Connect with us

Negócios

No sobe-e-desce das expectativas, EUA voltam a sonhar com “pouso suave” da economia

Prublicadas

sobre

No sobe-e-desce das expectativas, EUA voltam a sonhar com “pouso suave” da economia
Tempo de Leitura:3 Minuto, 42 Segundo


A montanha-russa de expectativas sobre o futuro da economia dos Estados Unidos, que ora desce com temor de o país caminhar para uma recessão, e ora sobe com a divulgação de novos indicadores sinalizando uma recuperação, desta vez causou euforia nos mercados com o anúncio nesta quinta-feira, 15 de agosto, de um forte crescimento das vendas no varejo no mês passado no país.

O aumento de vendas em julho foi de 1%, mais do que o triplo do crescimento de 0,3% esperado pelos analistas, indicando a possibilidade do sonhado “pouso suave” – redução da inflação sem recessão na economia.

Por isso, o anúncio causou uma reação em cadeia dentro e fora do país. O S&P 500 saltou cerca de 1,5% no início da tarde, a caminho de seu sexto ganho diário consecutivo. Os índices Nasdaq, de alta tecnologia, e o Dow Industrial também subiram mais de 1%.

O rendimento dos títulos do Tesouro de dois anos, sensíveis ao sobe-e-desce da economia, cresceu 0,17 ponto percentual, para quase 4,12% – os rendimentos aumentam à medida que os preços caem.

Também em ritmo de euforia com as notícias vindo dos EUA, as bolsas da Europa fecharam em forte alta. O Ibovespa, que chegou a avançar 0,90% na hora do almoço, batendo novo recorde intradiário, operava em alta de 0,60%, a 134 mil pontos, às 15h30.

Na Ásia, as boas notícias vieram de novos relatórios mostrando que as vendas no varejo também aumentaram na China, enquanto os gastos do consumidor ajudaram a elevar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Japão no segundo trimestre em 0,8%.

Os gastos do consumidor são um indicador-chave da economia dos EUA, representando cerca de dois terços do PIB americano. A divulgação do relatório de vendas no varejo, que não é ajustado pela inflação, coincidiu com o anúncio do desempenho surpreendente do Walmart, a maior rede varejista do mundo, que registrou crescimento anual de 4,2% nas vendas nas suas principais lojas dos EUA no segundo trimestre.

As ações do Walmart subiram 6,7% no horário do almoço em Nova York, número surpreendente para uma empresa de seu tamanho. “Até agora, não estamos enfrentando um consumidor mais fraco em geral”, disse o presidente-executivo do Walmart, Doug McMillon, a analistas após os resultados trimestrais.

Com base nos dados das vendas no varejo, os gastos do consumidor nos EUA estão no caminho certo para um crescimento de 3,5% no terceiro trimestre, de acordo com Kathy Bostjancic, economista-chefe da Nationwide, citada pelo jornal The New York Times.

Isso impulsionaria o crescimento econômico da economia americana para uma taxa de mais de 2% no trimestre, escreveu ela em uma nota a clientes.

Boas notícias

O desempenho do varejo foi o mais recente de uma série de dados da economia americana divulgados esta semana que acalmaram as preocupações dos mercados quanto a uma possível recessão.

Os pedidos de seguro-desemprego na semana encerrada em 10 de agosto caíram em relação à semana anterior, indicando resiliência no mercado de trabalho. A inflação geral foi de 2,9% em julho em uma base anual, informou na quarta-feira, 14, o Bureau of Labor Statistics – foi a primeira vez que a inflação dos EUA caiu abaixo de 3% desde 2021.

Apesar da redução, os preços dos produtos alimentares e dos bens de consumo estão entre um quarto e um terço mais elevados do que antes da pandemia, mostram dados do governo.

O arrefecimento da inflação reforçou as previsões dos investidores de que o Federal Reserve (o banco central dos EUA) começará a reduzir no próximo mês as taxas de juros, hoje entre 5,25% e 5,50% ao ano, as maiores em três décadas.

Mas, por outro lado, obrigou os investidores a reverem os ritmos de cortes, reduzindo as apostas em cortes maiores, de 0,50 ponto percentual nas taxas. Com isso, os mercados estão precificando agora menos de quatro cortes de 0,25 ponto percentual cada nas taxas de juro este ano, em comparação com pouco mais de quatro no início desta semana.

Um total de quatro reduções este ano exigiria um corte 0,50 ponto percentual, uma vez que faltam apenas três reuniões do Fed antes de janeiro. Com a economia mais aquecida, a tendência é balizar os cortes em 0,25 ponto percentual – melhor do que encarar uma recessão.



Fonte: Neofeed

Negócios

Suzano quer menos “M&As grandiosos” e mais foco na desalavancagem

Prublicadas

sobre

Suzano quer menos
Tempo de Leitura:2 Minuto, 36 Segundo


Em seu primeiro investor day desde que assumiu o comando da Suzano, em julho deste ano, Beto Abreu afirmou que a companhia não fará grandes movimentos de aquisição, destacando que o foco está na redução da alavancagem financeira e de custos operacionais do negócio.

