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Assaí embala pacote de projetos para aumentar o seu “share of wallet”

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Assaí pisa no freio em expansão para reduzir alavancagem
Tempo de Leitura:5 Minuto, 21 Segundo


Há alguns trimestres, a desalavancagem tem ditado o tom do discurso do Assaí. O tema se tornou central na rede de atacarejo na trilha da pressão exercida pela combinação da compra de 66 hipermercados Extra, em 2021, com a escalada da taxa Selic na sequência dessas aquisições.

Esse pacote tem sido embalado por um novo ciclo de alta dos juros, o que se refletiu, em outubro, na revisão do guidance de aberturas e investimentos em novas lojas, e no reforço do foco na redução da alavancagem. Isso não significa, porém, que o grupo está deixando de movimentar outras prateleiras.

Como parte dessa agenda, o Assaí está embalando seu “carrinho”, em paralelo, com uma série de projetos para ampliar o share of wallet. Esse caminho passa por projetos em novas categorias e o reforço dos serviços nas lojas, além da ampliação do portfólio de serviços financeiros.

“O que reduzimos foi o investimento em lojas novas”, disse Belmiro Gomes, CEO do Assaí, a jornalistas na quarta-feira, 13 de novembro. “Esses novos projetos seriam feitos independentemente se estivéssemos abrindo 10, 30, 40 lojas ou se tivéssemos dívida ou não.”

Como parte da revisão anunciada pelo Assaí, que aponta para um investimento entre R$ 1 bilhão e R$ 1,2 bilhão para 2025, a parcela dos novos projetos dentro dessa conta está na faixa de R$ 250 milhões a R$ 300 milhões, no caso dos serviços, e de R$ 100 milhões a R$ 150 milhões em tecnologia e inovação.

O montante restante, entre R$ 650 milhões e R$ 750 milhões, será destinado a abertura de 10 lojas em 2025, contra a projeção anterior de 20 unidades. E é justamente no “chão de loja” que o Assaí vem colocando em prática a inserção de novas categorias em seu mix.

Batizado de “In & Out”, o projeto passa pela ótica de compras de oportunidade, com produtos ofertados a preços mais baixos e por tempo limitado, que podem ou não passar a integrar o sortimento das lojas da rede. Importados e eletrônicos são algumas das categorias em teste nessa nova gôndola.

“Air-friyers, televisores e coolers são alguns dos exemplos que já testamos”, disse Gomes, ressaltando que a rede terá novidades em breve em categorias. “Nós podemos colocar um preço muito agressivo, de fato, porque conseguimos operar com um custo baixo e boa parte desse custo já está lá.”

Com o viés de aumentar o tíquete médio, a recorrência e as vendas cruzadas nas lojas, o projeto reforça uma pegada já de alguns anos do Assaí. Em linha com as mudanças feitas no modelo de atacarejo, a rede incorporou novas categorias em seu mix. E trouxe alguns dados para sustentar essa tese.

O grupo já contabiliza, por exemplo, 1 milhão de pneus vendidos anualmente, o equivalente a 4,5% do mercado brasileiro de pneus de reposição. Em outra área, a empresa já alcançou a marca de 3 mil garrafas de vinho vendidas por hora.

Nessa mesma direção de ampliar o formato para atrair novos públicos, a inclusão de serviços como açougues, padarias e a melhoria das ofertas de hortifruti são outro movimento já feito pelo Assaí. E que vai ganhar cada vez mais espaço na base de lojas da empresa.

Com a previsão de encerrar 2024 com mais de 300 lojas, o grupo tem atualmente 573 serviços já implementados nesse parque, com uma média de serviços por loja. Outros 43 serão implementados ainda nesse ano e, para 2025, o plano é adicionar outros 137 em 80 lojas.

“Havia um ceticismo no mercado quando seguimos esse caminho, pois se falava que os serviços poderiam ser um detrator do modelo de negócio do atacarejo”, disse o CEO. “Mas, de 2015 para cá, o nosso SG&A segue praticamente estável. Ele não foi alterado por conta dessas evoluções.”

