Negócios
O fiasco de Bill Ackman
Nem todo o sucesso do bilionário Bill Ackman nas redes sociais, nem um pedido inusitado de ajuda aos investidores foi capaz de levar adiante o IPO do fundo Pershing Square USA (PSUS). Pelo menos por enquanto.
Segundo comunicado divulgado na sexta-feira, 26 de julho, no site da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), a operação, prevista para ocorrer na semana que vem, foi adiada. A nova data não foi informada, nem os motivos que levaram a esta decisão.
A notícia veio após o fechamento do mercado e depois que Ackman enviou nesta semana uma carta aos investidores de sua holding, formado por instituições financeiras e indivíduos com patrimônios elevados, para que participassem do IPO.
Segundo o jornal The Wall Street Journal, Ackman escreveu que “quanto mais cedo [participassem] melhor”, para “fortalecer” a operação.
A expectativa inicial de Ackman é que fossem levantados cerca de US$ 25 bilhões, no que seria o maior IPO desde que a Saudi Aramco, a petrolífera da Arábia Saudita, conseguiu arrecadar US$ 29,4 bilhões em janeiro de 2020, quando vendeu uma fatia de seu capital social. A gestora, fundada em 2003, conta atualmente com cerca de US$ 18 bilhões sob gestão.
No entanto, diante das dificuldades, a Pershing teve que reduzir significativamente as expectativas recentemente, para entre US$ 2,5 bilhões e US$ 4 bilhões.
O gestor ativista, conhecido pelas campanhas contundentes contra empresas como a rede de fast food Wendy’s e a fabricante de suplementos alimentares Herbalife, também apostou na sua fama no X (antigo Twitter) para alavancar a operação.
Com cerca de 1,3 milhão de seguidores na rede social, em que teceu críticas a respeito dos rumos da economia dos Estados Unidos e defendeu Israel na guerra contra o Hamas, Ackman chegou a dizer em reunião com potenciais investidores que sua presença no X deve ajudar a conseguir um valuation elevado para o IPO.
A operação contava com 30 coordenadores, entre eles Citi, UBS, Bank of America (BofA). O BTG Pactual também estava atuando como um dos bookrunners no IPO do fundo, que estava em busca de investidores institucionais, sobretudo na América Latina, conforme apurou o NeoFeed.
Negócios
Wealth Point #34 – Luiz Osório, da SOMMA Investimentos, e Rodrigo Samaia, da EQI
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Negócios
UBS alerta para “águas turbulentas” no varejo. E corta em 24% o preço-alvo do setor
Câmbio depreciado, inflação elevada, juros em alta e atividade econômica mais fraca. Esse é o cenário que se desenha para o ano, impondo doses de cautela ao mercado financeiro e sugerindo um período desafiador para as empresas brasileiras.
Prevendo “águas turbulentas”, o UBS realizou um amplo ajuste para baixo de suas projeções para os resultados das principais companhias de consumo doméstico.
As estimativas médias de lucro para este ano e o próximo foram revisadas para baixo em 19%. Os analistas também reduziram as previsões de vendas em 1% e de Ebitda em 4%. Com essas novas premissas, o banco cortou em 24% o preço-alvo das ações do setor.
O UBS destacou o nível de endividamento e as posições de caixa como “temas-chave” para as empresas do segmento, diante da Selic projetada em 15%.
O relatório aponta que, embora muitas empresas tenham aproveitado a exuberância do crédito privado no último ano para reduzir spreads, alongar dívidas e melhorar a eficiência do custo de capital, taxas de juros mais elevadas deverão impactar significativamente a lucratividade das companhias mais endividadas.
Apesar da melhora na eficiência financeira, os analistas cortaram a projeção de lucro para 2025 do Magazine Luiza em dois terços, para R$ 146 milhões. O preço-alvo da varejista foi reduzido de R$ 14 para R$ 7,50, frente à cotação de R$ 6,37. A recomendação para a ação foi mantida como neutra.
“A esperada desaceleração do consumo, as condições de crédito mais restritivas e um cenário desafiador para o e-commerce devem prejudicar os resultados operacionais. Enquanto isso, taxas de juros mais altas devem aumentar a pressão sobre a rentabilidade líquida”, escreveram.
A visão também é negativa para as grandes redes de hipermercados, que estão entre as mais sensíveis à alta de juros, na avaliação do UBS. No caso do Grupo Pão de Açúcar, o banco rebaixou a recomendação para venda, com um preço-alvo de R$ 2,50, contra R$ 2,87 no último pregão.
O UBS projeta que o GPA encerrará 2025 com um prejuízo líquido de R$ 560 milhões (ante R$ 470 milhões previstos anteriormente) e 2026 com perdas de R$ 271 milhões (contra a projeção anterior de R$ 9 milhões).
