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EUA querem Intel “inside” (e assinam um cheque de US$ 7,9 bilhões)

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EUA querem Intel
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O governo dos Estados Unidos quer a Intel “inside” (um antigo slogan da fabricante de chips americana) e bateu o martelo para conceder US$ 7,9 bilhões em subsídios para a fabricante de microprocessadores construir quatro novas fábricas no país.

O montante é um alento para a Intel, que está mergulhada em uma das maiores crises de sua história, e é o maior valor concedido pelo programa criado pela administração do presidente Joe Biden para impulsionar a indústria de chips do país e competir com a China, segundo o jornal The Wall Street Journal (WSJ).

A cifra, porém, está abaixo dos US$ 8,5 bilhões estimados inicialmente pela companhia, em março deste ano, quando o acordo foi anunciado inicialmente. Segundo o WSJ, isso ocorreu por conta de outros financiamentos governamentais relacionados para desenvolver instalações para produtos de uso militar.

A Intel informou que pretende utilizar os recursos para construir novas fábricas e expandir projetos nos estados de Arizona, Novo México, Ohio e Oregon.

O dinheiro será liberado à medida que determinadas metas forem cumpridas, objetivos estes que informados pelas partes. E a companhia também não poderá realizar nenhuma recompra de ações nos próximos cinco anos.

O programa de subsídios faz parte da política industrial adotada pela administração Biden, de financiamento de segmentos considerados importantes para a segurança nacional, depois das consequências vistas na pandemia, de quebra das cadeias globais de suprimento.

No caso dos microprocessadores, a maior parte da produção mundial mudou para a Ásia nas últimas décadas, fazendo com que nomes como TSMC e Samsung ganhassem força, enquanto os Estados Unidos ficaram responsáveis por 12% dos chips produzidos em 2020.

Para a Intel, os recursos dão força à reestruturação sendo conduzida pelo CEO Pat Gelsinger. Pioneira e mais importante empresa de chips no mundo na década de 1990, a companhia não conseguiu acompanhar a evolução do mercado.

Além de perder espaço na corrida para desenvolver microprocessadores mais potentes com transistores menores, a Intel não conseguiu fazer com que seus produtos fossem a principal escolha para fabricantes de smartphones. A companhia sentiu os efeitos da Apple de não usar mais seus chips, em 2020, e teve que lidar com queda nas vendas de computadores nos últimos anos.

A Intel também “perdeu o bonde” da Inteligência Artificial (IA), que alterou a demanda do mercado de chips – aumentou a busca por Unidades de Processamento Gráfico (GPU, na sigla em inglês), especialidade da Nvidia, enquanto a Intel é especializada em centrais de processamento (CPU, na sigla em inglês).

A situação tornou a companhia alvo de aquisição da concorrência e fundos, com nomes como Apollo Global Management e Qualcomm se mostrando interessadas, segundo notícias que saíram na mídia em setembro.

Mas, segundo apuração da Bloomberg, o interesse da Qualcomm pela Intel esfriou, por conta das complexidades da operação que tornam um acordo difícil, embora a aquisição não esteja ainda descartada

Por volta das 16h50, as ações da Intel caíam 3,98% na Nasdaq, a US$ 23,88. No acumulado do ano, os papéis recuam mais de 50%, levando o valor de mercado da companhia a US$ 101,4 bilhões.



Fonte: Neofeed

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Equifax Boa Vista escolhe novo CEO e vai em busca do “fair share” no Brasil

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crédito digital
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A Boa Vista Equifax está sob novo comando, pouco mais de um ano após a conclusão da combinação de negócios. Desde segunda-feira, 25 de novembro, a unidade brasileira está sob a direção de Henrique Freire de Moraes, que foi presidente da Sem Parar Empresas, unidade de negócio do Grupo Corpay, de pagamentos empresariais, por mais de quatro anos.

Ele assumiu no lugar de Marcio Fabbris, que deixou a companhia em setembro, depois de 19 meses no cargo. O NeoFeed revelou que Fabbris foi escolhido para comandar uma nova empresa sendo criada pela V.tal para a operação dos clientes de banda larga adquiridos da Oi.

Moraes assumiu o cargo com a missão de dar continuidade ao trabalho iniciado pelo seu antecessor, de crescer no mercado local de informação de dados para crédito, cujo potencial é projetado pela Equifax em mais de US$ 2 bilhões e no qual estima deter uma participação próxima de 20%.

