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Em transportes, as quatro top picks do Santander para atravessar o cenário incerto de 2025

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Em transportes, as quatro top picks do Santander para atravessar o cenário incerto de 2025
Tempo de Leitura:4 Minuto, 12 Segundo


Um cenário global marcado por questões como o novo mandato de Donald Trump, conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio, e variações nos preços das commodities. Já no plano da América Latina e do Brasil, fatores como a depreciação cambial, a pressão inflacionária e o ciclo de aumento da taxa de juros.

Esse roteiro de perspectivas traçado para 2025 é o ponto de partida para um novo relatório do Santander, focado no segmento de transportes, que o NeoFeed teve acesso com exclusividade. E é o fio condutor para que o banco escolha a quatro principais empresas do setor com mais “combustível” para atravessar esse contexto de incertezas.

Em ordem de preferência, o quarteto que compõe o que o Santander classifica como as suas “principais ideias” para o próximo ano traz, no topo do ranking, a Rumo, seguida por GPS, Latam e CCR. E, no caso do mercado brasileiro, toma como base algumas barreiras adicionais nesse trajeto.

“Embora ainda mantenhamos uma postura fundamentalmente otimista em relação a muitas das empresas em nossa cobertura, também reconhecemos que a deterioração do ambiente fiscal do Brasil pode se traduzir em uma perspectiva mais pessimista em relação ao cenário de ações do País”, ressaltam os analistas.

Nessa direção, quatro são os argumentos que colocam a Rumo como principal escolha no relatório. Começando pela projeção de uma alta de 5% acima do consenso para o Ebitda da empresa em 2025, com um potencial aumento adicional se as negociações de preços forem mais fortes que o esperado.

“Em poucas palavras, esperamos um Ebitda de cerca de R$ 8,9 bilhões para 2025 (+14% em base anual), implicando um múltiplo EV/Ebitda de 6 vezes em nosso cenário base”, ressaltam os analistas, que mantêm a recomendação neutra, mas reduzem o preço-alvo da ação, de R$ 34 para R$ 27,50.

Além da “avaliação barata” do papel da Rumo, o banco enxerga um panorama favorável para a semeadura da soja na região Centro-Oeste, o que compensaria o tempo perdido e as chuvas intensas de novembro, ainda não refletidas no preço das ações.

O pacote tem ainda a perspectiva de uma oferta/demanda favorável, apoiada pela estimativa de que o déficit de capacidade logística de grãos no Mato Grosso crescerá substancialmente nos próximos 10 anos, o que coloca a Rumo em boa posição para sustentar uma dinâmica de preços sólida.

No caso da GPS, o Santander observa que a manutenção da sua visão construtiva se baseia em indicadores como o histórico recente de um ROE acima de 20%, combinado com projeções de um Ebitda 5% acima do consenso em 2025 e um crescimento composto anual de 20% no lucro por ação até 2033.

O banco também destaca a aquisição da GRSA, concluída em maio de 2024, acompanhada da expectativa de conclusão da integração dessa operação em 1º de janeiro de 2025, o que pode tornar mais evidente a entrega de sinergias no próximo biênio.

“A conclusão dessa integração também pode permitir que a GPS retome sua agenda de M&As menores, o que acreditamos que pode ser um gatilho para as ações”, escrevem os analistas, mantendo a recomendação de compra e mudando o preço-alvo de R$ 27,50 para R$ 25.

Nesse sentido, eles acrescentam que, embora as taxas de juros mais altas possam ser vistas como negativas levando-se em conta esse apetite inorgânico, a estimativa é de que a alavancagem da GPS recue para 1,0 vez em 2025, o que abre espaço para que o grupo busque novos M&As.

Já para a Latam, a visão de “céu de brigadeiro” é embalada por fatores como as perspectivas favoráveis de oferta e demanda; os custos estruturalmente mais baixos, turbinando a competitividade e a lucratividade; e um balanço patrimonial saudável, ainda com espaço para melhorar o custo da dívida.