Um outro passo dentro dessa evolução é aumentar a oferta na área de serviços financeiros. Atualmente, esse portfólio está centrado em ofertas como o cartão Passaí e na FIC, financeira fruto de uma joint venture com o Itaú Unibanco.

“Hoje, essas ofertas atendem a apenas um pedaço das necessidades, pois são voltadas à pessoa física”, afirmou Vitor Fagá, CFO do Assaí. “Vamos começar a estender esse portfólio a pessoas jurídicas e o primeiro passo será em subadquirência.”

Segundo o CFO, a rede está em fase de definição do parceiro para esse primeiro movimento em subadquirência. E a previsão é de que o projeto em questão deva ser colocado “na rua” no primeiro trimestre de 2025.

Dívida e M&As

No que diz respeito à desalavancagem, a outra prioridade no calendário do grupo, os executivos reforçaram os avanços recentes, com o reperfilamento e o alongamento da dívida, além da meta de fechar 2025 com uma alavancagem de 2,6 vezes.

Nos dados mais recentes, o Assaí fechou o terceiro trimestre com uma dívida líquida de R$ 13,8 bilhões, contra R$ 14,08 bilhões, um ano antes. E uma alavancagem de 3,52 vezes, contra o patamar de 4,4 vezes registrado no terceiro trimestre de 2023.

Gomes reservou tempo ainda para comentar o desafio de equilibrar o mantra da desalavancagem – que se refletiu no pé no freio em expansão – com o avanço de concorrentes, em especial, os regionais e, nesse mapa especificamente, o Grupo Mateus, na região Nordeste.

“O único player que temos visto com mais apetite é o Grupo Mateus, mas, mesmo assim, ainda pequeno”, disse o CEO. “É preciso esperar 2025 para ver quantas lojas de fato vão ser abertas, porque boa parte das aberturas foram anunciadas quando a curva de juros era outra.”

Ele também acrescentou que o que deve ser considerado nessa conta é o fato de que um projeto de abertura orgânica leva, em média, 4 a 5 anos para ser concluído. Além do tamanho total do mercado, de cerca de 2,5 mil lojas hoje.

“Para um mercado desse porte, não são 10 lojas que mexem o ponteiro”, afirmou. “Então, não é porque seguramos investimento em um, dois anos. Mesmo que um player regional ganhe participação, ainda será muito mais baixa que o Assaí em nível Brasil.”

As ações do Assaí estavam sendo negociadas com queda de 4,16% na B3 por volta das 14h10, cotadas a R$ 6,91. No ano, os papéis registram uma desvalorização de 50% e a companhia está avaliada em R$ 9,3 bilhões.



Fonte: Neofeed

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O “tempero” no balanço da BRF: R$ 946 milhões em dividendos e o salto dos investimentos

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Tempo de Leitura:5 Minuto, 19 Segundo


Após uma série de turnarounds desde 2013, a BRF parece, enfim, a caminho de ser bem-sucedida em seu quinto plano de reestruturação nesse intervalo, iniciado em meados de 2022. E, num intervalo de menos de 24 horas, a empresa trouxe duas provas de que está vivendo, de fato, um novo momento.

A primeira delas veio na noite da quarta-feira, 13 de novembro, com o anúncio de uma distribuição de juros sobre capital próprio, a primeira desde 2016, no valor de R$ 946 milhões e correspondente ao valor bruto de R$ 0,57 por ação.

O segundo movimento que traduz um cenário mais otimista para a operação foi feito na manhã de quinta-feira, 14 de novembro, quando o grupo de alimentos dono das marcas Sadia e Perdigão deu mais detalhes sobre outros destinos da alocação dos seus recursos.

“Em 2025, teremos um investimento bem superior ao ritmo dos últimos dois anos”, afirmou Fabio Mariano, CFO da BRF, em call com analistas. “Obviamente, precisamos remunerar o capital próprio, há oito anos não fazíamos isso, mas vamos priorizar o crescimento da companhia.”

