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Farra dos subsídios na conta de luz ganha projeto com “jabuti” para usinas de carvão

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Farra dos subsídios na conta de luz ganha projeto com “jabuti” para usinas de carvão
Tempo de Leitura:4 Minuto, 29 Segundo


Pouco mais de um mês depois de o governo federal baixar a Medida Provisória (MP) 1212/2024, criada com o objetivo de reduzir a conta de luz, o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), protocolou um projeto de lei (PL 1956/2024) para substituir a MP que praticamente repetiu o texto original e ainda incluiu um “jabuti” (acréscimo alheio ao tema original) que beneficia as usinas de carvão do sul do País.

A iniciativa gerou revolta entre entidades do setor elétrico, pois a MP original – redigida a toque de caixa, para atenuar a revisão tarifária no estado do Amapá, que seria da ordem de 44% – previa também antecipar recebíveis da Eletrobras, operação securitizada pela qual a União pagará juros e outras taxas, além da prorrogação por 36 meses do subsídio para projetos de energia renovável.

Se essas condicionantes já seriam suficientes para neutralizar no longo prazo a redução de cerca de 4% na conta de luz prevista pela MP, pois os encargos vão acabar recaindo sobre os consumidores nos próximos anos, o jabuti inserido por Guimarães deve aumentar ainda mais esse passivo. Hoje, os subsídios respondem por 16% do valor pago na conta de luz do brasileiro.

O novo PL assegura a participação de usinas térmicas a carvão mineral nos leilões de reserva de capacidade de potência, espécie de seguro contra o risco de apagões. Elas seriam acionadas para atendimento de demandas extremas.

A proposta é criticada por privilegiar usinas térmicas alimentadas por combustível fóssil extremamente poluente. Entre as usinas de carvão beneficiadas, quatro estão localizadas no Sul do País, região que concentra grande produção de carvão: Jorge Lacerda (SC), Figueira (PR), Candiota e Pampa Sul (RS).

Para dar um verniz de sustentabilidade à iniciativa, o PL exige que as empesas que operam as usinas apresentem um plano de transição energética, mas voltado a converter “a utilização de carvão mineral em gás natural”, outro combustível fóssil com alta emissão de carbono.

“A iniciativa do governo de escolher térmicas a carvão para os leilões de reserva de capacidade e ainda pagar subsídios a elas é uma insensatez”, afirma Luiz Barata, presidente da Frente Nacional dos Consumidores de Energia – coalizão formada por 16 entidades de consumidores ligadas à indústria e ao comércio.

“E isso ocorre justamente num momento em que o País acompanha, estarrecido, as enchentes no Rio Grande do Sul e os negacionistas se recusando a ver ligação do que acontece lá com as mudanças climáticas”, acrescenta Barata.

Ele observa que  a proposta foi apresentada uma semana após um colega de partido de Guimarães, o senador Paulo Paim (PT-RS), ter pedido o arquivamento de um outro projeto de lei (PL 4.653/2023) que beneficiava o carvão mineral.

Barata conta que esteve recentemente em audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na qual discutiram a MP. “Disse a ele que, apesar da boa iniciativa de reduzir a conta de luz, a MP era ruim, e agora vem uma versão pior dela”, lamenta.

Incoerência

A princípio, o objetivo do governo federal é trocar a MP pelo PL como uma “medida de proteção” à medida provisória, no caso dela não tramitar dentro do prazo estabelecido de 120 dias desde sua assinatura para poder vigorar.

Outras entidades do setor elétrico já haviam criticado a MP, denunciando sua incoerência.

A prorrogação por 36 meses do subsídio para projetos de energia renovável, prevista na MP e mantida no PL, elevará o custo da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que em 2023 passou de R$ 40 bilhões e respondeu por 13,21% da tarifa dos consumidores residenciais.

De acordo com cálculo de outra entidade, Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (ABRACE), a MP elevaria os subsídios em R$ 4,5 bilhões ao ano, número que deve crescer com a inclusão das térmicas a carvão.

O PL do deputado Guimarães é apenas o último de uma série de propostas legislativas em tramitação no Congresso Nacional que distribuem subsídios e encarecem a conta de luz – o Brasil é um país com um custo de produção de energia entre os mais baratos do mundo, mas com uma tarifa de luz entre as mais caras.

