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Na Mobly, o momento é de “ansiedade” pela fusão com a Tok&Stok (apesar do prejuízo no trimestre)

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Desde o anúncio da fusão com a Tok&Stok, na sexta-feira, 9 de agosto, a ação da Mobly recuou cerca de 16,5% na bolsa de valores. É um desempenho até certo ponto frustrante para uma combinação de negócios que resultaria em uma receita líquida de R$ 1,6 bilhão – 199% maior do que a da Mobly, sozinha, em 2023.

Mas o receio talvez seja explicado pela reação da família Dubrule, acionista minoritário da Tok&Stok que ingressou na Justiça tentando impedir a conclusão da transação feita pela SPX, o acionista controlador da empresa.

A SPX trocou 60% da sua participação na Tok&Stok por 12% da Mobly. Além disso transformou a dívida de um empréstimo feito pela Tok&Stok em debênture, que pode ser conversível em ações ao preço de R$ 9 – o papel da Mobly negocia a R$ 2,66.

“O acordo é extensível a todos os acionistas da Tok&Stok e nos próximos dias vamos entrar em contato com eles, para todos se juntarem à SPX nessa transação”, disse Victor Noda, CEO da Mobly, na call de resultados do segundo trimestre.

O reperfilamento da dívida com os bancos, no montante de R$ 364 milhões, foi aprovado pela Justiça (embora a família Dubrule esteja questionando também essa operação). A “nova Mobly” tem até 10 anos para quitar, sendo que começam os pagamentos somente em 2028.

Nas contas da Mobly, a fusão entra no rito sumário do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) nos próximos dias e levará até 45 dias para sair a decisão. Com a aprovação, as partes assinam o closing. “Estamos ansiosos para começar a trabalhar na combinação do negócio”, diz Noda.

A pressa se justifica. Juntas, Mobly e Tok&Stok teriam uma receita bruta combinada de R$ 825 milhões, que é 251% maior do que a Mobly reportou no ano de 2023.

No primeiro semestre deste ano, o GMV, o volume bruto de mercadorias, um indicador equivalente, da Mobly foi de R$ 402,5 milhões, alta de 6% sobre o mesmo período do ano passado.

“Voltamos a enxergar crescimento de GMV e de receita líquido no ano contra ano”, disse Noda. “Foram dois anos com queda de receita e desafios no mercado. Este ano, com mudanças e mexidas de estratégia e redução de custo, começamos a ver o resultado.”

O principal canal de crescimento da Mobly foi o marketplace de terceiros. GMV nesse canal aumentou 59,7%, em 12 meses. E o Mercado Livre é o principal responsável por esse desempenho.

“Esperamos que a Mobly se concentre na sustentabilidade do crescimento obtido por meio das vendas no marketplace, bem como na perspectiva para os canais restantes”, escreveram Irma Sgarz e Felipe Rached, analistas do Goldman Sachs, em relatório.

A Mobly reportou um Ebitda negativo de R$ 2 milhões, que foi classificado pelos analistas do Goldman como “ligeiramente abaixo do nível de equilíbrio”. A companhia melhorou o desempenho na comparação com os dois anos anteriores, quando entregou Ebitdas negativos de R$ 5 milhões (2023) e R$ 11 milhões (2022).

Ao longo do primeiro semestre, a Mobly consumiu mais um pouco do seu caixa. A companhia entrou o ano com R$ 255 milhões entre caixa e recebíveis e fechou o período com R$ 184 millhões.

O primeiro motivo que explica é o prejuízo de R$ 15 milhões no segundo trimestre. Outro ponto foi o capex de R$ 12,6 milhões – a maior parte utilizada na abertura da loja de Belo Horizonte. E, por fim, uma linha de financiamento dedicada à compra de importados que foi menos utilizada no período.

“Quando a gente olha para o segundo semestre, a redução de caixa acontece com a volta do crescimento, especialmente no quarto trimestre”, disse o CEO da Mobly. “Isso nos permite aumentar a posição de recebíveis e reduzir a queima de caixa. Então, veio dentro do plano.”

O valor de mercado da companhia na B3 é de R$ 283,3 milhões. E o preço-alvo do Goldman Sachs para MBLY3 é de R$ 2.



Fonte: Neofeed

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Suzano quer menos “M&As grandiosos” e mais foco na desalavancagem

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Em seu primeiro investor day desde que assumiu o comando da Suzano, em julho deste ano, Beto Abreu afirmou que a companhia não fará grandes movimentos de aquisição, destacando que o foco está na redução da alavancagem financeira e de custos operacionais do negócio.

“Não vamos implementar na nossa estratégia nenhum movimento significativo em termos de crescimento inorgânico”, disse ele na quinta-feira, 12 de dezembro. “Não temos no pipeline nenhum acordo transformador.”

