capital
Rio Investimentos
Santé Investimentos
Futuro Capital
Nau Capital Investimentos

Eficiência

DBV Capital
Monteverde Investimentos
Real Invest
Rio Negro Investimentos
S6 Investimentos
Nobel Capital Investimentos
Thera Investimentos
GPX Invest
Marco Investimentos
Diagrama Investimentos
Center AI
Guelt Investimentos
Faz Capital
Ville Capital
Mônaco Investimentos

Top 100

Luciano Feres Ribeiro De Lima
Tadeu Balieiro Salomao
Felipe Gazal Lopes
Rodrigo Jose Leite Barbosa Barroso
Andre Luiz Argenton
Andre Luiz Vasconcelos Fixel
Daniel De Paula
Daniel Matos Brito Demétrio De Souza
Roberto Lopes Da Costa Filho
Raul Hussne
Adonias Martins De Noronha
Eduarda Favero Michel
Bruna Cantarella Rinaldi
Carlos Marcell Estephaneli Hotz
Ana Carolina Oliveira Calmon De Bittencourt
Marli De Fatima Santos Barbieri
Pedro Bernardo Da Luz Neto
Paulo Henrique Nogueira Quadros
Daniel Pais Zyskowski
Henrique Barros E Silva
Ubiratan Correa Ribeiro De Oliveira
Cristina Atalla Ferreira
Nelson Americo De Oliveira Filho
Bruno Niederauer Schmitt
Ricardo Sturm
Diogo Jatoba Segabinazzi
Andre Osowski Dzioubanov
Pedro Ivo Rabelo Tavares De Castro Vasconcelos Pessoa De Almeida
Renan Da Silva Santos Batista
Antonio Vitor Lopes
Diogo Cruz Velho Barreto De Araújo
Thiago Nascimento De Castro
Carolina Lisia Pacheco De Carvalho Xavier
Charles Meyer Susskind
Carolina Vianna Nunes
Henrique Augusto De Rossi
Joao Luiz Cassanta Richa
Frederico Gastmans
Eric Kudiess
Luiz Guilherme Dias Boesel
Patricia Barbosa Viana Bittencourt
Marcio Dayvis De Melo Lima
Nicolas Fortes De Medeiros
Luccas Fiorelli Dos Santos
Aline Franciele Lopes
Eduardo Batista Messias
Roberto Holum Calumby
Graziela Suman Conte
Joao Carlos Martinelle Junior
Gustavo Ramos Riess
Guilherme Hoffmann Brehm Justo
Patrick Felipe Kalim
André Dantas De Oliveira
Paula Soares Castro
Henrique Model Casagrande
Artur Dombrowski
Rodrigo Kroth Paim
Lucas De Siena Haga
Ana Carolina Nascimento Camanzano
Paulo Theodoro Dutra De Oliveira Silva
Augusto Cesar Carsalade Vieira
Tiago Avila De Oliveira
Daiane Demarco Pires Nunes
Eduardo Abreu Gusmão
Douglas Pellini Salvador
João Vitor Marin
Igor Porto Flores
João Victor Ferri Teixeira
Willian Cesar Moreira
André Hansen Maldaner
Rafael Henrique Bortolotti
Henrique Tasca Tedesco
Rafael Adriano Monteiro
Elias Pinto Coelho
Maria Vitória Parizotto Bacci
Glauber Luciano Guimarães
João Bosco Do Amaral Filho
Adriel Felipe De Espindola
Anderson Da Silva Inocente
Alexandre Alvares De Lima Machado França
Gabriella Patricia Valadares
Mauricio Ramos Bedatti
Erika Francalasse Gonzalez
Daniel Do Nascimento Nunes
Igor Coury Rodrigues Da Silva
Leonardo Gustavo Pastore Dyna
Lucas Cazerta Duarte Goulart
Paula Fabiane Maciel Dos Passos
Henrique Pardini Gonçalves
Anderson Gomes De Lima
Gustavo Henrique Silvestrin
Rodrigo Tonon Marcatti
Eduardo Palmonare De Araujo Lima
Brunno Negro Cortes
Alisson Rodrigo Basso
Renan Dos Santos Cardoso
Marco Antônio Fernandes Gomes
Claudia Bomfim Ramos
Daiane Mendes De Sousa Soares



Fonte: Neofeed

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A Caatinga, bioma mais pobre do Brasil, pode ser uma solução para a fome

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A Caatinga, bioma mais pobre do Brasil, pode ser uma solução para a fome
Tempo de Leitura:5 Minuto, 47 Segundo


Com o fim da temporada das chuvas, as folhas caem, deixando os troncos esbranquiçados à amostra. Do tupi, “caa”, “mata” e “tinga“, “branca”. Na Caatinga, a natureza parece morta — só que não.