“Não vamos implementar na nossa estratégia nenhum movimento significativo em termos de crescimento inorgânico”, disse ele na quinta-feira, 12 de dezembro. “Não temos no pipeline nenhum acordo transformador.”

Isso significa que, em vez de movimentos como a aquisição da International Paper, que criaria uma gigante com um valor de mercado de quase US$ 44 bilhões (mas envolveria um cheque volumoso, na casa dos US$ 15 bilhões, conforme noticiado à época), a empresa pretende apostar em movimentos como a compra da Pactiv Evergreen, por US$ 110 milhões, e de 15% da Lenzing, por R$ 1,3 bilhão.

No caso, serão movimentos em que a companhia possa gerar escala, trazendo suas capacidades operacionais e que possa extrair sinergias. É o caso da Pactiv, em que a Suzano vem trabalhando para ter opções de novas linhas de produtos em até cinco anos.

“Nós consideramos, por exemplo, que acordos que fizemos como da Pactiv e da Lenzing são saudáveis, com equilíbrio entre risco e crescimento no exterior”, disse Abreu. “Queremos alocar capital preservando a tendência do processo de desalavancagem.”

Também novato na cadeira, tendo assumido o posto no final de novembro, o CFO da Suzano, Marcos Assumpção, disse que a alocação de capital será o grande desafio da Suzano indo adiante. Mas ele destacou que a estratégia da companhia seguirá a mesma, com as decisões precisando obedecer os critérios de agregação de valor e com o pagamento do preço justo.

Ele destacou ainda os esforços da companhia de reduzir a alavancagem financeira da Suzano, que no terceiro trimestre alcançou 3,2 vezes em reais, visando alcançar o patamar de 3 vezes. Parte disso vem do fim dos vultosos investimentos para o Projeto Cerrado, nova fábrica de celulose da companhia em Mato Grosso do Sul.

A companhia também destacou que pretende implementar iniciativas para reduzir o custo caixa, apostando em iniciativas como mecanização na parte de silvicultura e aumentando a autossuficiência em madeira.

“O custo de capital é uma vantagem competitiva muito importante para a Suzano e não queremos arriscar isso, considerando que estamos numa indústria intensiva em capital”, afirmou Assumpção.

Como parte dos planos, a Suzano também vem trabalhando para concluir alguns investimentos anunciados, como é o caso da construção da fábrica de papéis higiênicos em Aracruz, no Espírito Santo, anunciada em outubro de 2023.

Ao custo de R$ 650 milhões, a planta deve ficar pronta no quarto trimestre de 2025, antecipando em alguns meses o plano inicial, o primeiro trimestre de 2026, fortalecendo a presença da Suzano na parte de bens de consumo, cujo maior movimento foi a compra das operações da Kimberly Clark no Brasil em 2022.

Por volta de 12h40, a ação SUZB3, da Suzano, recuava 2,29%, a R$ 62,63. No ano, os papéis acumulam alta de 13,6%, levando o valor de mercado a R$ 79,2 bilhões.



Fonte: Neofeed

Continue Lendo

Negócios

Startup de “carros voadores” embarca novo aporte de US$ 430 milhões (e a Stellantis vai de carona)

Prublicadas

sobre

Startup de
Tempo de Leitura:2 Minuto, 47 Segundo


As startups de aeronaves elétricas de pouso e decolagem vertical (eVTOL), ainda têm algumas escalas a cumprir para colocarem seus “carros voadores” nos céus, em operações comerciais. Mas não faltam investidores embarcando recursos para que essa tendência decole no mercado.

O mais novo nome a reforçar esse movimento é a Archer Aviation. Fundada em 2020, a startup americana anunciou na quinta-feira, 12 de dezembro, que levantou um novo investimento de US$ 430 milhões. O aporte chega apenas cinco meses depois de um aporte de US$ 230 milhões, liderado pela Stellantis, montadora de veículos de marcas como Fiat, Peugeot e Citroën.

A montadora também está pegando carona nessa nova rodada, assim como a United Airlines, que já integrava o captable da companhia. Entre os novos investidores figuram a Wellington Management e a 2PointZero, holding dos Emirados Árabes Unidos.

Com o aporte, a Archer Aviation, que abriu capital em Nova York por meio de uma Special Purpose Acqusition (SPAC) em setembro de 2021, chega a um volume de aproximadamente US$ 2 bilhões captados.

Parte dos recursos anunciados hoje será aplicada em outro projeto anunciado hoje pela startup. Trata-se de uma parceria com a também americana Anduril, empresa da área de tecnologia de defesa, para o desenvolvimento de aeronaves militares híbridas, na categoria dos eVTOLs.

De acordo com as duas companhias, o projeto tem como alvo um potencial registro da aeronave em um programa de aquisições do governo americano, aprovado e autorizado no âmbito do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.

