Connect with us

Negócios

O poder da neutralidade: por que uma plataforma independente é essencial para a indústria fitness

Prublicadas

sobre

O poder da neutralidade: por que uma plataforma independente é essencial para a indústria fitness
Tempo de Leitura:7 Minuto, 42 Segundo


A indústria de bem-estar e fitness no Brasil está passando por uma transformação significativa. As plataformas digitais estão revolucionando o setor, tornando-o mais acessível à população em geral. Além disso, os empregadores agora percebem que oferecer planos de bem-estar é algo essencial para os colaboradores e um fator-chave para o desempenho das empresas.

Pesquisa do Wellhub mostra que 92% dos colaboradores no Brasil valorizam seu bem-estar no trabalho tanto quanto o salário, e 82% acreditam que o empregador tem responsabilidade em ajudá-los a cuidar do seu bem-estar. Isso representa uma oportunidade não só para empregadores e seus colaboradores, mas também para a indústria fitness. As vendas corporativas são uma nova e vasta fonte de receita.

Entretanto, há um ponto fundamental para a indústria levar em consideração: a importância de firmar parcerias com plataformas de bem-estar corporativo que mantenham a neutralidade. Como a principal plataforma de bem-estar corporativo no Brasil, o Wellhub atua como parceiro estratégico para mais de 30.000 academias, studios e serviços de bem-estar, conectando-os a milhares de clientes corporativos e seus milhões de colaboradores.

Criamos um ecossistema onde academias e studios podem alcançar novos usuários e gerar receita incremental do mercado corporativo. Nossa plataforma oferece aos parceiros o canal de vendas corporativas mais eficiente do setor, ajudando-os a maximizar seu potencial. Entre 2021 e 2024, o Wellhub entregou uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 75% em pagamentos aos parceiros.

O sucesso do Wellhub é construído em uma relação de confiança, e é por isso que mais de 4.000 novos parceiros aderiram à nossa rede no Brasil somente neste ano, atraídos pela oportunidade de crescimento acelerado por meio da nossa plataforma. A chave para esse crescimento está em nosso modelo: somos 100% dedicados a ajudar nossos parceiros a crescerem. Diferente de outras plataformas no mercado, o Wellhub não possui marcas próprias de academias ou studios.

Uma das principais vantagens do nosso modelo é que nós só crescemos quando nossos parceiros crescem. Essa abordagem simples, mas poderosa, garante que estejamos comprometidos com parcerias de longo prazo, onde o sucesso é uma jornada compartilhada. Por isso, investimos em nossos parceiros, impulsionando o seu reconhecimento de marca, a aquisição de novos alunos e o crescimento da receita.

Nossa plataforma oferece aos parceiros o canal de vendas corporativas mais eficiente do setor, ajudando-os a maximizar seu potencial

Academias e studios de pequeno e médio porte compõem aproximadamente 90% da base de parceiros do Wellhub no Brasil. Esses negócios contam com o ecossistema do Wellhub para competir e sobreviver em um mercado cada vez mais agressivo, onde a integração vertical e a consolidação ameaçam sua independência.

Diferente de plataformas que priorizam marcas próprias, o Wellhub está totalmente comprometido em direcionar um volume incremental de usuários e visitas aos seus parceiros. Mais de 50% dos nossos pagamentos para a indústria são direcionados para parceiros de menor porte e, como parte da nossa estratégia para aumentar o tráfego de usuários, incluímos mais de 2.500 desses parceiros em planos mais acessíveis, tornando seus serviços disponíveis a um público mais amplo.

Ao firmar parceria com o Wellhub, as academias e studios brasileiros conseguem competir com igualdade, em um campo de jogo equilibrado. Mantemos nossa neutralidade e estamos focados exclusivamente em expandir nosso ecossistema e impulsionar a indústria fitness, em vez de competir com os próprios negócios que atendemos.

Os colaboradores em nossa plataforma estão mais engajados do que nunca, e o efeito desse engajamento beneficia não apenas eles, mas também as empresas para as quais eles trabalham e os parceiros em nossa rede. Em diversos setores, vemos exemplos convincentes de como o alto engajamento na nossa plataforma resulta em colaboradores mais saudáveis, maior produtividade e melhores resultados para os negócios.

