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O trabalho presencial voltou com força (pelo menos nos Estados Unidos)

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O CEO do J.P. Morgan, Jamie Dimon, é o caso mais recente de liderança a “rasgar o verbo” contra o trabalho remoto, mas ele não é o único. A fila de executivos e empresas a preferir o trabalho presencial vem aumentando. E fazem parte dela Amazon, Disney, Dell, BlackRock entre outras que têm exigido o retorno total ou parcial aos escritórios.

Um estudo da consultoria McKinsey mostra que esse movimento aconteceu de forma acelerada ao longo de 2024. O levantamento realizado nos Estados Unidos com 8.426 funcionários de 15 setores, divulgado na sexta-feira, 14 de fevereiro, mostrou que o trabalho 100% presencial dobrou ao longo do ano passado, chegando a atingir 68% das companhias.

Os setores de varejo, farmacêutico e de saúde foram os responsáveis pelo maior crescimento. No varejo, o avanço foi de 54 pontos percentuais (p.p.) para 87% dos negócios. O farmacêutico, por exemplo, que tinha uma adoção baixa, cresceu 40 p.p. e chegou a 58%.

De acordo com o estudo da McKinsey, apenas 15% dos trabalhadores se mantém no modelo híbrido, enquanto 17% continuam trabalhando exclusivamente em home office.

Porém, as empresas estão endurecendo as regras para a volta do trabalho presencial, inclusive com um maior monitoramento sobre os dados para avaliar desempenho e remuneração. No Lloyds, o modelo de trabalho continua sendo híbrido, mas a frequência no escritório dos funcionários seniores vai ser determinante para o tamanho do bônus.

De maneira prática, isso representa uma operação logística bastante complexa para as empresas, que em grande parte se desfizeram de seus espaços físicos em 2020. A realidade é que, na maioria dos escritórios, não existe lugar para todos os funcionários, segundo o Wall Street Journal (WSJ).

Na própria Amazon, a decisão de trazer todos os funcionários de volta ao escritório precisou ser adiada em alguns locais como Houston, Atlanta e Nova York, por falta de espaço para acomodá-los. Em um mundo que foi para casa na pandemia, esse é o desafio da volta diária aos escritórios.

O que motiva a volta ao presencial?

Segundo o levantamento da McKinsey, a maior força para esse retorno presencial vem dos líderes seniores, que efetivamente sentem que esse formato resulta em mais eficiência, tanto para os trabalhadores quanto para a empresa como um todo.

Para 34% dos trabalhadores presenciais, isso é uma verdade. Porém, 29% daqueles que trabalham remotamente e 28% dos que estão no formato híbrido afirmam que se esforçam mais em cada um dos modelos que estão inseridos hoje.

“Os resultados mostram que não há um modelo de trabalho claramente superior quando se trata de proporcionar uma boa experiência ao funcionário e altos níveis de produtividade”, afirmou a empresa.

“Funcionários presenciais, remotos e híbridos relatam, em sua maioria, níveis semelhantes de intenção de pedir demissão, burnout, esforço e satisfação”, complementa o relatório.

Os profissionais se mostram, em sua maioria, satisfeitos com o modelo em que estão atualmente. Para quem está no formato híbrido ou 100% presencial, oito em cada dez trabalhadores estão satisfeitos, em comparação aos nove em cada dez funcionários remotos.

“Essas são, em geral, boas notícias para as organizações. No entanto, níveis persistentes de insatisfação entre os funcionários ainda são evidentes — e o modelo de trabalho, por si só, não está resolvendo o problema”, mostra a pesquisa da McKinsey.

No Brasil, a situação ainda é um pouco diferente. De acordo com uma pesquisa divulgada em janeiro deste ano pela empresa de benefícios Swile, que ouviu 800 organizações, 33% das empresas estavam operando em regime 100% presencial, enquanto 32% optavam pelo modelo híbrido. O home office responde por 13% do mercado.



Fonte: Neofeed

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O duro recado da Gerdau ao governo brasileiro sobre o aço da China

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Gerdau aços (Foto: Divulgação)
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Maior empresa produtora de aço no Brasil, a Gerdau cobrou o governo brasileiro para adotar de forma rápida medidas mais duras de defesa à indústria nacional, a exemplo do que fez o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em taxar em 25% o aço importado.