Entre outros números que traduzem os ventos favoráveis para a operação, os analistas mantêm a recomendação de compra e o preço-alvo de R$ 50 para o papel em 2025. E projetam crescimentos, respectivamente, de 9,8% na receita e de 20,8% no Ebitda da companhia aérea.

Completando o quarteto, o Santander destaca que a visão positiva sobre a CCR encontra um eixo na agenda atual da gestão da companhia, por meio de duas vias: a busca de eficiência e a resolução de reequilíbrios contratuais pendentes, o que o banco entende como principais impulsionadores de valor.

“Estimamos que as alterações e reequilíbrios contratuais em discussão (incluindo a otimização do contrato da MSVia), juntamente com os programas de redução de custos e receita incremental, podem, no total, adicionar R$ 3,7 por ação ao valor patrimonial”, escrevem os analistas.

Com recomendação de compra e um preço-alvo de R$ 15,70 para a ação, contra o patamar anterior de R$ 18, eles ressaltam ainda que a participação em novos leilões e a reciclagem de ativos, como uma transação estratégica no negócio de aeroportos ou a venda de participação em ativos maduros, pode gerar um valor adicional à operação.





Fonte: Neofeed

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Ineficaz e prejudicial às farmácias: a visão do Itaú BBA sobre venda de remédio em supermercados

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Ineficaz e prejudicial às farmácias: a visão do Itaú BBA sobre venda de remédio em supermercados
Tempo de Leitura:2 Minuto, 33 Segundo


O impacto dos preços dos alimentos na inflação tem levado o governo a buscar alternativas para reduzir o custo de vida da população. Uma das medidas em estudo seria a liberação da venda de medicamentos isentos de prescrição (MIPs) em supermercados.

A proposta, que resgata o projeto de lei nº 1774/2019 atualmente travado na Câmara, parte da premissa de que as redes de supermercados poderiam aumentar sua rentabilidade graças às margens mais altas dos medicamentos, o que supostamente permitiria controlar a alta dos preços dos alimentos.

Analistas do Itaú BBA, no entanto, avaliam a medida como insuficiente para conter a inflação dos alimentos, além de preverem impactos significativos sobre as farmácias, que atualmente detêm a exclusividade na venda desses medicamentos. Os MIPs representam cerca de 15% das receitas das principais redes de farmácia, segundo o banco.

Os medicamentos isentos de prescrição possuem margens brutas médias de 30% a 35%, consideravelmente maiores do que as de produtos alimentícios, que variam entre 16% e 20%. “Para os varejistas de alimentos, isso é claramente positivo”, afirma o Itaú BBA. Ainda assim, o banco ressalta que esse ganho adicional não necessariamente resultaria em preços de alimentos mais baixos.

“Temos muita dificuldade em imaginar como isso ajudaria a controlar a inflação alimentar. É difícil supor que as redes de supermercados repassarão esse adicional de lucro para reduzir os preços dos alimentos – e parece bastante impossível controlar isso”, avaliam os analistas.

O Itaú BBA também destaca que é “praticamente impossível” estimar com precisão as potenciais receitas ou lucros adicionais, considerando que as redes de supermercados enfrentariam custos elevados devido aos requisitos sanitários. Gastos com farmacêuticos, manipulação e armazenamento, por exemplo, poderiam impactar negativamente a rentabilidade do negócio.

“Várias grandes redes de varejo de alimentos já operaram farmácias dentro de suas lojas, mas essas operações não foram vistas como bem-sucedidas em termos de execução e rentabilidade.”

Outro entrave significativo para a aprovação da medida, na visão do Itaú, são as preocupações com a automedicação, uma das principais causas de intoxicação no Brasil. O banco lembra que esse debate ocorre pelo menos desde 2013, sendo essa questão um dos maiores obstáculos ao avanço da proposta.

“Muitas compras de OTCs são feitas por impulso, de modo que uma eventual aprovação dessa medida provavelmente aumentaria o mercado endereçável desses produtos, em vez de apenas tirar participação das farmácias”, afirma o Itaú BBA em seu relatório. “Acreditamos que a probabilidade de a proposta se tornar lei é baixa.”

