Connect with us

Negócios

No mundo dos transportes, J.P. Morgan sobe Vamos e rebaixa Azul e Movida

Prublicadas

sobre

No mundo dos transportes, J.P. Morgan sobe Vamos e rebaixa Azul e Movida
Tempo de Leitura:3 Minuto, 35 Segundo


No momento em que o cenário macroeconômico se mostra desafiador, resultando no aumento do custo de capital das empresas, os analistas do J.P. Morgan realizaram um “pente fino” no segmento de transportes e infraestrutura, com revisão das perspectivas para o restante do ano.

Como consequência, a equipe de research do banco americano acabou elevando a recomendação da Vamos de neutro para compra. Por outro lado, o call de Azul e Movida passou de compra para neutro, incorporando em todos os nomes do universo de cobertura, composto 11 companhias, um aumento de 0,5 ponto percentual do custo de capital.

“Nós rebaixamos os dois nomes [Azul e Movida] por conta de valuations ajustados ao risco relativamente pouco atrativos e riscos elevados de seus balanços, no caso, a alavancagem elevada e menor fluxo de caixa livre, quando comparado com as principais escolhas para cada segmento, apesar do bom momento operacional e bom potencial de valorização”, diz trecho do relatório assinado pelos analistas Guilherme Mendes e Julia Orsi.

No caso da Movida, que também viu um corte do preço-alvo, de R$ 14,50 para R$ 10,50, a equipe do J.P. Morgan calcula que as ações estão sendo negociadas a múltiplos P/E de 10,6 vezes e 6,9 vezes para 2024 e 2025, respectivamente, descontos de 30% a 40% em relação à Localiza.

Esses valores são menores do que a média histórica, de 50%. Além disso, a alavancagem financeira e o perfil de caixa da companhia são menos favoráveis, num momento em que os juros de longo prazo estão em alta.

“Nas nossas estimativas, a relação entre a dívida líquida e o Ebitda permanecerá próxima a 3,5 vezes nos próximos trimestre, enquanto na Localiza deve ficar abaixo de 3,0 vezes”, diz trecho do relatório.

A Azul também teve seu preço-alvo reduzido pelo J.P. Morgan, de R$ 24,50 para R$ 19, com os analistas destacando que o múltiplo EV/Ebitda em que as ações são negociadas para 2024 e 2025, de 4,9 vezes e 4,5 vezes, respectivamente, representam um prêmio médio de 10% em relação aos papéis da Copa Airlines e da Latam, as principais escolhas do banco para o segmento.

Para o banco, essa avaliação parece “imerecida” considerando que a Copa e a Latam estão melhor posicionadas em termos de fluxo de caixa livre e passivos financeiros, quando comparadas com a Azul.

Na Vamos, a expectativa é de uma melhora sequencial dos resultados, revertendo a avaliação feita pelos analistas em setembro, quando decidiram rebaixar a recomendação para neutro por conta dos desafios de curto prazo para o desempenho.

Ainda que apresente um resultado fraco no segundo trimestre, diante de dificuldades com recuperação de ativos, a Vamos começa a sinalizar maior visibilidade de números positivos capturando o crescente movimento de terceirização de frota no País.

O J.P. Morgan aponta ainda que o P/E para 2025 está em cerca de 8,3 vezes, abaixo tanto da média histórica da empresa (18 vezes) quanto de outras locadoras de veículos (9 vezes). Apesar desses fatores, os analistas decidiram manter o preço-alvo das ações da Vamos em R$ 13,50.

Ainda que a visão em relação à Vamos tenha melhorado, não foi suficiente para que a locadora de caminhões e equipamentos da Simpar se tornasse um top pick do J.P. Morgan no segmento de transportes.

Quem aparece entre as preferidas é a Santos Brasil, cujo preço-alvo subiu de R$ 16,50 para R$ 17, com a recomendação permanecendo em compra.

Os analistas afirmam que o valuation está num patamar razoável, com EV/Ebitda de 7,2 vezes, e que a alavancagem financeira é baixa, na casa de 0,1 vez. Diante da perspectiva de uma taxa de retorno sobre o fluxo de caixa (FCF yield) entre 5% e 6% neste ano e no próximo, os analistas apontam para um dividend yield entre 6% e 7%.

Outro top pick é a Rumo. O preço-alvo subiu de R$ 29,50 para R$ 30 e a recomendação permaneceu em compra, também por conta de um valuation atrativo (EV/ebitda de 6,7 vezes para 2025) e a expectativa de bons resultados de curto prazo, ainda que as perspectivas para 2025 sejam incertas.



Fonte: Neofeed

Negócios

Assaí pisa no freio em expansão para reduzir alavancagem

Prublicadas

sobre

Assaí pisa no freio em expansão para reduzir alavancagem
Tempo de Leitura:2 Minuto, 16 Segundo


Segunda maior rede de atacarejo do País, o Assaí revisou parte de suas projeções para 2025 e 2026 em fato relevante divulgado na quinta-feira, 17 de outubro, além de incluir novas estimativas para o biênio.