Para a Gerdau, não há ação efetiva do Brasil para frear a entrada do aço da China no mercado nacional. A companhia inclusive deu prazo para aguardar o posicionamento do governo de Luiz Inácio Lula da Silva antes de repensar o volume de investimentos no País: fim do primeiro trimestre.

“O tempo está passando e a gente precisa confirmar ou não os investimentos dos próximos anos”, diz Gustavo Werneck, CEO da Gerdau. “Esse é o prazo importante para que gente perceba movimentos do governo para evitar essa competição desleal.”

O problema, segundo Werneck, é que não há, no horizonte, alguma iniciativa prática em andamento para minimizar o impacto da presença do aço estrangeiro no Brasil, a um custo menor do que o produzido no País.

“É frustrante ver que o governo brasileiro não é célere para tomar medidas de defesa comercial”, afirma Werneck. “Temos quatro ou cinco semanas para buscar uma solução.”

O alerta está no aumento significativo da presença do aço importado no Brasil. Segundo a Gerdau, o volume do produto vindo do exterior corresponde hoje a um índice próximo a 20%, quase o dobro do que representava historicamente, quando alcançava 10%. Do total importado, quase 70% vêm da China.

“Não dá para competir com um aço importado, com preço menor do que nosso custo. Não dá para competir. São claros descumprimentos do que preconiza a Organização Mundial do Comércio (OMC)”, diz Werneck. “Por isso que países como os Estados Unidos têm sido pragmáticos em adotar essas medidas de defesa comercial.”

O CEO da Gerdau subiu ainda mais o tom quando disse que a indústria precisa é de um governo que garanta sua defesa e não a proteção. “Proteção dá a ideia de alguém que é ineficiente, que precisa de ajuda. Não quero proteção de nada. Temos 124 anos de história e todos os dias pensamos em competitividade”, afirma. “O que quero é condição isonômica.”

Em 2024, o Brasil implementou cotas de importação de produtos ligados ao aço, mas, segundo a empresa, as medidas prejudicaram a competição no mercado nacional e afetaram as receitas das empresas, inclusive a Gerdau.

Segundo Werneck, sob impacto das iniciativas insuficientes do governo, a Gerdau decidiu hibernar, em maio do ano passado, a unidade de Barão do Cocais, em Minas Gerais.

“Essa usina não conseguia produzir mais. A gente se viu com a necessidade de passar esse volume para outras unidades, para poder melhorar nossa equação de custos”, afirma. “Isso aconteceu porque o Brasil não toma as medidas adequadas.”

Para o CFO da companhia, Rafael Japur, isso significa que a empresa poderia ter um acréscimo de 10% no volume de vendas de aço no Brasil, se essa competição, na avaliação da empresa, fosse mais leal. “Se não fosse esse volume de penetração de aço importado, que dobrou de tamanho, poderia vender mais”, diz. “Poderíamos ter produzido 10% a mais a gerado muito mais empregos.”

Em um cenário desafiador, a empresa inaugura, em março, um laminador de bobinas a quente em Ouro Branco (MG), que vai aumentar a capacidade de laminação de 250 mil toneladas de aços planos para a Gerdau. O CEO, no entanto, reconhece a dificuldade de ampliação de mercado.

“A gente vai começar a operar esse laminador com dificuldade de vender, por estar entrando produto importado no Brasil. E o que vamos fazer? Deixar um equipamento novinho parado? Esse é o dilema que estamos enfrentando”, afirma Werneck.

Cenário favorável

Nos Estados Unidos, o cenário é diferente para a Gerdau. A empresa aposta na utilização da capacidade ociosa de produção de 30% na unidade local para ampliar sua presença no mercado norte-americano. Isso poderia representar um aumento de volume de 1 milhão de toneladas de aço por ano.

“Essa capacidade ociosa nos ajuda a diluir nossos custos e ser mais competitivos. A gente espera produzir mais nos Estados Unidos e melhorar nossos resultados”, diz o CEO.

Em 2024, a siderúrgica investiu R$ 6,2 bilhões, sendo 46% em manutenção e 54% em projetos de expansão, além de atualização tecnológica. Para este ano, estão previstos aportes de R$ 6 bilhões.

Se há desafios para serem enfrentados, a companhia também demonstra confiança em seu próprio crescimento. No ano passado, a siderúrgica destinou aos acionistas, por meio de dividendos, R$ 1,7 bilhão para a Gerdau S.A. e R$ 461 milhões aos donos de ações da Metalúrgica Gerdau S.A.