As plantas desfolham para reduzir a perda de água pela transpiração e, dessa forma, sobreviver aos períodos mais secos. Basta a chuva voltar a cair para a paisagem esverdear de novo. Deveria ser assim, como sempre foi. Mas o caos climático está subvertendo a dinâmica do único bioma 100% brasileiro.

Com secas cada vez mais longas e frequentes, a Caatinga está ameaçada virar deserto. E, com o declínio ambiental, vem o agravamento da miséria, da fome e da sede de uma gente há muito depauperada — quase 20% da população rural mais pobre do país vive no bioma e depende dele para sobreviver.

Mas ainda há esperança, revela estudo recém-divulgado pelo Instituto Escolhas. Intitulado Os bons frutos da recuperação de florestas: do investimento aos benefícios, o levantamento da ONG socioambiental mostra: a restauração de 1 milhão de hectares da Caatinga, em áreas de preservação permanente e reserva legal, criaria 465,8 mil empregos e produziria 7,4 milhões de toneladas de frutas, hortaliças e verduras.

É comida em quantidade o suficiente para alimentar as comunidades locais e ainda proporcionar renda extra aos agricultores. Os produtos, aponta o relatório da entidade, poderiam ser incorporados ao Programa Nacional de Alimentação Escolar e vendidos nas feiras e mercados das localidades onde são produzidos — muitas delas, inseridas em desertos alimentares, onde o acesso a alimentos frescos e nutritivos é precário.

Ao fim e ao cabo, os R$ 15 bilhões necessários para a recuperação do 1 milhão de hectares resultariam em R$ 29,7 bilhões em receita líquida — quase o dobro do total investido.

“Isso é renda, isso é gente comendo, isso é mais alimentos nas feiras, isso é a agricultura familiar sendo empoderada”, diz Sergio Leitão, diretor executivo do Instituto Escolhas, em conversa com o NeoFeed. “Ou seja, a recuperação do que já foi desmatado na Caatinga é uma estratégia também de redução da pobreza, de combate às desigualdades e pelo fim da fome.”

O modelo avaliado pela organização é o chamado sistema agroflorestal (SAF). As agroflorestas alinham os interesses ecológicos aos econômicos, conciliando o plantio de espécies nativas com culturas agrícolas — os dois interagindo entre si e ambos se beneficiando mutuamente.

De um lado, a preservação ambiental, com a promoção da biodiversidade, melhoria da qualidade do solo, controle da erosão, preservação dos recursos hídricos… e de outro, o cultivo sustentável de alimentos, com alívio da pressão sobre a terra e a água, queda na incidência de pragas e doenças e, consequentemente, redução da necessidade de agrotóxicos.

Luz no fim do túnel

Atualmente, no Brasil, a produção agroflorestal é desenvolvida majoritariamente pela agricultura familiar. E, como define a Confederação Nacional dos Agricultores Familiares, a Caatinga é “o bioma mais rural do país”. Cerca de 32% dos estabelecimentos agropecuários estão na região.

E pouco mais de 25% de seus 28 milhões de habitantes trabalham no setor agropecuário, enquanto a média nacional é de cerca de 6%, informa o estudo Agricultores familiares da Caatinga e do Cerrado: Mapeamento para a promoção de uma transição rural justa no Brasil, elaborado pela ONG Climate Policy Initiative (CPI).

Das cerca de 1,6 milhão de propriedades rurais da região, 75% têm, no máximo, 20 hectares. Ou seja, o bioma é dos pequenos produtores. Mas há um (enorme) problema, como alertam os analistas da CPI.

“Os agricultores familiares da Caatinga apresentam níveis mais baixos de produtividade e de acesso à assistência técnica. Ainda mais importante é o fato de que um grande número de agricultores familiares depende da agricultura de subsistência e vive em locais de extrema pobreza. Tal realidade os expõe ainda mais ao risco climático, devido ao acesso restrito a mecanismos de mitigação, como seguros ou insumos resilientes ao clima.”

