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As bombas-relógios que estão “implodindo” os efeitos da reforma da Previdência

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As bombas-relógios que estão “implodindo” os efeitos da reforma da Previdência
Tempo de Leitura:6 Minuto, 48 Segundo


Uma das boas notícias com a aprovação da reforma da Previdência Social em 2019, após quase três anos de discussões, foi a certeza de que o novo sistema permitiria um alívio nas contas públicas por pelo menos mais uma década. O lançamento de um livro e de um documentário sobre o tema nos próximos dias, no entanto, trouxe de volta o debate sobre a necessidade de uma nova reforma da Previdência.

Desta vez, uma reforma mais ampla e com ajustes duríssimos, que tenham como objetivo transformá-la “num regime único menos desigual, menos ambicioso e mais realista”, nas palavras de Hélio Zylberstajn, livre-docente da Faculdade de Economia da USP e pesquisador da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

Para se ter uma ideia do senso de urgência de uma nova reforma entre os especialistas, já se fala até de um prazo-limite de 2027 para evitar o colapso de pagamento de benefícios da Previdência. O modelo de Previdência Social adotado no Brasil sempre foi alvo de críticas, pois paga benefícios muito baixos para quem mais precisa, as camadas pobres da população, e altíssimos para as elites do funcionalismo público, entre outras distorções.

A reforma de 2019 da Previdência Social foi importante por reduzir o ritmo de crescimento dos gastos previdenciários que estavam inviabilizando o equilíbrio fiscal do governo, empurrando para frente outros ajustes.

Dois fatores principais, no entanto, estão encurtando o prazo de validade do atual modelo. Um deles decorre de uma constatação dupla, revelada com a divulgação gradual do Censo 2022 pelo IBGE: o envelhecimento da população brasileira e as transformações do mercado de trabalho.

Isso significa crescimento de aposentados potenciais simultaneamente à redução da quantidade de jovens como contribuintes, uma vez que estes estão cada vez em menor número em empregos com carteira assinada, fonte de contribuição para o regime geral da Previdência.

Outro fator recente é o efeito nas contas da Previdência depois da aprovação no Congresso Nacional, no ano passado, do projeto de lei do governo de Luiz Inácio Lula da Silva que definiu a nova política de valorização do salário-mínimo, com reajustes acima da inflação.

O tamanho da conta começou a ganhar forma em abril deste ano, quando saiu o primeiro aumento do mínimo (de 6,7%) seguindo a fórmula, que prevê reajuste pela inflação de 12 meses até novembro do ano anterior mais a variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes.

O impacto imediato nas contas públicas foi de R$ 35,3 bilhões, afetando mais 60% dos benefícios previdenciários. Isso porque dois terços dos benefícios variam de acordo com o salário-mínimo – e o aumento de R$ 1 acarreta gasto adicional previdenciário de R$ 392 milhões.

Despesas em alta

O economista Fabio Giambiagi, pesquisador do FGV Ibre e especialista no tema, adverte que boa parte do ganho obtido com a redução de gastos públicos com a reforma de 2019 está ameaçado com a política de valorização do salário-mínimo.

Segundo ele, o que se pretendia com a reforma de 2019 era que a despesa dos benefícios previdenciários não crescesse tanto e o piso da Previdência Social em relação ao PIB pudesse cair num processo de crescimento da economia, compensando um pouco o que tinha acontecido nos anos anteriores.

A despesa previdenciária, porém, tende agora a crescer pela pressão demográfica na mesma velocidade que tinha até 2019. Isso, somado ao efeito da regra de aumento do salário-mínimo com base na inflação, começou a pesar no caixa da Previdência.

“Precisamos ao menos acabar com essa “superindexação” das aposentadorias vinculadas ao salário-mínimo e idealmente fazer uma reforma em 2027”, diz Giambiagi, que lança na próxima segunda-feira, 3 de junho, no Rio de Janeiro, o livro A Reforma Inacabada – O Futuro da Previdência Social no Brasil (Alta Books).

Escrito em parceria com o economista e cientista político Paulo Tafner, pesquisador associado da Fipe, o livro propõe uma série de reformas necessárias nos setores público e privado para tirar o sistema da insolvência.

