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O que a SLC Agrícola “colhe” com o real desvalorizado

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O câmbio é uma variável importante para a SLC Agrícola. A companhia tem uma exposição ativa ao dólar em razão das suas commodities – algodão, soja e milho – serem negociados nas bolsas internacionais. É nesse momento que o departamento financeiro entra com hedges e instrumentos de derivativos.

“A moeda desvalorizada nos permite ‘vender câmbio’ até 2026 com taxas bastante interessantes”, diz Ivo Brum, CFO da SLC Agrícola, ao Números Falam, programa do NeoFeed que tem o apoio do Santander Select. “60% do nosso custo é em dólar e o câmbio desvalorizado nos permite vender contratos futuros para ganhar preço. E a parcela em reais tem uma boa margem.”

Embora esteja a todo o vapor na safra 2024/25, a companhia está olhando para 2025/26. Com a disparada do dólar (a moeda fechou a R$ 5,946 na quarta-feira, a primeira vez em 42 dias abaixo de R$ 6), a SLC conseguiu uma boa oportunidade para a compra de insumos agrícolas com bastante antecedência. Por exemplo, 80% do cloreto de potássio já foi comprado.

“O management da companhia está consciente do mercado. Quando está em alta, temos de aproveitar e, em baixa, adequar os custos a esse patamar”, diz Brum.

No ano passado, a companhia emitiu dois Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs). O primeiro, em julho, foi de R$ 1,1 bilhão. E o segundo, em outubro, de R$ 400 milhões. Ambos serviram para alongar a dívida.

No balanço do terceiro trimestre de 2024, a dívida líquida ajustada da companhia estava em R$ 4,2 bilhões, um aumento de R$ 1,3 bilhão sobre o mesmo período de 2023. A alavancagem subiu de 1,06 vez para 2 vezes.

Apesar dessas duas emissões recentes de CRAs, o instrumento não é a primeira opção da SLC Agrícola. O que fez a empresa decidir pelos certificados foi, justamente, o prêmio ter ficado em linha com outras linhas de crédito (CDI+1,10%)

“O CRA compete com outros veículos que têm capacidade de pagar um pouco mais. A PF é exigente, quer ganhar mais”, diz o CFO da SLC.

“Somos uma empresa de pouco risco e quando o mercado fica avesso ao risco, como acontece ciclicamente no Brasil, somos um porto seguro e os bancos nos entendem bem”, complementa.

A ação SLCE3 acumula queda de 5,71% em 12 meses, até quarta-feira, 22 de janeiro. O valor de mercado da companhia é de R$ 8 bilhões.





Fonte: Neofeed

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Wealth Point #34 – Luiz Osório, da SOMMA Investimentos, e Rodrigo Samaia, da EQI

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Fonte: Neofeed

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UBS alerta para “águas turbulentas” no varejo. E corta em 24% o preço-alvo do setor

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UBS alerta para “águas turbulentas” no varejo. E corta em 24% o preço-alvo do setor
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Câmbio depreciado, inflação elevada, juros em alta e atividade econômica mais fraca. Esse é o cenário que se desenha para o ano, impondo doses de cautela ao mercado financeiro e sugerindo um período desafiador para as empresas brasileiras.

Prevendo “águas turbulentas”, o UBS realizou um amplo ajuste para baixo de suas projeções para os resultados das principais companhias de consumo doméstico.

As estimativas médias de lucro para este ano e o próximo foram revisadas para baixo em 19%. Os analistas também reduziram as previsões de vendas em 1% e de Ebitda em 4%. Com essas novas premissas, o banco cortou em 24% o preço-alvo das ações do setor.

O UBS destacou o nível de endividamento e as posições de caixa como “temas-chave” para as empresas do segmento, diante da Selic projetada em 15%.

O relatório aponta que, embora muitas empresas tenham aproveitado a exuberância do crédito privado no último ano para reduzir spreads, alongar dívidas e melhorar a eficiência do custo de capital, taxas de juros mais elevadas deverão impactar significativamente a lucratividade das companhias mais endividadas.

Apesar da melhora na eficiência financeira, os analistas cortaram a projeção de lucro para 2025 do Magazine Luiza em dois terços, para R$ 146 milhões. O preço-alvo da varejista foi reduzido de R$ 14 para R$ 7,50, frente à cotação de R$ 6,37. A recomendação para a ação foi mantida como neutra.

“A esperada desaceleração do consumo, as condições de crédito mais restritivas e um cenário desafiador para o e-commerce devem prejudicar os resultados operacionais. Enquanto isso, taxas de juros mais altas devem aumentar a pressão sobre a rentabilidade líquida”, escreveram.

A visão também é negativa para as grandes redes de hipermercados, que estão entre as mais sensíveis à alta de juros, na avaliação do UBS. No caso do Grupo Pão de Açúcar, o banco rebaixou a recomendação para venda, com um preço-alvo de R$ 2,50, contra R$ 2,87 no último pregão.

O UBS projeta que o GPA encerrará 2025 com um prejuízo líquido de R$ 560 milhões (ante R$ 470 milhões previstos anteriormente) e 2026 com perdas de R$ 271 milhões (contra a projeção anterior de R$ 9 milhões).