Uma parcela considerável desse novo plano será aplicada na expansão da capacidade de produção da empresa. E, apenas nessa linha, o executivo afirmou que a BRF já tem um pipeline de projetos no valor de R$ 1 bilhão em avaliação, o que não significa que todos eles serão necessariamente aprovados.

Para se ter uma base de comparação em relação aos últimos anos, o capex total da companhia em 2023 chegou a R$ 3,1 bilhões. Já no acumulado de janeiro a setembro de 2024, o montante foi de R$ 3 bilhões.

“Além de haver sentido e espaço na estrutura, essa é uma ótima sinalização para a nossa base acionária”, observou o CFO. Ele ressaltou que boa parte dos recursos será aplicada em categorias como processados e congelados, de alto valor agregado, além do crescimento da capacidade de abate.

Em termos de geografias, ele citou como alguns prováveis destinos desses aportes plantas que já estão operando próximas de suas capacidades plenas. Esses são os casos, por exemplo, das fábricas em Abu Dhabi e na Arábia Saudita, além de uma unidade de congelados no Brasil.

No que diz respeito à alocação de capital, a BRF também tirou do forno um novo programa de recompra para a aquisição adicional de até 30 milhões de ações. E, como parte dessas discussões, a empresa também foi questionada por analistas sobre a possiblidade de distribuir dividendos extraordinários.

“A estratégia de priorização passa por uma decisão do controlador e da sua estratégia”, afirmou Miguel Gularte, CEO da BRF. “O que temos feito é trabalhar no dia a dia pra que a empresa tenha condições de fazer as suas escolhas. Existe espaço para crescer e retribuir ao acionista.”

Ele se referiu à Marfrig, dona de uma fatia de 50,49% da operação. Gularte, inclusive, atuava como CEO da companhia até agosto de 2022, quando foi anunciado para assumir o mesmo posto na BRF, a partir da indicação da controladora, cujas ações registravam alta de 7,24% por volta das 13h15.

De volta ao campo da BRF, o balanço trimestral que acompanhou a distribuição de juros sobre capital próprio e a recompra de ações também trouxe alguns marcos para a companhia. Entre eles, a maior geração de caixa operacional da sua história, de R$ 3 bilhões, contra R$ 558 milhões um ano antes.

Em outros indicadores, a empresa reduziu sua dívida líquida entre julho e setembro, na base anual, em 33,7%, para R$ 6,86 bilhões, a menor cifra desde 2015. Já a alavancagem saiu de 2,66 vezes para 0,71 vez, o menor patamar da história do grupo.

Programa de eficiência adotado na gestão de Gularte, o BRF+ também registrou índices recorde, ao capturar R$ 330 milhões no trimestre e alcançar a soma de R$ 1,13 bilhão no acumulado de janeiro a setembro.

No trimestre, a BRF reverteu ainda o prejuízo líquido de R$ 262 milhões apurado há um ano ao contabilizar um lucro líquido de R$ 1,13 bilhão. A receita líquida, por sua vez, avançou 12,4%, para R$ 15,5 bilhões, enquanto o Ebtida ajustado cresceu 146,4%, para R$ 2,96 bilhões.

Um novo patamar

Em relatório no qual salientou o “ciclo de pico” da empresa, forte da receita ao lucro, o BTG Pactual ressaltou outros indicadores, como a margem Ebitda ajustada recorde de 19,1%, além do Ebitda ajustado acima do consenso e da geração de fluxo de caixa livre mais robusta.

“Isso permitiu que a BRF anunciasse a distribuição de juros sobre capital próprio, o primeiro desde 2016, juntamente com um novo programa de recompra de ações. Esperamos que venha mais quando o resultado do ano fiscal for divulgado”, escreveu o banco.

Entre outros pontos, os analistas do BTG também observaram que a operação brasileira da BRF “roubou a cena” no período, com uma margem Ebitda recorde de 16,6% e um Ebitda de R$ 1,2 bilhão, 10% acima das projeções do banco.

Ao destacar a frase “que seja eterno enquanto durar”, o BTG disse acreditar que a BRF já superou a fase em que os investidores questionariam sua capacidade de entregar níveis históricos de margem normalizados.