Um dos destaques desse novo pacote é justamente um dos itens que têm sido um mantra do grupo já há alguns trimestres: a redução da alavancagem. A meta da operação é chegar ao fim de 2025 com esse indicador no patamar de 2,6 vezes a relação dívida líquida sobre Ebitda.

Como referência, o Assaí encerrou o segundo trimestre de 2024 com uma alavancagem de 3,65 vezes, uma redução de 0,6 vez contra o índice de 4,25 vezes registrado em igual período de 2023. Entre abril e junho, a dívida líquida da rede foi de R$ 12,3 bilhões, contra R$ 8,3 bilhões, um ano antes.

No fato relevante de hoje, a empresa ressaltou que o nível de alavancagem estimado para o fim de 2025 se apoia no crescimento esperado do Ebitda, assim como na redução da dívida líquida, fruto da revisão da expansão e do plano de investimentos, também anunciadas nessa data.

Segundo o Assaí, essas atualizações levaram em conta principalmente as recentes altas da taxa Selic e as mudanças nas expectativas da curva de juros para os próximos anos, “influenciando diretamente” o custo de carregamento da dívida líquida da operação.

Com o foco da redução da alavancagem em mente, a rede decidiu adiar a abertura de alguns projetos de novas lojas. A projeção atualizada aponta para a inauguração de 10 unidades em 2025, contra o guidance anterior de 20 lojas.

Já para 2026, o grupo informou que espera retomar o patamar de expansão de 20 unidades por ano que vinha cumprindo antes de engatar, a partir do fim de 2021, numa onda de 64 conversões de hipermercados Extra.

Como parte dessas atualizações, o Assaí projeta agora um investimento na visão caixa entre R$ 1 bilhão e R$ 1,2 bilhão para 2025. Desse total, um montante entre R$ 650 milhões e R$ 750 milhões será reservado para a abertura de lojas.

A rede também vai destinar entre R$ 250 milhões e R$ 300 milhões à manutenção e novos serviços como açougues e padarias no parque de lojas já em operação. Uma parcela restante entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões será investida em infraestrutura, novos sistemas de TI e projetos de inovação.

A ação ASAI3, do Assaí, fechou o pregão de quinta-feira, 17 de outubro, em queda de 0,84%, cotadas a R$ 7,06. Os papéis acumulam uma desvalorização de 47,8% no ano. A empresa está avaliada em R$ 9,5 bilhões.



Fonte: Neofeed

Continue Lendo

Negócios

BC europeu baixa os juros (boa notícia). Risco agora é a deflação (péssima notícia)

Prublicadas

sobre

BC europeu baixa os juros (boa notícia). Risco agora é a deflação (péssima notícia)
Tempo de Leitura:3 Minuto, 56 Segundo


A União Europeia não consegue se livrar dos pesadelos econômicos nem diante de boas notícias. O Banco Central Europeu (BCE) anunciou na quinta-feira, 17 de outubro, mais um corte de juros – o terceiro em sequência –, levando a taxa anual para 3,25%.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, comemorou o anúncio, afirmando que o processo desinflacionário estava “no caminho certo” e que todos os dados desde a reunião anterior da autoridade monetária, no mês passado, “estavam indo na mesma direção – para baixo”.

O drama é justamente esse – não são apenas os juros que estão em queda. A inflação, também em declínio, fechou setembro com índice de 1,7% ao ano – abaixo da meta estipulada pelo BCE, de 2%.

O que seria comemorado com fogos em outros países (como o Brasil) viraram motivos de preocupação, pois a fraca inflação na zona do euro, aliada ao baixo crescimento do PIB do bloco no segundo trimestre, de 0,2%, levantaram preocupações de que o BCE possa estar diante do risco de uma deflação.

Essa possibilidade é real, uma vez que uma deflação – resultado de oferta maior que a demanda e de menos dinheiro em circulação, condições criadas por atividade econômica fraca por longo período – pode desencadear um ciclo descendente que se autoalimenta, à medida que os consumidores adiam compras, ao mesmo tempo que a diminuição do rendimento torna mais difícil o pagamento de dívidas.

As últimas previsões dos especialistas do BCE indicaram que a inflação anual atingirá o seu objetivo de 2% no quarto trimestre de 2025 e permanecerá bem acima desse nível durante os primeiros nove meses do ano.

Mas os próprios técnicos do BCE estavam preocupados com o fato de que a previsão, publicada em setembro, poder ter sido demasiado otimista. Para o BCE, superar a deflação pode ser muito mais difícil do que controlar a inflação.

A perspectiva de um período de aumentos de preços reduzidos representa uma reviravolta acentuada face aos recentes níveis históricos de inflação elevada, que forçaram o BCE a aumentar as taxas de juro para um nível recorde de 4%, em setembro de 2023.

Economistas advertem que o aumento inflacionário na zona do euro, entre 2021 e 2023, foi temporário, impulsionado por preços mais elevados da energia e estrangulamentos na cadeia de abastecimento, em vez de um aumento fundamental na procura.

