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Grupo Primo coloca os “pés” na Faria Lima e mira R$ 20 bilhões

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Tempo de Leitura:6 Minuto, 4 Segundo


O Grupo Primo surgiu como uma companhia de conteúdo digital e educação financeira. Mas, aos poucos, está se transformando em uma empresa de investimentos.

Agora, a companhia fundada pelos influenciadores digitais Thiago Nigro (Primo Rico) e Bruno Perini está dando mais um passo para se consolidar como uma empresa de investimento.

No fim deste mês, o Grupo Primo vai inaugurar um escritório de 800 m² na Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, no Itaim Bibi, em São Paulo, que será a nova casa da consultoria Portfel e da gestora Grão.

Essas duas empresas mais que dobraram de tamanho no ano passado e atingiram quase R$ 9 bilhões sob consultoria e gestão. Com isso, a frente de investimentos passou a ser sua maior fonte de receita, que chegou a R$ 250 milhões, um salto de 2,5 vezes ao resultado de quatro anos atrás.  O objetivo é terminar com R$ 20 bilhões em 2025.

Até então, a área de investimentos do Grupo Primo ficava em uma sala no mesmo prédio do estúdio de produção de conteúdo, em Barueri (SP). No coração do mercado financeiro, a companhia pretende conquistar mais share of wallet e bolsos ainda maiores.

“Nossa captação acontece na internet e os clientes querem conhecer onde os vídeos são filmados”, afirma Fernando Vasconcelos, CEO do Grupo Primo, ao NeoFeed. “Mas é importante o cliente criar uma rotina com o seu consultor de investimento e ter reuniões periódicas. E ir a Barueri é um entrave para essa dinâmica.”

A gestora Grão, focada em produtos de previdência e adquirida em outubro de 2022, captou R$ 650 milhões no ano passado. Com isso, chegou a R$ 1,3 bilhão sob gestão. Por trás desse resultado estão profissionais experientes do mercado financeiro. Entre eles, o diretor de gestão Guilherme Sá, ex- managing director da tesouraria do Banco Santander.

Já a consultoria de investimentos Portfel, adquirida em 2022 com R$ 100 milhões sob consultoria, quase triplicou de tamanho, saltando de R$ 2,6 bilhões para R$ 7,4 bilhões, atendendo cerca de 12 mil clientes.

“Demos esse salto plugando as empresas no nosso ecossistema com uma partnership muito alinhada. Entendemos qual é o nosso modelo de negócios e, agora, é só escalar”, afirma Thiago Nigro, fundador do Grupo Primo.

O que o Grupo Primo consegue fazer é unir os “alunos” de seus cursos com seus serviços de wealth management. Para se ter uma ideia, a companhia tem uma audiência mensal média de 4 milhões de pessoas. A Finclass, sua plataforma de educação, já possui 120 mil assinantes.

“Fomos sendo procurados por alunos do nosso curso para que a gente cuidasse do dinheiro deles e não mais somente ensinar a como fazer isso”, diz Bruno Perini, sócio e fundador do Grupo Primo. “E faz todo sentido. Médicos e advogados, por exemplo, bem remunerados, têm que gastar o tempo ganhando dinheiro e se aprimorando. Não acompanhando mercado e investindo”.

O modelo de negócio da consultoria Portfel é entregar um serviço de wealth management para o varejo alta renda, com o tíquete mínimo de R$ 100 mil. Mas o tíquete médio já beira os R$ 500 mil – e há parcela relevante de clientes milionários.

O modelo de remuneração é o fee based (taxa fixa), cujo custo é em média de 1% ao ano sob o total sob consultoria que pode estar em qualquer plataforma de investimento. As comissões dos produtos (chamados rebates) são repassadas para os clientes, de forma que, em média, segundo a Portfel, a taxa líquida anual é de 0,5%. A consolidação dos portfólios é feita com uma empresa especializada parceira.

