Brasil
Após aprovação de Conselho Universitário, Unifesp terá cotas para pessoas trans
A resolução aprovada prevê que pelo menos 2% das vagas oferecidas em cada curso de graduação, por turno, serão reservados às pessoas trans (transgêneros, transexuais e travestis)
A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) terá vagas reservadas para pessoas trans nos cursos de graduação a partir do próximo vestibular, e também nos programas de pós-graduação. A proposta foi aprovada pelo Conselho Universitário (Consu), órgão máximo da instituição, na quarta-feira (11). Com isso, a instituição se tornou a décima universidade federal a adotar cotas para pessoas trans. A resolução aprovada prevê que pelo menos 2% das vagas oferecidas em cada curso de graduação, por turno, serão reservados às pessoas trans (transgêneros, transexuais e travestis). Nos programas de pós-graduação, 30% das vagas serão destinadas a ações afirmativas, sendo essa quantia fracionada em metade para pessoas negras e quilombolas e a outra metade para indígenas, pessoas com deficiência e trans (transgêneros, transexuais e travestis).
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Esses porcentuais serão avaliados e, se for o caso, revistos a cada três anos, de forma a ajustar a proporção para garantir o acesso de estudantes trans à universidade. Os candidatos às vagas reservadas para estudantes trans deverão se submeter à análise de bancas de heteroidentificação, para validação de sua autodeclaração como pessoas trans. “O Brasil é o país que mais mata pessoas trans do mundo. A criação da reserva de vagas para pessoas trans amplia o acesso deste grupo à universidade pública, o que representa grande passo para a inclusão deste grupo de pessoas que tem sido historicamente marginalizado da sociedade, viabilizando sua ascensão socioeconômica e profissional”, afirmou Marina Dias, diretora de Políticas Afirmativas da Unifesp. “É só mais um passo. Temos um desafio grande a ser percorrido, mas estaremos todos juntos e juntas nesse processo”, disse a reitora da Unifesp e presidente do conselho, Raiane Assumpção.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Marcelo Bamonte
Brasil
Universitário de 22 anos é morto pela PM em abordagem na Vila Mariana
Arma do policial responsável pelo disparo foi apreendida e encaminhada à perícia, e as polícias Civil e Militar apuram as circunstâncias da morte
O estudante universitário Marco Aurélio Acosta, de 22 anos, morreu nesta quarta-feira, 20, após ser baleado em uma abordagem policial na Vila Mariana, zona sul de São Paulo. Imagens da câmera de segurança de um hotel do bairro mostram o jovem correndo, seguido de um policial militar que o puxa pelo braço, empunhando a arma. Um segundo policial aparece, dando um chute no jovem, que segura seu pé e o faz desequilibrar. Em seguida, o policial de arma em punho dispara na altura do peito da vítima. Na versão divulgada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo, o jovem teria golpeado uma viatura e tentado fugir em seguida. Ainda segundo a SSP, ele teria investido contra os policiais ao ser abordado e foi ferido por um disparo. O rapaz foi levado ao Hospital Ipiranga, mas morreu nesta manhã.
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A arma do policial responsável pelo disparo foi apreendida e encaminhada à perícia, e as polícias Civil e Militar apuram as circunstâncias da morte. “Os policiais envolvidos na ocorrência prestaram depoimento, foram indiciados em inquérito e ficarão afastados até a conclusão das investigações”, afirma a pasta. De acordo com a SSP, as imagens registradas pelas câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Marco Aurélio estudava Medicina na Universidade Anhembi Morumbi e integrava o time de futsal do curso. Em nota de pesar publicada nas redes sociais, a equipe afirma que o estudante será lembrado com amor e carinho, e recorda momentos do estudante em quadra. Nos comentários, alunos lamentam a perda. “Que você encontre a paz”, diz a postagem da Atlética do curso de Medicina. “Lamentamos profundamente o seu falecimento.”
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Sarah Paula
Brasil
Brasileiras presas na Alemanha foram barradas nos EUA
Jeanne Paolini e Kátyna Baía foram detidas após embarcarem com as bagagens trocadas por um grupo associado ao tráfico de drogas; casal teve visto cancelado e foi impedido de embarcar para Nova York
As brasileiras Jeanne Paolini e Kátyna Baía, que foram presas na Alemanha em 2023 devido a uma troca de malas envolvendo drogas, estão enfrentando novos desafios. Recentemente, elas foram impedidas de viajar para os Estados Unidos após terem seus vistos cancelados. O incidente ocorreu quando tentavam embarcar para Nova York na última terça-feira (19). A companhia aérea informou que os vistos das duas haviam sido revogados, impossibilitando o embarque. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Jeanne e Kátyna expressaram que continuam sofrendo as consequências da prisão na Alemanha, que consideram injusta.
O problema inicial surgiu devido a uma quadrilha especializada em tráfico de drogas que operava no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. As brasileiras alegam que a troca das malas foi causada pela falta de segurança no despacho de bagagens. Desde então, elas têm enfrentado dificuldades para retomar suas vidas e planejar viagens. A recente tentativa de viagem aos Estados Unidos, que estava sendo planejada há meses, resultou em um prejuízo financeiro significativo, estimado em aproximadamente R$ 35.000.
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Em resposta ao ocorrido, o Aeroporto Internacional de Guarulhos emitiu uma nota afirmando que questões de embarque e manuseio de malas são de responsabilidade das companhias aéreas. Por outro lado, o consulado americano, ao ser procurado, declarou que, devido à lei de imigração e nacionalidade, não pode comentar detalhes sobre casos individuais de visto.
*Com informações de Camila Yunes
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Brasil
Policial que matou estudante de medicina em São Paulo é indiciado por homicídio doloso
Guilherme Augusto Macedo, de 26 anos, está sendo investigado junto com o soldado Bruno Carvalho do Prado, de 34 anos, que também está afastado de suas funções
O soldado da Polícia Militar que disparou e matou o estudante de medicina Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, em São Paulo, foi indiciado por homicídio doloso, conforme informações da Secretaria da Segurança Pública (SSP). O policial responsável pelo tiro, Guilherme Augusto Macedo, de 26 anos, está sendo investigado junto com o soldado Bruno Carvalho do Prado, de 34 anos, que também está afastado de suas funções até que as investigações sejam concluídas. Os parentes de Acosta demonstraram alívio com o indiciamento, afirmando que o jovem foi “executado de forma brutal sem qualquer reação”. O estudante, que cursava o 5º ano de medicina na Universidade Anhembi Morumbi, foi morto durante uma abordagem policial na Vila Mariana, em um episódio que gerou grande comoção.
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De acordo com a SSP, as gravações das câmeras corporais dos policiais envolvidos serão incorporadas ao inquérito. A situação teve início quando a PM foi chamada para lidar com um incidente envolvendo Acosta, que, segundo relatos oficiais, teria agido de forma agressiva e atingido o retrovisor da viatura. Após uma perseguição, o estudante entrou em um hotel, onde ocorreu o confronto que resultou no disparo que o feriu no abdômen. Após ser atingido, Acosta foi levado ao Hospital Ipiranga, mas não resistiu aos ferimentos.
A conduta dos policiais tem sido alvo de críticas, com muitos argumentando que uma abordagem mais cautelosa poderia ter evitado a tragédia. O irmão do estudante expressou sua dor e questionou a necessidade do uso de força letal na situação. A Associação Atlética Acadêmica Medicina Anhembi Morumbi também se manifestou sobre o ocorrido, lamentando profundamente a perda do aluno.
Publicado Sarah Paula
*Reportagem produzida com auxílio de IA
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