“Quando olhamos para todos os mercados em que a Equifax atua, competimos com empresas globais que estão no Brasil, e em todos esses mercados a gente compete tête-à-tête, sendo líderes em muitos deles”, diz Moraes, ao NeoFeed. “No Brasil, ainda não temos esse fair share, então tem uma expectativa e compromisso de estarmos posicionados de uma forma parecida com o resto do mundo.”

Com a integração dos sistemas da Equifax e da Boa Vista concluída, o foco é ganhar novos mercados. A empresa quer avançar sobre empresas de menor porte e fora das capitais, que não têm capacidade de realizar análises de crédito.

A Equifax Boa Vista deu a largada nessa estratégia trazendo para o Brasil um motor de decisão para concessão de crédito chamado InterConnect. A empresa fez o lançamento comercial do produto no começo deste quarto trimestre.

A empresa também promoveu uma reestruturação das áreas de negócios, criando uma vice-presidência comercial voltada para pequenas e médias empresas e outra para lidar com as maiores companhias. E dentro da área de produtos, a companhia estruturou um time específico para desenvolver soluções para as pequenas e médias empresas.

Junto com novos produtos e nova estrutura, a Equifax Boa Vista também conta com parcerias com mais de 1 mil associações comerciais pelo País, com destaque para a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), uma vantagem competitiva em termos de dados e também para alcançar o público fora das capitais e grandes cidades.

As parcerias também fortalecem o poder analítico das plataformas da Equifax. Criada há mais de 60 anos como SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), a Boa Vista conta com uma base de dados de 282 milhões de CPFs e CNPJs e mais de 141 bilhões de ocorrências registradas em base negativa e positiva.

henrique moraes ceo equifax
Henrique Freire de Moraes, CEO da Equifax Boa Vista

“A Boa Vista tem esse flavour local, de trabalhar os dados do varejo, parcerias com associações comerciais, que oferecem esses dados e capilaridade para acessar pequenas e médias empresas”, diz Moraes.

Apesar da intenção de ganhar terreno entre pequenas e médias empresas, a Equifax não pretende abrir mão do público que a Boa Vista conquistou, além de ir em busca de outros grandes nomes, expandindo o share entre as plataformas que essas empresas utilizam para análises.

Para esse público, a companhia planeja “importar” uma plataforma chamada Ignite, que permite desenvolver modelos de crédito a partir dos dados da Boa Vista e os próprios, com uso em escala. Essa ferramenta está prevista para chegar ao Brasil no primeiro semestre de 2025.

“Já tínhamos relação com todos os grandes bancos, as grandes empresas de utilities, mas agora elas passam a ver a Equifax Boa Vista como um player global, com as capacidades necessárias para co criar com eles soluções”, diz Moraes.

Por ser uma companhia listada nos Estados Unidos, a Equifax está limitada em informar guidances sobre quanto quer atingir de market share e a participação da operação brasileira em seu faturamento global. Mas o País vem ganhando relevância.

No terceiro trimestre, a receita da Equifax com suas operações internacionais totalizou US$ 344,9 milhões (pouco mais de R$ 1,9 bilhão), alta de 9% em base anual. O faturamento na América Latina, em que o Brasil possui um peso relevante, foi o maior entre os mercados globais em que a companhia atua, somando US$ 96,7 milhões (superior a R$ 562 milhões), aumento de 21%. A receita consolidada da Equifax alcançou US$ 1,4 bilhão, aumento de 9%.

Com o reforço da Equifax, a expectativa é de que a operação, hoje na segunda posição no mercado, possa começar a reduzir a sua diferença em relação à Serasa Experian. Até então, a Boa Vista enfrentava dificuldades nessa disputa, dado o apoio que a concorrente tinha do grupo irlandês Experian, que comprou o controle da Serasa, em 2007, por cerca de R$ 2,3 bilhões.

“O que a Equifax traz são as capacidades globais de inovação, investimento, segurança, serviços em nuvem, uma série de capacidades que a Boa Vista, sozinha, não tinha”, diz Moraes.

“Esperamos crescer muito nos próximos anos, baseado num tripé de serviços em nuvem, com muita inovação e segurança da informação, dos serviços que a gente proporciona aos clientes”, complementa.