Embora considere improvável a aprovação da medida, o Itaú avalia que o aumento da demanda pelo novo canal de vendas poderia fortalecer as farmacêuticas. Nessa linha, os analistas destacam a Hypera como a principal beneficiada, dada sua sólida relação comercial com as varejistas, com as vendas de produtos como Zero-Cal e Engov After.

“A liberação de medicamentos em redes de supermercados deve ter um efeito positivo nas vendas devido ao maior consumo por impulso, mas consideramos que o impacto potencial para as empresas farmacêuticas seja menos significativo do que para as empresas de varejo alimentar.”



Fonte: Neofeed

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Na JHSF, investimentos em receita recorrente estão se pagando (e vêm mais por aí)

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Na JHSF, investimentos em receita recorrente estão se pagando (e vêm mais por aí)
Tempo de Leitura:5 Minuto, 38 Segundo


Os investimentos da JHSF nas áreas de negócios com receita recorrente feitos nos últimos anos, intensificado ao longo de 2024, vêm dando frutos financeiros e operacionais para o grupo centrado na alta renda.

E no momento em que o cenário econômico começa a ficar negativo, em vez de ficar tímida, a companhia pretende “ir para cima”, com lançamentos e inaugurações previstas para 2025, para cumprir com o objetivo de que a receita recorrente responda por dois terços da geração de caixa no médio e longo prazo.

“Estamos bastante focados em ativos de renda recorrente, por fazerem a companhia em ciclo macroeconômicos mais complicados tomar decisões de forma segura, preservando capital, balanceando a companhia”, diz Augusto Martins, CEO da JHSF, ao NeoFeed, diretamente da Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial, em Davos. “E a prévia operacional do quarto trimestre mostra que estamos no caminho certo.”

De acordo com a prévia operacional divulgada nesta quinta-feira, 23 de janeiro, a parte de shopping centers foi um dos destaques do quarto trimestre. As vendas totais apresentaram crescimento de 19,7% na comparação com o quarto trimestre de 2023, somando R$ 1,7 bilhão, e 20% ante o consolidado do ano anterior, a R$ 5,3 bilhões.

As vendas dos shoppings Cidade Jardim e Jardins e do Catarina Fashion Outlet cresceram 32%, 31,4% e 9,2% nos últimos três meses de 2024, respectivamente. Na comparação com o ano de 2023, o crescimento foi de 20,8% no Cidade Jardim, 29,3% no Shops Jardins e 26,3% no Catarina, com Martins destacando que o resultado na outlet ocorreu mesmo após a expansão, que dobrou sua área.

Os indicadores de aluguel também tiveram alta no trimestre e no ano. O chamado Aluguel Mesma Área (SAR), a variação entre o aluguel faturado em uma mesma área no período versus no ano anterior, por exemplo, subiu 16,7% nos últimos três meses e 11,3% no ano.

A JHSF também reviu o portfólio de ativos, concentrando em shoppings de alta renda. No ano passado, saiu dos shoppings Ponta Negra, em Manaus, e Bela Vista, em Salvador. A empresa vendeu fatias na expansão do Catarina e do Shops Faria Lima, previsto para ficar pronto em 2026.

No total, foram levantados R$ 733 milhões. Combinado com os R$ 1,3 bilhão captados via duas emissões de CRI, a JHSF reforçou sua estrutura de capital. Com essas captações, a duration da dívida consolidada passou de 4,5 anos para 6,2 anos.

Outro segmento que mostrou força foi a divisão de locação residencial e de clubes, que registrou um NOI anual estabilizado consolidado de R$ 110 milhões. O segmento fechou o ano com cerca de 75 mil metros quadrados de área, distribuídos entre casas, apartamentos e clubes.

Em hospitalidade e gastronomia, a JHSF registrou uma RevPar (receita por quarto disponível) de R$ 2,6 mil em seus hotéis no quarto trimestre, alta de 25,4%, com a diária média aumentando 19%, a R$ 4,4 mil. A taxa de ocupação aumentou 3,1 pontos percentuais, a 58,8%.

