Negócios
Sequoia dobra aposta em startup para “evitar bug” de cérebros de desenvolvedores
A startup de tecnologia para desenvolvedores Cortex acaba de receber uma nova injeção de capital de US$ 60 milhões em sua rodada série C, que foi liderada pela Scale Venture Partners (SVP) e contou com a participação de gigantes como a Sequoia Capital, Y Combinator, IVP e os cofundadores da Stripe.
Com o investimento, a avaliação da companhia fundada por Anish Dhar e Ganesh Datta, ex-engenheiros da Uber e da LendUp, atingiu US$ 470 milhões. Com clientes como Adobe, Grammarly e Opendoor Technologies, a empresa é um portal interno que reduz o ruído para desenvolvedores por meio de caminhos estruturados para a sua produção. De acordo com Dhar, CEO da empresa, a missão da Cortex é fazer com que os desenvolvedores se movam mais rápido.
“A verdade é que não é a falta de ferramentas que está impedindo os desenvolvedores de entregar seus trabalhos mais rapidamente”, afirma o CEO.
“São as atividades diárias como procurar a informação certa e corrigir bugs que consomem a maior parte do tempo deles, atrasando o impacto e, em última instância, atrofiando a experiência do desenvolvedor. É por isso que construímos a Cortex”, complementa.
Com o investimento, a startup espera aprofundar seu foco na construção da experiência dos desenvolvedores, aprimorando suas habilidades em engenharia e também em inteligência artificial.
“Precisamos de maior automação, experiências mais intuitivas e capacidades mais profundas de integração entre funções. Tudo isso permitirá que as equipes obtenham mais da Cortex com ainda menos interação”, afirmou Dhar no comunicado.
Na visão da Cack Wilhelm, sócia geral da SVP, não havia uma plataforma no mercado que centralizasse os serviços de engenharia, o que a motivou a investir na Cortex.
Pensando nisso, Bogomil Balkansky, parceiro da Sequoia Capital e membro do conselho da Cortex, afirmou à Bloomberg que a startup tem um mercado grande para explorar, pois boa parte dos sistemas usados atualmente precisam de melhorias.
“Dependemos de desenvolvedores de software para criar e operar quase tudo o que empresas e consumidores tocam diariamente, ainda assim os desenvolvedores acham mais difícil entregar software porque estão sobrecarregados por um crescente emaranhado de infraestrutura e serviços”, afirma o executivo.
Com a nova captação, a startup totaliza US$ 110 milhões recebidos desde a sua série A.
Negócios
Na Multiplan, a cada um real que entra na companhia, R$ 0,93 vira caixa
A média de ocupação dos shoppings centers da Multiplan chegou a 96,4% em setembro deste ano, um crescimento de 0,9 ponto percentual sobre o mesmo período de 2020. Treze shoppings atingiram taxa de ocupação acima da média do portfólio. E seis reportaram nível superior a 98%.
No terceiro trimestre deste ano, o resultado operacional líquido (NOI) da Multiplan foi de R$ 458,6 milhões, com uma margem de 93,2%. Isso significa que a cada um real que entra na empresa imobiliária, R$ 0,93 vira caixa.
“Você gera eficiência operacional dos shoppings reduzindo as despesas e sendo mais produtivo”, diz Armando D’Almeida Neto, CFO da Multiplan, ao Números Falam, programa do NeoFeed que tem o apoio do Santander Select.
Dos 20 shoppings em seu portfólio, a Multiplan colocou 13 em revitalização. A mais recente reinauguração aconteceu em 18 de novembro, no Park Shopping Barigüi, em Curitiba, que recebeu R$ 400 milhões em investimentos. Esse empreendimento foi inaugurado em 2003 e para essa nova fase recebeu 95 novos espaços para uso, de centro médico a entretenimento.
Para se ter uma ideia do resultado dessas revitalizações, o New York City Center, mais conhecido como Barra Shopping, no Rio de Janeiro, teve a revitalização concluída no ano passado. Nos nove primeiros meses deste ano, as vendas cresceram 32% e o aluguel quase 25%.
“É preciso modernizar, mudar o mix das operações e sempre estar olhando para os hábitos de consumo”, diz D’Almeida Neto.
No acumulado de 12 meses, até setembro deste ano, a Multiplan fez R$ 1,6 bilhão em alocação de capital. Pouco mais de 877 milhões foram em Capex, R$ 581 milhões distribuídos aos acionistas na forma de juros sobre o capital próprio (JCP) e perto de R$ 150 milhões em recompra de ações.
Em setembro, a Multiplan anunciou a recompra de cerca de 90 milhões de ações que eram detidas pelo grupo canadense Ontario Teacher’s Pension Plan (OTPP), que detinha 18,5% de participação na empresa imobiliária brasileira. O valor da transação foi de R$ 2 bilhões.
A empresa imobiliária tinha uma posição de caixa de R$ 1,4 bilhão no terceiro trimestre do ano, com uma dívida líquida de R$ 2,2 bilhões. A alavancagem estava em 1,4 vez.
Para a Multiplan, o valor da empresa (EV, na sigla em inglês) é 55% do seu valor justo, o que indica a menor relação histórica desse indicador. Em 2019, o EV sobre o valor justo era de 1,02. “Há uma discrepância grande do valor justo das propriedades e o valor de empresa ou de mercado”, afirma o CFO da companhia.
A ação MULT3 está em queda de 9,9% no ano. O valor de mercado da Multiplan é de R$ 13 bilhões.
