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Gestora BlueLine, de ex-diretores do J.P. Morgan, fecha as portas após cinco anos

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Tempo de Leitura:1 Minuto, 58 Segundo


A gestora BlueLine anunciou na terça-feira, 10, o encerramento de suas atividades. Fundada há cinco anos por Giovani Silva, ex-head de gestão de risco do J.P. Morgan, e Fábio Akira, ex-economista-chefe do banco no Brasil, a casa ganhou notoriedade ao receber R$ 200 milhões do Itaú em 2021. O aporte veio por meio do programa Rising Stars, iniciativa do banco para fomentar gestoras independentes com alto potencial de crescimento.

Com foco em tendências macroeconômicas, o BlueLine Alpha, principal fundo da casa, teve um início promissor, superando o CDI em seus dois primeiros anos. No entanto, a gestora enfrentou dificuldades para lidar com a crescente volatilidade econômica e geopolítica dos últimos anos. Como muitos fundos multimercados, a performance acabou ficando abaixo do benchmark.

Até o fim de novembro, o BlueLine Alpha acumulava um retorno de 45% desde o início, correspondente a 82% do CDI. Em 2024, o desempenho foi de 3,53%, representando apenas 33% do benchmark.

O encerramento da BlueLine acontece em um contexto desafiador para os multimercados, que têm perdido terreno para títulos de renda fixa beneficiados por taxas de juros elevadas e, muitos deles, pela isenção de impostos. Nos últimos três anos, a classe sofreu resgates acumulados de R$ 591 bilhões, sendo mais da metade somente desde janeiro.

Em carta aos investidores, a gestora explicou que a decisão foi tomada após uma “análise criteriosa do cenário econômico e das condições de mercado”. Também foram mencionados na carta os desafios estratégicos e conjunturais enfrentados nos últimos anos. Entre os fatores que pesaram para o fechamento do fundo estão as altas de juros pelo Banco Central, que devem ser intensificadas nesta semana, apurou o Neofeed.

Desde 2021, quando atingiu o pico de cotistas, a BlueLine viu sua base de investidores encolher 71%, chegando a apenas 178 cotistas no fim de novembro. O volume sob gestão também sofreu uma redução drástica, caindo de quase R$ 500 milhões no início de 2023 para cerca de R$ 300 milhões, segundo dados do Mais Retorno. O valor ainda considera os investimentos do Itaú.

A gestora informou que o processo de liquidação dos ativos será conduzido de maneira “meticulosa e ética, assegurando total transparência”. A expectativa é de que todo o procedimento seja concluído até o início de 2025.

Procurado, o Itaú não quis se pronunciar.



Fonte: Neofeed

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A Nvidia sofreu um baque nesta semana. Mas seu CEO já está olhando os próximos dez anos

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Tempo de Leitura:2 Minuto, 42 Segundo


Um furacão abalou a onda da inteligência artificial (IA) na segunda-feira, 27 de janeiro. A chinesa DeepSeek colocou em xeque a avalanche de recursos aplicados nessa tecnologia ao anunciar um modelo de IA com desempenho similar ao de empresas americanas, mas com custos bem menores.

No rastro dessa “tempestade”, quem mais acusou o golpe foi um dos nomes que, até aqui, mais surfaram esse hype. No mesmo dia, a americana Nvidia viu suas ações desabarem 17,5% na Nasdaq e perdeu US$ 600 bilhões em valor de mercado, na maior queda já registrada em um único pregão.

Curiosamente, naquela mesma data, a jornalista Cleo Abram publicou mais uma edição do programa Huge Conversations em seu canal no YouTube. O entrevistado? Jensen Huang, justamente o cofundador e CEO da Nvidia.

Gravado em 7 de janeiro, o podcast já registra quase meio milhão de visualizações. No programa, muito além da tormenta que viria a chacoalhar o mercado e sua empresa no curto prazo, Huang faz projeções para o futuro. Embaladas, claro, pela inteligência artificial.

“Os últimos 10 anos foram realmente sobre a ciência da inteligência artificial”, diz ele, em um dos trechos da entrevista. “Nos próximos 10 anos, teremos muita ciência de IA, mas os próximos 10 anos serão a ciência da aplicação da IA. A ciência fundamental versus a ciência da aplicação.”

Além de destacar a expectativa de grandes avanços no que chamou de “robótica humana” nos próximos cinco anos, Huang afirmou que a inteligência artificial se tornará onipresente, marcando presença em praticamente todos os setores da economia.