Isso significa que, em vez de movimentos como a aquisição da International Paper, que criaria uma gigante com um valor de mercado de quase US$ 44 bilhões (mas envolveria um cheque volumoso, na casa dos US$ 15 bilhões, conforme noticiado à época), a empresa pretende apostar em movimentos como a compra da Pactiv Evergreen, por US$ 110 milhões, e de 15% da Lenzing, por R$ 1,3 bilhão.

No caso, serão movimentos em que a companhia possa gerar escala, trazendo suas capacidades operacionais e que possa extrair sinergias. É o caso da Pactiv, em que a Suzano vem trabalhando para ter opções de novas linhas de produtos em até cinco anos.

“Nós consideramos, por exemplo, que acordos que fizemos como da Pactiv e da Lenzing são saudáveis, com equilíbrio entre risco e crescimento no exterior”, disse Abreu. “Queremos alocar capital preservando a tendência do processo de desalavancagem.”

Também novato na cadeira, tendo assumido o posto no final de novembro, o CFO da Suzano, Marcos Assumpção, disse que a alocação de capital será o grande desafio da Suzano indo adiante. Mas ele destacou que a estratégia da companhia seguirá a mesma, com as decisões precisando obedecer os critérios de agregação de valor e com o pagamento do preço justo.

Ele destacou ainda os esforços da companhia de reduzir a alavancagem financeira da Suzano, que no terceiro trimestre alcançou 3,2 vezes em reais, visando alcançar o patamar de 3 vezes. Parte disso vem do fim dos vultosos investimentos para o Projeto Cerrado, nova fábrica de celulose da companhia em Mato Grosso do Sul.

A companhia também destacou que pretende implementar iniciativas para reduzir o custo caixa, apostando em iniciativas como mecanização na parte de silvicultura e aumentando a autossuficiência em madeira.

“O custo de capital é uma vantagem competitiva muito importante para a Suzano e não queremos arriscar isso, considerando que estamos numa indústria intensiva em capital”, afirmou Assumpção.

Como parte dos planos, a Suzano também vem trabalhando para concluir alguns investimentos anunciados, como é o caso da construção da fábrica de papéis higiênicos em Aracruz, no Espírito Santo, anunciada em outubro de 2023.

Ao custo de R$ 650 milhões, a planta deve ficar pronta no quarto trimestre de 2025, antecipando em alguns meses o plano inicial, o primeiro trimestre de 2026, fortalecendo a presença da Suzano na parte de bens de consumo, cujo maior movimento foi a compra das operações da Kimberly Clark no Brasil em 2022.

Por volta de 12h40, a ação SUZB3, da Suzano, recuava 2,29%, a R$ 62,63. No ano, os papéis acumulam alta de 13,6%, levando o valor de mercado a R$ 79,2 bilhões.



Fonte: Neofeed

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Startup de “carros voadores” embarca novo aporte de US$ 430 milhões (e a Stellantis vai de carona)

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As startups de aeronaves elétricas de pouso e decolagem vertical (eVTOL), ainda têm algumas escalas a cumprir para colocarem seus “carros voadores” nos céus, em operações comerciais. Mas não faltam investidores embarcando recursos para que essa tendência decole no mercado.

O mais novo nome a reforçar esse movimento é a Archer Aviation. Fundada em 2020, a startup americana anunciou na quinta-feira, 12 de dezembro, que levantou um novo investimento de US$ 430 milhões. O aporte chega apenas cinco meses depois de um aporte de US$ 230 milhões, liderado pela Stellantis, montadora de veículos de marcas como Fiat, Peugeot e Citroën.

A montadora também está pegando carona nessa nova rodada, assim como a United Airlines, que já integrava o captable da companhia. Entre os novos investidores figuram a Wellington Management e a 2PointZero, holding dos Emirados Árabes Unidos.

Com o aporte, a Archer Aviation, que abriu capital em Nova York por meio de uma Special Purpose Acqusition (SPAC) em setembro de 2021, chega a um volume de aproximadamente US$ 2 bilhões captados.

Parte dos recursos anunciados hoje será aplicada em outro projeto anunciado hoje pela startup. Trata-se de uma parceria com a também americana Anduril, empresa da área de tecnologia de defesa, para o desenvolvimento de aeronaves militares híbridas, na categoria dos eVTOLs.

De acordo com as duas companhias, o projeto tem como alvo um potencial registro da aeronave em um programa de aquisições do governo americano, aprovado e autorizado no âmbito do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.