Também em 2024, a empresa realizou a recompra de 69,8 milhões de ações ordinárias e presenciais, representando 3,4% das ações. Para este ano, estão previstas recompras equivalente a 3,2%.

A receita líquida da companhia em 2024 fechou a R$ 67 bilhões, queda de 2,7% sobre 2023. O lucro líquido alcançou R$ 4,3 bilhões, queda de 37,5%.

Os papéis da empresa na B3 registraram queda de 4,04% em 12 meses. A empresa está avaliada em R$ 34,7 bilhões.



Fonte: Neofeed

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Na Vale, Gustavo Pimenta começa a imprimir seu estilo

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gustavo pimenta vale ceo
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Em sua segunda apresentação de resultados desde que assumiu o comando da Vale, Gustavo Pimenta anunciou uma redução de investimentos, sem cortar projetos, um dividendo extraordinário e mais um programa bilionário de recompra de ações. As ações sobem mais de 2% no pregão desta quinta-feira, 20 de fevereiro.

Ao mesmo tempo, nesses cinco meses à frente da mineradora, Pimenta conseguiu tirar da frente três ruídos (ou overhangs, no jargão do mercado) que afetavam a Vale.

O primeiro deles era a relação com o governo federal, estremecida diante da insistência do presidente Lula e sua equipe de ter mais influência na companhia. Esses eram pontos essenciais para lidar com outras duas questões relevantes: o acordo de indenização da tragédia de Mariana e a repactuação dos contratos de concessão de ferrovias.

Em três meses, os três pontos ganharam encaminhamento. Pimenta e sua equipe conseguiram azeitar as relações com o governo Lula, a ponto do presidente afirmar, na semana passada, que o “clima desagradável” estabelecido pela gestão anterior está superado.

A situação ajudou a fechar o acordo de R$ 170 bilhões para lidar com as demandas do rompimento da barragem de Fundão, em 2015, e a renovação dos contratos da Estrada de Ferro Carajás (EFC) e da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), num acordo de R$ 17 bilhões.

Com essas questões para trás, Pimenta agora concentra suas atenções nas operações e no equilíbrio financeiro. Segundo o CEO da Vale, o foco da companhia no médio e longo prazo é garantir eficiência operacional, com estabilidade da produção, controle na alocação de capital e nos custos.

“No quarto trimestre, temos bons resultados para todos os indicadores, que vieram melhores do que vínhamos inicialmente indicando”, disse Pimenta, na quinta-feira, 20 de fevereiro, em entrevista após os resultados trimestrais e de 2024.

Tanto que a Vale anunciou um dividendo de US$ 2 bilhões, sendo que 25% desse valor é extraordinário, ou seja, está acima da política estabelecida pela Vale. A mineradora aprovou também um novo programa para aquisição de até 120 milhões de ações ordinárias em um prazo de 18 meses. O programa representa cerca de 3% do número de ações em circulação pode movimentar quase R$ 7 bilhões.

Pimenta e Marcelo Bacci, CFO da Vale, destacaram medidas tomadas nos últimos anos para otimizar o portfólio. Especialmente na parte dos custos, ponto que a companhia pretende prestar bastante atenção, em um momento em que a guerra comercial entre China e Estados Unidos traz dúvidas sobre os preços das commodities.

O custo C1, que considera o custo de transporte da mina até o porto, recuou 9% no quarto trimestre, em base anual, situação que ajudou a compensar em parte a queda das vendas de minério de ferro, segundo analistas. “A Vale veio nos últimos anos reconstruindo a capacidade de entregar aquilo que promete”, disse Bacci.

Pimenta disse que a ideia é seguir ajustando a operação, ao mesmo tempo em que segue na entrega de projetos estratégicos já divulgados.

Entre eles estão os mega hubs (complexos industriais voltados à fabricação de produtos siderúrgicos de baixo carbono), um deles na Arábia Saudita, além do investimento de R$ 70 bilhões em Carajás para fortalecer a produção de minério de ferro e expandir a produção de cobre. “Nosso lema tem sido entregar os compromissos que a gente assume quando vem a público”, afirmou o CEO.

Na parte de alocação de capital, um dos pontos destacados foi a questão do capex. A Vale anunciou uma redução nos investimentos para 2025, de US$ 6,5 bilhões para R$ 5,9 bilhões. Bacci afirmou que a revisão ocorreu por conta de um “pente fino” feito nos projetos, que resultou numa redução dos custos.

