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Oswald de Andrade, o “mau selvagem” do biógrafo Lira Neto

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Oswald de Andrade, o
Tempo de Leitura:6 Minuto, 8 Segundo


O jornalista Lira Neto tinha entre 18 e 19 anos quando leu Pronominais, de Oswald de Andrade, e o impacto foi imediato. O poema, que celebra o português das ruas e desafia as normas rígidas da gramática, ressoou naquele jovem aspirante a poeta em Fortaleza, no fim dos anos 1970 e início de 1980.

“Fiz parte da chamada ‘geração mimeógrafo’, que escrevia poemas alternativos, à margem do mercado editorial — daí nos autointitulávamos, com orgulho, ‘poetas marginais’”, lembra ele, em entrevista ao NeoFeed. A rebeldia do verso do poeta foi mais do que uma inspiração. “Oswald era uma espécie de pai espiritual para todos nós, que também já amávamos um herdeiro assumido da Antropofagia, Caetano Veloso.”

Escritor, poeta, ensaísta e, acima de tudo, provocador, o paulistano Oswald de Andrade (1890–1954) foi um dos principais articuladores da Semana de Arte Moderna de 1922 — aquela que sacudiu literatura, artes plásticas e música no Brasil e completa 103 anos nesta semana.

Para Oswald, para criar uma cultura nacional autêntica era preciso devorar o país — e o mundo. Em 1928, publicou o Manifesto Antropófago, em que propunha engolir influências europeias e cuspir algo só nosso. “Tupi or not Tupi, that is the question”, escreveu, parodiando Shakespeare.

Sua vida foi tão polifônica quanto sua obra. Entre seus diversos casamentos, os mais conhecidos foram com a pintora Tarsila do Amaral e, depois, com a escritora e militante Pagu. Transitava com a mesma desenvoltura por salões burgueses e assembleias operárias, colecionando desafetos.

Esse homem contraditório é o centro de Oswald de Andrade – Mau Selvagem, nova biografia assinada por Lira Neto e publicada pela Companhia das Letras. O biógrafo, de 61 anos, passou quatro anos mergulhado na vida e na obra do modernista. O resultado: 528 páginas que mostram, sem retoques, o homem por trás do mito.

“O espírito oswaldiano, dionisíaco, quase satânico por vezes, seduzia-me como biógrafo”, diz Lira, autor de Getúlio Vargas, Padre Cícero, Maísa e José de Alencar. Sua maior dificuldade ao escrever sobre a vida do poeta foi “controlar minha paixão pelo biografado”. “Oswald era um homem insuportável e, mesmo assim, fascinante”, define.

Acompanhe a seguir os principais trechos da entrevista de Lira Neto para o NeoFeed.

Você releu as obras de Oswald em Portugal, durante seu doutorado, entre 2018 e 2022. Na época, o que estava pesquisando e o que o fez voltar à obra do escritor?
Na Universidade de Coimbra, cheguei a pensar em realizar um estudo comparativo entre o Estado Novo de Antonio Salazar, em Portugal, e o Estado Novo de Getúlio Vargas, no Brasil. Mas, em algum momento, caiu-me de novo às mãos o livro Pau-Brasil, de Oswald. No doutorado, trocávamos muitas ideias, entre professores e alunos, a respeito do pensamento decolonial — ou pós-colonial, conforme queiram. Deu-me o tal estalo. Oswald de Andrade já era, desde sempre, um crítico do colonialismo e do patriarcado, denunciando a violência do processo colonial e pregando a libertação da epistemologia eurocêntrica.

Quais materiais inéditos você teve acesso para escrever esta biografia?
Tive a sorte de poder mergulhar no acervo de Oswald, que está sob a guarda do Centro de Documentação Alexandre Eulálio (CEDAE), na Unicamp. São mais de quatro mil documentos, um universo de informações. Também recorri a jornais e revistas de época, em busca de episódios perdidos no tempo. Mas, a experiência com a escrita biográfica me ensinou, depois de tantos anos dedicados ao ofício, que muito mais importante do que o ineditismo — essa obsessão jornalística pelo furo — é lançar um olhar inaugural e criativo sobre uma documentação já conhecida e revisitada. A partir das mesmas fontes, estabelecer novas perguntas, sugerir ângulos inusitados, pontos de vista menos óbvios.