No ano, a diária média subiu 15,5%, para R$ 3,9 mil, com a RevPar aumentando 20,7%, a R$ 2,1 mil, e taxa de ocupação evoluindo 2,3 pontos percentuais, para 54,1%. Em meados de dezembro, houve a inauguração do Boa Vista Surf Lodge Hotel, localizado junto à piscina de surf do Boa Vista Village.

O São Paulo Catarina Aeroporto Executivo Internacional também apresentou bons resultados. O número de movimentos aumentou em 34,7% e os litros abastecidos em 41,4% na comparação com o quarto trimestre de 2023. Em relação a 2023, os crescimentos foram 41,1% e 49,6%, respectivamente.

Aumentando a receita recorrente

Para 2025, a JHSF planeja uma série de lançamentos e inaugurações nos segmentos de receita recorrente. Em shoppings, a ideia é fortalecer o mix de lojas.

No fim do ano passado, houve a abertura da flagship exclusiva da joalheria Van Cleef & Arpels no Shopping Cidade Jardim. Isso fez com que a unidade passasse a contar com as flagships das quatro principais joalherias do mundo – Van Cleef & Arpels, Tiffany&Co., Cartier e Bulgari.

Neste ano, haverá a inauguração da flagship da marca de roupas italiana Brunello Cucinelli no Shops Jardins. “Estamos há um bom tempo reforçando o mix de lojas, na curadoria das lojas, focadas em alta renda, reforçando o desempenho da parte de malls”, diz Martins.

Na divisão de locação residencial e de clubes, a parte de clubes é uma das principais apostas. No ano passado, a companhia iniciou comercialização de memberships, a operação do Boa Vista Village Surf Club e o desenvolvimento das obras do São Paulo Surf Club e do Fasano Club.

A piscina de surf do São Paulo Surf Club já está em fase final de acabamento, com abertura prevista para o primeiro semestre. Já as obras do Fasano Club foram concluídas e sua abertura está prevista para o primeiro trimestre de 2025. “É um novo negócio que começamos a operar no ano passado e está maturando, com uma evolução muito grande”, diz Martins.

A companhia também pretende pegar parte dos estoques de imóveis desenvolvidos pela parte de incorporação e vai destinar para locação, na operação chamada JHSF Residence, inaugurada em 2023. “Ela visa a atender alguns clientes que ao invés de investir para comprar querem alugar um produto pronto”, diz Martins.

O São Paulo Catarina Aeroporto Executivo Internacional, por sua vez, passa por uma expansão com a construção de quatro novos hangares neste ano, elevando o total para 16 hangares, com o objetivo de atender a demanda.

Ainda que o foco seja crescer a parte de receita recorrente, a JHSF seguirá investindo em incorporação, mantendo a estratégia de preservação de margens e valorização dos estoques. As vendas contratadas subiram 2,6% no quarto trimestre, para R$ 242,7 milhões, e 5,2% no ano, a R$ 1,1 bilhão.

“A companhia não vai abrir mão de preços, porque, no médio e longo prazo, não traz a solidez que a companhia precisa”, diz Martins.

A estratégia da receita recorrente e seus resultados foram elogiados pelos analistas da XP. Para eles, os números do quarto trimestre foram positivos, especialmente os segmentos não residenciais, que continuam a apresentar desempenho superior.

“Em nossa opinião, isso reforça o sólido domínio dos shopping no portfolio da empresa, que agora está significativamente focado em clientes de alto padrão após os desinvestimentos nos shoppings Bela Vista e Ponta Negra”, dizem os analistas Ygor Altero e Ruan Argenton.

Por volta das 15h37, as ações da JHSF caíam 2,11%, a R$ 3,71. Em 12 meses, os papéis recuam 27,7%, levando o valor de mercado a R$ 2,5 bilhões.





Fonte: Neofeed

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Wealth Point #34 – Luiz Osório, da SOMMA Investimentos, e Rodrigo Samaia, da EQI

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Fonte: Neofeed

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