Negócios
Em premiação, XP elege os melhores assessores e escritórios de investimentos do país
Os assessores e escritórios de investimentos são responsáveis por uma transformação sem precedentes na indústria financeira do Brasil. Com o apoio desse exército de especialistas, milhões de investidores conseguiram alcançar os seus objetivos.
Pioneira no desenvolvimento da carreira de assessor de investimentos, a XP Inc. tem oferecido valiosa contribuição para fomentar a atividade e, na mesma medida, impulsionar o mercado financeiro do país.
A sintonia entre a XP e os assessores de investimentos está retratada no Brazil Advisor Awards, premiação anual promovida pela empresa que reconhece e homenageia os profissionais e escritórios do setor.
Em sua 13ª edição, o evento anuncia os vencedores em uma cerimônia que faz parte da programação do primeiro dia do Expert XP, o maior festival de investimentos do mundo.
“A premiação nasceu em 2012 como uma iniciativa para reconhecer os melhores assessores da indústria financeira”, afirma Guilherme Sant’Anna, diretor de Canais da XP Inc. “Com o tempo, ela ganhou notoriedade e se tornou a chancela mais importante do setor.”
Bruno Ballista, sócio e head de assessoria e relacionamento com o cliente da XP Inc, lembra que, ao longo dos anos, a XP aprimorou o prêmio com o aumento do número de reconhecimentos e a criação de novas categorias que, afinal, são essenciais para promover a qualidade da indústria.
“Com um ecossistema cada vez mais complexo e uma oferta de produtos e serviços completa, ampliamos as categorias para reconhecer a qualidade em todas as nossas frentes de negócio. O Awards é o momento mais esperado do ano por toda a indústria e é pensado para ser de grande prestígio para os parceiros que estão no dia a dia com a XP”, diz Ballista.
A edição 2024 ficou marcada por uma série de novidades. O prêmio incluiu a criação do ranking S5, que reconhece os cinco escritórios de melhor performance da rede com até 3 anos de vida.
Os vencedores do Awards são selecionados, principalmente, por fatores como a qualidade no atendimento e oferta de serviços, percepção dos assessores sobre o escritório, crescimento da assessoria e assessor e satisfação dos clientes.
“O prêmio destaca quem são as referências dentro do universo de assessoria de investimentos, ressaltando a qualidade e a performance dos profissionais e escritórios”, acrescenta Diego Gonsalez, head de investidas B2B e Wealth Services da XP.
Na edição 2024, foram concedidos 200 prêmios em 12 categorias, entre escritórios e assessores, sendo que o evento contou com a participação de 3,5 mil convidados de diversas regiões do Brasil.
O prêmio, de fato, tem a característica de contemplar profissionais de diferentes partes do país, em categorias regionais que destacam a atuação dos assessores e escritórios espalhados pelo Brasil.
Trata-se de um ecossistema gigantesco: A rede de assessores parceiros da XP é formada por 15 mil assessores e mais de 400 escritórios. Para os premiados, o reconhecimento traz uma série de benefícios.
Eles se tornam referência e fonte de inspiração para os demais empreendedores da rede, enquanto os selos atribuídos aos vencedores são importantes chancelas que impulsionam os seus negócios.
Há outras vantagens. Na categoria “Top 100”, uma das mais disputadas por reconhecer os 100 melhores assessores da rede, os 20 primeiros colocados recebem ações da XP, tornando-se sócios da empresa. Por sua vez, o Top 50 participa de uma experiência internacional com os principais executivos da companhia.
Ao premiar as melhores práticas dos assessores e escritórios, a XP estimula o aprimoramento dos profissionais – e, num sentido mais amplo, coloca os interesses dos investidores no centro das decisões.