Negócios
Programa “É Negócio” é o vencedor do Prêmio Aberje na categoria Mídia do Ano – TV
Fruto de uma parceria entre o NeoFeed, referência na cobertura de negócios, finanças, economia e inovação, e a CNN Brasil, o programa É Negócio foi um dos destaques do Prêmio Aberje 2024, promovido pela Associação Brasileira de Jornalismo Empresarial (Aberje).
A atração foi eleita a vencedora na categoria Mídia do Ano – TV na premiação, que está em sua 50ª edição. Comandado pelo jornalista Carlos Sambrana, cofundador do NeoFeed, o programa vai ao ar todos os domingos, às 20h45, pela CNN Brasil.
O É Negócio estreou na grade da CNN Brasil em 5 de novembro de 2023, trazendo como seu primeiro convidado Rubens Ometto, presidente do conselho de administração da Cosan. Desde então, diversos nomes de peso do empresariado nacional passaram pelo programa.
Extensa, a lista inclui entrevistados como Gustavo Werneck (Gerdau), Marcelo Noronha (Bradesco), Stéphane Maquaire (Carrefour Brasil), Miguel Setas (CCR), José Auriemo Neto (JHSF), João Vitor Menin (Inter), Renato Franklin (Casas Bahia), Eduardo Chedid (PicPay), Ilson Bressan (Valid), Roberto Perroni (Brookfield), John Rodgerson (Azul), Nizan Guanaes (N.Ideias), entre outros grandes nomes que fazem o PIB.
Além da presença das personalidades do mundo empresarial, a organização do Prêmio Aberje observou que “o É Negócio é reconhecido por suas entrevistas de alta qualidade técnica, ética e estética”.
A premiação também ressaltou o fato de que, além dos negócios, a atração “explora o lado humano de seus convidados, como no quadro ‘O que o erro me ensinou’, que humaniza as trajetórias dos CEOs ao revelar aprendizados valiosos ao longo de suas carreiras.”
Segundo os organizadores, em uma época em que os CEOs se tornam figuras cada vez mais públicas, é fundamental contar com espaços qualificados na mídia para que suas histórias, visões e opiniões sejam compartilhadas e avaliadas pelo mercado e pela sociedade.
“Esses espaços demandam um olhar experiente e especializado, capaz de compreender a complexidade dos negócios e das empresas, e conduzir diálogos relevantes. Esse é o caso do programa É Negócio, comandado por Carlos Sambrana, fruto de uma parceria bem-sucedida entre a CNN e NeoFeed”, ressaltou a premiação, em nota.
Negócios
Na Volkswagen, o “inferno astral” não tem fim
Em meio a uma de suas piores crises, com direito à perda da liderança na China, queda das vendas na Europa e margem de lucro reduzida, a Volkswagen pode ter que lidar com uma greve na Alemanha, por conta da decisão de fechar fábricas no país, algo que nunca fez em 87 anos de história.
Funcionários da montadora na Alemanha estão se preparando para realizar paralisações pontuais nas próximas semanas, depois que os executivos da companhia rejeitaram a demanda deles por reverter o fechamento das fábricas.
“Vamos nos preparar para uma escalada a partir do início de dezembro”, disse Thorsten Gröger, negociador do IG Metall, sindicato que representa funcionários do ramo da metalurgia na Alemanha, nesta quinta-feira, 21 de novembro, segundo o jornal Financial Times.
A Volkswagen anunciou, em setembro deste ano, que poderia fechar fábricas na Alemanha por viver uma “situação grave”. O plano deve seguir adiante, segundo informou a líder do conselho de funcionários da montadora, Daniela Cavallo, em outubro, e prevê o corte de dezenas de milhares de empregos, além de promover um corte de salários.
O anúncio dos preparativos para uma greve veio após mais de seis horas de negociações entre a empresa e o sindicato. De acordo com o FT, na quarta-feira, 20 de novembro, os funcionários propuseram abrir mão de € 1,5 bilhão em aumentos salariais no futuro em troca do corte de pagamento de bônus aos executivos e dividendos aos acionistas, além da reversão do fechamento das fábricas.
A Volkswagen informou que a proposta é um “sinal positivo, com os representantes dos funcionários mostrando abertura para reduzir os custos trabalhistas”. Mas declarou que a oferta precisa ser avaliada para determinar “se resulta num alívio financeiro sustentável para a companhia e oferece perspectivas para a força de trabalho”.
Segunda maior montadora do mundo, os problemas da Volkswagen não são recentes, mas as perdas em vendas e de mercado, especialmente na China, levaram a gigante alemã a gigante alemã a prever fechar 2024 com US$ 500 milhões de prejuízo.
Além da questão competitiva, a Volkswagen possui uma estrutura inchada em comparação com seus concorrentes. A montadora alemã tinha cerca de 684 mil funcionários em 2023. Isso é cerca de 309 mil a mais do que a Toyota, que, no ano passado, vendeu cerca de 2 milhões de veículos a mais do que a Volkswagen em todo o mundo no ano passado.
Apesar do anúncio de paralisações, representantes do sindicato e da companhia devem retomar as conversas em 9 de dezembro. Cavallo disse que espera fechar um acordo antes do Natal.
As ações da Volkswagen fecharam o pregão desta quinta-feira com queda de 0,71% na Bolsa de Frankfurt, a € 81,02. No ano, elas acumulam queda de 32,3%, levando o valor de mercado a € 44,5 bilhões.
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