“O título foi inspirado pelo próprio Oswald, que abominava a imagem conformista e colonizada do ‘bom selvagem’ de Rousseau”, diz Lira Neto (Foto: Companhia das Letras)

Com 528 páginas, o livro custa R$ 129,90 (Foto: Companhia das Letras)

Você poderia contar um pouco sobre a escolha do título “mau selvagem”?
O título foi inspirado pelo próprio Oswald, que abominava a imagem conformista e colonizada do “bom selvagem” de Rousseau. Em contraposição ao indigenismo ingênuo de José de Alencar e Gonçalves Dias, ele nos oferecia a ideia do mau selvagem, do devorador de gente, do antropófago como metáfora de um novo processo civilizatório. Não se tratava de exaltar o mero canibalismo, o ato de comer carne humana. Na metáfora oswaldiana, o antropófago não se alimentava do inimigo para saciar a fome ou por mera vingança. Na verdade, estabelecia-se um ritual de conexão simbólica entre o devorador e o devorado.

Hoje, vemos governos como o de Donald Trump, com o slogan “Make America Great Again”, e o crescimento de movimentos ultranacionalistas. Como Oswald poderia nos ensinar a valorizar a produção cultural brasileira sem cair em um ufanismo semelhante?
A antropofagia oswaldiana rejeitava qualquer tipo de ufanismo, de patriotismo ingênuo, de verdeamarelismo tacanho. A lógica antropofágica era exatamente o oposto ao nacionalismo oportunista e reacionário. Oswald é cada vez mais necessário hoje. Bastaria, talvez, lermos o Manifesto Antropófago. Melhor ainda lermos seus textos de combate, publicados na imprensa ao longo de toda a sua vida. E, especialmente, lermos sua tese, A crise da filosofia messiânica, que apresentou para concorrer à cadeira de filosofia na USP. Nela, denuncia os manipuladores, os aproveitadores, os “Messias” de toda espécie.

Seu livro reafirma o traço irreverente de Oswald, alguém que preferia perder o amigo a perder a piada. Mas você mostra que, na infância, ele sofreu bullying na escola. De alguma forma, você acredita que essa postura de “mau selvagem” foi uma forma de sobrevivência e de se destacar no meio?
Oswald dizia que o artista, o louco e a criança têm algo em comum, um certo desajuste diante das convenções do mundo. Quando criança, ele encarnou o estereótipo do gordinho engraçado como mecanismo de defesa para rebater o assédio moral que sofria dos demais garotos. Mas penso que jamais deixou de ser um homem que fez da ironia e do escárnio uma arma contra as incompreensões sociais — por mais que seu indomável sarcasmo também tenha produzido injustiças contra muita gente, incluindo mulheres e amigos.

Aliás, embora Oswald traísse as mulheres com quem se relacionava e se mostrasse ciumento às vezes, ele também incentivava e ajudava suas carreiras profissionais, chegando a defender o matriarcado em alguns textos.
Essa é apenas uma das muitas contradições de Oswald. Um machista ciumento que pregava a utopia do matriarcado, um agnóstico que fazia promessas para Nossa Senhora de Aparecida, um lírico que escrevia as mais deliciosas indecências.

Oswald usava os meios de comunicação e sua influência na imprensa para expor suas opiniões e provocar polêmica. Na era das redes sociais, ele seria um heavy user dessas plataformas e, consequentemente, cancelado?
Oswald foi cancelado já à época, mesmo que ainda não existisse o conceito atual de cancelamento. Por causa de suas escolhas e atitudes, foi execrado, julgado e condenado pela dita intelectualidade, perseguido e massacrado pelos pretensos arautos da virtude. Morreu esquecido, pobre, doente, no mais completo ostracismo. Com seu humor corrosivo e seu extraordinário poder de síntese, talvez viesse a escrever, hoje, posts imbatíveis. Mas, talvez, também, não escapasse da polícia de costumes, dos fiscais da imperfeição alheia, das tretas incentivadas pelas belas almas, das retaliações incitadas pelos paladinos da moral punitiva, dos ressentidos à esquerda e à direita.