Confira a seguir a lista dos vencedores da 13ª edição do prêmio Brazil Advisor Awards:
Melhor Escritório
Ável Investimentos
G20
Avel Investimentos
Invest Smart Investimentos
Svn Investimentos
Liberta Investimentos
Center AI
Requin Capital
Manchester Investimentos
Verso Investimentos
Somus Capital
Criteria Investimento
Veedha Investimentos
Valor Investimentos
Alta Vista Investimentos
M7 Investimentos
All Investimentos
Act Investimentos
Rp Capital Investimentos
Pequod Investimentos
Athena BGA Investimentos
Guelt Investimentos
Escritórios Regionais
Nordeste
Requin Capital
Sudeste
InvestSmart Investimentos
Sul
Ável Investimentos
Centro-oeste
Nexgen Capital
Norte
Norte Investimentos
S5
W1 Capital
Ville Capital
Futuro Capital
Matriz Capital
A7 Capital
Produtividade
Luciano Feres Ribeiro De Lima (Captação)
Daniel Pais Zyskowski (ATIVAÇÃO)
Tadeu Balieiro Salomao (RECEITA)
Antonio José Marinho Bernardo (IEA)
Ben Hur De Castro Abed (Cross Sell)
NPS
Argos Capital Investimentos (Menor de 5k de clientes)
Jb3 Investimentos (5-10k de clientes)
Veedha Investimentos (Maior 10k de clientes)
E15
M7 Investimentos
Center AI
Nippur Finance Investimentos
Avel Investimentos
Requin Capital
Faz Capital
Bull Investimentos
Riva Investimentos
Verso Investimentos
JFK Investimentos
Nexgen Capital
Pequod Investimentos
Manchester Investimentos
K3 Investimentos
Act Investimentos
P15
Somus Capital
S6 Investimentos
Futuro Capital
Criteria Investimentoa
HCI Invest
A7 Capital
Eximius Investimentos
Pequod Investimentos
Knox Capital Investimentos
Davos Financial Partnership
Kronor Capital Investimentos
Braúna Investimentos
Jb3 Investimentos
Norte Investimentos
Olimpo Investimentos
Expansão
Invest Smart Investimentos
M. M. Barsi Investimentos
Matriz Capital Investimento
Saron Investments
Verso Investimentos
AFFA Capital Investimentos
Requin Capital
W1 Capital
Ável Investimentos
Gb Investimentos
Somus Capital
Rio Investimentos
Santé Investimentos
Futuro Capital
Nau Capital Investimentos
Eficiência
DBV Capital
Monteverde Investimentos
Real Invest
Rio Negro Investimentos
S6 Investimentos
Nobel Capital Investimentos
Thera Investimentos
GPX Invest
Marco Investimentos
Diagrama Investimentos
Center AI
Guelt Investimentos
Faz Capital
Ville Capital
Mônaco Investimentos
Top 100
Luciano Feres Ribeiro De Lima
Tadeu Balieiro Salomao
Felipe Gazal Lopes
Rodrigo Jose Leite Barbosa Barroso
Andre Luiz Argenton
Andre Luiz Vasconcelos Fixel
Daniel De Paula
Daniel Matos Brito Demétrio De Souza
Roberto Lopes Da Costa Filho
Raul Hussne
Adonias Martins De Noronha
Eduarda Favero Michel
Bruna Cantarella Rinaldi
Carlos Marcell Estephaneli Hotz
Ana Carolina Oliveira Calmon De Bittencourt
Marli De Fatima Santos Barbieri
Pedro Bernardo Da Luz Neto
Paulo Henrique Nogueira Quadros
Daniel Pais Zyskowski
Henrique Barros E Silva
Ubiratan Correa Ribeiro De Oliveira
Cristina Atalla Ferreira
Nelson Americo De Oliveira Filho
Bruno Niederauer Schmitt
Ricardo Sturm
Diogo Jatoba Segabinazzi
Andre Osowski Dzioubanov
Pedro Ivo Rabelo Tavares De Castro Vasconcelos Pessoa De Almeida
Renan Da Silva Santos Batista
Antonio Vitor Lopes
Diogo Cruz Velho Barreto De Araújo
Thiago Nascimento De Castro
Carolina Lisia Pacheco De Carvalho Xavier
Charles Meyer Susskind
Carolina Vianna Nunes
Henrique Augusto De Rossi