“Mas, a menos que estejamos inclinados a acreditar que as margens e o crescimento de alguma forma aumentaram em relação ao histórico, as avaliações não parecem deixar muito valor a ser capturado”, acrescentou o banco, com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 25 para a ação.

Já o Goldman Sachs frisou que o balanço da BRF se fortaleceu ainda mais e que a empresa manteve seu bom momento, ao apontar que o mercado internacional seguiu sendo responsável pela maior parte da “surpresa” na lucratividade da companhia, enquanto o Brasil sustentou margens sólidas.

Ao ressaltar possíveis upsides em frentes como ganhos operacionais contínuos, preços de grãos mais baixos e a abertura de novos mercados – foram 13 habilitados no trimestre e 70 no ano -, o banco manteve, porém, a recomendação neutra e o preço-alvo de R$ 24 para o papel.

As ações da BRF registravam uma ligeira queda de 0,24% na B3 por volta das 13h15, cotadas a R$ 24,88. Os papéis têm uma valorização, no entanto, de 80,1% no acumulado de 2024. A BRF está avaliada em R$ 40,7 bilhões.



Fonte: Neofeed

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Personalização é segredo do Nubank para servir a 100 milhões no Brasil, diz CEO

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Personalização é segredo do Nubank para servir a 100 milhões no Brasil, diz CEO
Tempo de Leitura:5 Minuto, 24 Segundo


No início de novembro, o Nubank alcançou a marca de 100 milhões de clientes no Brasil. Isso corresponde a mais de 57% da população adulta do país, e inclui também mais de 4,5 milhões de empresas (contas PJ) e 3,7 milhões de jovens de 10 a 17 anos que escolheram o Nu para otimizar sua jornada financeira. Ao oferecer soluções financeiras inovadoras, transparentes e simples, a companhia promoveu às pessoas a possibilidade de gerir melhor seu dinheiro e eliminar burocracias por meio da inclusão financeira para diferentes faixas etárias e segmentos.

“Dez anos atrás, o Nu era um cartão roxinho, sem tarifas, gerenciado através de um aplicativo. Desde então, adicionamos dezenas de produtos e começamos a ver esse crescimento se tornar cada vez mais exponencial, não apenas em número de clientes, mas também em engajamento, receita, e mantendo altos níveis de satisfação”, afirma Livia Chanes, CEO do Nubank no Brasil.

A executiva atribui o sucesso conquistado à missão da empresa e ao seu modelo de negócios. A operação 100% digital e com foco em eficiência permite ao Nu manter seus custos em média 85% mais baixos do que os de incumbentes. A vantagem é repassada aos clientes em tarifas mais baixas e investimento em inovação de produtos. Soma-se a isso à facilidade de uso do app e ao reconhecido atendimento ao cliente do Nu, e o crescimento é explosivo, reflete Livia.

Segmentação para impulsionar o crescimento

A base de clientes do Nu foi se diversificando, e hoje atinge todas as faixas de renda e idades. “À medida que começamos a alcançar uma escala massiva, observamos que nossa base de clientes também se tornava mais heterogênea, similar à representatividade da população brasileira,” diz a CEO.

Com uma base tão diversa, o Nubank decidiu dividir suas estruturas internas e externas por segmentos, com o intuito de entregar uma proposta de valor que fizesse sentido para o momento de vida de cada cliente – inclusive aqueles que eram adeptos do cartão roxinho desde 2014 e cresceram, aumentaram sua renda e começaram a esperar mais da instituição.

O primeiro grande passo em direção à segmentação do portfólio foi o lançamento em 2021 do cartão de crédito black, exclusivo para a alta renda, que evoluiu até chegar à experiência Ultravioleta. Além do cartão de metal com cashback que rende a 200% do CDI, os clientes de alta renda contam com opções de investimento adequadas a suas necessidades e uma experiência exclusiva de viagens que inclui conta global e um portal de compra de passagens e reserva de hotéis com condições especiais, entre outras vantagens.