Entre as propostas mais criticadas, chama a atenção o PL 11.247/2018 , aprovado na Câmara e agora renumerado para Projeto de Lei 5.932/2023 no Senado. Conhecido como PL das Eólicas Offshore, o projeto foi alvo de um estudo aprofundado da PSR, consultoria internacional que atua nos setores de energia elétrica e gás natural.

De acordo com o estudo, as medidas propostas pelo PL têm potencial impacto direto no custo para o consumidor de R$ 25 bilhões por ano até 2050 – o equivalente a R$ 658 bilhões até 2050.

“O PL das Eólicas Offshore vai causar um aumento no custo de energia de 11%, com reflexos diretos na inflação, no poder de compra da população e na competitividade industrial do País”, aponta a PSR.

O PL prevê, entre outras medidas, a contratação compulsória de térmicas a gás inflexíveis “a preços que encaixam”, postergação do prazo para renováveis entrarem em operação com subsídio, contratação compulsória de PCHs (pequenas centrais hidrelétricas) e construção de planta de hidrogênio no Nordeste.

“A contratação compulsória de nova capacidade de geração imposta pelos dispositivos do PL é desnecessária e não possui respaldo técnico”, conclui o relatório da PSR.



Fonte: Neofeed

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Como fazer uma alocação eficiente em imóveis (e os cuidados com a tributação)

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Tempo de Leitura:2 Minuto, 31 Segundo


Com a reforma tributária e um governo buscando mais arrecadação, os investidores em imóveis ficaram preocupados. O texto, aprovado na Câmara dos Deputados (e que vai agora para sanção presidencial) previu um redutor de 50% na alíquota para a incorporação imobiliária e de 70% para o segmento de locação.

A reforma também prevê que pessoas físicas que ganham mais de R$ 240 mil ao ano com aluguéis, vindo de três ou mais imóveis, terão de recolher a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) referentes à atividade. Até então, essa alíquota não existia. Mas os especialistas ainda esperam muitas discussões, pois a medida não é clara.

Apesar disso, os imóveis são considerados o tipo ativo seguro para gerações que passaram por um grande período inflacionário. Por isso, muitos procuram montar um portfólio que gere renda mensal e com potencial de valorização ao longo do tempo.

“A característica um pouco ilíquida do imóvel fez com que essas famílias pudessem fazer a transição de riqueza entre as gerações sem grande preocupação de essa riqueza se perder ao longo do tempo, mostrando-se uma proteção contra a inflação”, afirma Felipe Nobre, CEO da Jera Capital, em entrevista ao Wealth Point, programa do NeoFeed que tem o apoio do Banco Master.

A recomendação para quem tem um portfólio de imóveis é deixá-los dentro de uma estrutura jurídica. “Existem estruturas societárias que são mais eficientes do ponto de vista tributário. Uma coisa muito básica é que se você tiver imóvel na pessoa física você vai ter uma tributação maior na sua renda do que se esse imóvel estiver em uma pessoa jurídica”, diz Joaquim Azevedo, CEO da Sequóia Properties.

Enquanto a bolsa de valores cai, o real se desvaloriza e a inflação corrói os rendimentos, há muitas oportunidades no mercado imobiliário. Mas para quem quer montar um portfólio de imóveis é importante se ater na diversificação e não apenas em uma tese.

“Existem alguns segmentos que têm baixa correlação com o PIB ou com a renda, mais relacionados à mudança de comportamento do consumidor ou mudança de comportamento no longo prazo, como data centers, logística, imóveis de segunda moradia e fazendas. É importante estar atento a esse mix no portfólio”, afirma Nobre.

Para Azevedo, o investimento direto em imóveis tem vantagens em relação a instrumentos financeiros como fundos imobiliários por não ter uma oscilação grande do valor patrimonial dependendo do ciclo de juros e outros indicadores macroeconômicos. E por estar mais atrelado à demanda do mercado imobiliário, que é mais previsível de ser estimada.

“A oferta de imóveis é muito mais fácil de você ler, porque quando você começa a fazer um prédio, você sabe que daqui a três anos esse prédio vai estar chegando no mercado. Então, você consegue saber quanto que você vai ter, por exemplo, de área locável de escritório em São Paulo em 2026, 2025. É isso que o investidor deve ser atentar agora”, afirma o CEO da Sequóia Properties.