Giambiagi admite que, politicamente, é difícil avançar na discussão de uma eventual desvinculação de benefícios previdenciários e sociais dos reajustes do salário-mínimo. Mas adverte que a médio prazo será necessária uma reforma da Previdência ou um relaxamento da regra fiscal, com consequências para o próprio governo.

“Se o presidente Lula for reeleito e não tocar nisso, seu segundo mandato terá uma cara parecida com o Dilma 2 em matéria fiscal”, afirma Giambiagi.

No livro, os autores sugerem, entre outras mudanças, uma reforma que contemple elevação de aposentadoria por idade dos homens, de 65 anos para 67 anos, redução de 3 anos para 1 ano na diferença de idade de aposentadoria de homens e mulheres (hoje, 62) e também entre trabalhadores urbanos e rurais (que se aposentam com 55 anos).

Gasto insustentável

Para Zylberstajn, da Fipe, a desvinculação do aumento do salário-mínimo à inflação é um dos problemas da Previdência, mas não o único.

Ele afirma que os gastos atuais tendem a ficar insustentáveis, uma vez que todos os benefícios da Previdência – INSS, funcionários públicos, benefícios rurais e de pobreza – consomem anualmente 12% do PIB.

“O nível de gasto é igual ao da Alemanha e países nórdicos, países que envelheceram depois que se tornaram ricos. E esse gasto do PIB vai aumentar ainda mais com a vinculação do salário-mínimo à inflação”, diz.

Zylberstajn argumenta que o atual modelo condena o sistema de repartição e amplia as desigualdades, como os privilégios para os servidores públicos e militares. Boa parte dessas duas categorias se aposenta recebendo o teto do benefício, R$ 7.507, que corresponde a mais do dobro da renda média do trabalhador brasileiro.

“Por isso, precisamos de reformas estruturais e não paramétricas, ou seja, seria necessário mudar o sistema como um todo, com prazo de transição para não prejudicar os atuais contribuintes”, adverte Zylberstajn.

No longo prazo, há outra bomba-relógio a caminho, o chamado “fator MEI”, numa referência aos microempreendedores individuais, que somam 15,7 milhões e pagam contribuição previdenciária de apenas R$ 70,60 por mês.

A categoria vai agravar ainda mais o caixa da Previdência quando se aposentar, pois não terá contribuído na mesma proporção do benefício que vai receber como aposentado.

O desenho de uma nova Previdência defendido pela Fipe prevê a adoção de um sistema não contributivo, com uma renda básica (na faixa de R$ 800) para todo idoso que atingir a idade de aposentadoria, tendo ou não contribuído para o INSS.

A complementação de renda viria pelo sistema de repartição para todos os trabalhadores com carteira, funcionários públicos e militares, mas com benefício máximo igual à renda média dos brasileiros (R$ 3 mil), além do FGTS como existe hoje, mas com uma taxa de juros de mercado, e estímulo à previdência privada.

Sobre esse último item, uma constatação: o relatório Raio X do Investidor, divulgado, em 2023, pela Anbima, apontou que quase 82% da população não tem qualquer tipo de reserva financeira para aposentadoria.

Esse, por sinal, é o mote do documentário “INSS – a Bomba relógio do Brasil”, produzido pela plataforma Ações Garantem o Futuro (AGF) – criada há cinco anos para disseminar a estratégia de investimentos de Luiz Barsi Filho, o maior investidor individual da bolsa de valores no Brasil.

O documentário, que será disponibilizado no próximo dia 10 de junho no canal do Youtube da AGF, discute os principais gargalos da Previdência, com participação dos economistas Eduardo Giannetti, Mansueto Almeida e Ana Carla Abrão, chefe de Novos Negócios da B3, além de intervenções de Giambiagi, Tafner e Zylberstajn. Um dos objetivos é discutir a segurança da renda no futuro dos brasileiros.

“Queremos conscientizar sobre a importância da educação financeira e da necessidade de uma cultura de investimentos, via mercado de ações, capaz de proporcionar liberdade financeira e tranquilidade no momento da aposentadoria”, afirma Felipe Ruiz, CEO do AGF.

Apesar do senso de urgência, os especialistas admitem que uma nova reforma da Previdência depende mais de condições políticas do que de evidências econômicas.

“Nossa modesta pretensão é dar o pontapé inicial para o segundo tempo da reforma”, afirma Giambiagi, pesquisador do FGV Ibre. “O debate está começando, para que seja discutido nos próximos anos.”