De 2022 para 2023, o número de clientes Ultravioleta dobrou, e o volume de compras do cartão cresceu 70%. O Nubank almeja expandir ainda mais sua principalidade nesse mercado, que representa uma oportunidade de R$ 200 bilhões e abrange cerca de 4 milhões de pessoas no país.

Para os clientes de renda intermediária e ambições similares à alta renda, segmentados no Nu com o nome SuperCore, a empresa lançou em 2024 o Nubank+, uma evolução da experiência Nubank, com benefícios exclusivos, como cashback em todas as compras, acesso gratuito por um ano ao serviço de streaming Max, e benefícios de acesso em ações de marketing, como a “The FRIENDS™ Experience” em São Paulo.

Mass market: o perfil do brasileiro

Uma das prioridades do Nu é ganhar principalidade nos segmentos de alta renda e SuperCore, já que a proposta de valor para o segmento chamado Mass Market – que inclui por volta de 90% da população brasileira – está melhor sedimentada, explica Livia.

Para este público, a empresa se destaca desde o início pelas tarifas baixas e por seus modelos de ponta em concessão de crédito responsável, prioridade para o segmento. Um exemplo é o cartão com a função de construir limite, que começa a partir de 50 reais por mês e pode ser incrementado conforme o comportamento positivo de crédito.

O Nubank oferece ainda produtos aos quais o Mass Market não costumava ter acesso, relata Livia, como é o caso das Caixinhas – ferramenta de organização financeira que permite guardar dinheiro com objetivos concretos. Hoje, mais de um em cada cinco clientes mass market (21,5%) já tem uma Caixinha, sendo a de reserva de emergência a mais prevalente.

Segmentação além da renda

Além de segmentar a base em faixas de renda, o Nu vem abrindo novas verticais de crescimento em segmentos antes não explorados, como é o caso das de pequenas e médias empresas, um mercado que representa aproximadamente R$ 130 bilhões em oportunidades de receita no país. O Nubank oferece produtos para PJ desde 2019, e atingiu, em 2024, 4,5 milhões de clientes, um aumento de 31% em comparação ao ano anterior.

Dentre as facilidades oferecidas estão conta, Caixinhas, Pix, tap to pay, e soluções de crédito – prioridade também nesse segmento. Além de permitir a transferência de limites entre os cartões de crédito PF e PJ, ferramenta inovadora no mercado, em 2024 o Nubank lançou o Capital de Giro.

Crescer entre o público PJ é também uma forma de aumentar o engajamento dos empreendedores em suas contas pessoa física, explica Livia. A oportunidade é especialmente importante entre o público de alta renda, já que aproximadamente 50% nessa faixa são donos do próprio negócio, e ainda podem trazer empreendimentos de maior porte.

Outra vertical que abre espaço para atender a um público antes não coberto pela instituição é a solução para menores de 18 anos. De 2022 para cá, o Nu conquistou 3,7 milhões de clientes nesse segmento, e outros 600 mil que começaram antes dos 18 e hoje já usam os produtos “para adultos”. Hoje, a empresa oferece nesse portfólio produtos como conta, cartão de débito, Pix e Caixinhas – com o objetivo principal de contribuir com uma jornada financeira responsável desde o início, sob supervisão dos pais ou responsáveis.

Para Livia, o que trouxe o Nu até aqui é muito similar ao que vai continuar levando a empresa a novos patamares no futuro: “Somos capazes de atender com excelência a uma jornada financeira completa, desde o primeiro acesso até produtos mais sofisticados. Não só isso, mas estamos investindo em ferramentas cada vez melhores, inclusive em inteligência artificial de ponta, para ajudar o cliente a administrar suas finanças e avançar em uma jornada financeiramente saudável, sempre otimizando seu patrimônio, independente do tamanho dele”.

Saiba mais sobre a segmentação de clientes do Nubank:





Fonte: Neofeed

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CI&T tem receita recorde impulsionada pela inteligência artificial

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CI&T tem receita recorde impulsionada pela inteligência artificial
Tempo de Leitura:3 Minuto, 31 Segundo


Quando o GPT 3.5, base do que seria o ChatGPT, foi lançado em novembro de 2022, muitas pessoas próximas a Cesar Gon, fundador e CEO da CI&T, alertaram que ele deveria conhecer melhor a ferramenta.