Já Assaí e Carrefour devem registrar lucro, mas abaixo do esperado. No caso do Carrefour, que teve o preço-alvo cortado de R$ 9,50 para R$ 6,50, o lucro previsto para 2025 foi reduzido em 20%, para R$ 1,2 bilhão, e em 23% para 2026, para R$ 1,7 bilhão. Já as estimativas de lucro do Assaí foram cortadas em 33%, para R$ 655 milhões em 2025 e R$ 960 milhões em 2026.
Entre os destaques positivos, o Grupo Mateus deve sentir um impacto menor, devido à sua forte operação no Nordeste e à menor concorrência em suas principais regiões. O UBS projeta que a varejista manterá um crescimento acelerado, com CARG superior a 17% entre 2024 e 2028.
“O Grupo Mateus deve colher os frutos da eficiência de custos e da diluição dos investimentos logísticos realizados nos últimos anos”, aponta o relatório. A expectativa é de um aumento de 7,2% nas vendas em mesmas lojas e um lucro líquido de R$ 1,486 bilhão em 2025.
As ações do Grupo Mateus figuram entre as principais recomendações do UBS no setor, ao lado de C&A e Smart Fit, com preço-alvo de R$ 8. Para C&A e SmartFit, cujos preços-alvos são de R$ 12,50 e R$ 24, respectivamente, os analistas esperam expansão de lojas e ganhos de market share, impulsionados pela maior fraqueza de competidores.
Nos planos da Smart Fit está a abertura de mais de 300 academias neste ano, superando a marca de 2.000 unidades, como detalhou Diogo Corona, chief operating office (COO) da companhia, em entrevista recente ao NeoFeed.
Já a C&A se prepara para um novo ciclo de crescimento. O volume de investimento foi de R$ 172,1 milhões nos três primeiros trimestres de 2024. E, para 2025, a empresa espera aumentar o valor dos cheques.
Negócios
“Casamento” entre OpenAI e Microsoft está estremecido? Stargate mostrou que sim
A OpenAI e a Microsoft mantêm uma parceria de longa data, na qual a gigante de tecnologia fundada por Bill Gates destinou mais de US$ 13 bilhões ao caixa da empresa comandada por Sam Altman. Porém, a relação entre as duas companhias parece ter ficado estremecida desde a posse de Donald Trump.
O choque ocorreu após a Microsoft ficar de fora do anúncio da joint venture que reúne OpenAI, Oracle, Softbank, feito na quarta-feira, 22 de janeiro, na Casa Branca. A nova empresa, denominada Stargate, projeta investir até US$ 500 bilhões na construção de data centers para inteligência artificial nos Estados Unidos, que busca apoiar o desenvolvimento da OpenAI.
Na ocasião, Altman, Larry Ellison, CEO da Oracle, Masayoshi Son, CEO do SoftBank e o presidente americano Donald Trump discutiram os diversos destinos da inteligência artificial, que pode ser utilizada para gerar empregos e até curar o câncer, na visão dos empresários.
Naquele momento, o CEO da Microsoft, Satya Nadella, estava muito longe da Casa Branca, participando do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.
Esse, na verdade, parece ter sido apenas o estopim de uma relação que já vinha apresentando problemas nos últimos meses. De acordo com o The Wall Street Journal, as empresas vinham negociando como lidar com a demanda “insaciável” da OpenAI por poder computacional.
Para Altman, a Microsoft não conseguia mais atender essa necessidade da companhia. Porém, o acordo entre elas dificultava que a OpenAI buscasse outras alternativas.
A realidade é que, até o momento, a OpenAI depende da Microsoft para ter acesso aos data centers necessários para continuar operando o seu software de IA. Porém, o acordo entre as empresas, que foi firmado em 2019, parece estar ficando obsoleto, sem acompanhar os avanços da companhia de IA.
Outra questão é que, do lado da Microsoft, não existe exclusividade. Assim como outros gigantes do setor, a empresa aumentou seu investimento em infraestrutura de IA nos últimos anos e anunciou recentemente que gastará US$ 80 bilhões em data centers de IA neste ano fiscal. Esse valor, entretanto, será utilizado para também atender a outros clientes e parceiros além da OpenAI.
No momento, a OpenAI pede que a Microsoft permita que ela utilize outros provedores, como o Google. Por outro lado, a Microsoft insiste que essa permissão violaria o acordo de exclusividade.
Apesar de a Microsoft não ter participado do anúncio do projeto Stargate, Altman destacou que sua relação com o principal investidor da OpenAI continua boa.
Questionado no X sobre o possível fim da parceria entre as empresas, Altman escreveu: “De forma alguma! Essa será uma parceria muito importante e enorme por um bom tempo. Nós só precisamos de mais capacidade computacional.”
Do lado da Microsoft, a empresa também afirmou que a relação continua boa. Porém, Nadella declarou, em uma entrevista, que Altman quer construir modelos de IA gigantescos, enquanto a Microsoft quer se concentrar em integrá-los ao software, o que mostra dois caminhos distintos a serem seguidos.
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