Fonte: Neofeed

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Bastaram dois meses para a Usiminas convencer o Itaú BBA a mudar de ideia

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Bastaram dois meses para a Usiminas convencer o Itaú BBA a mudar de ideia
Tempo de Leitura:3 Minuto, 27 Segundo


Bastaram dois meses e alguns dias para que o Itaú BBA reavaliasse sua tese sobre a Usiminas. Após rebaixar a recomendação da companhia para neutra, em meados de dezembro, o banco voltou a classificar o papel como outperform (acima da média do mercado, o equivalente a compra) nesta semana.

Em relatório enviado a clientes, os analistas do Itaú BBA também elevaram o preço-alvo da ação do grupo, destacando que o papel parece barato em relação ao seus níveis históricos. Do patamar anterior de R$ 7 para R$ 8,50, o que representa um upside de 41% sobre o preço de tela.

O banco observa que desde o downgrade, quando citou questões como os catalisadores limitados para o grupo, o “momentum operacional” da Usiminas melhorou significativamente, com o aumento de preços e uma perspectiva mais positiva sobre os custos em função da recente valorização do real.

“Reconhecemos um cenário macro de enfraquecimento para o Brasil, principalmente no segundo semestre de 2025, mas acreditamos que estamos sendo conservadores com nossas projeções de preço e volume para a empresa”, escreve o time de analistas liderado por Daniel Sasson.

Essas revisões vêm acompanhadas de atualizações nas estimativas para a operação. O Itaú BBA prevê agora um Ebitda de R$ 3 bilhões, alta de 31% em relação à projeção anterior e que reflete, principalmente, uma visão mais positiva sobre o desempenho de custos do grupo.

Já na divisão de aço, a estimativa é de um crescimento anual de 121% no Ebitda e de uma margem Ebitda de 10%. No segmento de mineração, o salto previsto é de 15%, muito em função de um real mais depreciado e de volumes mais elevados, o que compensaria a queda nos preços do minério de ferro.

O banco mantém, no entanto, uma posição mais conservadora em relação aos volumes domésticos de aço em 2025, com um crescimento anual de 1%. E como reflexo de uma deterioração gradual da demanda ao longo do ano, especialmente no segundo semestre.

Em contrapartida, o time de analistas ressalta que os principais custos de insumos da Usiminas, como placas de aço e coque/carvão, tiveram quedas acentuadas nos últimos meses. O que, combinado com ganhos de eficiência a partir da retomada do Alto Forno 3, pode trazer um cenário de custos positivo no ano.

“No entanto, considerando a volatilidade no desempenho de custos da empresa nos últimos trimestres, estamos adotando uma abordagem conservadora e considerando uma queda de apenas 2% no custo de produtos vendidos (CPV) por tonelada no primeiro trimestre de 2025”, pontuam os analistas.

O time do Itaú BBA projeta também um momento favorável para os preços do aço plano realizados pela Usiminas no primeiro semestre de 2025. Muito em função do aumento de preços no setor de distribuição, das redefinições de contratos no setor automotivo e de aumentos graduais na indústria.

“Embora reconheçamos que o prêmio doméstico de 30% sobre produtos importados pode não ser sustentável, acreditamos que a dinâmica de mercado apertada para produtos de aço plano pode evitar quedas de preços no 1S25”, dizem os analistas.

Eles observam, porém, que também estão considerando um declínio nos preços do aço doméstico no segundo semestre, com o cenário macro mais deteriorado. E que, no geral, estimam um aumento anual de 3% nos preços médios de aço no mercado interno em 2025.