Fonte: Neofeed

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Predomínio das “Sete Magníficas” no S&P 500 deve evaporar em 2025, prevê Goldman Sachs

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Predomínio das “Sete Magníficas” no S&P 500 deve evaporar em 2025, prevê Goldman Sachs
Tempo de Leitura:3 Minuto, 43 Segundo


O banco de investimento Goldman Sachs prevê que, após atingir grandes altas nos últimos dois anos, as ações das sete gigantes de tecnologia –  Amazon, Alphabet, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla – deverão perder a grande vantagem em relação a outros papeis do índice S&P 500 no ano que vem.

Em nota enviada a clientes, o estrategista-chefe de ações do Goldman Sachs nos EUA, David Kostin, citou dois fatores para fundamentar sua previsão.

O primeiro, relativo à valorização das Sete Magníficas, indica que suas ações teriam atingido um teto “após uma valorização justa”. Isso significa que as empreses precisarão continuar crescendo a taxas descomunais para que as ações continuem subindo, o que Kostin considera pouco provável.

O segundo fator diz respeito às perspectivas da economia em 2025. Kostin prevê que o S&P 500 deverá manter crescimento de dois dígitos em 2025, mas num ritmo menor que o atual, uma vez que a futura gestão do presidente eleito Donald Trump tende a aumentar os riscos de choques no mercado.

“O diferencial cada vez menor nas taxas de crescimento dos lucros deve corresponder a um estreitamento nos retornos relativos das ações”, escreveu Kostin, questionando a longevidade do boom da IA — o combustível que alimentou a supervalorização das Sete Magníficas.

“Embora a história de crescimento dos lucros ‘micro’ apoie o desempenho superior contínuo das ‘Magnificent 7’, fatores mais ‘macro’, como crescimento econômico e política comercial, inclinam-se a favor do S&P 493”, escreveu Kostin.

O grupo das sete gigantes de tecnologia foi responsável por mais da metade do aumento de 57% no S&P 500 nos últimos dois anos. Mas, ano após ano, essa lacuna de desempenho superior vem diminuindo.

Em 2023, as sete ações geraram um retorno de 76,3%, contra um retorno de 13,8% das ações das outras 483 empresas do S&P 500, uma diferença de cerca de 63 pontos percentuais. Em 2024, até agora, essa diferença de “retorno do prêmio” caiu para 22 pontos percentuais.

Em sua perspectiva de ações dos EUA para 2025, Kostin espera que a diferença de prêmio entre os dois blocos possa cair para apenas 7 pontos percentuais – a menor em sete anos -, à medida que o crescimento dos lucros diminui.

Concentração de mercado

Em outubro deste ano, Kostin já havia advertido que episódios de mercados altamente concentrados não costumam durar. No comunicado aos clientes, o estrategista do Goldman Sachs alertou que uma combinação de fatores fundamentais sugere que o mercado está “mais vulnerável do que o normal” a quedas significativas se houver qualquer contratempo no crescimento das Sete Magníficas.

Mesmo assim, Kostin manteve otimismo quanto ao S&P 500. Ele estimou uma meta de 6.500 pontos para o S&P 500 no fim de 2025, representando um ganho de cerca de 11% no índice de referência em relação aos níveis atuais. A previsão está alinhada com a projeção de 6.500 pontos que o Morgan Stanley fez esta semana e um pouco abaixo da meta da BMO Capital Markets para 2025, de 6.700 pontos.

“Em nossa perspectiva macro básica, a economia e os lucros continuam a crescer e os rendimentos dos títulos permanecem em torno dos níveis atuais”, escreveu Kostin. “Mas o risco de eventos permanece alto em 2025, inclusive da ameaça potencial de uma tarifa generalizada e do risco potencial de rendimentos de títulos ainda mais elevados.”

Embora ainda seja um retorno saudável, 11% são bem inferiores em comparação com o desempenho dos últimos dois anos. Em 2023, o S&P 500 se recuperou fortemente, terminando o ano com alta de 24%. Até agora, neste ano, também subiu 24% – isso depois que os investidores começaram o ano bastante pessimistas, esperando apenas um ganho de 2%, de acordo com uma pesquisa de fevereiro da agência Reuters.