A Toro, uma das principais empresas de serviços financeiros do mercado, viu 94% de seus usuários inscritos na nossa solução de saúde emocional ativamente engajados, com 70% relatando melhorias significativas em indicadores de ansiedade

A Riachuelo, por exemplo, uma das principais varejistas do Brasil, experimentou um aumento de 355% no engajamento dos colaboradores com nossa plataforma em comparação com a solução anterior, levando a melhorias no bem-estar e redução do absenteísmo. A Toro, uma das principais empresas de serviços financeiros do mercado, viu 94% de seus usuários inscritos na nossa solução de saúde emocional ativamente engajados, com 70% relatando melhorias significativas em indicadores de ansiedade. Essa participação elevada se traduz diretamente no sucesso dos nossos parceiros, com mais colaboradores adotando as ofertas de fitness e bem-estar, aumentando as visitas, o crescimento da receita e a lealdade de longo prazo às academias, studios e serviços de bem-estar em nossa rede.

O Poder da Neutralidade: Empoderando Empreendedores de Bem-Estar e Fomentando um Ambiente Competitivo

O Brasil apresenta desafios únicos para empreendedores da indústria fitness e de bem-estar, onde um grande player do segmento low-cost detém a maior parte do mercado, frequentemente ofuscando os concorrentes.

O Wellhub trabalha para equilibrar o campo de jogo, permitindo que pequenas e médias empresas possam competir de forma eficaz e prosperar nesse cenário. Segundo o SEBRAE, metade das micro, pequenas e médias empresas do setor fitness do Brasil fecha nos primeiros cinco anos. Essa tendência é observada entre os parceiros do Wellhub, com 3.300 academias e studios da nossa rede tendo fechado as portas em 2023.

Para evitar conflitos de interesse e focar inteiramente no sucesso dos nossos parceiros, o Wellhub optou por não possuir academias ou studios próprios, operando com total neutralidade. Essa escolha estratégica permite ao Wellhub se concentrar exclusivamente em ajudar nossos parceiros a crescer, garantindo que possamos direcionar todos os recursos para fortalecer o ecossistema e apoiar as ofertas únicas dos nossos parceiros, em vez de priorizar nossa rede própria em detrimento dos negócios que nós servimos.

A independência do Wellhub impede que nossos parceiros sejam usados apenas para gerar insights de mercado para fortalecer as operações de nossas marcas próprias, ou, em última instância, levados a fechar as portas.

Em 2022, o Wellhub assinou um acordo formal com o CADE, visando garantir que nossas ações estejam alinhadas com as diretrizes antitruste do Brasil, conforme esperado pela autoridade regulatória. Esse acordo reforça nosso compromisso em oferecer um ambiente justo, transparente e competitivo para todos os parceiros.

Diferente de modelos que dependem da expansão de suas redes próprias de academias ou studios, o Wellhub está comprometido em fomentar um ambiente equilibrado e competitivo. Graças à eficiência do nosso canal de vendas corporativas, trazemos visibilidade e engajamento aos nossos parceiros de toda a indústria fitness, ajudando-os a acessar novos públicos e crescer de forma sustentável. Nossa abordagem está centrada em apoiar uma rede aberta e inclusiva que prioriza a diversidade e o sucesso de longo prazo da indústria.

Na IHRSA deste ano, a maior feira fitness da América Latina, conversamos com diversos parceiros sobre sua decisão de ingressar na nossa plataforma. Muitos destacaram que, além do benefício estratégico de fornecer serviços de bem-estar através de um modelo exclusivamente B2B—trazendo novos usuários e gerando receita incremental—nossa neutralidade foi um fator decisivo.

O Wellhub assinou um acordo formal com o CADE, visando garantir que nossas ações estejam alinhadas com as diretrizes antitruste do Brasil, conforme esperado pela autoridade regulatória

Por exemplo, a Mr. Move, uma rede de cinco unidades em Minas Gerais, compartilhou que o Wellhub tem sido essencial para escalar seu negócio, aumentando a visibilidade da marca, atraindo novos usuários e proporcionando resultados financeiros expressivos. Além disso, ajudamos a competir em pé de igualdade contra uma grande rede que entrou na região abrindo várias unidades e concentrando participação de mercado.