“Vimos o que poderia ser feito em termos de otimização”, disse. “Isso não significa que a Vale vai investir menos em termos de escopo, vai fazer menos coisas. Vamos fazer as mesmas coisas previstas de uma maneira mais eficiente.”

Os executivos também falaram sobre a possibilidade de a Vale partir para aquisições, na esteira das notícias sobre a venda da Bamin, projeto de minério de ferro na Bahia colocado à venda e que a Vale supostamente tem interesse.

Segundo Pimenta, a empresa possui projetos relevantes para serem desenvolvidos, com grande potencial minerário e grande potencial de retorno, como é o caso de Carajás, no Pará. “Preferimos alocar capital nesse modelo, mas isso não significa que não vamos olhar para projetos que possam gerar valor”, disse.

Especificamente sobre Bamin, Pimenta disse que é um projeto relevante e que a empresa “olha todos os projetos [de minério de ferro] que estão em desenvolvimento”, mas que ainda é preciso mais estudos. “Estamos nessa etapa, diria que é cedo para dizer se é um projeto que vamos seguir adiante”, afirmou.

A Vale fechou o quarto trimestre com um prejuízo líquido atribuível de US$ 694 milhões (R$ 4 bilhões), revertendo o lucro do mesmo período de 2023. No ano, o lucro caiu 23%, para US$ 6,1 bilhões (R$ 35,1 bilhões).

A receita no trimestre caiu 22%, para US$ 10,1 bilhões (R$ 57,7 bilhões), e recuou 9% no ano, a US$ 38 bilhões (R$ 217 bilhões). O Ebitda ajustado recuou 41% no quarto trimestre, para R$ 3,8 bilhões (R$ 21,6 bilhões) e caiu 20% em 2024, para US$ 14,8 bilhões (R$ 84,6 bilhões).

Por volta das 15h33, as ações da Vale subiam 2,62%, a R$ 57,15. Em 12 meses, os papéis caem 13,42%, levando o valor de mercado a R$ 259,4 bilhões.



Fonte: Neofeed

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Jeff Bezos leva espião britânico “para casa” e Amazon assume controle criativo de 007

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Jeff Bezos leva espião britânico
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A Amazon MGM Studios informou ao mercado  que adquiriu os direitos criativos da franquia de filmes de ação 007, do famoso James Bond. O negócio foi realizado por meio de uma joint venture com a família Broccoli, produtora original da saga.

Desta forma, a franquia, lançada em 1962, continua pertencendo aos irmãos Barbara Broccoli e Michael Wilson, que disputaram até o último minuto o controle criativo do 007 com a Amazon. Os dois participaram do anúncio ao lado da nova dona criativa.

Agora, a Amazon ficará responsável pelos direitos de propriedade intelectual da franquia, que conta com 24 filmes. A empresa de Jeff Bezos terá o controle sobre a escolha do próximo ator a interpretar o papel de Bond, quem escreverá o roteiro e quando o filme começará a ser produzido.

“Quem vocês escolheriam como o próximo Bond?”, perguntou Bezos, em uma postagem nas redes sociais.

A decisão colocou um ponto final na disputa que já se estendia por mais de três anos, quando a Amazon adquiriu a MGM por US$ 6,5 bilhões e então recebeu o direito de lançar os filmes 007 em suas plataformas.

“Com minha carreira em 007 se estendendo por quase 60 anos, estou me afastando da produção dos filmes de James Bond para focar em projetos artísticos e filantrópicos”, disse Wilson no comunicado. “Barbara e eu concordamos que é hora de nosso parceiro de confiança, Amazon MGM Studios, levar Bond para o futuro.”

Para a Amazon, a novidade é positiva, já que a franquia acumula US$ 8 bilhões em bilheteria global desde o seu lançamento, o que pode levar maior tração para o serviço de streaming Prime Video, que já conta com o portfólio de 4 mil filmes e 17 mil séries provenientes do MGM.

Ao longo dos anos, diversos especialistas e amantes dos filmes se manifestaram sobre a briga pelos direitos e o que isso significaria para a franquia em si. Em 2021, John Logan, roteirista de 007 Operação Skyfall e 007 Contra Spectre, afirmou que o sucesso de Bond se baseava no cuidado da família Broccoli com o filme.

“O que acontece se uma corporação tão agressiva como a Amazon começar a exigir voz no processo?”, questionou Logan em uma matéria ao The New York Times. Essa pergunta será respondida em breve.



Fonte: Neofeed

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