Fonte: Neofeed

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Um vizinho muito louco: Trump ameaça “implodir” comércio global a começar por México e Canadá

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protecionismo comércio global
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O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, está mesmo disposto a remodelar de forma radical o comércio global a partir de janeiro, quando assumir a Casa Branca. E a “faxina” vai começar pelos três maiores parceiros comerciais dos EUA – México, Canadá e a China – e deve ir além, prejudicando aliados, como a Grã-Bretanha e a União Europeia.

De acordo com analistas, as ameaças se enquadram na estratégia de Trump de remodelar o comércio global, para que ele seja mais vantajoso para os EUA – o país tem déficit comercial com os principais mercados dos produtos americanos.

Segundo eles, impor tarifas sobre o México e o Canadá não faria sentido, uma vez que violaria o acordo comercial entre os três países negociado pelo próprio Trump, em 2020, quando assinou o USMCA, o tratado de livre-comércio que substituiu o Nafta.

A ameaça surpreendeu por incluir o Canadá – Trump havia adiantado durante a campanha sobre seus planos de tarifar importações apenas da China e do México. Os EUA importam mais de US$ 400 bilhões em produtos do Canadá por ano.

“Metade dos carros fabricados no Canadá são de empresas americanas e metade das peças que entram em todos os carros fabricados no Canadá vem de fornecedores dos EUA, e mais da metade das matérias-primas são de fontes americanas”, disse Flavio Volpe, presidente da Associação de Fabricantes de Peças Automotivas do Canadá. “Somos mais que parceiros, quase tão inseparáveis quanto a família.”

Trump quer punir seus vizinho com tarifas de importação de 25% em razão de os dois governos “ajudarem gangues criminosas a permitir a passagem da fronteira com os EUA de imigrantes ilegais e de drogas, em particular o fentanil”, um opióide que virou um problema de saúde pública no país.

Para a China, a sobretaxa de 10% prometida por Trump é resposta à postura “leniente” do país quanto à exportação de fentanil.

“As tarifas permanecerão em vigor até o momento em que as drogas, em particular o fentanil, e todos os estrangeiros ilegais parem esta invasão de nosso país”, postou o presidente eleito no Truth Social, a rede social que criou e na qual vem anunciando futuras medidas de seu governo.

Para Edward Alden, especialista em comércio do Conselho de Relações Exteriores, Trump vê a adoção das tarifas como uma coisa boa para os EUA. “Não há dúvida de que ele está falando sério”, disse Alden ao The New York Times. “Isso está no topo da lista de promessas.”

No primeiro mandato, Trump usou as tarifas pela primeira vez como tática para extrair concessões em uma série de objetivos de política externa. O alvo maior foi a China, contra quem abriu uma guerra comercial que foi seguida pelo governo de Joe Biden, mas se estendeu a outros países.

Qualquer forma de retaliação a ser feita contra os três países, porém, pode ter efeito bumerangue. Canadá, México e China venderam quase US$ 1,5 trilhão em bens e serviços para os EUA no ano passado, mas compraram mais de US$ 1 trilhão em exportações americanas.

O ING Group, instituição financeira de origem holandesa, calculou que, se as novas tarifas de Trump forem totalmente repassadas, elas poderão custar para cada consumidor americano até US$ 2.400 por ano. Outro efeito é estimular a inflação nos EUA.

A lição do passado

No último mandato de Trump, os resultados foram duvidosos: União Europeia, China, Canadá, México e outros governos impuseram tarifas sobre soja, milho, uísque, suco de laranja e motocicletas americanas, fazendo com que algumas exportações dos EUA despencassem.

A possibilidade desse roteiro se repetir em uma escala maior no segundo mandato de Trump está levando governos estrangeiros a elaborar listas de produtos americanos que poderiam atingir em resposta às tarifas dos EUA.

Outra opção é usar como arma o fator cambial, deixando suas moedas caírem em valor em relação ao dólar. O objetivo é atenuar o efeito das tarifas, tornando suas exportações mais baratas para os compradores estrangeiros. Foi o que fez a China em 2018 e 2019, durante o primeiro mandato de Trump.

O Reino Unido e a União Europeia, em particular, reagiram às ameaças de como se fossem o próximo alvo na mira – os EUA são o maior destino das exportações do Reino Unido e da UE, em especial da indústria automotiva europeia.

