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Esqueça a felicidade. Fomos programados para sobreviver

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Esqueça a felicidade. Fomos programados para sobreviver
Tempo de Leitura:4 Minuto, 32 Segundo


O cérebro é incrivelmente dinâmico e está em constante transformação. Um quilo de massa encefálica abriga 86 bilhões de neurônicos, que, comunicando-se entre si, estabelecem cem trilhões de conexões. É essa rede que controla todo o nosso organismo, processando, interpretando e organizando um fluxo infinito de impressões sensoriais.

É algo fantástico e poderoso. Nosso cérebro tem a capacidade de armazenar informações equivalentes a onze mil bibliotecas repletas de livros. Agilíssimo, se estamos, por exemplo, em uma conversa, ele consegue, em fração de segundo, pinçar os dados mais relevantes de nossa memória  (mesmo que tenha sido armazenados há décadas) e relacioná-los com o momento.

Bom, se o cérebro é capaz de tudo isso, por que não consegue dar conta de nos manter realizados? Por que, às vezes, nos sentimos mal mesmo quando tudo parece ir bem?

“Esse mistério se torna ainda mais enigmático quando consideramos que vivemos em uma era de abundância sem precedentes, que teria impressionado quase qualquer rei, rainha, imperador ou faraó da história”, escreve o psiquiatra sueco Anders Hansen, em Felicidade não é a cura: Uma perspectiva científica acerca da nossa busca por ser feliz.

E ele prossegue: “Ainda assim, mesmo que vivamos melhor do que nunca, muitas pessoas parecem estar sofrendo. Raro é o dia em que não há uma reportagem alarmante sobre o aumento de casos de problemas de saúde mental.”

E ele usa sua terra natal como exemplo. A Suécia é um dos países mais ricos do mundo, mas, mesmo assim, um em cada oito adultos toma antidepressivos. Globalmente, 284 milhões de pessoas têm ansiedade. Outras 280 milhões sofrem de depressão.

No livro, lançado no Brasil pela Intrínseca, Hansen apresenta pesquisas científicas inovadoras sobre a origem e o propósito dos sentimentos e aprofunda os conhecimentos sobre os transtornos mentais mais comuns — ansiedade, síndrome do pânico, depressão.

O psiquiatra tenta oferecer ao leitor informações que o permitam observar a si mesmo e a suas emoções. Ao entendermos nossos sentimentos, defende o médico, cuidamos melhor de nossas mentes e nossos corpos. E, assim, é possível encontrar o equilíbrio.

Com mais de três milhões de exemplares vendidos no mundo, Felicidade não é a cura mostra que a ansiedade e a depressão são estados naturais do ser humano —  e que não dá para ser feliz o tempo todo.

A importância da biologia

Ao adotarmos uma visão evolutiva da vida, como ele diz, podemos redefinir nossos conceitos de sucesso e felicidade para, enfim, alcançar o bem-estar e uma vida repleta de significados.

Autor premiado, palestrante e apresentador de uma série de televisão, na qual explora as peculiaridades do cérebro humano, em Felicidade não é a cura, o psiquiatra decidiu conscientemente focar na biologia, sem se aprofundar nos modelos explicativos sociais: “Não porque desigualdade, exclusão, injustiça e desemprego não importem, mas porque temos uma tendência a ignorar nossa biologia”.

Com 208 páginas, o livro custa R$ 49,90 (Crédito: Divulgação)

O psiquiatra propõe uma perspectiva cientifica acerca da nossa busca por ser feliz. E se mostra um demolidor de mitos, com o que chama de insights.

Primeiro, somos todos sobreviventes, não evoluímos para ter saúde ou felicidade, mas para sobreviver e reproduzir: “Sentir-se bem o tempo todo é um objetivo irreal. Simplesmente não funcionamos dessa maneira”.

Para ele, os sentimentos existem para afetar o comportamento, e devem ser passageiros. São gerados quando o cérebro combina o que está ocorrendo dentro de nós com o que acontece ao nosso redor. “O estado interno do corpo desempenha um papel maior em nossos sentimentos do que a maioria pensa”, observa.