De forma semelhante, a Run2Fit, uma rede com duas unidades em São Paulo, está ampliando uma unidade para 1.600 metros quadrados para atender à crescente demanda. Com uma parcela significativa dos membros oriunda do Wellhub, a academia espera atingir a marca de 2.000 usuários, e destaca o nosso papel em apoiar o crescimento sustentável e o senso de comunidade dos seus alunos. A parceria com o Wellhub proporciona previsibilidade de receita que reforça o investimento na expansão.

Pietro Carmignani, Vice-Presidente Executivo de Parcerias do Wellhub

A BioFisic, também de Minas Gerais, está abrindo seis novas unidades até o final do ano e atribui seu rápido crescimento de capacidade em novas unidades ao fluxo constante de usuários do Wellhub.

Enquanto isso, o Estúdio Qualivida, um estúdio de personal trainer e Pilates com 14 unidades no Rio de Janeiro, atribui uma parcela significativa de sua base de usuários ao Wellhub. Além de impulsionar a aquisição de clientes para novas unidades, a parceria ajuda o Qualivida a rivalizar com redes maiores, permitindo que os membros treinem em várias unidades, o que também impulsiona sua estratégia de expansão.

O Wellhub opera um ecossistema onde todos ganham. Os líderes de RH podem facilmente fornecer uma solução abrangente de bem-estar, os colaboradores têm opções flexíveis e acessíveis, e os parceiros de bem-estar ganham acesso a milhões de novos clientes em potencial. É uma situação ganha-ganha-ganha para os empregadores, colaboradores e a indústria fitness do Brasil.

*Esse artigo foi escrito por Pietro Carmignani, Vice-Presidente Executivo de Parcerias do Wellhub



Fonte: Neofeed

Negócios

O grande teste de Gabriel Galípolo no Banco Central será em 2026, preveem ex-diretores do BC

Prublicadas

sobre

gabriel galípolo banco central do brasil
Tempo de Leitura:4 Minuto, 52 Segundo


Mesmo assumindo a presidência do Banco Central em meio a uma crise cambial, com desancoragem de inflação e pessimismo do mercado financeiro quanto à política fiscal do governo, o grande teste do novo presidente do BC, Gabriel Galípolo, não ocorrerá este ano, mas sim em 2026.

Essa e outras previsões foram feitas por três economistas especializados em política monetária e com passagem pelo BC em diferentes épocas – Rodrigo Azevedo, Carlos Viana de Carvalho e Bruno Serra –, que participaram na terça-feira, 28 de janeiro, do LAIC2025, evento promovido pelo banco UBS.

“Não espero mudança relevante nesse começo de mandato do Galípolo no BC, a inflação está pressionando a popularidade do presidente e ele deve ter apoio para fazer o que precisa” afirma Azevedo, co- CIO da Ibiuna Investimentos, referindo-se ao fato de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter nomeado Galípolo para o cargo.

“O mandato dele, porém, impõe desafios, e o maior deles não será este ano e sim o de conduzir a política monetária num período eleitoral radicalizado. Por isso, o grande teste de Galípolo será em 2026”, acrescentou Azevedo, que foi diretor de Política Monetária do Banco Central entre 2004 e 2007.

Um dado que chama a atenção, segundo ele, é o fato de a inflação permanecer em elevação mesmo com juro real batendo próximo de 10%. Azevedo lembra que o descolamento de expectativa de inflação entre a última reunião do Copom, em dezembro do ano passado, e a próxima, que será na quarta-feira, 29 de janeiro, foi o mais elevado desde que o sistema de metas de inflação foi criado, em 1999.

“Estamos num ambiente em que estamos perdendo a âncora nominal”, adverte o CIO da Ibiuna, lembrando que, embora esteja vendo sinais de desaceleração da economia, se diz cético quanto à possibilidade trazer a inflação de volta à meta, pois o BC aumenta os juros e a inflação não cai.

“Neste ambiente, o tamanho da recessão que precisa ser criada para baixar a inflação é gigantesco. A dúvida é se o governo está disposto a pagar esse preço num ano eleitoral – sendo que o próprio presidente diz que ‘já estamos em 2026’. Por isso, não acredito nessa possibilidade”, reforça Azevedo.