As previsões de Kostin pressupõem que Trump implementará tarifas gerais sobre todas as importações, com peso maior para as chinesas. Economistas esperam que as tarifas sejam amplamente inflacionárias, já que os custos elevados tendem a ser repassados aos consumidores.

Muitos desses efeitos negativos serão mitigados pelo que o Goldman espera ser um cenário econômico otimista no geral, com a inflação caindo, um Federal Reserve dovish (que favorece taxas de juros mais baixas e uma menor preocupação com a inflação) e atividade acelerada de fusões e aquisições, o que pode levar a maiores retornos para investidores em empresas que forem compradas.



Fonte: Neofeed

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Vita faz novo investimento e mira R$ 30 bilhões em consultoria até 2026

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Vita faz novo investimento e mira R$ 30 bilhões em consultoria até 2026
Tempo de Leitura:3 Minuto, 16 Segundo


A aceleradora de Multi-Family Offices (MFO) Vita Investimentos fez uma aquisição de uma fatia minoritária na Consist, MFO com atuação em São Paulo, capital e Interior do Estado.

Essa é a 14ª investida da empresa desde 2022 e o seu ecossistema de consultorias já soma R$ 3,5 bilhões. O objetivo é chegar até 2026 com cerca de 35 operações e R$ 30 bilhões sob consultoria.

Fundada em 2020 e comandada por Renato Riga e Alexandre Latuf, a Consist possui cerca de R$ 250 milhões em ativos sob consultoria (AUC), com clientes de patrimônio médio de R$ 7 milhões (sobretudo, empresários) e operações em Sorocaba e São Carlos, além de São Paulo.

“A parceria com a Consist representa mais um passo na missão da Vita de consolidar consultorias independentes em um ambiente de colaboração e inovação tecnológica”, afirma Ricardo Guimarães, sócio da Vita, em entrevista ao NeoFeed.

Para Renato Riga, sócio da Consist, a parceria traz ganhos tecnológicos, diminuindo custos e burocracias, o que amplia o foco no atendimento e coloca a empresa em um ambiente de troca de informações.

“Há uma questão de intercâmbio de melhores práticas, tanto pelo contato com a equipe da própria Vita quanto das demais investidas, o que, por sua vez, resultará em benefícios para o cliente final”, explica.

A Vita é uma aceleradora de Multi-Family Offices oferecendo suporte em tecnologia, inteligência de mercado e desenvolvimento comercial para consultorias independentes, com operações no Brasil e nos Estados Unidos, inspirada na americana Focus Financial Partners.

Na visão da empresa, menos maduro, o mercado de consultoria no Brasil tem mais dificuldade de se desenvolver do que nos Estados Unidos, por não oferecer soluções para se plugar de forma independente. A infraestrutura tecnológica ficou a cargos de bancos e corretoras, que preferem atuar no modelo de assessoria de investimento para ter uma rentabilidade maior e mais controle sobre o cliente.

No entanto, nos últimos anos do pós pandemia, muitas casas apostaram nesse modelo e surgiram diversas consultorias, que hoje percebem que precisam ser grandes e ter estrutura para sobreviver.

“Este mercado está passando por uma grande consolidação. Com os mínimos para ter acesso a produtos e serviços aumentando passa a ser muito importante ser grande em total de AuC. E muitas consultorias que abriram estão buscando se tornar mais robustas”, afirma Nathalie Girard Torque, sócia da Vita.

A Vita busca seus parceiros olhando para o valor do capital humano, o potencial das regiões em que estão e como eles se complementam com o restante do seu portfólio. A empresa está entre as principais consolidadoras do mercado de consultoria e pretende chegar a 2026 com um leque entre 35 e 40 operações, que somarão cerca de R$ 30 bilhões.

Juntamente com o suporte em infraestrutura e tecnologia, a empresa quer agora focar no apoio ao crescimento das suas investidas. Por isso, há dois meses, trouxe como sócio Guilherme Galli, que foi diretor do B2B do BTG Pactual e tem passagens anteriores pela XP e pelo Itaú BBA. Ele também vai ajudar a Vita a identificar outras potenciais investidas.

Além desse braço, a Vita conta ainda com seu Multi Family Office próprio, que hoje tem R$ 3,5 bilhões sob consultoria e pretende chegar a R$ 7 bilhões em dois anos.