Um ponto importante a ser considerado: ansiedade e depressão costumam ser mecanismos de defesa, portanto, naturais. Sua presença não significa necessariamente que há algo errado conosco ou que estamos doentes.

“E eles não têm absolutamente nada a ver com desvios de caráter! As memórias são, e devem ser, mutáveis! Falar sobre eventos traumáticos em um espaço seguro faz com que essas memórias mudem e se tornem menos ameaçadoras”, reforça o psiquiatra.

Sono, estresse, sedentarismo e redes sociais

Para Hansen, a falta de sono, o estresse prolongado, o sedentarismo e a exposição excessiva a imagens cheias de filtros nas redes sociais podem enviar sinais para o cérebro que são interpretados como perigo iminente ou inadequação pessoal: “Ele, então, responde dizendo para você se isolar e o faz se sentir para baixo.”

Por outro lado, a atividade física protege contra a depressão e a ansiedade. “Fomos feitos para nos movimentarmos, algo que hoje em dia fazemos muito pouco. Ainda assim, a preguiça é normal!”, afirma.

Outro mal dos nossos dias, a solidão tem sido associada a uma série de doenças, mas pequenas mudanças podem fazer uma grande diferença, diz o psiquiatra. Ter alguns amigos próximos é provavelmente melhor do que ter um grande número de conhecidos.

“Os genes são importantes, mas o ambiente é ainda mais, não ache que o fato de algo ser mais provável geneticamente significa que é inevitável. A forma como vivemos a vida afeta como o nosso cérebro funciona”, explica.

Por fim, Hans defende, enfático: esqueça a felicidade!

“Pretender ser feliz sempre não é apenas desgastante e irreal, como pode surtir o efeito diametralmente oposto”, argumenta. “O mais importante de tudo é que se você não se sente bem mentalmente, deve procurar ajuda. Transtorno mental, diz ele, não é menos natural do que uma pneumonia ou uma alergia. Existe ajuda para isso, e você não está sozinho.”.



Fonte: Neofeed

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Assaí pisa no freio em expansão para reduzir alavancagem

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Assaí pisa no freio em expansão para reduzir alavancagem
Tempo de Leitura:2 Minuto, 16 Segundo


Segunda maior rede de atacarejo do País, o Assaí revisou parte de suas projeções para 2025 e 2026 em fato relevante divulgado na quinta-feira, 17 de outubro, além de incluir novas estimativas para o biênio.

Um dos destaques desse novo pacote é justamente um dos itens que têm sido um mantra do grupo já há alguns trimestres: a redução da alavancagem. A meta da operação é chegar ao fim de 2025 com esse indicador no patamar de 2,6 vezes a relação dívida líquida sobre Ebitda.

Como referência, o Assaí encerrou o segundo trimestre de 2024 com uma alavancagem de 3,65 vezes, uma redução de 0,6 vez contra o índice de 4,25 vezes registrado em igual período de 2023. Entre abril e junho, a dívida líquida da rede foi de R$ 12,3 bilhões, contra R$ 8,3 bilhões, um ano antes.

No fato relevante de hoje, a empresa ressaltou que o nível de alavancagem estimado para o fim de 2025 se apoia no crescimento esperado do Ebitda, assim como na redução da dívida líquida, fruto da revisão da expansão e do plano de investimentos, também anunciadas nessa data.

Segundo o Assaí, essas atualizações levaram em conta principalmente as recentes altas da taxa Selic e as mudanças nas expectativas da curva de juros para os próximos anos, “influenciando diretamente” o custo de carregamento da dívida líquida da operação.

Com o foco da redução da alavancagem em mente, a rede decidiu adiar a abertura de alguns projetos de novas lojas. A projeção atualizada aponta para a inauguração de 10 unidades em 2025, contra o guidance anterior de 20 lojas.

Já para 2026, o grupo informou que espera retomar o patamar de expansão de 20 unidades por ano que vinha cumprindo antes de engatar, a partir do fim de 2021, numa onda de 64 conversões de hipermercados Extra.

Como parte dessas atualizações, o Assaí projeta agora um investimento na visão caixa entre R$ 1 bilhão e R$ 1,2 bilhão para 2025. Desse total, um montante entre R$ 650 milhões e R$ 750 milhões será reservado para a abertura de lojas.