Ao ressaltar que a cadeia de suprimentos já desenvolvida e a experiência da Anduril vão acelerar o desenvolvimento do projeto, a Archer Aviation também informou que a iniciativa será tocada dentro do Archer Defense, um programa lançado recentemente pela companhia.

Com outro projeto de um eVTOL de cinco lugares em curso, a startup destacou ainda que encerrou o terceiro trimestre com US$ 502 milhões no caixa. E acrescentou que, agora, está bem posicionada, com um dos “principais balanços” do setor e sem necessidades de novas captações no curto prazo.

“Com a Anduril ao nosso lado e esse novo influxo de capital, aceleraremos o desenvolvimento e a implantação de tecnologias aeroespaciais avançadas em escala”, afirmou, em nota, Adam Goldstein, fundador e CEO da Archer Aviation.

Após chegarem a cair mais de 5% na Bolsa de Nova York, as ações da Archer Aviation registravam ligeira queda de 0,14% por volta das 10h37 (horário local), cotadas a US$ 7,38. Em 2024, os papéis acumulam, porém, uma valorização de 20,1%, dando à companhia um valor de mercado de US$ 3,1 bilhões.

Em outros exemplos mais recentes de startups capitalizadas da área, no início de outubro, a também americana Joby Aviation levantou US$ 500 milhões junto à Toyota, montadora japonesa que já investia na operação.

Já a brasileira Eve, fruto de um spin-off da Embraer e com capital aberto também na Bolsa de Nova York, onde está avaliada US$ 1,3 bilhão, captou um total de R$ 700 milhões em duas tranches, com um intervalo de nove dias, junto ao BNDES.

O primeiro contrato, de R$ 500 milhões, terá como destino a construção da fábrica de eVTOLs da empresa em Taubaté, no interior de São Paulo. Já o segundo financiamento será aplicado no desenvolvimento do carro voador da fabricante.



Fonte: Neofeed

Continue Lendo

Negócios

O “kit Brasil 2.0” da AlphaKey para enfrentar os solavancos da bolsa brasileira

Prublicadas

sobre

Tempo de Leitura:2 Minuto, 15 Segundo


Nos anos 2000, o “Kit Brasil” foi uma estratégia de investimento focada em três apostas: alta da bolsa, queda do dólar e redução dos juros. Agora, a situação do mercado brasileiro é exatamente a inversa.

E a gestora de ações AlphaKey, que tem entre os seus investidores os family offices Aguassanta, de Rubens Ometto, e Citrino, de José Ermírio Moraes Neto, montou o seu próprio “kit Brasil” versão 2.0 para enfrentar os solavancos da bolsa brasileira.

“Você deve investir em empresas com receita em dólar e despesas em real. E ficar longe de companhias com pouco poder de repassar preços e que têm muita dívida”, diz Christian Keleti, fundador e CEO da AlphaKey, ao Café com Investidor, programa do NeoFeed que entrevista os principais investidores do Brasil.

Outros ingredientes do novo “kit Brasil” da AlphaKey são empresas boas pagadoras de dividendos, que tenham uma boa governança corporativa e estruturas de capital adequadas.

“As empresas de energia têm boa proteção contra inflação e gosto muito de shopping, de companhias como Multiplan, Iguatemi e Allos”, afirma Keleti.

Em sua carteira, estão empresas como Cyrela e Direcional, mas também companhias que estão fora do radar do mercado e que estão trazendo um bom retorno para os fundos da AlphaKey.

Uma delas é a C&A, na qual a gestora investiu quando a ação estava na faixa de R$ 4, mas que chegou a quase R$ 13 em novembro deste ano – na quarta-feira, 11 de dezembro, fechou em R$ 10,90.

“Esse é um caso emblemático. No terceiro trimestre de 2023, observamos que a empresa gerou de caixa quase todo o market cap dela. E ninguém olhava para ela”, afirma Keleti.

Agora, a AlphaKey montou uma posição, através de um fundo que captou exclusivamente para investir em um único ativo, na Priner, um spin-off da Mills, que está diversificando sua estratégia.

Na visão de Keleti, a Priner, que presta serviços industriais, tem aproximadamente o mesmo valor do IPO, que aconteceu em fevereiro de 2020, mas, desde então, multiplicou a receita e o Ebitda por aproximadamente cinco vezes, além de ter feito aquisições.

O M&A mais recente foi o da Real Estruturas e Construções, uma aquisição de R$ 170,7 milhões, que vai aumentar o faturamento da Priner em 30%. “É uma empresa diferenciada que está sendo negociada a 3X o Ebitda e crescendo de 20% a 25% por ano, com margens crescentes”, afirma Keleti.

Nesta entrevista, que você assiste no vídeo acima, Keleti detalha as teses da gestora, fala por que aposta em Cyrela e Direcional e conta sobre outra posição que montou em que ganhou 80% em quatro meses.





Fonte: Neofeed

Continue Lendo

Popular