“A recuperação do que já foi desmatado na Caatinga é uma estratégia também de redução da pobreza, de combate às desigualdades e pelo fim da fome”, diz Sergio Leitão, diretor executivo do Instituto Escolhas (Foto: Divulgação/Instituto Escolhas)

Cerca de 30% das espécies de plantas da Caatinga são endêmicas, como o mandacaru

Adaptado ao calor extremo e à escassez de alimento e água, o roedor mocó é um dos 317 tipos de animal que só existe na Caatinga

Um passo importante rumo à preservação produtiva do bioma foi dado nesta quarta-feira, 11 de dezembro. Por unanimidade, a Comissão de Meio Ambiente do Senado aprovou o projeto de lei (PL) 1990/2024, que institui  a Política Nacional para a Recuperação da Vegetação da Caatinga.

Proposto pela senadora Janaína Farias, do PT, do Ceará, o dispositivo determina, entre outras medidas, a ação articulada da União, Estados, municípios e ONGs para a formulação e implementação de políticas públicas para a restauração e o uso sustentável dos recursos ambientais do ecossistema. E, isso, com a participação das comunidades locais, prevendo a capacitação dos trabalhadores. O projeto segue agora para apreciação da Câmara dos Deputados.

“A aprovação do PL é um  marco histórico. Pela primeira vez, um bioma no Brasil terá uma política própria para guiar a sua recuperação”, comemora o diretor executivo do Instituto Escolhas. “Para que a bioeconomia possa crescer, essas comunidades precisam de apoio. O Brasil, por exemplo, é forte no agro porque foi feito todo um aporte de investimentos e formação de pessoal.”

Uma evolução muito peculiar

Se aprovado também na Câmara, o PL acena com a promessa de um olhar mais atento e cuidadoso para uma região que, desde sempre, sofre com a “falta de vigor institucional”, como definem os pesquisadores do projeto No Clima da Caatinga.

“Há menos conhecimento científico produzido sobre o bioma e menos grupos de pesquisadores seniores em atividade, se compararmos com a Amazônia e a Mata Atlântica, mesmo a Caatinga apresentando biodiversidade comparável”, escrevem os especialistas no relatório Caatinga, a floresta que é a cara do Brasil.

Estendendo-se pelos nove estados do Nordeste e o extremo norte de Minas Gerais, a Caatinga já perdeu 34 milhões de seus 82,6 milhões de hectares. É o quarto maior bioma brasileiro, atrás apenas da Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado e à frente do Pampa e do Pantanal.

Durante milênios, a região passou por oscilações intensas de temperaturas, curtos períodos de tempo nos quais o calor e o frio se alternavam drástica e rapidamente, submetendo a flora e fauna a um processo evolutivo muito particular.

Assim, algumas espécies não são encontradas em nenhuma outra floresta semiárida, apenas aqui — o que explica a importância do bioma para o planeta.

Três em cada dez plantas da região são endêmicas. Mandacaru, xique-xique, catingueira, barriguda e umbuzeiro, por exemplo, são privilégio brasileiro. Tal qual 317 dos 1.1824 tipos de animais. Entre eles, o tatu-bola, o periquito-cara-suja, o mocó, o tamanduá-mirim, o veado catingueiro… dos quais 47 estão ameaçados de extinção.





Fonte: Neofeed

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Com Selic em alta, empresas enfrentam desafio ainda maior em rentabilidade

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Com Selic em alta, empresas enfrentam desafio ainda maior em rentabilidade
Tempo de Leitura:3 Minuto, 9 Segundo


Na última reunião presidida por Roberto Campos Neto, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, nesta quarta-feira, 11 de dezembro, elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, para 12,25% ao ano.

A decisão representa um baque para muitas companhias listadas na B3, que se encontram num momento em que não conseguem rentabilizar o capital em magnitude suficiente para cobrir o custo do dinheiro, prejudicando a atração de recursos para investimentos.

E considerando que a Selic deve seguir subindo em 2025, as companhias devem sofrer ainda mais para entregar uma rentabilidade capaz de atrair investidores, pagar suas dívidas e ter recursos para expandir as operações.

Esta é a conclusão de um estudo conduzido pela Málaga Assessoria em Finanças Corporativas e Contabilidade Societária, obtido com exclusividade pelo NeoFeed, que analisou 261 empresas listadas na Bolsa no período de 12 meses até 30 de setembro.