A rede também vai destinar entre R$ 250 milhões e R$ 300 milhões à manutenção e novos serviços como açougues e padarias no parque de lojas já em operação. Uma parcela restante entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões será investida em infraestrutura, novos sistemas de TI e projetos de inovação.

A ação ASAI3, do Assaí, fechou o pregão de quinta-feira, 17 de outubro, em queda de 0,84%, cotadas a R$ 7,06. Os papéis acumulam uma desvalorização de 47,8% no ano. A empresa está avaliada em R$ 9,5 bilhões.



Fonte: Neofeed

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BC europeu baixa os juros (boa notícia). Risco agora é a deflação (péssima notícia)

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BC europeu baixa os juros (boa notícia). Risco agora é a deflação (péssima notícia)
Tempo de Leitura:3 Minuto, 56 Segundo


A União Europeia não consegue se livrar dos pesadelos econômicos nem diante de boas notícias. O Banco Central Europeu (BCE) anunciou na quinta-feira, 17 de outubro, mais um corte de juros – o terceiro em sequência –, levando a taxa anual para 3,25%.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, comemorou o anúncio, afirmando que o processo desinflacionário estava “no caminho certo” e que todos os dados desde a reunião anterior da autoridade monetária, no mês passado, “estavam indo na mesma direção – para baixo”.

O drama é justamente esse – não são apenas os juros que estão em queda. A inflação, também em declínio, fechou setembro com índice de 1,7% ao ano – abaixo da meta estipulada pelo BCE, de 2%.

O que seria comemorado com fogos em outros países (como o Brasil) viraram motivos de preocupação, pois a fraca inflação na zona do euro, aliada ao baixo crescimento do PIB do bloco no segundo trimestre, de 0,2%, levantaram preocupações de que o BCE possa estar diante do risco de uma deflação.

Essa possibilidade é real, uma vez que uma deflação – resultado de oferta maior que a demanda e de menos dinheiro em circulação, condições criadas por atividade econômica fraca por longo período – pode desencadear um ciclo descendente que se autoalimenta, à medida que os consumidores adiam compras, ao mesmo tempo que a diminuição do rendimento torna mais difícil o pagamento de dívidas.

As últimas previsões dos especialistas do BCE indicaram que a inflação anual atingirá o seu objetivo de 2% no quarto trimestre de 2025 e permanecerá bem acima desse nível durante os primeiros nove meses do ano.

Mas os próprios técnicos do BCE estavam preocupados com o fato de que a previsão, publicada em setembro, poder ter sido demasiado otimista. Para o BCE, superar a deflação pode ser muito mais difícil do que controlar a inflação.

A perspectiva de um período de aumentos de preços reduzidos representa uma reviravolta acentuada face aos recentes níveis históricos de inflação elevada, que forçaram o BCE a aumentar as taxas de juro para um nível recorde de 4%, em setembro de 2023.

Economistas advertem que o aumento inflacionário na zona do euro, entre 2021 e 2023, foi temporário, impulsionado por preços mais elevados da energia e estrangulamentos na cadeia de abastecimento, em vez de um aumento fundamental na procura.

Há críticas no sentido de que o BCE aumentou demasiado as taxas de juros, prejudicando uma economia que já era atingida pela baixa produtividade, pelo investimento morno e pelo envelhecimento da população.

Na semana passada, Sebastian Dullien, diretor de pesquisa do Instituto de Política Macroeconômica, com sede em Düsseldorf (Alemanha), disse que o crescimento fraco e a queda acentuada da inflação sugerem que o BCE estava “agindo muito lentamente no ajuste das taxas mais uma vez”.

Segundo ele, a análise do banco central sobre os impulsionadores da inflação foi “defeituosa”. “A política monetária excessivamente restritiva exacerbou algumas das questões estruturais”, advertiu Dullien.

Outros na mira

Não é apenas o bloco europeu que está às voltas com o risco de deflação. A inflação no Reino Unido caiu mais do que o esperado, para o mínimo de três anos, 1,7% em setembro, também abaixo da meta, o que levou a libra a cair.

