Brasil
Polícia diz que servidores da Cetesb e empresa de terraplanagem atuavam em conluio para mascarar crime ambiental
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Mensagens mostram que a ex-gerente da agência ambiental avisou empresários sobre inspeção surpresa; companhia diz que fiscaliza rigorosamente a PGV e que está à disposição do Ministério Público
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A Polícia Civil da Baixada Santista divulgou que obteve provas do envolvimento direto de servidores públicos da Companhia Ambiental de São Paulo (Cetesb) em ações que beneficiam a empresa PGV Terraplenagem e Gerenciamento de Resíduos, num aterro de restos de construção civil e lama bentonítica, altamente poluentes em área de mangue, vizinha ao Parque Estadual da Serra do Mar. Conversas obtidas pela polícia nos celulares de um diretor e do dono da PGV revelam que funcionários da Cetesb estavam preocupados com denúncias de crimes ambientais cometidos pela empresa. As mensagens mostram que uma ex-gerente da Agência Ambiental de Santos avisou aos empresários, com muita antecedência, a data exata que seria realizada uma inspeção de surpresa no aterro ilegal e clandestino em São Vicente, citando até os nomes dos técnicos que fariam a vistoria.
No dia 11 de junho de 2024, o diretor da empresa contou ao sócio que conversou com a suposta informante e que ela disse estar sofrendo muita pressão dentro da Cetesb. Ele falou que a funcionária da companhia ambiental adiantou que haveria uma inspeção no aterro da PGV no dia 19 de junho. O que acabou se confirmando, 08 dias depois do aviso.
Segundo os autos de inspeção da Cetesb, expedidos nas visitas de 19 de junho e de 11 de julho de 2024, assinados pelos funcionários citados na mensagem, nenhuma irregularidade havia sido detectada no aterro ilegal. Porém, um dia depois da última vistoria realizada pela Cetesb, a Polícia Civil, autorizada por mandados de busca e apreensão expedidos pelo Judiciário de São Vicente, fez uma operação na área de 34,8 hectares da PGV. Descobriu e registrou vários tipos de crimes ambientais, como descarte de material tóxico, vestígios de lama bentonitica e acúmulo de resíduos de obras.
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Esquema revelado
No dia 9 de setembro, a Jovem Pan havia revelado que um inquérito policial e outro do Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (GAEMA), investigam crimes ambientais pela PGV Terraplenagem e Gerenciamento de Resíduos e pela empresa FORTNORT Desenvolvimento Ambiental e Urbano. O inquérito do Gaema fala em criação de um “balcão de negócios” com suposto envolvimento do gerente da Cetesb em São Paulo, e da assistente executiva, em benefício da PGV e da FORTNORT.
Além das provas da influência de servidores da Cetesb para acobertar o crime ambiental, coletadas em material apreendido pela Polícia Civil em julho junto aos donos da PGV, a polícia também encontrou possível fraude em documentação apresentada pela própria PGV. A papelada foi protocolada para justificar o transporte e descarte de material de obra e lama bentonítica (composta por um fluido poluente utilizado na perfuração de túneis e poços) em outro aterro, distante da Baixada Santista.
Em agosto, a PGV apresentou à polícia diversos comprovantes de descarte do material retirado de obra de construção civil na cidade de Santos e que teriam sido depositados inicialmente no aterro em São Vicente, para posterior transbordo a outro local. Tais documentos seriam justificativas de que o material poluente não teria sido depositado no aterro da empresa na Baixada Santista, mas sim levado num segundo momento a outro aterro, na cidade de Barueri, na Região Metropolitana de São Paulo.
Entretanto, a investigação policial demonstrou que quase a totalidade desses comprovantes podem ter sido adulterados. O de número 2023RM0103102, por exemplo, mostra que o caminhão de placas FOL-0925 teria levado 10 toneladas de lama bentonítica com polímeros, oriunda de obra civil do aterro da PGV em São Vicente, para o aterro no município de Barueri. Um rastreamento realizado pela Polícia Civil mostrou que, na data registrada no documento, o caminhão não esteve na Baixada Santista. Naquele dia, circulou apenas pelo Rodoanel Mário Covas e também pelas rodovias Anhanguera, Ayrton Senna e Bandeirantes, nas cidades de Barueri, Cajamar e São Paulo. Todas as provas foram juntadas ao inquérito policial no último dia 27 de setembro.
À Jovem Pan, a Cetesb diz que fiscaliza rigorosamente a PGV e que está à disposição do Ministério Público. A reportagem procurou a PGV por telefone e, posteriormente, por e-mail, mas, até a publicação da resposta, não obteve resposta. O espaço está aberto para qualquer manifestação.
Confira a nota da Cetesb na integra
Em relação à investigação realizada pelo Gaema, a CETESB prestou todas as informações e está à disposição do Ministério Público e demais autoridades para quaisquer esclarecimentos sobre seus processos de licenciamento. A Companhia responde às autoridades dentro do processo judicial e reitera seu compromisso com a transparência e com condutas rigorosamente técnicas.
A Cetesb informa que vem fiscalizando rigorosamente as atividades da PGV Terraplanagem e Gerenciamento de Resíduos, ao longo dos anos. A empresa já foi, inclusive, advertida e multada pela Companhia, tendo que cumprir termos de ajuste de conduta com relação a operação como usina de reciclagem e atividades minerárias. A PGV recorreu de duas penalidades aplicadas pela Cetesb, sendo ambas consideradas improcedentes, uma delas já em transitado em julgado e a outra negada em segunda instância.