Bruno Serra, que foi diretor de Política Monetária do BC entre 2019 e 2023 e hoje lidera o fundo multimercado Itaú Janeiro, elogiou os movimentos de Galípolo durante a transição no Banco Central, facilitada pelo apoio do agora ex-presidente Roberto Campos Neto.

“Quem imaginaria um ajuste de três pontos percentuais na taxa de juros em três reuniões lideradas por Galípolo, indicado pelo atual governo?”, questionou, citando a última reunião do Copom – embora sob a presidência de Campos Neto, comandada por Galípolo – e o anúncio de que novos ajustes, de 1 pp cada, que vão ocorrer nas duas próximas.

Segundo Serra, o presidente do BC, com esse movimento, neutralizou a desconfiança do mercado de que poderia colocar os juros no nível necessário para trazer a inflação para baixo e ganhou tempo para executar a política monetária sem essa pressão.

O problema é daqui para frente, num cenário com o maior juro real em 20 anos, inflação em elevação, de 5,5% em 2025, e Selic a 15% ao ano. Ressaltando que não dá para dizer que a política monetária não está apertada, Serra observa que a política fiscal, que foi expansionista desde a posse do atual governo, começou a mudar de direção no segundo semestre de 2024.

“A política fiscal está perto da neutralidade. Por isso, o BC precisa ter calma em manter o juro apertado por um bom tempo em torno de 15%, principalmente por causa da proximidade do cenário eleitoral”, sugere Serra.

Impactos políticos

Carlos de Carvalho, chefe de pesquisa da Kapitalo Investimentos, ainda tem dúvidas se a economia vai desacelerar rapidamente, tendo em vista o surpreendente crescimento dos últimos anos, não previsto pelos economistas.

Mas, segundo ele, o choque de confiança ocorrido no fim do ano passado, com valorização do câmbio, perdas de condições financeiras e o cenário de aperto do crédito associado ao crescimento da inflação, devem levar à redução do ritmo de crescimento.

“O grande tema neste cenário são os impactos políticos dessa mudança”, adverte Carvalho, que foi diretor de Política Econômica e, depois, de Política Monetária do BC, entre 20016 e 2019.

Isso porque o mesmo governo agora pressionado estava no poder no melhor momento da economia em muito tempo, entre o fim de 2023 e início de 2024, com crescimento de 3% ao ano e inflação que chegou a rodar abaixo de 3%.

“A popularidade do governo vai sofrer, o que deve gerar novas reações de políticas fiscais e parafiscais para reverter essa crise de popularidade, o que é preocupante por conta dessa resposta à desaceleração da economia que é necessária para conter a inflação”, diz

Carvalho faz uma previsão do cenário futuro diante da política fiscal atual, incompatível com a estabilidade da dívida pública – o que fragiliza a política monetária do BC.

“A grande dúvida até o final do atual mandato do presidente Lula é como ele vai reagir à piora da economia e também do índice de popularidade”, afirma. Segundo ele, se houver uma certeza de que haverá mudança de política econômica – seja por parte do governo no mandato seguinte ou com eleição de novo presidente –, os mercados vão se animar.

“Num cenário de continuidade da atual política econômica, com a reeleição, por exemplo, o cenário vai certamente piorar”, adverte Carvalho. Um cenário intermediário seria com o governo acreditando que vai ganhar e o mercado apostando numa derrota eleitoral em 2026.

“Mesmo assim é difícil imaginar como os preços vão se comportar, de qualquer forma a tendência é que a economia piore, com aumento de prêmios e estresse, a não ser que uma derrota eleitoral do governo fique bem clara.”



Fonte: Neofeed

Continue Lendo

Negócios

Para Stuhlberger, Trump “afinou” para a China

Prublicadas

sobre

Para Stuhlberger, Trump “afinou” para a China
Tempo de Leitura:3 Minuto, 44 Segundo


Se durante a campanha eleitoral o então candidato à Casa Branca, Donald Trump, colocou a China como principal alvo comercial, como presidente, ele tem adotado um tom mais “amigável”. O próprio Trump afirmou que sua última conversa com o líder chinês, Xi Jinping, foi positiva e declarou que “preferiria” evitar imposições de tarifas ao país asiático, manifestando esperança em chegar a um acordo.

