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As “fitas perdidas” de Elizabeth Taylor

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Tempo de Leitura:4 Minuto, 39 Segundo


CANNES – Em uma das entrevistas resgatadas no documentário Elizabeth Taylor: The Lost Tapes, a atriz da Era Dourada de Hollywood perde a cabeça com o repórter. Cansada de ouvir a mesma pergunta, sobre como ela se sentia por ser um símbolo sexual, Elizabeth grita que nunca quis carregar esse título, dando a entender que se trata de um fardo na sua trajetória profissional. “Quero ser julgada como atriz”, desabafa ela.

O momento é um dos pontos altos do documentário, que deixa a própria Elizabeth Taylor (1932-2011) contar a sua história, com surpreendente sinceridade. Há um motivo para isso: a base para o filme foi um material descoberto recentemente pela viúva do jornalista Richard Meryman (1926-2015), no sótão de sua casa.

Daí o subtítulo As Fitas Perdidas do longa, que teve première mundial na 77ª edição do Festival de Cannes, na mostra Cannes Classics, dedicada à memória do cinema.

O longa-metragem foi estruturado a partir dessas mais de 70 horas de entrevistas gravadas em áudio, em 1964, que até então ainda não tinham sido divulgadas na forma original.

Parte do conteúdo serviu para Meryman escrever (como ghost writer) Elizabeth Taylor by Elizabeth Taylor. Feitas durante a preparação para o livro, lançado em 1965, as entrevistas só puderam vir à tona agora, depois de liberadas pelo espólio que administra o legado da atriz.

Revisitado hoje, o material serve de janela para a intimidade e a vulnerabilidade daquela que se tornou uma lenda de Hollywood.

Embora não tragam qualquer revelação bombástica, as fitas contribuem para uma melhor compreensão das dificuldades que Elizabeth enfrentou, em uma época em que a indústria do cinema era muito marcada pelo sexismo.

No documentário, com previsão de lançamento em agosto no canal HBO e na plataforma de streaming Max, é surpreendente perceber as inseguranças de Elizabeth na profissão que escolheu, mesmo que ela já fosse uma das mulheres mais requisitadas do cinema naquela época.

Isso acontecia possivelmente por Elizabeth não contar com o mesmo respeito que os colegas do sexo masculino recebiam.

“Mercadoria que dá dinheiro”

A atriz reclama várias vezes de como a imagem de estrela de cinema a perseguia. Sobretudo por sua beleza exuberante, que impedia que executivos e diretores da indústria a vissem apenas como atriz — o que ela mais queria.

Elizabeth odiava ser tratada apenas como “um rosto bonito”.

Ainda assim, a atriz conseguiu viver personagens memoráveis. Como a esposa presa a um casamento destrutivo em Quem Tem Medo de Virginia Woolf? (1965). Pelo papel de Martha, que usa as palavras com esmero para agredir o marido, ela levou o segundo Oscar de sua carreira.

De 1963, “Cleópatra” foi um marco na carreira de Elizabeth. Pelo papel recebeu US$ 1 milhão, o mais alto cachê pago a uma atriz até então. O épico fez estardalhaço também por causa do envolvimento amoroso entre Elizabeth e Richard Burton (Reprodução themoviedb.org)

A personagem Martha, de “Quem tem medo de Virgínia Woolf?”, de 1965, rendeu à atriz o segundo Oscar de sua carreira (Reprodução elizabethtaylor.com)

Elizabeth interpretou a prostituta de luxo de “Disque Butterfield 8” por obrigação contratual com a MGM: “Eu ainda digo que é uma droga!” (Reprodução elizabethtaylor.com)

Para ilustrar as declarações de Elizabeth, a diretora Nanette Burstein usa fotografias de arquivo, vídeos caseiros, clips de filmes e trechos de entrevistas da atriz concedidas a emissoras de TV (Foto: Festival de Cannes)

Ao longo do documentário, fica claro que existia uma distância entre a verdadeira Elizabeth e a figura pública glamourosa, alvo constante de escrutínio da mídia.

“A outra Elizabeth, a famosa, não tem profundidade ou significado para mim. É uma mercadoria que dá dinheiro”, diz ela no filme dirigido por Nanette Burstein.

Responsável pelo documentário Hillary (2020), sobre a ex-secretária de Estados dos Estados Unidos, Nanette também foi premiada em Sundance por On the Ropes (1999), sobre o mundo do boxe.

Para ilustrar no novo filme as declarações dadas por Elizabeth, a diretora usa fotografias de arquivo, vídeos caseiros, clips de filmes e trechos de entrevistas da atriz concedidas a emissoras de TV.