Para a empresa, a CVM 179, que entrou em vigor neste mês e traz transparência nos custos de distribuição no mercado financeiro, deve, com o tempo, impulsionar o mercado de consultoria, assim como aconteceu nos EUA. Mas a velocidade disso dependerá do quão transparente realmente o mercado se tornar.

“Antes era uma competição injusta do serviço “gratuito” contra o pago. Agora há instrumentos para conversar sobre propostas diferentes. Mas é preciso ver como essa informação vai chegar ao cliente ou se será mascarada como a marcação a mercado” afirma Nathalie Torque, sócia da Vita. “Mas temos um arcabouço e isso é um avanço.”





Fonte: Neofeed

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xAI, de Elon Musk, capta US$ 5 bilhões e já vale US$ 50 bilhões

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xAI, de Elon Musk, capta US$ 5 bilhões e já vale US$ 50 bilhões
Tempo de Leitura:2 Minuto, 41 Segundo


Não seria exagero dizer que Elon Musk, maior cabo eleitoral de Donald Trump, foi um dos grandes vencedores na eleição presidencial americana. Agora, nessa onda, o bilionário por trás de empresas como Tesla, X e SpaceX está se capitalizando para avançar em outra corrida: a inteligência artificial.

Startup de inteligência artificial que tem Musk entre seus fundadores, a xAI anunciou nesta quinta-feira, 21 de novembro, que captou US$ 5 bilhões em uma rodada que avalia sua operação em US$ 50 bilhões, mais do que o dobro do valuation alcançado pela empresa há seis meses.

Segundo o The Wall Street Journal, devem participar do novo aporte nomes de peso como Qatar Investment Authority, o fundo soberano do Catar; Valor Equity Partners; Sequoia Capital; e Andreessen Horowitz.

Com a rodada, a startup chega a uma captação total de US$ 11 bilhões apenas em 2024. No total, desde a sua fundação, em julho de 2023, a companhia já levantou US$ 11,4 bilhões, em quatro rodadas, incluindo nessa conta a nova injeção de recursos.

Em maio deste ano, a xAI foi avaliada em US$ 24 bilhões quando levantou uma rodada de US$ 6 bilhões com a participação justamente dos fundos Andreessen Horowitz, Sequoia Capital e Valor Equity Partners, além de Vy Capital e Fidelity Management & Research.

Já no fim de outubro, o The Wall Street Journal revelou que a empresa estava em estágio inicial de negociações para uma nova tranche de investimentos, que levaria o seu valuation ao patamar de US$ 40 bilhões.

O fato é que o interesse dos investidores nos negócios capitaneados por Musk aumentou desde que a Donald Trump venceu as eleições presidenciais dos Estados Unidos, no início deste mês. O empresário injetou centenas de milhões de dólares na campanha e liderou comícios do candidato republicano.

As ações da Tesla, por exemplo, acumularam uma alta de aproximadamente 35% desde que o resultado da eleição foi conhecido até a última quarta-feira, 20 de novembro.

No caso da xAI, parte da nova captação será reservada para a compra de 100 mil chips adicionais da Nvidia, que serão usados para treinar modelos de inteligência artificial. Recentemente, a startup disse a investidores que chegou a uma receita de US$ 100 milhões em base anualizada.

O carro-chefe da empresa é o chatbot Grok, disponível para assinantes premium do X (antigo Twitter), outra companhia do guarda-chuva de Musk. A startup também disponibilizou a ferramenta para clientes corporativos.

Lançada em novembro de 2023, o chatbot chegou atrasado em uma disputa que já tem concorrentes atuando há mais tempo. Entre eles, a Anthropic, turbinada por cheques da Amazon e da Alphabet, e, principalmente, a OpenAI, dona do ChatGPT.

Musk ajudou a fundar a OpenAI, em 2015, e superar a empresa parece ser um de seus principais focos. O bilionário já processou a companhia e seu CEO, Sam Altman, por suposta fraude e violações antitruste.

Nessa corrida, a rival de Musk também ganhou um novo fôlego recentemente. No início de outubro, a OpenAI anunciou uma nova captação, de US$ 6,6 bilhões, junto a nomes como Thrive Capital, Softbank e Tiger Global. Com o aporte, a empresa foi avaliada em US$ 157 bilhões.



Fonte: Neofeed

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