Fonte: Neofeed

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O alcance global da Ambipar na liderança das soluções ambientais

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O alcance global da Ambipar na liderança das soluções ambientais
Tempo de Leitura:4 Minuto, 35 Segundo


Nos últimos anos, a busca por soluções ambientais se tornou um tema estratégico para todas as empresas. Alinhar-se às demandas ambientais não é mais opcional, mas essencial para que as companhias permaneçam competitivas e atendam às expectativas de investidores, consumidores e órgãos reguladores.

Nesse contexto, a Ambipar tem se destacado globalmente. Multinacional brasileira líder em soluções ambientais, a companhia ajuda empresas de diferentes setores a implementar ações práticas para redefinir a forma de cuidar do planeta, moldando estratégias a partir de medidas efetivas e inovadoras.

Com presença em 41 países e seis continentes, a Ambipar conta com mais de 23 mil colaboradores e mais de 500 bases operacionais. O foco é claro: oferecer soluções ambientais que abordem os desafios mais urgentes do planeta, incluindo descarbonização, economia circular, transição energética, prevenção e recuperação ambiental.

“Na Ambipar, acreditamos que a solução para os desafios ambientais passa pela integração entre inovação, colaboração e responsabilidade”, diz Fabrício Fonseca, CEO da Ambipar Environment, vertical que toca os projetos de economia circular e descarbonização do grupo. “Nosso trabalho é transformar resíduos em oportunidades que acelerem a descarbonização de nossos clientes e do planeta.”

O conceito de economia circular, um dos pilares de atuação da Ambipar, engloba medidas práticas para reduzir o desperdício ao reintegrar materiais ao ciclo produtivo. A Ambipar ajuda seus clientes a desenvolver soluções como a logística reversa, garantindo que resíduos sejam transformados em novos recursos e produtos.

Com presença em 41 países e seis continentes, a Ambipar conta com mais de 23 mil colaboradores e mais de 500 bases operacionais

Um exemplo é a planta de mineração urbana localizada em São José dos Campos (SP). Essa unidade, a maior da América Latina, processa até 80 mil toneladas de eletroeletrônicos por ano, separando e reaproveitando materiais como ferro, cobre e alumínio.

Ao fazer isso, a Ambipar auxilia os clientes não apenas a reduzir a emissão de gases de efeito estufa, mas também a diminuir a pressão sobre a exploração de recursos naturais.

Circular, uma parceria com a Associação Nacional dos Catadores

Outro destaque é o Circular Pack, um selo pioneiro que certifica a logística reversa de embalagens pós-consumo. Trata-se de uma iniciativa que promove a reciclagem e fortalece a cadeia de valor – incluindo cooperativas de catadores –, garantindo que as empresas atendam à legislação vigente.

A Ambipar possui ampla gama de iniciativas que reforçam o conceito de soluções ambientais. Entre elas está a Circular, uma parceria com a Associação Nacional dos Catadores (Ancat), que visa estruturar cooperativas de reciclagem no Brasil, oferecendo capacitação e melhores condições de trabalho para os profissionais da reciclagem.

Outro exemplo é o projeto em parceria com a indústria química Dow, que busca aumentar a reciclagem de polietileno no Brasil. A meta é ampliar a capacidade de processamento de resíduos plásticos de 2 mil para 60 mil toneladas por ano até 2030. O esforço inclui a construção de novas instalações e a utilização de tecnologias avançadas para garantir maior eficiência na reciclagem.

No setor agrícola, a Ambipar desenvolve soluções como o uso de biocápsulas e drones para restauração de áreas degradadas. A tecnologia reduz custos e aumenta a produtividade, melhorando em até 60% a eficiência da semeadura nesse tipo de solo.

O grupo desenvolveu a plataforma Ambify, que permite que indivíduos e empresas calculem e compensem sua pegada de carbono de forma transparente e rastreável

Além disso, o grupo desenvolveu a plataforma Ambify, que permite que indivíduos e empresas calculem e compensem sua pegada de carbono de forma transparente e rastreável.

Para levar aos clientes o que há de mais inovador em soluções ambientais, a Ambipar investe fortemente em seu Departamento de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação.

Dos laboratórios da empresa saíram produtos como o Ecosolo, um adubo orgânico produzido a partir de resíduos da indústria de papel e celulose, que ajuda a sequestrar carbono no solo. A empresa também desenvolveu o Sabonete Collagen, fabricado com colágeno, um resíduo da indústria farmacêutica transformado em cosméticos sustentáveis.

Outros exemplos incluem a Natural Cat, areia para gatos feita de erva-mate e celulose reciclada, e o Ecovaso, vasos biodegradáveis feitos a partir de lodo da indústria de celulose, que podem ser plantados diretamente no solo, promovendo maior retenção de umidade e decomposição natural.