“Tentamos nos comportar, mas não conseguimos”

Assim que as sessões com Meryman começaram a ser gravadas, Elizabeth estava mais famosa do que nunca.

Ela vinha do escândalo de Cleópatra (1963), pelo qual havia recebido um cachê de US$ 1 milhão, o mais alto até então pago a uma atriz.

Além das filmagens tumultuadas pela troca de diretores e atores e pelos custos exorbitantes de produção, que deram grande prejuízo à Fox, o épico fez um estardalhaço por causa do envolvimento amoroso entre Elizabeth e Richard Burton — encorajando ambos a abandonarem seus respectivos cônjuges.

A atriz lembra aqui que até o seu pai a chamou de “vadia”, depois que o caso extraconjugal foi parar no jornal do Vaticano.

“Richard e eu tentamos nos comportar, mas não conseguimos”, conta a atriz. Para aumentar o barulho em torno de Cleópatra, Elizabeth ainda teve pneumonia durante a filmagem e quase morreu, precisando fazer uma traqueotomia de emergência.

“Só ganhei um Oscar porque fiz aquela traqueotomia”, afirma ela no documentário, reforçando as suas inseguranças profissionais.

Ela se refere aqui ao primeiro Prêmio da Academia que recebeu por seu filme anterior, Disque Butterfield 8 (1960), no papel da prostituta da alta classe, personagem que odiou fazer.

Ela só filmou por obrigação contratual, por dever um filme ao estúdio MGM, antes de trocá-lo pela Fox.

Mesmo com a conquista do Oscar e com o sucesso que Disque Butterfield 8 acabou alcançando, Elizabeth nunca mudou de ideia: “Eu ainda digo que é uma droga!”.



Fonte: Neofeed

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Como fazer uma alocação eficiente em imóveis (e os cuidados com a tributação)

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Tempo de Leitura:2 Minuto, 31 Segundo


Com a reforma tributária e um governo buscando mais arrecadação, os investidores em imóveis ficaram preocupados. O texto, aprovado na Câmara dos Deputados (e que vai agora para sanção presidencial) previu um redutor de 50% na alíquota para a incorporação imobiliária e de 70% para o segmento de locação.

A reforma também prevê que pessoas físicas que ganham mais de R$ 240 mil ao ano com aluguéis, vindo de três ou mais imóveis, terão de recolher a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) referentes à atividade. Até então, essa alíquota não existia. Mas os especialistas ainda esperam muitas discussões, pois a medida não é clara.

Apesar disso, os imóveis são considerados o tipo ativo seguro para gerações que passaram por um grande período inflacionário. Por isso, muitos procuram montar um portfólio que gere renda mensal e com potencial de valorização ao longo do tempo.

“A característica um pouco ilíquida do imóvel fez com que essas famílias pudessem fazer a transição de riqueza entre as gerações sem grande preocupação de essa riqueza se perder ao longo do tempo, mostrando-se uma proteção contra a inflação”, afirma Felipe Nobre, CEO da Jera Capital, em entrevista ao Wealth Point, programa do NeoFeed que tem o apoio do Banco Master.

A recomendação para quem tem um portfólio de imóveis é deixá-los dentro de uma estrutura jurídica. “Existem estruturas societárias que são mais eficientes do ponto de vista tributário. Uma coisa muito básica é que se você tiver imóvel na pessoa física você vai ter uma tributação maior na sua renda do que se esse imóvel estiver em uma pessoa jurídica”, diz Joaquim Azevedo, CEO da Sequóia Properties.

Enquanto a bolsa de valores cai, o real se desvaloriza e a inflação corrói os rendimentos, há muitas oportunidades no mercado imobiliário. Mas para quem quer montar um portfólio de imóveis é importante se ater na diversificação e não apenas em uma tese.

“Existem alguns segmentos que têm baixa correlação com o PIB ou com a renda, mais relacionados à mudança de comportamento do consumidor ou mudança de comportamento no longo prazo, como data centers, logística, imóveis de segunda moradia e fazendas. É importante estar atento a esse mix no portfólio”, afirma Nobre.

Para Azevedo, o investimento direto em imóveis tem vantagens em relação a instrumentos financeiros como fundos imobiliários por não ter uma oscilação grande do valor patrimonial dependendo do ciclo de juros e outros indicadores macroeconômicos. E por estar mais atrelado à demanda do mercado imobiliário, que é mais previsível de ser estimada.

“A oferta de imóveis é muito mais fácil de você ler, porque quando você começa a fazer um prédio, você sabe que daqui a três anos esse prédio vai estar chegando no mercado. Então, você consegue saber quanto que você vai ter, por exemplo, de área locável de escritório em São Paulo em 2026, 2025. É isso que o investidor deve ser atentar agora”, afirma o CEO da Sequóia Properties.