Outro ponto da estratégia do Grupo Primo é que a empresa forma os seus consultores, através da TopInvest, que comprou em 2022. Hoje, já são 450 consultores cadastrados e serão necessários muito mais para atender ao crescimento esperado.

A TopInvest é responsável por cerca de 60% das certificações no mercado financeiro – como CPA-10, CPA-20, CEA, da Anbima -, da certificação da Ancord, para ser assessor de investimentos, além de outros mais sofisticados, como CFP, CNPI e CGA. Ela também lançou uma graduação voltada para o mercado financeiro. Esses dois negócios já têm mais de 210 mil alunos.

Fernando Vasconcelos, CEO) e os fundadores do Grupo Primo, Thiago Nigro (centro) e Bruno Perini
Fernando Vasconcelos, CEO (à dir.), e os fundadores do Grupo Primo, Thiago Nigro (centro) e Bruno Perini

“Um grande gargalo desse mercado é mão de obra qualificada e disposta a trabalhar com clientes menores. Nós resolvemos isso criando o maior celeiro de profissionais com a nossa área de educação”, diz Nigro.

Segundo ele, há, no momento, 300 consultores em formação. Para trabalhar na Portfel é preciso ter todas as certificações, fazer o MBA da casa e depois ainda passar por um treinamento na empresa.

Dessa forma, os braços de conteúdo e de educação financeira são o suporte para alimentar o wealth management com profissionais e clientes. O crescimento da consultoria ajuda a impulsionar a asset, que também capta diretamente com o marketing massivo e gratuito do grupo.

Para Nigro esse não é um jeito ‘particular’ de fazer wealth management, e sim o futuro da indústria no seu processo de democratização do serviço de wealth, antes disponível apenas para o público private (R$ 10 milhões).

O crescimento da indústria de consultoria no Brasil

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) separa os atuantes na indústria de wealth management em três funções distintas, que não podem existir em uma mesma empresa.

O primeiro deles é o gestor de investimentos, que atua de forma discricionária e por meio de fundos, fazendo a gestão do portfólio dos clientes – a forma legal que a maioria dos Multi Family Offices atuam.

Depois, há os assessores de investimento e consultores de investimento, que atuam de forma não-discricionária (necessitando do consentimento do cliente para executar a estratégia).

Após a CVM 178, os dois podem recomendar investimentos, mas enquanto o assessor está ligado a uma corretora (e em geral atua no modelo comissionado), o consultor é independente e consolida a portfólio do cliente de diversas plataformas e cobra por fee based.

Quando as corretoras independentes digitais emergiram usaram os assessores de investimento como soldados da guerra contra os bancos. O que revolucionou a profissão de assessores de investimento e assim o mercado de investimento, com as plataformas se transformando em um supermercado de produtos.

O resultado foi o surgimento de empresas de assessoria gigantes como a Fami Capital, com cerca de R$ 75 bilhões sob custódia, e a Blue3, com cerca de R$ 30 bilhões. Ou mesmo o caso da EQI e da Monte Bravo, que optaram por virar corretoras.

Já a indústria de consultoria ficou estagnada – até agora. Antes usada por alguns Multi Family Offices para gerir recursos de patrimônios acima de R$ 10 milhões, nos últimos anos foram surgindo consultorias focadas para o público alta renda, com entre R$ 200 mil a R$ 10 milhões. Entre elas a Nord Wealth, Clube do Valor, Eleva Invest e a Portfel, que já é a maior delas.

O Grupo Primo acredita que o mercado de wealth management está passando por uma transformação. Se antes os clientes saíram dos bancos e foram para corretoras e assessorias de investimento com muito mais opção de produtos, agora o produto virou uma commodity e os investidores estão em busca de serviço patrimonial mais completo e sem conflito de interesses.