Esse novo tom de Trump com a China é um indicativo, segundo Luis Stuhlberger, sócio-fundador da Verde Asset, com R$ 19 bilhões sob gestão, de que Trump “afinou” diante da China.

“Os quatro principais mandatos de Trump são desregulação, anti-woke, imigração e tarifas. Acho que, nas três primeiras, ele segue a linha prometida na campanha. Mas, claramente, ele está repensando sua agenda tarifária. Isso foi uma grande surpresa, pelo menos para o que o mercado estava precificando”, disse Stuhlberger, durante um evento promovido pelo UBS. “Claramente, ele afinou para a China. Pode demorar, mas deve sair um acordo.”

Stuhlberger acredita que Trump tem usado as ameaças tarifárias como instrumento de negociação e alerta que o mercado não deveria reagir impulsivamente às publicações do presidente nas redes sociais. “Não queira operar olhando para os posts dele. Curiosamente, o Trump está postando essas coisas mais para o fim do dia. Não sei se ele foi aconselhado sobre o impacto que isso tem no mercado.”

O gestor também considera possível que Trump opte por igualar as tarifas aplicadas a outros países antes de ampliar as cobranças sobre produtos chineses. Apesar de avaliar que a economia chinesa está “ferida” devido ao alto endividamento dos setores público e privado, ele acredita que a China tem capacidade para impor retaliações significativas à economia americana.

“A China não é uma potência capaz de ameaçar a hegemonia americana, mas pode criar muitos problemas na cadeia de suprimentos dos Estados Unidos.”

Entre os itens em negociação, segundo Stuhlberger, estaria a venda das operações americanas do TikTok e, principalmente, de seus algoritmos.

“É o que Donald Trump mais quer. Tirar o TikTok seria impopular, mas a China teria que abrir mão do algoritmo. Isso é muito relevante, considerando que o Partido Republicano é muito mais eficiente em redes sociais do que os democratas. Para Trump, isso é crucial.”

A segunda prioridade de Trump, na visão do gestor, seria encerrar a guerra entre Ucrânia e Rússia, que tem custado bilhões aos cofres americanos. “O fim da guerra resultaria em uma queda significativa no preço do petróleo, jogando a inflação para baixo”, afirmou. “Sem isso, dificilmente haverá tarifas amplas envolvendo questões de segurança nacional.”

Stuhlberger projeta que Trump pode iniciar os esforços tarifários por países como Canadá e México, que têm menor poder de negociação em comparação com a China. “Trump é como o cara que entra em um bar à noite e procura o mais fraco para brigar. Ele não vai enfrentar o lutador de jiu-jitsu. Esse fica para depois.”

Apesar disso, o gestor não acredita em uma elevação expressiva das tarifas, devido aos potenciais efeitos inflacionários e ao fato de que muitas empresas americanas dependem da fabricação em países como o México. “Duvido que cheguem a 25%, porque a tarifa, de certa forma, é um tiro no pé. No final, você teria mais inflação e juros mais altos.”

Pessimista com o Brasil

Embora o embate entre Estados Unidos e China seja estratégico e impacte a economia global, Stuhlberger também expressa preocupação com os desafios internos do Brasil.

Pessimista com os rumos da economia brasileira, ele não acredita em uma mudança significativa na política fiscal, que avalia como o maior erro dos primeiros anos do atual governo. ”O governo turbinou a economia com essa expansão de gastos. Quando crescemos acima do potencial, a inflação aparece. Essa história é como um piquenique à beira do vulcão.”

Para Stuhlberger, as variáveis macroeconômicas são preocupantes devido à deterioração da dívida pública. “Nunca estivemos tão próximos de uma situação como a atual. Na crise da Dilma [Rousseff], a dívida era 60% do PIB. Vamos encerrar este governo com 85%.”

Apesar do cenário desafiador, o gestor destacou a transição de comando no Banco Central como uma surpresa positiva. “Foi muito bem feita. Jamais imaginei isso em setembro do ano passado.”

No entanto, Stuhlberger não considera o assunto encerrado, avaliando que a independência do Banco Central será testada quando a atividade econômica desacelerar e o tema se tornar político. “Pelo menos nos próximos meses, teremos alguma tranquilidade com o Banco Central.”