E, por fim, o Itaú BBA cita os pedidos de antidumping para produtos como galvanizados, galvalume e chapas grossas, que estão sendo analisados pelo governo. Embora ressalte que a investigação pode levar de 12 a 18 meses, o processo pode beneficiar a Usiminas.

“É importante observar que cerca de 60% a 65% dos embarques domésticos de aço da Usiminas estão dentro dos produtos que estão sendo analisados pelo governo. Portanto, qualquer resultado positivo do pedido de antidumping pode ser um gatilho positivo para a empresa”, acrescenta o banco.

As ações preferenciais da Usiminas estavam sendo negociadas com alta de 1,82% por volta das 14h10 na B3, no patamar de R$ 6,15. A companhia está avaliada em R$ 7,5 bilhões e seus papéis registram alta de 15,6% em 2025.



Fonte: Neofeed

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Prestes a fechar capital, Carrefour Brasil projeta inaugurar menos lojas em 2025

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Prestes a fechar capital, Carrefour Brasil projeta inaugurar menos lojas em 2025
Tempo de Leitura:3 Minuto, 54 Segundo


Após divulgar um plano para o fechamento de seu capital, em uma estratégia encampada por sua matriz francesa, o Carrefour Brasil fez nesta quarta-feira, 19 de fevereiro, aquela que pode ter sido uma das últimas – se não, a derradeira – call de resultados como companhia aberta.

Já aprovada pelos conselhos do Carrefour na França e da subsidiária, a proposta será submetida à votação em assembleia, que será convocada em breve. “Com capital aberto, além da visão mais de longo prazo do nosso controlador, nós temos também uma visão de curto prazo”, disse Stéphane Maquaire, CEO do Carrefour Brasil. “Isso vai desaparecer um pouco, o que poderia agilizar nossos planos de expansão para os próximos anos.”

O executivo, no entanto, ressaltou que, a despeito desse potencial ganho, não enxerga uma avenida muito favorável para colocar o pé no acelerador no momento em que a varejista estiver longe dos escrutínios trimestrais do mercado.

“O ambiente de taxa de juros muito alta vai seguir do mesmo jeito”, afirmou Maquaire. “Então, nosso foco será desalavancar a companhia. Estamos segurando o nosso fluxo de caixa e olhando com mais cuidado as potenciais aberturas e conversões de lojas. A dinâmica é reduzir o número de lojas que vamos abrir.”

Em 2024, o Carrefour Brasil contabilizou 19 inaugurações no Atacadão, sua operação de cash & carry e, de longe, o seu carro-chefe, além de sete aberturas na bandeira Sam’s Club. No total, considerando todos os formatos, o grupo encerrou o ano com 1.007 unidades.

Além do processo deslistagem, outro tema abordado foi a margem bruta de 19,3% reportada pela companhia no quarto trimestre de 2024 – uma queda de 0,7 ponto percentual – e a pressão exercida, nesse indicador, pela operação do Atacadão.

Nessa última ponta, Maquaire ressaltou que a margem bruta do atacarejo foi impactada por duas dinâmicas. A primeira, a conclusão do plano de oferta de novos serviços em 150 lojas da rede, uma frente que traz melhores margens, mas que ainda tem impacto incipiente no resultado total.

O segundo componente envolveu o aumento gradual durante o quarto trimestre da inflação alimentar, o que puxou para cima as vendas no segmento B2B, com margens menores do que as vendas voltadas ao consumidor final.

“Estamos tentando segurar um pouco a inflação alimentar e manter o posicionamento de preços no atacarejo e no varejo”, disse Maquaire. “No atacado é até mais simples, porque conseguimos comprar um pouco antes dessa onda de inflação. Mas, no geral, não dá pra segurar por um prazo grande.”

Do prejuízo ao lucro

Em outros números do balanço, o Carrefour Brasil apurou um lucro líquido ajustado de R$ 1,16 bilhão no quarto trimestre de 2024, revertendo o prejuízo de R$ 565 milhões reportado 12 meses antes. No ano consolidado, a mesma linha ficou em R$ 1,75 bilhão, contra uma perda de R$ 795 milhões em 2023.

