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Boeing quer levantar US$ 25 bilhões para tirar companhia “do chão”

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Boeing quer levantar US$ 25 bilhões para tirar companhia
Tempo de Leitura:2 Minuto, 51 Segundo


A Boeing quer levantar US$ 10 bilhões via emissão de novas ações para tentar estabilizar sua fragilidade financeira. A saída é uma tentativa de dar um respiro a seu novo CEO, Robert “Kelly” Ortberg, que assumiu o “manche” no começo de agosto.

Segundo documentos regulatórios tornados públicos na terça-feira, 15 de outubro, a fabricante de aeronaves sinalizou aos investidores a intenção de levantar até US$ 25 bilhões via emissão de ações ou dívida. A companhia também avalia firmar novos acordos com credores.

Fontes ouvidas pelo jornal The Wall Street Journal afirmaram que uma oferta de ações deve girar em torno de US$ 10 bilhões. Não há informações sobre quando essa operação pode acontecer.

Os recursos viriam a calhar, considerando as circunstâncias vividas pela Boeing e o alerta das agências de classificação de risco. Elas disseram que a companhia precisa levantar recursos sob o risco de que seus títulos de dívida poderiam ser rebaixados para o status de junk, reservado para ativos de pior qualidade.

A Boeing vive uma crise sem precedentes desde 2018, último ano em que registrou lucro, queimando quase US$ 1 bilhão em caixa – no segundo trimestre, o consumo de caixa totalizou US$ 4,3 bilhões, acima dos US$ 3,9 bilhões apurados nos primeiros três meses do ano.

Seu mais recente problema envolve uma greve promovida pelo principal sindicato de funcionários da companhia. A paralisação dura mais de um mês, com os funcionários protestando contra a perda de direitos e exigindo melhores salários. A situação resultou no adiamento de seu novo avião, o 777X.

Os problemas da Boeing remontam a 2018 e 2019, quando dois aviões 737 MAX caíram e mataram 346 pessoas, forçando a interrupção das operações da quarta geração da família de aeronaves 737 por cerca de 20 meses, em todo o mundo.

Junto a outras notícias de voos com problemas, a Boeing começou a ser acusada de negligência em seus processos de certificação de segurança, gerando uma crise de confiança em torno da companhia.

Uma reportagem de abril deste ano do jornal The New York Times apurou que a FAA, a agência reguladora do setor dos Estados Unidos, investigava alegações feitas por um engenheiro da Boeing de que seções da fuselagem do avião 787 Dreamliner estava sendo inadequadamente fixadas e poderiam se separar durante o voos, após milhares de viagens.

Em julho, a Boeing acabou concordando, em princípio, em se declarar culpada de fraude em conexão aos acidentes fatais com o 737 MAX, em processo movido pelo governo dos Estados Unidos.

Desde o final de 2019, a empresa perdeu quase US$ 90,7 bilhões em market cap, sendo atualmente avaliada em US$ 92,6 bilhões. E em função das menores entregas de aeronaves, além de questões envolvendo a divisão militar, fez com que a companhia registrasse um prejuízo de US$ 1,4 bilhão no segundo trimestre, muito acima da perda de US$ 149 milhões vista no mesmo período de 2023.

Para tentar resolver a situação, além da injeção de novos recursos, Ortberg também está ajustando a operação. Além do adiamento do lançamento do 777X, a Boeing está descontinuando o avião cargueiro 767 e vai cortar 10% de sua força de trabalho global, o que equivale à demissão de 17 mil pessoas.

Por volta das 11h no horário local, as ações da Boeing subiam 1,72%, a US$ 151,57. No ano, elas acumulam queda de 40,5%.



Fonte: Neofeed

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Em São Paulo, a retomada das lajes corporativas vai além do eixo da Faria Lima

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Em São Paulo, a retomada das lajes corporativas vai além do eixo da Faria Lima
Tempo de Leitura:3 Minuto, 29 Segundo


Renato Almeida, head de corporate offices da consultoria americana Cushman & Wakefield, costuma comparar o mercado imobiliário com uma locomotiva. Quando a crise bate, ele demora para frear. E quando a economia volta, sua retomada é mais devagar.

A boa notícia é que, após um 2023 desafiador, um espaço em particular do setor está voltando aos trilhos: as lajes corporativas de alto padrão. E, no caso de São Paulo, essa recuperação já não está mais concentrada apenas no eixo dos escritórios da Faria Lima, do Itaim Bibi e adjacências.

Esse é o retrato de uma nova pesquisa da Cushman & Wakefield, que traz dados de escritórios corporativos na capital paulista relativos ao terceiro trimestre, a qual o NeoFeed teve acesso com exclusividade.

“Há um movimento agora que nós chamamos de flight to price”, afirma Almeida, ao NeoFeed. “Ou seja, de empresas que estão buscando uma qualidade de ocupação de um prédio classe A+, mas com uma redução significativa no valor de locação.”