Fonte: Neofeed

Continue Lendo

Negócios

A previsão de Nassim Taleb: “Queda da Nvidia é somente o começo do que vem por aí”

Prublicadas

sobre

A previsão de Nassim Taleb:
Tempo de Leitura:3 Minuto, 10 Segundo


Após o tombo histórico que as ações da Nvidia tomaram na segunda-feira, 27 de janeiro, os investidores e analistas estão “lambendo as feridas” nesta terça-feira, 28 de janeiro, tentando entender o que aconteceu e como seguir apostando, ou não, na tese da inteligência artificial (IA).

Para Nassim Nicholas Taleb, porém, o cenário é bastante claro: a brutal queda das ações da queridinha de Wall Street é apenas um ensaio do que virá por aí para quem investiu cegamente em teses ligadas à IA.

“Este é o começo”, disse Taleb em entrevista à Bloomberg News. “É o começo do ajuste das pessoas à realidade. Porque elas agora perceberam que não é [uma tese] sem falhas. Há uma pequena rachadura no vidro.”

Segundo o autor do livro “A lógica do cisne negro”, as quedas podem ser duas até três vezes maiores do que o recuo de 17,5% registrado ontem pelos papéis da Nvidia. O tombo aconteceu após a startup chinesa DeepSeek anunciar um modelo de IA generativa que obtém os mesmos resultados que a OpenAI, mas com custos muito menores.

O movimento resultou numa perda de quase US$ 600 bilhões em valor de mercado, a maior já registrada em um único dia. As ações da Nvidia acumulavam, desde 2022, uma alta de 482%, o que fez ela se tornar a empresa a mais valiosa do mundo – a Nvidia perdeu o trono para a Apple, caindo para a terceira posição, com market cap de US$ 3 trilhões.

Na entrevista, Taleb afirmou que os investidores acreditavam que as ações da Nvidia continuariam subindo, avaliando que os microprocessadores da companhia seriam indispensáveis para o avanço da IA.

Para o ensaísta e ex-operador de opções, a reação do mercado vista ontem foi, na verdade, bem pequena, diante dos riscos presentes na indústria de tecnologia. Taleb afirmou também que muitos investidores têm inflacionado os preços das ações de empresas ligadas ao tema da IA sem conhecer adequadamente a tecnologia.

As declarações de Taleb se juntam a de outros gestores renomados, que demonstram receio sobre a IA estar provocando uma bolha no mercado dos Estados Unidos. Um deles foi Ray Dalio, fundador da Bridgewater Associates, um dos maiores fundos de hedge do mundo, com mais de US$ 150 bilhões em ativos sobre gestão.

Para ele, o mercado está bem parecido com que se via em 1998, em referência ao período da bolha da internet, quando houve um frenesi em torno de ações de tecnologia, internet e e-commerce.

Dalio afirmou que o mercado está muito dependente das ações das chamadas Magníficas Sete, grupo composto por Meta, Apple, Amazon, Alphabet, Nvidia, Tesla e Microsoft, que estão em patamares “muito caros”.

Antes dele, Howard Marks, cofundador da Oaktree Capital, gestora que conta com US$ 205 bilhões em ativos sob gestão, soltou um memorando sobre o momento atual e os paralelos com a bolha da internet.

Segundo ele, o mercado voltou a demonstrar otimismo excessivo com a novidade da vez – nos anos 2000 foram as primeiras empresas ligadas à internet e agora é com a IA. Isso resulta em FOMO, fear of missing out, o “medo de ficar de fora”, distorcendo o preço dos ativos.

Marks citou ainda o fato de o valuation das empresas do S&P 500 estar acima da média e que muitas companhias estão sendo negociadas a múltiplos maiores do que seus pares internacionais.

Mas, se a queda vista ontem ligou o sinal de alerta entre muitos investidores, alguns conseguiram lucrar com o movimento. Aqueles que operam vendidos nos papéis da Nvidia tiveram um ganho coletivo de mais de US$ 6 bilhões, segundo levantamento da consultoria de dados Ortex.

Por volta das 17h07, as ações da Nvidia recuperavam parte da perda e subiam 7,14%, a US$ 126,88.



Fonte: Neofeed

Continue Lendo

Popular