Joao Luiz Cassanta Richa
Frederico Gastmans
Eric Kudiess
Luiz Guilherme Dias Boesel
Patricia Barbosa Viana Bittencourt
Marcio Dayvis De Melo Lima
Nicolas Fortes De Medeiros
Luccas Fiorelli Dos Santos
Aline Franciele Lopes
Eduardo Batista Messias
Roberto Holum Calumby
Graziela Suman Conte
Joao Carlos Martinelle Junior
Gustavo Ramos Riess
Guilherme Hoffmann Brehm Justo
Patrick Felipe Kalim
André Dantas De Oliveira
Paula Soares Castro
Henrique Model Casagrande
Artur Dombrowski
Rodrigo Kroth Paim
Lucas De Siena Haga
Ana Carolina Nascimento Camanzano
Paulo Theodoro Dutra De Oliveira Silva
Augusto Cesar Carsalade Vieira
Tiago Avila De Oliveira
Daiane Demarco Pires Nunes
Eduardo Abreu Gusmão
Douglas Pellini Salvador
João Vitor Marin
Igor Porto Flores
João Victor Ferri Teixeira
Willian Cesar Moreira
André Hansen Maldaner
Rafael Henrique Bortolotti
Henrique Tasca Tedesco
Rafael Adriano Monteiro
Elias Pinto Coelho
Maria Vitória Parizotto Bacci
Glauber Luciano Guimarães
João Bosco Do Amaral Filho
Adriel Felipe De Espindola
Anderson Da Silva Inocente
Alexandre Alvares De Lima Machado França
Gabriella Patricia Valadares
Mauricio Ramos Bedatti
Erika Francalasse Gonzalez
Daniel Do Nascimento Nunes
Igor Coury Rodrigues Da Silva
Leonardo Gustavo Pastore Dyna
Lucas Cazerta Duarte Goulart
Paula Fabiane Maciel Dos Passos
Henrique Pardini Gonçalves
Anderson Gomes De Lima
Gustavo Henrique Silvestrin
Rodrigo Tonon Marcatti
Eduardo Palmonare De Araujo Lima
Brunno Negro Cortes
Alisson Rodrigo Basso
Renan Dos Santos Cardoso
Marco Antônio Fernandes Gomes
Claudia Bomfim Ramos
Daiane Mendes De Sousa Soares
Negócios
BRF recebe “selo de confiança” do Santander antes do balanço
O balanço do terceiro trimestre da BRF será divulgado apenas em 13 de novembro, mas o Santander deu um voto de confiança antecipado e mudou a recomendação para a ação da empresa de alimentos.
A ação BRFS3 passou de neutra para acima da expectativa (outperform) e o preço-alvo subiu de R$ 28 para R$ 32, o que indica um retorno de, aproximadamente, 32% sobre o preço atual de tela.
A base do Santander para essa mudança é a expectativa com os resultados da BRF no terceiro trimestre. Os analistas Guilherme Palhares e Laura Hirata estão mais confiantes do que a mediana de mercado.
“Esperamos um terceiro trimestre positivo para a BRF, com Ebitda ajustado crescendo 12%, para R$ 2,9 bilhões, na comparação trimestral, e 6% acima do consenso”, escreveram os especialistas.
“Embora esperemos que a divisão internacional reporte resultados sólidos, apoiados nos fortes preços, acreditamos que não atingirá todo o seu potencial dada as suspensões em curso nas fábricas da BRF no Rio Grande do Sul após um surto de Newcastle em julho de 2024”, complementaram.
A doença de Newcastle requer medidas rigorosas de controle e erradicação para prevenir a propagação do vírus. Em meados de julho deste ano, o Ministério da Agricultura confirmou que detectou um caso dessa doença, que é semelhante à gripe aviária, na cidade de Anta Gorda (RS).
A BRF é a empresa de proteína com receita mais exposta a frangos – aproximadamente 43%. Mesmo assim, os analistas do Santander se mantêm otimistas com a companhia em 2025, principalmente pelos aumentos de volumes após implementação de programas de eficiência.