Assaí e Carrefour devem registrar lucro, mas abaixo do esperado. No caso do Carrefour, que teve o preço-alvo cortado de R$ 9,50 para R$ 6,50, o lucro previsto para 2025 foi reduzido em 20%, para R$ 1,2 bilhão, e em 23% para 2026, para R$ 1,7 bilhão. Já as estimativas de lucro do Assaí foram cortadas em 33%, para R$ 655 milhões em 2025 e R$ 960 milhões em 2026.

Entre os destaques positivos, o Grupo Mateus deve sentir um impacto menor, devido à sua forte operação no Nordeste e à menor concorrência em suas principais regiões. O UBS projeta que a varejista manterá um crescimento acelerado, com CARG superior a 17% entre 2024 e 2028.

“O Grupo Mateus deve colher os frutos da eficiência de custos e da diluição dos investimentos logísticos realizados nos últimos anos”, aponta o relatório. A expectativa é de um aumento de 7,2% nas vendas em mesmas lojas e um lucro líquido de R$ 1,486 bilhão em 2025.

As ações do Grupo Mateus figuram entre as principais recomendações do UBS no setor, ao lado de C&A e Smart Fit, com preço-alvo de R$ 8. Para C&A e SmartFit, cujos preços-alvos são de R$ 12,50 e R$ 24, respectivamente, os analistas esperam expansão de lojas e ganhos de market share, impulsionados pela maior fraqueza de competidores.

Nos planos da Smart Fit está a abertura de mais de 300 academias neste ano, superando a marca de 2.000 unidades, como detalhou  Diogo Corona, chief operating office (COO) da companhia, em entrevista recente ao NeoFeed.

Já a C&A se prepara para um novo ciclo de crescimento. O volume de investimento foi de R$ 172,1 milhões nos três primeiros trimestres de 2024. E, para 2025, a empresa espera aumentar o valor dos cheques.





Fonte: Neofeed

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“Casamento” entre OpenAI e Microsoft está estremecido? Stargate mostrou que sim

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Um dilema de quase US$ 14 bilhões para a OpenAI e a Microsoft
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A OpenAI e a Microsoft mantêm uma parceria de longa data, na qual a gigante de tecnologia fundada por Bill Gates destinou mais de US$ 13 bilhões ao caixa da empresa comandada por Sam Altman. Porém, a relação entre as duas companhias parece ter ficado estremecida desde a posse de Donald Trump.

O choque ocorreu após a Microsoft ficar de fora do anúncio da joint venture que reúne OpenAI, Oracle, Softbank, feito na quarta-feira, 22 de janeiro, na Casa Branca. A nova empresa, denominada Stargate, projeta investir até US$ 500 bilhões na construção de data centers para inteligência artificial nos Estados Unidos, que busca apoiar o desenvolvimento da OpenAI.

Na ocasião, Altman, Larry Ellison, CEO da Oracle, Masayoshi Son, CEO do SoftBank e o presidente americano Donald Trump discutiram os diversos destinos da inteligência artificial, que pode ser utilizada para gerar empregos e até curar o câncer, na visão dos empresários.

Naquele momento, o CEO da Microsoft, Satya Nadella, estava muito longe da Casa Branca, participando do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

Esse, na verdade, parece ter sido apenas o estopim de uma relação que já vinha apresentando problemas nos últimos meses. De acordo com o The Wall Street Journal, as empresas vinham negociando como lidar com a demanda “insaciável” da OpenAI por poder computacional.

Para Altman, a Microsoft não conseguia mais atender essa necessidade da companhia. Porém, o acordo entre elas dificultava que a OpenAI buscasse outras alternativas.

A realidade é que, até o momento, a OpenAI depende da Microsoft para ter acesso aos data centers necessários para continuar operando o seu software de IA. Porém, o acordo entre as empresas, que foi firmado em 2019, parece estar ficando obsoleto, sem acompanhar os avanços da companhia de IA.

Outra questão é que, do lado da Microsoft, não existe exclusividade. Assim como outros gigantes do setor, a empresa aumentou seu investimento em infraestrutura de IA nos últimos anos e anunciou recentemente que gastará US$ 80 bilhões em data centers de IA neste ano fiscal. Esse valor, entretanto, será utilizado para também atender a outros clientes e parceiros além da OpenAI.

No momento, a OpenAI pede que a Microsoft permita que ela utilize outros provedores, como o Google. Por outro lado, a Microsoft insiste que essa permissão violaria o acordo de exclusividade.

Apesar de a Microsoft não ter participado do anúncio do projeto Stargate, Altman destacou que sua relação com o principal investidor da OpenAI continua boa.

Questionado no X sobre o possível fim da parceria entre as empresas, Altman escreveu: “De forma alguma! Essa será uma parceria muito importante e enorme por um bom tempo. Nós só precisamos de mais capacidade computacional.”

Do lado da Microsoft, a empresa também afirmou que a relação continua boa. Porém, Nadella declarou, em uma entrevista, que Altman quer construir modelos de IA gigantescos, enquanto a Microsoft quer se concentrar em integrá-los ao software, o que mostra dois caminhos distintos a serem seguidos.



Fonte: Neofeed

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