“A pesquisa aplicada, o lado da aplicação da IA agora se torna: como posso aplicar a IA à biologia digital? Como posso aplicar a IA à tecnologia climática? Como posso aplicar a IA à agricultura, à pesca, à robótica, ao transporte, otimizando a logística? Como posso aplicar a IA, você sabe, ao ensino?”.

Como parte desse contexto, o CEO da Nivia também reservou tempo para dar conselhos à nova geração. No principal deles, disse que os jovens precisam aprender a usar essa tecnologia em suas diversas aplicações.

“Se eu fosse um estudante hoje, a primeira coisa que eu faria seria aprender IA”, afirma Huang. “Como eu aprendo a interagir com o ChatGPT, com o Gemini Pro e com o Grok? Aprender a interagir com IA não é diferente de ser alguém que é realmente bom em fazer perguntas.”

Aos 61 anos, ele diz que, no caso da sua geração, a pergunta que precisou ser feita foi: “como usamos computadores para fazer melhor nosso trabalho?”. E destacou que a próxima geração deve questionar como usar a inteligência artificial para fazer melhor o seu trabalho.

Huang também ressalta que as pessoas precisam ver por si mesmas como a inteligência artificial reduziu as barreiras do conhecimento para compreender totalmente a amplitude das fronteiras dessa tecnologia.

“Se eu coloco um computador na frente de alguém que nunca usou um, não há chance de ele aprender a usar em um dia. E ainda assim com o ChatGPT, se você não sabe como usá-lo, tudo o que você precisa fazer é digitar: ‘eu não sei como usar o ChatGPT, me diga’. E ele vai retornar e lhe dar alguns exemplos”.



Fonte: Neofeed

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Aportes em startups brasileiras voltam a crescer e chegam a US$ 2,14 bilhões. Motivo para comemorar?

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Aportes em startups brasileiras voltam a crescer e chegam a US$ 2,14 bilhões. Motivo para comemorar?
Tempo de Leitura:3 Minuto, 48 Segundo


Os aportes em startups brasileiras voltaram a crescer em 2024, mas não há tantos motivos assim para comemorar. Isso é o que mostra a pesquisa Inside VC do Fechamento de 2024, realizada pelo Distrito e divulgada com exclusividade pelo NeoFeed.

Em 2024, as startups brasileiras captaram US$ 2,14 bilhões, alta de 13,83% sobre o ano anterior (US$ 1,88 bilhão). Para efeito de comparação, com exceção de 2023, período que ficou conhecido como o inverno das startups, o volume só é maior do que 2018, quando as empresas inovadoras brasileiras receberam US$ 1,4 bilhão.

“Na pandemia vivemos um cenário muito excepcional, com bancos centrais reduzindo taxas de juros para tentar minimizar o impacto nas economias. Com o capital mais barato, investidores buscaram novos negócios”, diz Victor Harano, gerente de research do Distrito, ao NeoFeed.

“Mas não acredito que tenhamos novamente um cenário parecido com o que vivemos entre 2021 e 2022. A comparação precisa ser com os anos anteriores”, complementa.

No cenário da América Latina, a pesquisa do Distrito também apontou crescimento. Ao todo, foram investidos US$ 4,27 bilhões em 625 rodadas. O volume foi 23,53% superior ao de 2023, quando as startups latino-americanas receberam US$ 3,4 bilhões em aportes.

Fintechs seguem como o segmento mais representativo entre os que receberam aportes na América, com US$ 2,1 bilhões em 153 deals. Na sequência estão healthtechs, com 51 rodadas (US$ 195,4 milhões).

O Brasil representou 50% dos aportes realizados nos países da América Latina. No número de rodadas, no entanto, houve queda: 391 em 2024 contra 475 no ano anterior. No ranking dos países, o México aparece em segundo lugar, com US$ 818,1 milhões (74 rodadas), seguido por Argentina (US$ 692 milhões), Colômbia (US$ 344,6 milhões) e Chile (US$ 138,6 milhões).

“A gente sentiu essa leve retomada em 2024, com a volta de alguns megarounds [aportes acima de US$ 100 milhões], e muita gente procurando startups ligadas a inteligência artificial (IA). Mas há pontos de atenção, principalmente sobre o ritmo dos avanços”, afirma Harano. “No geral, foi um ano relativamente bom para as startups.”

O principal deal realizado no Brasil em 2024 foi da fintech Asaas, que captou US$ 150 milhões. Em seguida, aparecem Celcoin e Contabilizei, que receberam US$ 125 milhões cada um.