Há críticas no sentido de que o BCE aumentou demasiado as taxas de juros, prejudicando uma economia que já era atingida pela baixa produtividade, pelo investimento morno e pelo envelhecimento da população.

Na semana passada, Sebastian Dullien, diretor de pesquisa do Instituto de Política Macroeconômica, com sede em Düsseldorf (Alemanha), disse que o crescimento fraco e a queda acentuada da inflação sugerem que o BCE estava “agindo muito lentamente no ajuste das taxas mais uma vez”.

Segundo ele, a análise do banco central sobre os impulsionadores da inflação foi “defeituosa”. “A política monetária excessivamente restritiva exacerbou algumas das questões estruturais”, advertiu Dullien.

Outros na mira

Não é apenas o bloco europeu que está às voltas com o risco de deflação. A inflação no Reino Unido caiu mais do que o esperado, para o mínimo de três anos, 1,7% em setembro, também abaixo da meta, o que levou a libra a cair.

Da mesma forma que no bloco europeu, investidores a aumentarem as apostas em novos cortes nas taxas por parte do Banco de Inglaterra (BoE), o BC britânico. O risco de deflação, porém, é menor no país, pois a inflação de serviços segue alta, em 4,9%.

A China, com produção econômica fraca desde a pandemia, também tem lutado para evitar a deflação. Há duas semanas, o governo chines anunciou um amplo pacote– incluindo injeções de liquidez de US$ 250 bilhões, flexibilização das taxas hipotecárias e grandes cortes nas taxas de juro e de reservas bancárias obrigatórias, esta para abrir linhas de crédito – para estimular o consumo.

Mesmo assim, Stephen Roach, economista da Universidade Yale, advertiu na ocasião que o pacote é insuficiente e que a China corre o risco de entrar num processo deflacionário devido ao crônico problema do estouro da bolha imobiliária, que desde 2021 gerou perdas de US$ 18 trilhões em riqueza das famílias chinesas, inibindo o consumo.

Roach atribuiu a hesitação do governo chinês em abrir o cofre para estimular o consumo como reflexo do impacto gerado pelo crescimento da dívida pública – hoje sob índice estratosférico de 283% em relação ao PIB, três vezes superior ao da década passada.

“O governo chinês precisa gastar com as pessoas para reanimar a procura interna; sem ela, o país caminha para a deflação, enquanto o seu enorme mercado imobiliário está sobrecarregado com habitações não vendidas e grandes pilhas de dívidas”, disse Roach.



Fonte: Neofeed

Continue Lendo

Negócios

“Nunca aposte contra a Apple”: Warren Buffett deixou de ganhar mais US$ 23 bilhões

Prublicadas

sobre

Tempo de Leitura:2 Minuto, 0 Segundo


Com status de lenda e conhecido por seu olhar apurado para os investimentos, Warren Buffett tem chamado mais atenção nos últimos meses pelas vendas em série de ações do Bank of America (BofA) e da Apple realizadas por sua gestora, a Berkshire Hathaway.

E até mesmo Buffett, considerado o Oráculo de Omaha por suas tacadas certeiras, não consegue acertar tudo. Uma de suas frases mais famosas, “never bet againts America” (nunca aposte contra os EUA), poderia ser parafraseada por “nunca aposte contra a Apple”.

Um cálculo do Business Insider conclui que a Berkshire Hathaway pode ter deixado de ganhar mais US$ 23 bilhões ao reduzir em 55% sua participação detida na Apple no primeiro semestre de 2024, mesmo com os papéis da companhia sendo negociados em patamares recordes.

O cálculo para chegar a esse número envolveu a diferença entre a cotação atual do papel da Apple e o preço médio ponderado contabilizado pela gestora na venda de 505,9 milhões de ações da companhia na primeira metade do ano, de cerca de US$ 186,15 por ação.

Em outra conta, a reportagem destaca que a Berkshire Hathaway iniciou 2024 com 905,6 milhões de ações da Apple, avaliadas em US$ 174 bilhões na época. Hoje, essa posição estaria avaliada em cerca de US$ 210 bilhões. A fatia atual da gestora, porém, vale US$ 84 bilhões.

O portal faz a ressalva, porém, de que é impossível saber exatamente a que preço a Berkshire Hathaway vendeu os papéis e que, por isso, se baseou no preço médio das ações no primeiro e no segundo trimestre.

Ao ressaltar que o resultado não significa necessariamente um passo em falso, o Business Insider observa que Buffett e seus pares começaram a construir a posição na Apple no primeiro trimestre de 2016, quando a empresa já ostentava o status de a mais valiosa do mundo.

As compras iniciais de ações da companhia pela gestora na época foram feitas com um preço médio estimado de compra de US$ 39,59 por ação. Desde então, os papéis da Apple acumulam uma valorização de 485%.

Os papéis da Apple fecharam o pregão desta quinta-feira, 17 de outubro, cotados a US$ 232,15 e com uma ligeira alta de 0,16%. As ações registram uma valorização de 20,6% em 2024 e a empresa está avaliada em US$ 3,5 trilhões.



Fonte: Neofeed

Continue Lendo

Popular