Brasil
FAB lança foguete de sondagem suborbital 100% nacional no Rio Grande do Norte
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Segundo o diretor-geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, Maurício Augusto, a iniciativa busca maior autonomia para o Brasil em eventos de lançamento deste tipo de veículo
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Um foguete não tripulado foi lançado ao espaço pela Força Aérea Brasileira (FAB) nessa sexta-feira (29). O lançamento teve o objetivo de treinar a equipe, além de testar equipamentos e processos. Segundo a FAB, o foguete cumpriu a trajetória prevista pelos técnicos e engenheiros, com os sistemas de telemetria e resposta radar funcionando corretamente durante todo o voo. A partir do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, em Parnamirim, no Rio Grande do Norte. O veículo, com tecnologia 100% nacional, partiu às 13h19 e ficou no espaço durante 2 minutos e 50 segundos. Em seguida caiu no Oceano Atlântico.
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Trata-se de um foguete de sondagem suborbital, modelo VS-30, com cerca de oito metros de comprimento e peso de 1,5 tonelada na decolagem. O veículo consegue transportar cargas de até 330 quilos. No voo dessa sexta-feira, o foguete levou mais de mil cartas escritas por alunos de escolas públicas. Os veículos suborbitais, embora não atinjam capacidade para entrar em órbita, atingem altitudes que ultrapassam a atmosfera. Eles são utilizados em experimentos científicos e tecnológicos que interessam a diversas indústrias, como a de fármacos, produtos metal mecânicos, alimentos e cosméticos.
Segundo o diretor-geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros, a iniciativa busca maior autonomia para o Brasil em eventos de lançamento deste tipo de veículo. “Estamos quebrando paradigmas e criando perspectivas para o futuro. Temos um complexo espacial e, com o lançamento deste foguete, demonstramos que a Barreira do Inferno tem total condição de fazer tais eventos”, disse. Subordinado ao DCTA, o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno já realizou mais de 3 mil lançamentos, em 655 operações, além de 265 eventos de rastreio de veículos espaciais.
Na segunda fase da Operação Potiguar, programada para o segundo semestre de 2025, o CLBI vai usar outro foguete de mesmo modelo para qualificar o sistema de recuperação da parte superior do veículo, conhecida como plataforma suborbital de microgravidade (PSM). Essa parte é composta por um compartimento para experimentos e diversos sistemas eletrônicos que interagem com a carga útil.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Matheus Lopes
Brasil
Ibirapuera inaugura árvore mais alta de São Paulo neste sábado
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Segundo a concessionária do parque, a árvore terá 57 metros de altura; a Orquestra Furiosa da Escola de Música do parque se apresenta durante a cerimônia que começa às 20h30
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A edição 2024 da icônica árvore de Natal do Parque do Ibirapuera será inaugurada neste sábado (30), às 20h30. Segundo a concessionária do parque, Urbia, será a maior árvore que o parque já teve e a primeira a permitir que o público entre na estrutura para ver seu interior iluminado. O parque terá, também, outras atrações natalinas ao longo de dezembro, como castelo feito de gelo e um bosque iluminado com brinquedos para crianças. Algumas das atrações são pagas. A Urbia afirma que a árvore de Natal do Ibirapuera deste ano terá 57 metros de altura, 330 mil lâmpadas e 40 mil flashes
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A título de comparação, a árvore do Parque Villa-Lobos, que foi inaugurada no último sábado, tem 55 metros de altura, com 210 mil pontos de iluminação em LED.Pelo segundo ano consecutivo, a árvore do Ibirapuera será patrocinada pelo Nubank e, por isso, terá tons roxo e branco. Para comemorar a inauguração, haverá show da Orquestra Furiosa da Escola de Música do Parque Ibirapuera e de fontes luminosas no lago, além da passagem do Papai Noel.
A cerimônia começa às 20h30 neste sábado. O passeio no interior da árvore será gratuito, por ordem de chegada e funcionará todos os dias, desde a inauguração até 5 de janeiro, das 19h30 às 22h. Por causa da árvore de Natal, a SPTrans informa que nos fins de semana, das 18h30 às 22h, até 5 de janeiro, 25 linhas de ônibus terão seus itinerários desviados.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Matheus Lopes
Brasil
Ladrões invadem banco no interior de São Paulo e roubam R$ 800 mil
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Assaltantes invadiram agência pelo teto, renderam os funcionários e conseguiram roubar dois malotes; até o momento, ninguém foi preso
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A cidade de São Carlos, no interior de São Paulo, foi palco na sexta-feira (29) de um audacioso assalto que deixou seus moradores em estado de choque. O alvo dos criminosos foi uma agência da Caixa Econômica Federal, onde o crime ocorreu por volta das 11 horas, logo após a chegada de um carro-forte que havia acabado de entregar malotes de dinheiro. As imagens do ocorrido rapidamente se espalharam pelas redes sociais, mostrando a ousadia dos assaltantes, que correram pelas ruas, gerando pânico entre os cidadãos.
Segundo relatos de testemunhas, os assaltantes utilizaram uma estratégia inusitada para invadir a agência, entrando pelo teto do prédio. Uma vez dentro, eles renderam os funcionários e conseguiram roubar dois malotes que continham a quantia de R$ 800 mil. Durante a fuga, os criminosos não hesitaram em disparar suas armas, mirando nos funcionários que tentavam buscar ajuda do lado de fora. Apesar do clima de terror instaurado, felizmente não houve registro de feridos.
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A resposta policial foi rápida, com as autoridades sendo acionadas imediatamente após o incidente. Ao chegarem ao local, os policiais iniciaram uma série de rondas pela região na tentativa de localizar os suspeitos. No entanto, até o momento, os criminosos conseguiram escapar sem deixar pistas, e nenhum suspeito foi detido. A polícia continua a investigação, utilizando todos os recursos disponíveis para identificar e capturar os responsáveis.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
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