Brasil
Prótese, tatuagem e posição no voo ajudam identificação de casal vítima do acidente em Vinhedo
Eles estão entre os primeiros passageiros identificados e liberados para o sepultamento; família aguarda o traslado para o sul do país
Mais de 40 famílias de vítimas forneceram material biológico e informações para facilitar o trabalho de identificação dos corpos
Os corpos de Daniela Schulz, 30 anos, e de seu marido, o engenheiro agrônomo Hiales Fodra, de 33, vítimas do avião que caiu em Vinhedo (SP) transportando 58 passageiros e quatro tripulantes na sexta-feira (9), foram identificados no domingo, 11, pelo Instituto Médico Legal (IML). Os dois estão entre as primeiras vítimas identificadas e liberadas para o sepultamento. A família aguarda o traslado para o sul do País. A informação sobre a liberação dos corpos foi confirmada pelos familiares do engenheiro. O velório do casal será em Santa Rosa (RS), onde Daniela nasceu, e o enterro em Moreira Salles (PR). “É uma dor indescritível. Foi uma perda precoce”, diz engenheiro têxtil Rugles Fodra, de 39 anos, irmão de Hiales. De acordo com Rugles, os dois estão entre os primeiros corpos identificados em função de algumas particularidades físicas. Hiales tinha uma prótese no ombro direito. Além disso, os dois tinham tatuagens, sinais que facilitam a identificação. De acordo com o IML, qualquer tratamento odontológico, assim como qualquer tratamento médico para próteses, como pino, placa, fratura, parafuso, ajudam no processo de identificação, informa o IML.
Isso ocorre porque, para a identificação, é necessário ter algum elemento para comparar os corpos. De acordo com o Instituto Médico Legal, 12 corpos já foram identificados até este domingo A posição que os dois ocupavam dentro do avião também foi importante para identificação, que foi realizada por meio das impressões digitais. “Os peritos informaram que os corpos dos passageiros que estavam nas primeiras fileiras foram preservados Eles estavam na primeira fila. As chamas atingiram a partir do meio do avião”, conta o engenheiro. O casal faria uma escala em Guarulhos, para de lá embarcar para Ohio, nos Estados Unidos, onde Daniela participaria de sua primeira competição na Liga Profissional de Fisiculturismo. Ela também era influenciadora digital, dona de um perfil com mais de 16 mil seguidores no Instagram.
Momentos antes de embarcar, ela fez uma publicação nas redes sociais do aeroporto afirmando que estava a caminho dos Estados Unidos para uma viagem com o marido. “Muitas horas de espera e de voo, mas se Deus quiser vai dar tudo certo”, falou. Daniela e Hiales eram casados desde 2017. A Polícia Rodoviária Federal do Acre divulgou uma nota de pesar pela morte de Hiales, que atuou como policial no Estado até março de 2022, quando mudou-se para o Paraná e começou a trabalhar como engenheiro agrônomo. “Aos entes enlutados e amigos, prestamos nossos sentimentos e respeito”.
IML concentra identificação com cerca de 40 profissionais
O IML Central, na região central de São Paulo, concentra o trabalho de identificação dos passageiros do voo 2283. Cerca de 40 profissionais entre médicos e equipes de odontologia legal, antropologia e radiologia trabalham na identificação. Mais de 40 famílias de vítimas forneceram material biológico e informações para facilitar o trabalho de identificação dos corpos. O governo de São Paulo reservou acomodações em um hotel para os familiares das vítimas que chegam à capital para o reconhecimento dos corpos. Trinta e sete já foram recebidas e são atendidas no local, de acordo com o poder estadual. Outros 17 familiares foram atendidos em Cascavel (PR) e a documentação deles deve chegar a São Paulo ainda neste domingo. O Corpo de Bombeiros concluiu os trabalhos em Vinhedo, no local do acidente com a aeronave da Voepass Linhas Aéreas, ocorrido na tarde de sexta-feira. As equipes finalizaram o resgate das 62 vítimas às 22h45 na noite de sábado, 10. O acidente aéreo da sexta-feira é o pior do País, em número de mortes, desde 2007, quando um acidente com voo da TAM deixou 199 vítimas.