“A nossa visão fora do consenso é fundamentada nos seguintes fatores: nenhuma oferta relevante de frango chegando ao mercado em 2025, os preços mais elevados do gado já estão a conduzir a preços mais elevados das aves e há um forte crescimento dos produtos industrializados”, escreveram Palhares e Hirata.
A expectativa com o forte resultado no terceiro trimestre deve levar a empresa a ter um elevado pagamento de dividendos. Os analistas calculam que os dividendos cheguem a R$ 3 bilhões, 60% do fluxo de caixa da BRF.
Em alta de pouco mais de 96% no ano, o valor de mercado da BRF é de R$ 43,7 bilhões.
Negócios
Conferência discute uma “nova mineração” na Amazônia
Maior ecossistema do mundo e um dos mais valiosos patrimônios naturais da humanidade, a Amazônia está no centro dos debates sobre a emergência climática. Afinal, o futuro do planeta é indissociável do futuro da floresta e de suas comunidades e povos tradicionais.
Em uma espécie de convite à reflexão sobre como conciliar o desenvolvimento econômico com o respeito à natureza e a valorização da população local, entre os dias 6 de novembro e 8 de novembro, o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) realiza em Belém, no Pará, a segunda edição da Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias.
Patrocinado por Vale, Itaú e Alcoa, entre outras companhias, o encontro conta também com a parceria de representantes da sociedade civil — ativistas climáticos, acadêmicos, lideranças indígenas, quilombolas e ribeirinhas, por exemplo.
A curadoria do evento é da ambientalista Izabella Teixeira, ex-ministra do Meio Ambiente e atual membro do Conselho Econômico e Social da Organização das Nações Unidas (ONU). Entre os keynote speakers está Laurence Tubiana, CEO da European Climate Fondation (ECF) e signatária pela França do Acordo de Paris, em 2015.
Outro destaque da conferência é Ellen Johnson Sirleaf, primeira mulher a ser eleita presidente de um país africano, a Libéria, e vencedora do Prêmio Nobel da Paz, em 2011. Já confirmou também presença John Kerry, ex-secretário de Estado dos Estados Unidos e representante do governo americano no compromisso da ONU firmado nove anos atrás.
Durante os três dias, em cerca de 50 encontros, entre painéis, palestras e talk shows, serão debatidos os mais diversos temas. Da descarbonização da economia global à importância dos minerais estratégicos na transição energética; dos instrumentos financeiros e regulatórios ao papel da restauração florestar na economia amazônica e na neutralização das emissões, do combate ao grimpo ilegal às novas tecnologias de inovação.
Todos têm como ponto de convergência a discussão sobre a importância de uma “nova mineração” para a Amazônia. Um sistema no qual o desenvolvimento econômico ande de mãos dadas com a preservação e a regeneração do meio ambiente. Um modo de produção sustentável, justo e inclusivo, com respeito aos habitantes da floresta.
“Reconhecemos que a mineração, apesar de essencial para a sociedade, impacta o meio ambiente e as comunidades próximas”, diz Malu Paiva, vice-presidente de sustentabilidade da Vale. “Por isso, buscamos minimizar esses impactos com iniciativas de mineração circular e por meio de um centro de monitoramento ambiental, que analisa continuamente os indicadores de impacto para mitigar danos”, completa a executiva, uma das convidadas para participar da cerimônia de abertura da conferência.
“Restauração” é a palavra-chave, defende Claudia Salles, gerente de sustentabilidade do Ibram. “O desmatamento zero, por exemplo, é impossível. Mas a gente trata de desmatamento líquido [quando o que foi perdido é compensado com o reflorestamento ou com a recomposição da vegetação]”, afirma ela. “A mineração tem por obrigação restaurar suas áreas degradantes.”
Os estudiosos do assunto são unânimes: praticada dentro da lei, em consonância com os preceitos socioambientais, a atividade minerária pode, inclusive, estimular o desenvolvimento da região.