A companhia também se destaca pelo modelo de Franquias Sociais, que profissionaliza cooperativas de reciclagem em parceria com empresas como a Klabin, gigante da indústria de embalagens e papel.

Em cidades como Telêmaco Borba, no Paraná, e em localidades no interior de São Paulo, essas iniciativas geraram impactos significativos, incluindo o aumento da renda de catadores e a ampliação da capacidade de reciclagem.

Unidade de mineração urbana da Ambipar

Área do projeto REDD+ Manoa, de conservação florestal em Cujubim, RO, para vender crédito de carbono

Em Telêmaco Borba, a cooperativa ReciclaTB viu a renda média dos cooperados saltar de R$ 1,2 mil para R$ 4 mil, graças à infraestrutura e capacitação oferecidas pela Ambipar.

“Transformar a vida das pessoas por meio da reciclagem é um dos nossos maiores orgulhos”, diz Fonseca. “O modelo de Franquia Social não só melhora a infraestrutura, mas promove dignidade, capacitação e gera impactos socioeconômicos relevantes.”

Diante de legislações cada vez mais rigorosas e de uma sociedade mais exigente, a Ambipar mostra que é possível alinhar propósito ambiental a rentabilidade.

“As soluções ambientais que oferecemos ajudam nossos clientes a atingir metas de ESG e a criar valor compartilhado”, diz Fonseca. “Estamos não apenas cuidando do planeta, mas também garantindo a perenidade dos negócios.”



Fonte: Neofeed

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Reag compra Berkana e Hieron e reforça gestão de patrimônio

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Reag compra Berkana e Hieron e reforça gestão de patrimônio
Tempo de Leitura:2 Minuto, 0 Segundo


Depois de algumas aquisições em asset management, como a Quasar e a Empírica, a Reag Investimentosa, de João Carlos Mansur, acaba de anunciar duas aquisições em wealth management. São elas a Berkana Investimentos e a Hieron Patrimônio Familiar passam a fazer parte da Reag.

A Berkana é um multi-family office desde 2008 e hoje atua também com venture capital e no setor do agronegócio. A empresa está em São Paulo, mas possui atuação global.

Já a Hieron, liderada por Reinaldo Lacerda e Robert van Dijk, tem uma asset e um wealth management e sua matriz é em São Paulo. A companhia mantpem escritórios em Belo Horizonte e representantes em Londres, Genebra e Dubai.

“A Reag compartilha a preocupação com a segurança dos clientes, com a cultura de serviço, e rentabilidade. Estamos diante de um momento de crescimento e expansão, e juntos entregaremos benefícios reais e substanciais para nossos clientes”, afirmou Luiz Lima, fundador da Berkana, em nota.

“Vamos ampliar nossa atuação com produtos inovadores e estratégias sólidas, criando escala e soluções personalizadas que agreguem valor aos nossos clientes”, acrescentou Lacerda, da Heiron, também em nota.

Robert van Dijk assume como CEO da área de wealth e asset management da Reag. Com mais de 45 anos de experiência no mercado financeiro e de capitais, Van Dijk traz uma trajetória como CEO da Principal Financial Group do Brasil e foi diretor executivo em instituições como Banco Votorantim e Bradesco, onde criou e liderou a BRAM. No período entre 2016 e 2018 Robert atuou com destaque no cargo de presidente da Anbima.

Lideram também esse projeto da vertical de asset e wealth management executivos como Carlos Maggioli, cofundador da Quasar Asset Management; Dario Tanure, cofundador da Rapier Investimentos; Leonardo Calixto, cofundador da Empírica; Luiz Lima e Reinaldo Lacerda.

A Reag é um grupo financeiro que já soma mais de mais de R$ 200 bilhões sob gestão. E também possui áreas como serviços fiduciários, crédito, distribuição e assessoria financeira.

O apetite por aquisições da empresa vem ocorrendo em vários setores financeiros. No ano passado a empresa adquiriu a plataforma BizHub Ventures da Alvarez & Marsal (A&M), consultoria especializada em gestão de empresas, e entrou no segmento de venture capital com o lançamento da Reag Growth & Ventures.

Em 2022 e 2023, a empresa adquiriu as gestoras de patrimônio Rapier Investimentos e Quadrante Investimentos.



Fonte: Neofeed

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