Fonte: Neofeed

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O alcance global da Ambipar na liderança das soluções ambientais

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O alcance global da Ambipar na liderança das soluções ambientais
Tempo de Leitura:4 Minuto, 35 Segundo


Nos últimos anos, a busca por soluções ambientais se tornou um tema estratégico para todas as empresas. Alinhar-se às demandas ambientais não é mais opcional, mas essencial para que as companhias permaneçam competitivas e atendam às expectativas de investidores, consumidores e órgãos reguladores.

Nesse contexto, a Ambipar tem se destacado globalmente. Multinacional brasileira líder em soluções ambientais, a companhia ajuda empresas de diferentes setores a implementar ações práticas para redefinir a forma de cuidar do planeta, moldando estratégias a partir de medidas efetivas e inovadoras.

Com presença em 41 países e seis continentes, a Ambipar conta com mais de 23 mil colaboradores e mais de 500 bases operacionais. O foco é claro: oferecer soluções ambientais que abordem os desafios mais urgentes do planeta, incluindo descarbonização, economia circular, transição energética, prevenção e recuperação ambiental.

“Na Ambipar, acreditamos que a solução para os desafios ambientais passa pela integração entre inovação, colaboração e responsabilidade”, diz Fabrício Fonseca, CEO da Ambipar Environment, vertical que toca os projetos de economia circular e descarbonização do grupo. “Nosso trabalho é transformar resíduos em oportunidades que acelerem a descarbonização de nossos clientes e do planeta.”

O conceito de economia circular, um dos pilares de atuação da Ambipar, engloba medidas práticas para reduzir o desperdício ao reintegrar materiais ao ciclo produtivo. A Ambipar ajuda seus clientes a desenvolver soluções como a logística reversa, garantindo que resíduos sejam transformados em novos recursos e produtos.

Com presença em 41 países e seis continentes, a Ambipar conta com mais de 23 mil colaboradores e mais de 500 bases operacionais

Um exemplo é a planta de mineração urbana localizada em São José dos Campos (SP). Essa unidade, a maior da América Latina, processa até 80 mil toneladas de eletroeletrônicos por ano, separando e reaproveitando materiais como ferro, cobre e alumínio.

Ao fazer isso, a Ambipar auxilia os clientes não apenas a reduzir a emissão de gases de efeito estufa, mas também a diminuir a pressão sobre a exploração de recursos naturais.

Circular, uma parceria com a Associação Nacional dos Catadores

Outro destaque é o Circular Pack, um selo pioneiro que certifica a logística reversa de embalagens pós-consumo. Trata-se de uma iniciativa que promove a reciclagem e fortalece a cadeia de valor – incluindo cooperativas de catadores –, garantindo que as empresas atendam à legislação vigente.

A Ambipar possui ampla gama de iniciativas que reforçam o conceito de soluções ambientais. Entre elas está a Circular, uma parceria com a Associação Nacional dos Catadores (Ancat), que visa estruturar cooperativas de reciclagem no Brasil, oferecendo capacitação e melhores condições de trabalho para os profissionais da reciclagem.

Outro exemplo é o projeto em parceria com a indústria química Dow, que busca aumentar a reciclagem de polietileno no Brasil. A meta é ampliar a capacidade de processamento de resíduos plásticos de 2 mil para 60 mil toneladas por ano até 2030. O esforço inclui a construção de novas instalações e a utilização de tecnologias avançadas para garantir maior eficiência na reciclagem.

No setor agrícola, a Ambipar desenvolve soluções como o uso de biocápsulas e drones para restauração de áreas degradadas. A tecnologia reduz custos e aumenta a produtividade, melhorando em até 60% a eficiência da semeadura nesse tipo de solo.

O grupo desenvolveu a plataforma Ambify, que permite que indivíduos e empresas calculem e compensem sua pegada de carbono de forma transparente e rastreável

Além disso, o grupo desenvolveu a plataforma Ambify, que permite que indivíduos e empresas calculem e compensem sua pegada de carbono de forma transparente e rastreável.

Para levar aos clientes o que há de mais inovador em soluções ambientais, a Ambipar investe fortemente em seu Departamento de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação.

Dos laboratórios da empresa saíram produtos como o Ecosolo, um adubo orgânico produzido a partir de resíduos da indústria de papel e celulose, que ajuda a sequestrar carbono no solo. A empresa também desenvolveu o Sabonete Collagen, fabricado com colágeno, um resíduo da indústria farmacêutica transformado em cosméticos sustentáveis.