As oportunidades de negócios, no entanto, só serão bem aproveitadas com o fortalecimento das chamadas cadeias produtivas da sociobiodiversidade — o conjunto de bens e serviços obtidos por meio da conexão entre a diversidade biológica, a prática de atividades sustentáveis e o respeito ao modo de trabalho e conhecimento das populações locais, promovendo a renda e melhorias no bem-estar das comunidades.
“É fundamental valorizar os pequenos produtores garantindo que eles recebam um retorno justo por seus esforços”, diz Salles. Isso inclui combater o garimpo ilegal e o extrativismo predatório, melhorar a logística e a infraestrutura para que tanto os insumos cheguem às áreas mais remotas quanto os produtos alcancem os mercados consumidores de maneira limpa e eficaz.
Açaí e mineração
Os desafios da indústria minerária na Amazônia não são poucos nem pequenos. E, muito frequentemente, exigem ações que ultrapassam, a princípio, os limites de atuação das mineradoras.
Tanto que o tema central do evento do Ibram de 2023 nem foi a mineração, lembra Julio Nery, diretor de sustentabilidade do instituto. E, sim, o desenvolvimento de novas frentes de negócios para a região.
A Vale, por exemplo. Presente na região há quatro décadas, a empresa tem um compromisso de longo prazo, em uma visão de legado para o território, diz Paiva. “Além de tudo que tem investido em ações socioambientais voluntárias — só nos últimos quatro anos foram R$ 1,7 bi para a região com recursos próprios — a empresa mantém ativos importantes como o Instituto Tecnológico Vale — ITV, o Fundo Vale, Instituto Cultural Vale e Fundação Vale”, completa a executiva.
Lançado em 2009, o Fundo Vale recebeu, no ano passado, um aumento de 29% em investimentos, totalizando R$ 74 milhões. Por intermédio do fundo, a companhia apoia 35 projetos, que direta e indiretamente, já impactaram mais 41 mil pessoas.
“O modelo, com foco nas pessoas e na integração das dimensões sociais e ambientais, fortalece a resiliência das comunidades que estão na linha de frente da preservação”, diz a vice-presidente de sustentabilidade.
Um dos projetos apoiados pela mineradora é a Jornada Amazônia, focada no desenvolvimento de talentos e empreendimentos de impacto socioambiental, que já capacitou 1.888 talentos empreendedores, apoiou a criação de 141 startups da bioeconomia e está impulsionando outros 49 negócios em estágios mais avançados de maturidade.
Outra iniciativa da Jornada Amazônia é a Plataforma Digital Twin da Floresta para negociação de produtos da bioeconomia, em operação com as cadeias produtivas de castanha e de açaí.
O Fundo Vale também dá suporte ainda a políticas públicas que visam a impulsionar uma economia mais sustentável, justa e inclusiva. É o caso da parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), autarquia do governo federal, para o fortalecimento de cadeias produtivas, como as de pirarucu, madeira e óleos, segundo a executiva.
Alguns podem perguntar o que a mineração tem a ver com castanha, açaí ou pirarucu. Aí, vale lembrar a hipótese de Gaia, proposta em 1979, pelo cientista inglês James Lovelock (1919-2022). A Terra é um enorme organismo vivo, cuja vida controla a própria vida, pela interação entre os elementos que o compõem. Como tudo funciona em feedback (inclusive as cadeias produtivas), se um perde, todos perdem.
De olho na COP 30
Há 14 anos, foi lançado o Instituto Tecnológico Vale Desenvolvimento Sustentável (ITV-DS), instituição sem fins lucrativos mantida mineradora. “O ITV-DS busca contribuir com o Pará e o Brasil no desenvolvimento de soluções tecnológicas e científicas para os desafios da cadeia da mineração e da sustentabilidade para as futuras gerações”, diz Paiva.
Hoje, o instituto conta com 41 pesquisadores permanentes e 139 bolsista e já investiu quase R$ 600 milhões em pesquisa, que resultaram no apoio a projetos de P&D e na publicação de mais de 1.150 trabalhos científicos.