Da mesma forma que no bloco europeu, investidores a aumentarem as apostas em novos cortes nas taxas por parte do Banco de Inglaterra (BoE), o BC britânico. O risco de deflação, porém, é menor no país, pois a inflação de serviços segue alta, em 4,9%.

A China, com produção econômica fraca desde a pandemia, também tem lutado para evitar a deflação. Há duas semanas, o governo chines anunciou um amplo pacote– incluindo injeções de liquidez de US$ 250 bilhões, flexibilização das taxas hipotecárias e grandes cortes nas taxas de juro e de reservas bancárias obrigatórias, esta para abrir linhas de crédito – para estimular o consumo.

Mesmo assim, Stephen Roach, economista da Universidade Yale, advertiu na ocasião que o pacote é insuficiente e que a China corre o risco de entrar num processo deflacionário devido ao crônico problema do estouro da bolha imobiliária, que desde 2021 gerou perdas de US$ 18 trilhões em riqueza das famílias chinesas, inibindo o consumo.

Roach atribuiu a hesitação do governo chinês em abrir o cofre para estimular o consumo como reflexo do impacto gerado pelo crescimento da dívida pública – hoje sob índice estratosférico de 283% em relação ao PIB, três vezes superior ao da década passada.

“O governo chinês precisa gastar com as pessoas para reanimar a procura interna; sem ela, o país caminha para a deflação, enquanto o seu enorme mercado imobiliário está sobrecarregado com habitações não vendidas e grandes pilhas de dívidas”, disse Roach.



Fonte: Neofeed

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“Nunca aposte contra a Apple”: Warren Buffett deixou de ganhar mais US$ 23 bilhões

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Tempo de Leitura:2 Minuto, 0 Segundo


Com status de lenda e conhecido por seu olhar apurado para os investimentos, Warren Buffett tem chamado mais atenção nos últimos meses pelas vendas em série de ações do Bank of America (BofA) e da Apple realizadas por sua gestora, a Berkshire Hathaway.

E até mesmo Buffett, considerado o Oráculo de Omaha por suas tacadas certeiras, não consegue acertar tudo. Uma de suas frases mais famosas, “never bet againts America” (nunca aposte contra os EUA), poderia ser parafraseada por “nunca aposte contra a Apple”.

Um cálculo do Business Insider conclui que a Berkshire Hathaway pode ter deixado de ganhar mais US$ 23 bilhões ao reduzir em 55% sua participação detida na Apple no primeiro semestre de 2024, mesmo com os papéis da companhia sendo negociados em patamares recordes.

O cálculo para chegar a esse número envolveu a diferença entre a cotação atual do papel da Apple e o preço médio ponderado contabilizado pela gestora na venda de 505,9 milhões de ações da companhia na primeira metade do ano, de cerca de US$ 186,15 por ação.

Em outra conta, a reportagem destaca que a Berkshire Hathaway iniciou 2024 com 905,6 milhões de ações da Apple, avaliadas em US$ 174 bilhões na época. Hoje, essa posição estaria avaliada em cerca de US$ 210 bilhões. A fatia atual da gestora, porém, vale US$ 84 bilhões.

O portal faz a ressalva, porém, de que é impossível saber exatamente a que preço a Berkshire Hathaway vendeu os papéis e que, por isso, se baseou no preço médio das ações no primeiro e no segundo trimestre.

Ao ressaltar que o resultado não significa necessariamente um passo em falso, o Business Insider observa que Buffett e seus pares começaram a construir a posição na Apple no primeiro trimestre de 2016, quando a empresa já ostentava o status de a mais valiosa do mundo.

As compras iniciais de ações da companhia pela gestora na época foram feitas com um preço médio estimado de compra de US$ 39,59 por ação. Desde então, os papéis da Apple acumulam uma valorização de 485%.

Os papéis da Apple fecharam o pregão desta quinta-feira, 17 de outubro, cotados a US$ 232,15 e com uma ligeira alta de 0,16%. As ações registram uma valorização de 20,6% em 2024 e a empresa está avaliada em US$ 3,5 trilhões.



Fonte: Neofeed

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