O estudo calculou a rentabilidade das companhias listadas, numa média histórica. O que se viu é que 75% das empresas apresentam rentabilidade inferior a 10% ao ano. A média foi de 7,76% ao ano, com 45 companhias apresentando rentabilidade negativa.

“O Brasil está desestimulando os investimentos corporativos, a iniciativa, o empreendedorismo, a pesquisa e o desenvolvimento, por conta do ambiente de juros elevados”, diz Flávio Málaga, sócio fundador da Málaga Assessoria, ao NeoFeed.

Os juros são apenas uma parte da equação da questão da rentabilidade, mas representam um aspecto importante da equação, considerando o peso que tem sobre as despesas financeiras das companhias, além de ser um sintoma de uma questão que poderia ter sido endereçado pelo governo através de um ajuste fiscal crível.

Málaga destaca que existe uma “trava concorrencial estrutural” para as empresas aumentarem sua rentabilidade, o que é natural, considerando que muitas companhias enfrentam mercados concorridos, o que naturalmente acaba limitando os ganhos.

“Muitas empresas enfrentam um ambiente concorrencial que impede de auferir grandes rentabilidades, muitas têm teto para aquilo que podem render”, afirma ele. “Mas temos um país que não cresce e uma alta despesa com juros. Essa combinação toda derruba a rentabilidade.”

São poucas as empresas que conseguem contornar a situação, que é o caso da WEG. Um dos principais nomes de seu setor no Brasil e no mundo, com claros diferenciais competitivos, a companhia catarinense consegue entregar uma rentabilidade de 30% ao ano, melhor resultado entre as empresas do estudo. A Ambev e a Vale são outras que estão neste grupo privilegiado, considerando seus tamanhos e relevâncias em seus mercados.

“Para ser uma empresa com uma rentabilidade ótima, a companhia precisa ter uma rentabilidade de 20% ao ano, estaria entre as top 20 ou top 30 do Brasil”, diz o sócio fundador da assessoria financeira.

Málaga destaca que o cenário atual é particularmente nefasto para as empresas de varejo, em que a diferenciação é mais difícil, as rentabilidades são estruturalmente menores e as companhias dependem de dívida para girar estoques e recebíveis.

Das empresas analisadas, 25 delas atuam neste segmento, de RD Saúde e Track&Field, que conseguem apresentar bons índices de rentabilidade, até Casas Bahia e Magazine Luiza, nas últimas posições.

Nesse grupo, segundo Málaga, a margem de lucro gira na casa dos quatro e cinco pontos percentuais sobre a receita. “E as despesas com juros come praticamente todo o lucro operacional”, diz ele. “Se essas companhias estiverem com um desempenho apenas mediano, os juros vão corroer o lucro.”

Para incentivar novamente os investimentos em empresas, Malaga diz que os juros precisariam estar, nominalmente, entre 7% e 8% ao ano, para incentivar novamente os investimentos em empresas, levando em conta a rentabilidade que as companhias vêm apresentando. Mas sem um sinal de ajuste crível do governo federal, a situação deve permanecer difícil para as empresas.





Fonte: Neofeed

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A estratégia da Novo Nordisk para enfrentar o fim da patente do Ozempic no Brasil

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novo nordisk ozempic
Tempo de Leitura:4 Minuto, 39 Segundo


A menos de dois anos da expiração da patente no Brasil dos blockbusters Ozempic e Wegovy, a farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk se prepara para a inevitável perda de mercado com o fim da exclusividade sobre a molécula da semaglutida. Sua estratégia: a modernização e ampliação bilionária da fábrica de Montes Claros, em Minas Gerais.

A companhia acaba de anunciar o investimento de R$ 500 milhões, na unidade fabril brasileira. Com o novo aporte, o total destinado às obras, apenas em 2024, chega a R$ 1,36 bilhão. A ideia é triplicar, até 2027, a produção da enzima enteroquinase, essencial para a produção de dois de seus medicamentos mais vendidos no mundo. A substância “made in Brazil” garante o abastecimento do Ozempic e do Wegovy para mais de 70 países.

“A demanda para produtos da empresa teve uma explosão no mundo. Por isso, a gente precisa produzir mais esses medicamentos, o que explica a importância da ampliação da fábrica de enzimas em Montes Claros”, afirma Reinaldo Costa, vice-presidente corporativo da unidade mineira da farmacêutica, em conversa com o NeoFeed.

“A companhia viu a possibilidade de o Brasil ser um fornecedor global de enzimas ao invés de comprar de outras empresas. E isso nos garante um diferencial competitivo”, complementa.