Um dos projetos do ITV-DS é o GBB — Genômica da Biodiversidade Brasileira, em parceria com o ICMBio, para o mapeamento genômico de espécies da fauna e da flora brasileiras ameaçadas de extinção, exóticas invasoras ou que tenham potencial bioeconômico. “O projeto é uma proposta inédita no Brasil e conta com a participação de diferentes instituições de pesquisas nacionais e internacionais”, afirma a executiva.
Até 2027, o GBB receberá investimentos de US$ 25 milhões até 2027, para realizar pesquisas em Unidades de Conservação Federais, sob a responsabilidade do ICMBio, em todo o Brasil, afirma Paiva. Uma das metas é determinar 80 genomas de referência e cerca de 5 mil genomas resequenciados.
Em um momento em que o mundo observa atentamente a Amazônia, a Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias se posiciona como um catalisador para discutir e implementar soluções eficazes.
A ideia é, ao final do encontro, elaborar um documento a ser encaminhado aos tomadores de decisão, durante a COP30, a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas. Presidido pelo Brasil, o encontro está marcado para novembro de 2025, também na capital paraense.
Negócios
O M&A das assembleias digitais: Atlas Governance compra Precisão-i
A Atlas Governance, startup que fornece tecnologia para governança das empresas, está comprando a Precisão-I e ganhando um atalho para acelerar a sua entrada na digitalização de assembleias, uma área em que começava a dar os primeiros passos.
Com a transação, a Atlas Governance, que contava com 40% das companhias da B3 em seu portfólio, ganha como clientes empresas como Petrobras, Vale, Embraer, Eletrobras e BRF, que já são atendidos pelo software da Precisão-i.
“Nós já vínhamos namorando há alguns meses, sabemos do potencial que a Precisão-i tem e de sua capacidade técnica na área de assembleias, segmento que estamos entrando agora na Atlas”, afirma Eduardo Carone, CEO e cofundador da Atlas Governance.
A transação, que não teve o seu valor revelado, será paga em três parcelas. A primeira delas será em dinheiro e a segunda, também em espécie, mas baseada no resultado dos próximos 12 meses. E, por fim, a terceira em ações. Segundo Carone, o múltiplo de aquisição pode chegar a três vezes a receita, a depender do resultado da divisão.
Criada há quatro anos pelos sócios cariocas Enrique Pessôa e Katia Pfeifer, a Precisão-i já faturou mais de R$ 10 milhões digitalizando as assembleias de empresas abertas. Juntos, os empreendedores têm larga experiência com tecnologia e produtos para o mercado de capitais, com passagens por multinacionais como Donnelley e Bowne.
“Para nós, a união com a Atlas é uma possibilidade de trabalhar com um time mais robusto do que o nosso, adicionando processos e um corpo técnico a nossa especialidade, que é produzir software para as companhias abertas, algo que já fazemos há quatro anos”, afirma Enrique Pessôa, CEO e cofundador da Precisão-i, que passará a ocupar o cargo de vice-presidente da área de assembleias da Atlas Governance.
A startup fundada por Carone está ampliando sua presença na América Latina. Atualmente, ela já tem times locais em seis países e atende mais de 700 empresas, atingindo 30 mil conselheiros e profissionais de governança. “Na Colômbia, nós já temos 20% das empresas listadas na bolsa e também estamos evoluindo de forma rápida no México”, afirma Carone.
Após a consolidação na América Latina, a companhia também planeja atender países como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Espanha, Itália, China e Índia.
Além dos novos mercado, Carone afirma que, com a aquisição da Precisão-i, a companhia deve ampliar o seu leque e atender outros tipos de assembleias, incluindo também fundos de investimento, cooperativas, associações com e sem fins lucrativos, emissões do mercado de capitais como CRI e CRA e muitos outros segmentos.
A Atlas Governance já captou aproximadamente R$ 50 milhões. Os principais investidores são a Volpe Capital e a DSK Capital, que investiram na séria A da startup.
A transação foi assessorada pela JK Capital, FCM Law e RSM.
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