 



Fonte: Neofeed

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Wealth Point #34 – Luiz Osório, da SOMMA Investimentos, e Rodrigo Samaia, da EQI

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UBS alerta para “águas turbulentas” no varejo. E corta em 24% o preço-alvo do setor

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UBS alerta para “águas turbulentas” no varejo. E corta em 24% o preço-alvo do setor
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Câmbio depreciado, inflação elevada, juros em alta e atividade econômica mais fraca. Esse é o cenário que se desenha para o ano, impondo doses de cautela ao mercado financeiro e sugerindo um período desafiador para as empresas brasileiras.

Prevendo “águas turbulentas”, o UBS realizou um amplo ajuste para baixo de suas projeções para os resultados das principais companhias de consumo doméstico.

As estimativas médias de lucro para este ano e o próximo foram revisadas para baixo em 19%. Os analistas também reduziram as previsões de vendas em 1% e de Ebitda em 4%. Com essas novas premissas, o banco cortou em 24% o preço-alvo das ações do setor.

O UBS destacou o nível de endividamento e as posições de caixa como “temas-chave” para as empresas do segmento, diante da Selic projetada em 15%.

O relatório aponta que, embora muitas empresas tenham aproveitado a exuberância do crédito privado no último ano para reduzir spreads, alongar dívidas e melhorar a eficiência do custo de capital, taxas de juros mais elevadas deverão impactar significativamente a lucratividade das companhias mais endividadas.

Apesar da melhora na eficiência financeira, os analistas cortaram a projeção de lucro para 2025 do Magazine Luiza em dois terços, para R$ 146 milhões. O preço-alvo da varejista foi reduzido de R$ 14 para R$ 7,50, frente à cotação de R$ 6,37. A recomendação para a ação foi mantida como neutra.

“A esperada desaceleração do consumo, as condições de crédito mais restritivas e um cenário desafiador para o e-commerce devem prejudicar os resultados operacionais. Enquanto isso, taxas de juros mais altas devem aumentar a pressão sobre a rentabilidade líquida”, escreveram.

A visão também é negativa para as grandes redes de hipermercados, que estão entre as mais sensíveis à alta de juros, na avaliação do UBS. No caso do Grupo Pão de Açúcar, o banco rebaixou a recomendação para venda, com um preço-alvo de R$ 2,50, contra R$ 2,87 no último pregão.

O UBS projeta que o GPA encerrará 2025 com um prejuízo líquido de R$ 560 milhões (ante R$ 470 milhões previstos anteriormente) e 2026 com perdas de R$ 271 milhões (contra a projeção anterior de R$ 9 milhões).

Assaí e Carrefour devem registrar lucro, mas abaixo do esperado. No caso do Carrefour, que teve o preço-alvo cortado de R$ 9,50 para R$ 6,50, o lucro previsto para 2025 foi reduzido em 20%, para R$ 1,2 bilhão, e em 23% para 2026, para R$ 1,7 bilhão. Já as estimativas de lucro do Assaí foram cortadas em 33%, para R$ 655 milhões em 2025 e R$ 960 milhões em 2026.

Entre os destaques positivos, o Grupo Mateus deve sentir um impacto menor, devido à sua forte operação no Nordeste e à menor concorrência em suas principais regiões. O UBS projeta que a varejista manterá um crescimento acelerado, com CARG superior a 17% entre 2024 e 2028.

“O Grupo Mateus deve colher os frutos da eficiência de custos e da diluição dos investimentos logísticos realizados nos últimos anos”, aponta o relatório. A expectativa é de um aumento de 7,2% nas vendas em mesmas lojas e um lucro líquido de R$ 1,486 bilhão em 2025.

As ações do Grupo Mateus figuram entre as principais recomendações do UBS no setor, ao lado de C&A e Smart Fit, com preço-alvo de R$ 8. Para C&A e SmartFit, cujos preços-alvos são de R$ 12,50 e R$ 24, respectivamente, os analistas esperam expansão de lojas e ganhos de market share, impulsionados pela maior fraqueza de competidores.