No trimestre, as vendas líquidas totais somaram R$ 29,6 bilhões, alta de 5,7%, e, no ano, o crescimento foi de 5,2%, para R$ 109,3 bilhões. A receita total trimestral avançou 5,7%, para R$ 31,2 bilhões, e 5,3% em 2024, para R$ 115,6 bilhões.

A receita do Atacadão cresceu 9,5% em 2024, para R$ 78,5 bilhões. Enquanto, no varejo, houve uma queda de 8,8%, para R$ 25,3 bilhões, em função da menor área de vendas, em função das conversões para o formato de cash & carry. No Sam’s Club o salto anual foi de 18,1%, para R$ 6,5 bilhões.

Na operação como um todo, o Ebitda ajustado cresceu 2,2%, no trimestre, para R$ 1,9 bilhão, e 13,4% no ano, para R$ 6,4 bilhões. Já as despesas SG&A avançaram 1,8%, entre outubro e dezembro, para R$ 3,8 bilhões, e recuaram 1,8% no ano, para R$ 14,7 bilhões.

Já a dívida líquida foi de R$ 3,22 bilhões no fim do exercício, contra o montante de R$ 3,46 bilhões reportado um ano antes. E a alavancagem ficou em 0,50 vez, ante 0,61 vez em 2023.

Juntamente com o balanço, o Carrefour Brasil divulgou um fato relevante informando que seu conselho de administração recomendou o pagamento de R$ 1,66 milhão em dividendos complementares aos seus acionistas, somados aos juros sob capital próprio de R$ 200 milhões pagos em 8 de janeiro de 2025.

As ações do Carrefour Brasil registravam alta de 1,33% por volta do meio-dia na B3, cotadas a R$ 7,60. Os papéis da empresa, avaliada em R$ 16 bilhões, acumulam alta de 39,9% em 2025.



Fonte: Neofeed

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Senado “liga” comissões. Próximo passo é destravar pautas econômicas

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Senado “liga” comissões. Próximo passo é destravar pautas econômicas
Tempo de Leitura:1 Minuto, 38 Segundo


O trabalho das comissões do Senado começou com um gesto simbólico do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), ao visitar cada um dos escolhidos para comandar os colegiados temáticos.

As atenções a partir de agora serão as pautas econômicas, principalmente as que tratam da isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil, a regulamentação da reforma tributária e a negociação de emendas para fechar a votação do orçamento.

Um acordo confirmado na manhã desta quarta-feira, 19 de fevereiro, levou Otto Alencar (PSD-BA) e Renan Calheiros (MDB-AL) para as comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Assuntos Econômicos (CAE), respectivamente.

Os dois colegiados são os mais importantes do Congresso por analisar ainda na largada projetos relacionados à própria legalidade das propostas, tributação e investimentos. Depois do orçamento, que deve ser analisado na próxima semana, os congressistas devem começar a analisar a mudança do IR e a regulamentação da reforma tributária.

A aposta do governo é aprovar a isenção do IR, projeto que foi anunciado ainda no fim do ano passado, mas sem avanços até aqui. “É difícil ser contra um projeto desses”, disse ao NeoFeed o senador Izalci Lucas, do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, denunciado na noite desta terça-feira pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

De acordo com ele, o governo, no entanto, precisa apresentar mais detalhes sobre a proposta e as compensações, pois vários municípios brasileiros vão perder orçamento com a isenção de servidores que recebem até R$ 5 mil. “As compensações apresentadas até aqui não convencem”, afirmou Lucas.

O político se refere à taxação de quem tem rendimentos de mais de R$ 50 mil mensais, encarada pelos próprios governistas como difícil de ser aprovada.

Em entrevista ao NeoFeed, o senador Humberto Costa (PT-PE) disse que acredita na aprovação da isenção de atpe R$ 5 mil mas tem dúvidas em relação à taxação dos mais ricos.





Fonte: Neofeed

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