Ao ressaltar que a cadeia de suprimentos já desenvolvida e a experiência da Anduril vão acelerar o desenvolvimento do projeto, a Archer Aviation também informou que a iniciativa será tocada dentro do Archer Defense, um programa lançado recentemente pela companhia.

Com outro projeto de um eVTOL de cinco lugares em curso, a startup destacou ainda que encerrou o terceiro trimestre com US$ 502 milhões no caixa. E acrescentou que, agora, está bem posicionada, com um dos “principais balanços” do setor e sem necessidades de novas captações no curto prazo.

“Com a Anduril ao nosso lado e esse novo influxo de capital, aceleraremos o desenvolvimento e a implantação de tecnologias aeroespaciais avançadas em escala”, afirmou, em nota, Adam Goldstein, fundador e CEO da Archer Aviation.

Após chegarem a cair mais de 5% na Bolsa de Nova York, as ações da Archer Aviation registravam ligeira queda de 0,14% por volta das 10h37 (horário local), cotadas a US$ 7,38. Em 2024, os papéis acumulam, porém, uma valorização de 20,1%, dando à companhia um valor de mercado de US$ 3,1 bilhões.

Em outros exemplos mais recentes de startups capitalizadas da área, no início de outubro, a também americana Joby Aviation levantou US$ 500 milhões junto à Toyota, montadora japonesa que já investia na operação.

Já a brasileira Eve, fruto de um spin-off da Embraer e com capital aberto também na Bolsa de Nova York, onde está avaliada US$ 1,3 bilhão, captou um total de R$ 700 milhões em duas tranches, com um intervalo de nove dias, junto ao BNDES.

O primeiro contrato, de R$ 500 milhões, terá como destino a construção da fábrica de eVTOLs da empresa em Taubaté, no interior de São Paulo. Já o segundo financiamento será aplicado no desenvolvimento do carro voador da fabricante.



Fonte: Neofeed

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O “kit Brasil 2.0” da AlphaKey para enfrentar os solavancos da bolsa brasileira

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Nos anos 2000, o “Kit Brasil” foi uma estratégia de investimento focada em três apostas: alta da bolsa, queda do dólar e redução dos juros. Agora, a situação do mercado brasileiro é exatamente a inversa.

E a gestora de ações AlphaKey, que tem entre os seus investidores os family offices Aguassanta, de Rubens Ometto, e Citrino, de José Ermírio Moraes Neto, montou o seu próprio “kit Brasil” versão 2.0 para enfrentar os solavancos da bolsa brasileira.

“Você deve investir em empresas com receita em dólar e despesas em real. E ficar longe de companhias com pouco poder de repassar preços e que têm muita dívida”, diz Christian Keleti, fundador e CEO da AlphaKey, ao Café com Investidor, programa do NeoFeed que entrevista os principais investidores do Brasil.

Outros ingredientes do novo “kit Brasil” da AlphaKey são empresas boas pagadoras de dividendos, que tenham uma boa governança corporativa e estruturas de capital adequadas.

“As empresas de energia têm boa proteção contra inflação e gosto muito de shopping, de companhias como Multiplan, Iguatemi e Allos”, afirma Keleti.

Em sua carteira, estão empresas como Cyrela e Direcional, mas também companhias que estão fora do radar do mercado e que estão trazendo um bom retorno para os fundos da AlphaKey.

Uma delas é a C&A, na qual a gestora investiu quando a ação estava na faixa de R$ 4, mas que chegou a quase R$ 13 em novembro deste ano – na quarta-feira, 11 de dezembro, fechou em R$ 10,90.

“Esse é um caso emblemático. No terceiro trimestre de 2023, observamos que a empresa gerou de caixa quase todo o market cap dela. E ninguém olhava para ela”, afirma Keleti.

Agora, a AlphaKey montou uma posição, através de um fundo que captou exclusivamente para investir em um único ativo, na Priner, um spin-off da Mills, que está diversificando sua estratégia.

Na visão de Keleti, a Priner, que presta serviços industriais, tem aproximadamente o mesmo valor do IPO, que aconteceu em fevereiro de 2020, mas, desde então, multiplicou a receita e o Ebitda por aproximadamente cinco vezes, além de ter feito aquisições.

O M&A mais recente foi o da Real Estruturas e Construções, uma aquisição de R$ 170,7 milhões, que vai aumentar o faturamento da Priner em 30%. “É uma empresa diferenciada que está sendo negociada a 3X o Ebitda e crescendo de 20% a 25% por ano, com margens crescentes”, afirma Keleti.

Nesta entrevista, que você assiste no vídeo acima, Keleti detalha as teses da gestora, fala por que aposta em Cyrela e Direcional e conta sobre outra posição que montou em que ganhou 80% em quatro meses.





Fonte: Neofeed

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