Alguns números do segundo trimestre dão uma medida dessa movimentação de metros quadrados. No período, o mercado de escritórios classe A e A+ de São Paulo registrou a maior absorção líquida – o saldo entre locações e devoluções – do ano, de 44.584 metros quadrados.

A avenida Rebouças, com 8.792 metros quadrados, e a Faria Lima, próxima dali, com 7.720, ficaram com o primeiro e o terceiro lugar nesse pódio, respectivamente. Na segunda posição, porém, veio a região da avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini, com 8.129 metros quadrados.

Em um segundo pelotão, além da avenida Juscelino Kubitschek, no Itaim, e da Marginal Pinheiros, um ponto que, até pouco tempo, estava fora da curva de reaquecimento e que se destacou no período foi a região da avenida Chucri Zaidan, na zona sul de São Paulo, com 6.865 metros quadrados de absorção líquida.

Já no que diz respeito à absorção bruta – o volume de locações -, quem ficou na dianteira foi a região da Chucri Zaidan, com 9.639 metros quadrados no período. Seguida pela av. Rebouças, com 8.792 metros quadrados, e av. Juscelino Kubistchek, com 8.386 metros quadrados.

“Há uma queda de braço nas renegociações de contrato, especialmente na Faria Lima, na Vila Olímpia, na região da Rebouças e em Pinheiros”, diz Almeida. “Os proprietários nesses locais estão testando o mercado e pedindo valores próximos de R$ 300 até R$ 330 o metro quadrado.”

Essas regiões foram as principais responsáveis pelo aumento de 13,66% no preço médio por metro quadrado, que foi de R$ 130,19, em relação ao segundo trimestre de 2024. A Faria Lima teve o índice mais elevado, de R$ 286,20. Já a Chácara Santo Antônio, na zona sul, registrou a menor cifra – R$ 83,29.

“Ao mesmo tempo, em regiões como a Chucri Zaidan, os donos dos imóveis estão oferecendo condições melhores e boas concessões, com carências e descontos”, afirma o a executivo. “Na Faria Lima, em média, o aluguel de um escritório do mesmo padrão é três vezes mais caro comparado com a Chucri Zaidan e a Berrini.”

No trimestre, o preço médio por metro quadrado foi de R$ 97,37 na Berrini e de R$ 102,55 na Chucri Zaidan. “Há um equilíbrio maior da demanda e a tendência é de que a absorção comece a migrar para as regiões mais descentralizadas”, diz Almeida

Ele adiciona a Chácara Santo Antônio como um provável terceiro destino nesse mapa. E observa que essa migração está sendo impulsionada por empresas dos setores de serviços, de bens de consumo, de tecnologia e de e-commerce, especialmente após os ajustes ao modelo híbrido do pós-pandemia.

Numa segunda camada, Almeida pontua que a região de Alphaville, em Barueri, vive uma tendência de esvaziamento, após a perda de incentivos fiscais. E quem tem se beneficiado com essa mudança é o bairro da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo.

Os dados mostram ainda que o mercado de lajes corporativas de São Paulo registrou uma vacância de 18,20% no trimestre, uma queda de 5,37 pontos percentuais sobre igual período de 2023 e o menor nível desde o início de 2020.





Fonte: Neofeed

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Google “compra” sua entrada no mercado de energia nuclear para a IA

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Google “compra” sua entrada no mercado de energia nuclear para a IA
Tempo de Leitura:2 Minuto, 17 Segundo


O Google assinou o primeiro acordo corporativo do mundo que visa adquirir energia de pequenos reatores nucleares, entrando na disputa pela fonte de energia que vem se mostrando o futuro da inteligência artificial.

Segundo o documento enviado ao mercado, o acordo fechado com a Kairos Power, empresa especializada em energia nuclear, tem como objetivo colocar o primeiro reator em operação até 2030 e continuar implementando novas unidades até 2035.

No anúncio, as empresas não deram detalhes financeiros sobre a transação e também não informaram onde as usinas seriam construídas no território americano. Porém, o Google disse que concordou em comprar 500 megawatts de energia provenientes de seis a sete reatores, quantidade menor do que a produzida pelos reatores nucleares existentes.

“Sentimos que a energia nuclear pode desempenhar um papel importante em ajudar a atender nossa demanda de maneira limpa e com fornecimento constante,” disse Michael Terrell, diretor sênior de energia e clima do Google, em uma coletiva de imprensa.

A iniciativa do Google segue o movimento de concorrentes e visa atingir um mercado em pleno crescimento. De acordo com o Goldman Sachs, o uso de energia pelos data centers nos EUA deve aproximadamente triplicar entre 2023 e 2030, exigindo cerca de 47 gigawatts de nova capacidade de geração.

Antes, a previsão era de que outras fontes como energia eólica e solar seriam suficientes para suportar essa demanda, mas a realidade é outra.

A Amazon já havia se antecipado nessa corrida, ao comprar um data center movido por energia nuclear da Talen Energy. A Microsoft, por sua vez, fechou um acordo de 20 anos que prevê a compra de energia de uma usina nuclear inativa que será reativada, a Three Mile Island, localizada na Pensilvânia.