As ações das montadoras europeias caíram na terça-feira após o anúncio de Trump, com a Stellantis caindo 4,7%, a Volkswagen, 2,6%, e a BMW perdendo 1,5%. As ações de empresas de bebidas como a Diageo (-1,4%), que produz tequila no México, também perderam valor.

“Áreas como o setor automotivo, que tem cadeias de suprimentos altamente integradas nas fronteiras México-EUA e Canadá-EUA, são muito vulneráveis”, advertiu Paul Donovan, economista-chefe do UBS Wealth Management.

O mexicano Ildefonso Guajardo, ex-ministro da Economia que liderou as negociações do México para a criação do USMCA, em 2020, deu o tom da irritação geral com as ameaças do presidente eleito dos EUA.

“Trump disse que negociou um tratado comercial da América do Norte que foi o melhor da história”, disse Guajardo. “Eu usaria seu tratado para retaliar na mesma magnitude contra seus apoiadores mais importantes se ele tentar prejudicar as exportações mexicanas.”



Fonte: Neofeed

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A Teachy quer levar IA para a educação. A Goodwater Capital, que investiu no Facebook, “comprou” a ideia

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A Teachy quer levar IA para a educação. A Goodwater Capital, que investiu no Facebook,
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Focada em transformar a maneira como professores e alunos encontram e criam conteúdos por meio da inteligência artificial, a Teachy, startup com dois anos de vida, levantou uma rodada Série A de R$ 40 milhões e colocou o Brasil no mapa dos fabricantes de IA.

A captação foi liderada pelo Goodwater Capital, fundo de venture capital especializado em tecnologia de consumo que já investiu em gigantes como Facebook, Spotify e Twitter. Reach Capital, Endeavor, NXTP e Roble Ventures também participaram da rodada.

“Sempre quisemos provar que é possível criar tecnologia de ponta no Brasil e com esse investimento, recebemos a comprovação disso”, afirma Pedro Siciliano, cofundador e CEO da Teachy. “Com o aporte, poderemos avançar na construção de um time de engenharia e design no Brasil, além de acelerar o nosso crescimento internacional.”

Fundada em 2022 por Siciliano, ex-professor e engenheiro com MBA pela Universidade de Stanford, e Fábio Baldissera, engenheiro e empreendedor em série, a startup busca reduzir em 80% o tempo dedicado por professores fora das salas de aula, com funções como planejamento de aulas, elaboração de atividades e correção de trabalhos.

Atualmente, os docentes separam cerca de 20 horas semanais para cumprir tais tarefas e, com a tecnologia da Teachy, que oferece e produz materiais alinhados ao currículo, todos personalizáveis com IA, esse número pode ser reduzido para 4 horas semanais.

Pedro Siciliano e Fábio Baldissera, cofundadores da Teachy

“Não é justo que metade da semana dos professores seja gasta fora da sala de aula com burocracias, que não adicionam muito valor aos alunos”, afirma o CEO.

É com essa premissa que a Teachy já atingiu mais de 1 milhão de professores em sua plataforma, especialmente na América Latina e na Ásia, impactando globalmente mais de 60 mil escolas e 10 milhões de alunos em mais de 170 países.

Atualmente, o modelo de negócio da Teachy conta com mensalidades pagas tanto por professores como por escolas. Porém, a expectativa dos empreendedores é que, em pouco tempo, as escolas sejam as responsáveis por pagar essa conta.

“O nosso foco é trazer IA de ponta para essas 60 mil escolas, que conseguem assim dar uma qualidade de vida melhor para seus professores”, diz Siciliano. “Além disso, também existe um benefício nítido de aumento de notas dos alunos que são afetados pelos materiais da Teachy. 95% dos professores presenciaram aumento nas notas dos alunos com a tecnologia”.

Com os dados em mente, a empresa planeja expandir seus serviços para todo o hemisfério sul, que, em sua maioria, conta com as mesmas dificuldades educacionais vistas no Brasil.

Segundo o empreendedor, existem soluções comparáveis no mundo, mas nenhuma atinge esse público e sabe as dores que eles precisam ultrapassar. “Nos Estados Unidos, todo mundo tem conectividade e pelo menos um celular, o que sabemos que não é realidade em grande parte do Brasil”, afirma Siciliano.

“É esse diferencial que faz com que escolas de países como Indonésia e México vêm nos procurar para utilizar essa tecnologia brasileira, que muitas vezes foi subestimada pelo resto do mundo”, diz o CEO.



Fonte: Neofeed

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