A principal rodada do ano, no entanto, foi de uma startup argentina. A fintech Ualá recebeu aporte de US$ 300 milhões em novembro, em uma rodada de financiamento liderada pela Allianz X, braço de venture capital da seguradora alemã.

Em termos de recursos, as fintechs seguem na liderança no Brasil, com 41,5% do total destinado a startups (US$ 889 milhões) em 84 rodadas. Depois vem foodtechs (US$ 190,8 milhões em 17 deals), healthtechs (US$ 135,8 milhões em 37 negócios realizados), deeptechs (US$ 130,3 milhões em 23 deals) e agtechs (US$ 119,5 milhões em 20 negócios).

Mais espaço para outras áreas

Ainda que na liderança folgada, o segmento de fintechs vem, segundo o executivo do Distrito, perdendo espaço para outras áreas. “Historicamente, elas representavam em torno de 20% dos deals realizados. Agora esse patamar reduziu para 16%, com o crescimento de outras teses, como healthtechs.”

Para 2025, o impacto no mercado a partir do surgimento do DeepSeek, inteligência artificial chinesa com um custo mais baixo que derrubou as ações da gigante Nvidia, pode servir de oportunidade para startups brasileiras. Os avanços na inteligência artificial devem garantir mais repasses e em mais rodadas.

“Mesmo as startups que não tenham a IA como core, utilizam esse mecanismo de alguma forma, seja no pitch, na forma como se vendem e como contam com a ferramenta no negócio”, diz Harano. “Vamos assistir consolidação de M&As em fintechs, principalmente na área de criptos, e o crescimento de edutechs, com novas tecnologias implementadas.”

Para o executivo do Distrito, em pouco tempo a simples utilização de IA já não será mais um diferencial competitivo, a exemplo do que ocorreu com o movimento de clouds (armazenamento em nuvem) durante a década de 2010. Vai ser necessário avançar para um modelo de IA 4.0.

“Ela vai deixar de ser uma vantagem significativa em curto prazo e a gente vai acompanhar as que conseguem transformar essas tecnologias em algo mais durável. Cada vez mais o custo cai e muita gente passa a entender o uso dessas ferramentas”, avalia. “Dessa forma, há espaço para que a gente chegue ao total registrado em 2019. É um volume saudável para o ecossistema de startups.”





Fonte: Neofeed

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EXCLUSIVO: ADM Nutrição busca comprador para sua divisão de pet food no Brasil

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EXCLUSIVO: ADM Nutrição busca comprador para sua divisão de pet food no Brasil
Tempo de Leitura:1 Minuto, 44 Segundo


Depois de um 2024 turbulento, principalmente por questões contábeis no exterior que mexeram com o valor de suas ações e trouxeram desconfiança do mercado, a Archer Daniels Midland (ADM) resolveu fazer uma limpeza em seu portfólio. E isso inclui parte de sua operação no Brasil.

O NeoFeed apurou que a companhia contratou o Barclay’s para buscar compradores para a sua unidade de pet food no Brasil. Foi uma decisão global da gigante americana com tentáculos em vários segmentos do agronegócio, com forte atuação na produção e exportação de grãos e alimentos.

Uma fonte a par do negócio, que já está sendo oferecido a potenciais compradores, diz que essa divisão de pet food tem uma receita anual de cerca de R$ 1,1 bilhão e um prejuízo de R$ 100 milhões. O valuation deverá ficar entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão.

Apesar de a ADM querer sair do segmento aqui no Brasil, o mercado não é desprezível e, nos últimos anos, tem chamado a atenção de vários players.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), estima-se que o mercado pet brasileiro tenha faturado mais de R$ 77 bilhões em 2024, 12% a mais do que em 2023. Desse total, o segmento de pet food representou R$ 42 bilhões.

Segundo um estudo da Mordor Intelligence, 30% do mercado de pet food no Brasil estão nas mãos de cinco companhias: ADM, BRF Global, Mars, Nestlé Purina e PremieRPet. A gestora de private equity HIG também tem uma tese no segmento com a companhia FVO Alimentos.

A população de pets no Brasil é de cerca de 160 milhões de animais. Destes, cerca de 70 milhões são cães e outros 30 milhões são gatos. Uma pesquisa da Quaest aponta que 32% dos tutores gastam entre R$ 100,00 e R$ 300,00 por mês com os animais de estimação. Outros 20% gastam entre R$ 300,00 e R$ 500,00 por mês.

Procurada, a ADM não retornou até o fechamento desta nota.





Fonte: Neofeed

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