Um mês depois, em férias, ele resolveu “brincar” com o GPT 3.5 e ficou horas programando, atividade que não fazia há muito tempo. “Esse negócio vai virar do avesso à indústria de software”, pensou Gon, naquela época.

Foi o que bastou para que Gon começasse a virar do avesso a própria CI&T para que ela pudesse se preparar para a transformação que estava em curso com a inteligência artificial. E, agora, os primeiros resultados começam a aparecer.

Nesta quinta-feira, 14 de novembro, a CI&T divulgou um trimestre com receita recorde de R$ 622,2 milhões, um crescimento de 17,6% se comparado com o mesmo período do ano passado e de 10% sobre o trimestre anterior.

O lucro líquido ajustado cresceu 32,9%, para R$ 56,5 milhões. E o Ebitda ajustado avançou 24,2% para R$ 121,4 milhões, com margem Ebitda ajustada de 19,5%.

Além disso, a CI&T revisou para cima o guidance para o quarto trimestre de 2024, estimando que a receita ficará entre R$ 620 milhões e R$ 655 milhões, uma expansão equivalente a 22% ano a ano na faixa média dessa receita.

Por trás desses números, Gon não tem dúvida de que a inteligência artificial contribuiu – e muito – para o resultado. “A gente acertou o ponto (da IA). Temos um foco grande em eficiência e em demonstrar o ganho para os clientes”, diz o CEO da CI&T, ao NeoFeed.

Não é possível estimar o quanto da receita da CI&T foi turbinada pela inteligência artificial. Até por conta da decisão que Gon tomou de não criar uma unidade, mas sim espalhar a tecnologia para todas as áreas – ou times, como ele prefere chamar.

A base para isso é a CI&T Flow, uma plataforma que conta com 2 mil agentes que estão turbinando a performance dos mais de seis mil profissionais da companhia. Um exemplo de como a plataforma ajuda a CI&T é o caso de uma pesquisa para desenvolver uma solução ao cliente.

Cesar Gon, fundador e CEO da CI&T

“É preciso fazer a pesquisa com os clientes e depois desenhar maneiras para consolidar um grande conjunto de entrevistas”, explica Gon. “Agora, em faço isso em horas com uso de agentes específicos.”

Gon diz também que tão grande quanto o esforço de codificar é o de testar. “Temos agentes para automatizar toda a estratégia de teste. Reduz o tempo e o esforço e aumenta em muito a qualidade do que é desenvolvido.”

O CI&T Flow já é usado por 75% dos times da empresa brasileira. “E isso impacta 80% da nossa receita. Mais de 100 clientes estão conseguindo ver benefícios dessa nova engenharia de software turbinada pela IA”, afirma Gon.

Outros fatores contribuíram também para o resultado recorde da CI&T. Um deles foi o fato de a receita dos 10 maiores clientes ter aumentado 25% no trimestre.

Mas novos clientes foram conquistados no fim de 2023 e começo de 2024, que começam a ganhar agora escala, como os casos de Domino’s Pizza, Audi e Volkswagen, todos nos EUA.

“Estamos tomando espaço dos competidores em função da capacidade de mostrar produtividade e velocidade com a IA”, afirma Gon. “Não significa que as empresas estão investindo mais, mas estamos ganhando um share maior.”

Da receita da CI&T no terceiro trimestre, 45,8% veio da América do Norte (a maior parte dos Estados Unidos), 40,4% da América Latina (onde o Brasil é o maior mercado), 9,4% na Europa e 4,4% na Ásia/Pacífico.

A CI&T está avaliada em US$ 927 milhões. Neste ano, suas ações, que são negociadas na Bolsa de Nova York, sobem quase 32%. Mas desde o IPO da empresa, em novembro de 2021, a queda é de mais de 65%. Antes da abertura do mercado, no pre-market, os papeis subiam mais de 7%





Fonte: Neofeed

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