Na perspectiva do Google, o corte de gastos é levado em consideração. Os pequenos reatores modulares (SMRs, na sigla em inglês) são projetados para serem componentes construídos em fábricas e não no local de instalação, o que ajuda a reduzir os custos de fabricação.

Porém, especialistas consultados pela Reuters apontam que existem pontos negativos nessa narrativa. Na visão deles, os SMRs podem ser mais caros do que os reatores atuais, já que podem não alcançar a economia de escala das grandes usinas. Além disso, os pequenos módulos poderão gerar resíduos nucleares de longa duração, para os quais o país ainda não tem um depósito final.

O acordo com o Google dependerá do recebimento de permissões da Comissão Reguladora Nuclear dos EUA (NRC) e de agências locais. Apesar da Kairos ter recebido uma licença de construção da NRC para um reator de demonstração no Tennessee em 2023, a companhia ainda precisa de licenças de design e construção para os reatores incluídos no acordo com o Google.



Fonte: Neofeed

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The New York Times expande batalha contra IA e mira a Perplexity, de Jeff Bezos

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The New York Times expande batalha contra IA e mira a Perplexity, de Jeff Bezos
Tempo de Leitura:3 Minuto, 1 Segundo


O The New York Times entrou em uma nova disputa contra as empresas de inteligência artificial e o foco desta vez é na Perplexity, startup apoiada por Jeff Bezos. O jornal americano enviou um aviso à startup de IA generativa, exigindo que a empresa pare de acessar e utilizar seu conteúdo, de acordo com uma carta que o The Wall Street Journal teve acesso.

O documento, enviado pelo escritório de advocacia do Times, afirma que a maneira como a Perplexity está usando seu conteúdo, seja para criar resumos ou verificar informações, viola seus direitos autorais.

“A Perplexity e seus parceiros comerciais foram injustamente beneficiados ao usar, sem autorização, o jornalismo expressivo, cuidadosamente escrito, pesquisado e editado do Times sem uma licença”, afirmou o jornal.

Em resposta à intimação, o CEO da Perplexity, Aravind Srinivas, disse em entrevista que a empresa não está ignorando os esforços do Times para bloquear o rastreamento de seu site. Além disso, ele afirmou que a Perplexity deve responder ao aviso legal dentro do prazo estabelecido, que se encerra em 30 de outubro.

“Estamos muito interessados em trabalhar com cada editor, incluindo o The New York Times“, disse Srinivas. “Não temos interesse em ser antagonistas de ninguém.”

Lançada em 2022 e apoiada por Jeff Bezos, a Perplexity chegou ao mercado para tentar desafiar o Google. Na prática, ela também funciona como um site de buscas, mas com informações geradas por inteligência artificial.

Assim, quando os usuários digitam algo no espaço de busca do site, o mecanismo responde com resumos gerados por IA, junto com fontes destacadas e links. Atualmente, o Google também tem essa função.

Antes da carta oficial, a Perplexity havia dito ao Times que interromperia o uso de tecnologia que ia contra as políticas do jornal. Porém, até 2 de outubro, quando o Times enviou o aviso de “cessar e desistir”, o conteúdo continuava aparecendo na plataforma da startup.

Essa não é a primeira disputa que o The New York Times enfrente uma big tech. O jornal já está batalhando contra a OpenAI, dona do ChatGPT, e a Microsoft também por violação de direitos autorais. Porém, diferentemente do caso da Perplexity, a disputa com a OpenAI chegou à Justiça.

Na intimação realizada no fim de 2023, o Times afirma que sofreu danos de “bilhões de dólares” com essa violação e exige uma indenização. Além disso, a empresa reforçou a solicitação de que a OpenAI apague todos os dados utilizados de sua base.

Não é novidade que as empresas de inteligência artificial são um desafio para os veículos de mídia ao redor do mundo. Isso porque, embora existam casos de uso que facilitam a vida desses meios de comunicação, existem riscos sobre o mau uso de suas informações e até roubo de conteúdo.

Além das questões éticas, o modelo de negócio de grande parte dos veículos envolve receita por meio de publicidade e de assinaturas, que correm risco de perder a sua função com esses “facilitadores”.

Porém, algumas empresas do segmento estão buscando caminhos para contornar o problema. Nos últimos anos, empresas de mídia como a News Corp, controladora do Wall Street Journal, a IAC, dona da Dotdash Meredith, e a Axel Springer, proprietária do Politico, assinaram acordos com a OpenAI. Nesse caso, a empresa de IA realiza uma compensação financeira pelo uso dos conteúdos.

A Perplexity fez uma movimentação semelhante e chegou a fechar alguns acordos com editores dos grandes jornais. Porém, as empresas de mídia afirmam que os termos oferecidos pela startup são menos atraentes do que os acordos na casa de “de oito e nove dígitos” oferecidos pela OpenAI.



Fonte: Neofeed

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