Outros exemplos incluem a Natural Cat, areia para gatos feita de erva-mate e celulose reciclada, e o Ecovaso, vasos biodegradáveis feitos a partir de lodo da indústria de celulose, que podem ser plantados diretamente no solo, promovendo maior retenção de umidade e decomposição natural.

A companhia também se destaca pelo modelo de Franquias Sociais, que profissionaliza cooperativas de reciclagem em parceria com empresas como a Klabin, gigante da indústria de embalagens e papel.

Em cidades como Telêmaco Borba, no Paraná, e em localidades no interior de São Paulo, essas iniciativas geraram impactos significativos, incluindo o aumento da renda de catadores e a ampliação da capacidade de reciclagem.

Unidade de mineração urbana da Ambipar

Área do projeto REDD+ Manoa, de conservação florestal em Cujubim, RO, para vender crédito de carbono

Em Telêmaco Borba, a cooperativa ReciclaTB viu a renda média dos cooperados saltar de R$ 1,2 mil para R$ 4 mil, graças à infraestrutura e capacitação oferecidas pela Ambipar.

“Transformar a vida das pessoas por meio da reciclagem é um dos nossos maiores orgulhos”, diz Fonseca. “O modelo de Franquia Social não só melhora a infraestrutura, mas promove dignidade, capacitação e gera impactos socioeconômicos relevantes.”

Diante de legislações cada vez mais rigorosas e de uma sociedade mais exigente, a Ambipar mostra que é possível alinhar propósito ambiental a rentabilidade.

“As soluções ambientais que oferecemos ajudam nossos clientes a atingir metas de ESG e a criar valor compartilhado”, diz Fonseca. “Estamos não apenas cuidando do planeta, mas também garantindo a perenidade dos negócios.”



Fonte: Neofeed

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Reag compra Berkana e Hieron e reforça gestão de patrimônio

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Reag compra Berkana e Hieron e reforça gestão de patrimônio
Tempo de Leitura:2 Minuto, 0 Segundo


Depois de algumas aquisições em asset management, como a Quasar e a Empírica, a Reag Investimentosa, de João Carlos Mansur, acaba de anunciar duas aquisições em wealth management. São elas a Berkana Investimentos e a Hieron Patrimônio Familiar passam a fazer parte da Reag.

A Berkana é um multi-family office desde 2008 e hoje atua também com venture capital e no setor do agronegócio. A empresa está em São Paulo, mas possui atuação global.

Já a Hieron, liderada por Reinaldo Lacerda e Robert van Dijk, tem uma asset e um wealth management e sua matriz é em São Paulo. A companhia mantpem escritórios em Belo Horizonte e representantes em Londres, Genebra e Dubai.

“A Reag compartilha a preocupação com a segurança dos clientes, com a cultura de serviço, e rentabilidade. Estamos diante de um momento de crescimento e expansão, e juntos entregaremos benefícios reais e substanciais para nossos clientes”, afirmou Luiz Lima, fundador da Berkana, em nota.

“Vamos ampliar nossa atuação com produtos inovadores e estratégias sólidas, criando escala e soluções personalizadas que agreguem valor aos nossos clientes”, acrescentou Lacerda, da Heiron, também em nota.

Robert van Dijk assume como CEO da área de wealth e asset management da Reag. Com mais de 45 anos de experiência no mercado financeiro e de capitais, Van Dijk traz uma trajetória como CEO da Principal Financial Group do Brasil e foi diretor executivo em instituições como Banco Votorantim e Bradesco, onde criou e liderou a BRAM. No período entre 2016 e 2018 Robert atuou com destaque no cargo de presidente da Anbima.

Lideram também esse projeto da vertical de asset e wealth management executivos como Carlos Maggioli, cofundador da Quasar Asset Management; Dario Tanure, cofundador da Rapier Investimentos; Leonardo Calixto, cofundador da Empírica; Luiz Lima e Reinaldo Lacerda.

A Reag é um grupo financeiro que já soma mais de mais de R$ 200 bilhões sob gestão. E também possui áreas como serviços fiduciários, crédito, distribuição e assessoria financeira.

O apetite por aquisições da empresa vem ocorrendo em vários setores financeiros. No ano passado a empresa adquiriu a plataforma BizHub Ventures da Alvarez & Marsal (A&M), consultoria especializada em gestão de empresas, e entrou no segmento de venture capital com o lançamento da Reag Growth & Ventures.

Em 2022 e 2023, a empresa adquiriu as gestoras de patrimônio Rapier Investimentos e Quadrante Investimentos.



Fonte: Neofeed

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