O resultado global do terceiro trimestre da Novo Nordisk explica a decisão da companhia. Só com o Wegovy, o aumento foi de 79%, entre julho e setembro deste ano. No período, o faturamento global alcançou 34 bilhões de coroas dinamarquesas (o equivalente a R$ 28,8 bilhões). O crescimento geral das vendas foi de 24% sobre o terceiro trimestre de 2023.

Corrida pelo genérico

Com o aumento da produção da enzima, o custo de fabricação dos remédios naturalmente cai. E isso é também um fator importante a se considerar no momento em que é dada a largada na corrida pelos genéricos da semaglutida. Laboratórios nacionais, como EMS, Biomm, Cimed e Prati-Donaduzzi, já demonstraram interesse em produzir o composto ativo.

“Toda vez que expira uma patente a concorrência aumenta, e isso é muito bom para o setor de saúde no Brasil”, diz Nelson Mussolini, presidente-executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos do Estado de São Paulo (Sindusfarma), em entrevista ao NeoFeed.

Para ele, faz sentido o investimento da Novo Nordisk em solo nacional para reduzir os custos da fabricação do medicamento. “Com mais capacidade, o custo por unidade vai reduzir. E aí a empresa passa a ter condições de competir em patamar mais flexível com quem for lançar o genérico da semaglutida.”

“A companhia viu a possibilidade de o Brasil ser um fornecedor global de enzimas ao invés de comprar de outras empresas. E isso nos garante um diferencial competitivo”, diz Reinaldo Costa, vice-presidente corporativo da unidade mineira da Novo Nordisk (Foto: Divulgação/Novo Nordisk)

Em 2024, a Novo Nordisk investiu R$ 1,36 bilhão na fábrica da farmcêutica em Montes Claros, em Minas Gerais (Foto: Divulgação/Novo Nordisk)

Ainda que não admita, com a nova fábrica, a Novo Nordisk trabalha para minimizar o possível impacto da perda de parte da fatia de R$ 3,3 bilhões, segundo dados da IQVIA dos últimos 12 meses, das vendas dos dois remédios no Brasil. Por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os genéricos devem custar, no mínimo, 35% menos do que suas contrapartes de referência.

Atualmente o antidiabético Ozempic e o antiobesidade Wegovy são encontrados nas farmácias por cerca de R$ 1,2 mil e R$ 2,3 mil, respectivamente. Ou seja, os genéricos não poderão ultrapassar R$ 780 e R$ 1,5 mil. Como a competição se anuncia ser acirrada a queda no preço deve ser ainda maior.

No Brasil, a participação dos produtos de marca corresponde a 85% do valor total dos medicamentos vendidos no País. Em unidades, porém, os negócios respondem por 39% do mercado.

Decisão judicial

A Novo Nordisk tentou ampliar o prazo da exclusividade no Brasil, mas não teve sucesso. A empresa entrou com depósito da patente da semaglutida junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) em 2006, o que garante a exclusividade do produto durante 20 anos.

Mas a farmacêutica foi à Justiça, alegando que o prazo venceria em 2029 por causa do atraso do Inpi no processo de registro. Em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou que a patente teria validade de duas décadas, a partir da entrada do registro. E, em 2023, o Tribunal Regional Federal (TRF-1) confirmou a decisão.

“A dona da patente queria mais prazo do que lei permite, e isso não é possível. Se a empresa é nórdica, argentina ou brasileira, a duração é igual para todas”, diz ao NeoFeed o advogado Pedro Marques Nunes Barbosa, especialista em propriedade intelectual e que atuou em defesa da Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades (Abifina) justamente sobre a patente da semaglutida no Brasil.

No Brasil, o Wegovy chegou às prateleiras das farmácias em julho deste ano, 18 meses após aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em janeiro de 2023, para utilização como medicamento contra obesidade.

Já o Ozempic começou a ser comercializado no País em 2019. A alta procura resultou em escassez do produto no Brasil em alguns períodos deste ano. O medicamento não tem aprovação para uso off-label (fora da recomendação da bula) e é indicado apenas para tratamento do diabetes tipo 2.

Com valor de mercado de US$ 375 bilhões (R$ 2,3 trilhões), segundo a Nasdaq Copenhagen, a ação da Novo Nordisk tem valorização de 13,4% no ano.





Fonte: Neofeed

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