Nos planos da Smart Fit está a abertura de mais de 300 academias neste ano, superando a marca de 2.000 unidades, como detalhou  Diogo Corona, chief operating office (COO) da companhia, em entrevista recente ao NeoFeed.

Já a C&A se prepara para um novo ciclo de crescimento. O volume de investimento foi de R$ 172,1 milhões nos três primeiros trimestres de 2024. E, para 2025, a empresa espera aumentar o valor dos cheques.





Fonte: Neofeed

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“Casamento” entre OpenAI e Microsoft está estremecido? Stargate mostrou que sim

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Um dilema de quase US$ 14 bilhões para a OpenAI e a Microsoft
Tempo de Leitura:2 Minuto, 30 Segundo


A OpenAI e a Microsoft mantêm uma parceria de longa data, na qual a gigante de tecnologia fundada por Bill Gates destinou mais de US$ 13 bilhões ao caixa da empresa comandada por Sam Altman. Porém, a relação entre as duas companhias parece ter ficado estremecida desde a posse de Donald Trump.

O choque ocorreu após a Microsoft ficar de fora do anúncio da joint venture que reúne OpenAI, Oracle, Softbank, feito na quarta-feira, 22 de janeiro, na Casa Branca. A nova empresa, denominada Stargate, projeta investir até US$ 500 bilhões na construção de data centers para inteligência artificial nos Estados Unidos, que busca apoiar o desenvolvimento da OpenAI.

Na ocasião, Altman, Larry Ellison, CEO da Oracle, Masayoshi Son, CEO do SoftBank e o presidente americano Donald Trump discutiram os diversos destinos da inteligência artificial, que pode ser utilizada para gerar empregos e até curar o câncer, na visão dos empresários.

Naquele momento, o CEO da Microsoft, Satya Nadella, estava muito longe da Casa Branca, participando do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

Esse, na verdade, parece ter sido apenas o estopim de uma relação que já vinha apresentando problemas nos últimos meses. De acordo com o The Wall Street Journal, as empresas vinham negociando como lidar com a demanda “insaciável” da OpenAI por poder computacional.

Para Altman, a Microsoft não conseguia mais atender essa necessidade da companhia. Porém, o acordo entre elas dificultava que a OpenAI buscasse outras alternativas.

A realidade é que, até o momento, a OpenAI depende da Microsoft para ter acesso aos data centers necessários para continuar operando o seu software de IA. Porém, o acordo entre as empresas, que foi firmado em 2019, parece estar ficando obsoleto, sem acompanhar os avanços da companhia de IA.

Outra questão é que, do lado da Microsoft, não existe exclusividade. Assim como outros gigantes do setor, a empresa aumentou seu investimento em infraestrutura de IA nos últimos anos e anunciou recentemente que gastará US$ 80 bilhões em data centers de IA neste ano fiscal. Esse valor, entretanto, será utilizado para também atender a outros clientes e parceiros além da OpenAI.

No momento, a OpenAI pede que a Microsoft permita que ela utilize outros provedores, como o Google. Por outro lado, a Microsoft insiste que essa permissão violaria o acordo de exclusividade.

Apesar de a Microsoft não ter participado do anúncio do projeto Stargate, Altman destacou que sua relação com o principal investidor da OpenAI continua boa.

Questionado no X sobre o possível fim da parceria entre as empresas, Altman escreveu: “De forma alguma! Essa será uma parceria muito importante e enorme por um bom tempo. Nós só precisamos de mais capacidade computacional.”

Do lado da Microsoft, a empresa também afirmou que a relação continua boa. Porém, Nadella declarou, em uma entrevista, que Altman quer construir modelos de IA gigantescos, enquanto a Microsoft quer se concentrar em integrá-los ao software, o que mostra dois caminhos distintos a serem seguidos.



Fonte: Neofeed

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