Publicado por Luisa Cardoso
*Com informações do Estadão Conteúdo
Brasil
Universitário de 22 anos é morto pela PM em abordagem na Vila Mariana
Arma do policial responsável pelo disparo foi apreendida e encaminhada à perícia, e as polícias Civil e Militar apuram as circunstâncias da morte
O estudante universitário Marco Aurélio Acosta, de 22 anos, morreu nesta quarta-feira, 20, após ser baleado em uma abordagem policial na Vila Mariana, zona sul de São Paulo. Imagens da câmera de segurança de um hotel do bairro mostram o jovem correndo, seguido de um policial militar que o puxa pelo braço, empunhando a arma. Um segundo policial aparece, dando um chute no jovem, que segura seu pé e o faz desequilibrar. Em seguida, o policial de arma em punho dispara na altura do peito da vítima. Na versão divulgada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo, o jovem teria golpeado uma viatura e tentado fugir em seguida. Ainda segundo a SSP, ele teria investido contra os policiais ao ser abordado e foi ferido por um disparo. O rapaz foi levado ao Hospital Ipiranga, mas morreu nesta manhã.
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A arma do policial responsável pelo disparo foi apreendida e encaminhada à perícia, e as polícias Civil e Militar apuram as circunstâncias da morte. “Os policiais envolvidos na ocorrência prestaram depoimento, foram indiciados em inquérito e ficarão afastados até a conclusão das investigações”, afirma a pasta. De acordo com a SSP, as imagens registradas pelas câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos conduzidos pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Marco Aurélio estudava Medicina na Universidade Anhembi Morumbi e integrava o time de futsal do curso. Em nota de pesar publicada nas redes sociais, a equipe afirma que o estudante será lembrado com amor e carinho, e recorda momentos do estudante em quadra. Nos comentários, alunos lamentam a perda. “Que você encontre a paz”, diz a postagem da Atlética do curso de Medicina. “Lamentamos profundamente o seu falecimento.”
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Sarah Paula
Brasil
Brasileiras presas na Alemanha foram barradas nos EUA
Jeanne Paolini e Kátyna Baía foram detidas após embarcarem com as bagagens trocadas por um grupo associado ao tráfico de drogas; casal teve visto cancelado e foi impedido de embarcar para Nova York
As brasileiras Jeanne Paolini e Kátyna Baía, que foram presas na Alemanha em 2023 devido a uma troca de malas envolvendo drogas, estão enfrentando novos desafios. Recentemente, elas foram impedidas de viajar para os Estados Unidos após terem seus vistos cancelados. O incidente ocorreu quando tentavam embarcar para Nova York na última terça-feira (19). A companhia aérea informou que os vistos das duas haviam sido revogados, impossibilitando o embarque. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Jeanne e Kátyna expressaram que continuam sofrendo as consequências da prisão na Alemanha, que consideram injusta.
O problema inicial surgiu devido a uma quadrilha especializada em tráfico de drogas que operava no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. As brasileiras alegam que a troca das malas foi causada pela falta de segurança no despacho de bagagens. Desde então, elas têm enfrentado dificuldades para retomar suas vidas e planejar viagens. A recente tentativa de viagem aos Estados Unidos, que estava sendo planejada há meses, resultou em um prejuízo financeiro significativo, estimado em aproximadamente R$ 35.000.
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Em resposta ao ocorrido, o Aeroporto Internacional de Guarulhos emitiu uma nota afirmando que questões de embarque e manuseio de malas são de responsabilidade das companhias aéreas. Por outro lado, o consulado americano, ao ser procurado, declarou que, devido à lei de imigração e nacionalidade, não pode comentar detalhes sobre casos individuais de visto.
*Com informações de Camila Yunes
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Brasil
Policial que matou estudante de medicina em São Paulo é indiciado por homicídio doloso
Guilherme Augusto Macedo, de 26 anos, está sendo investigado junto com o soldado Bruno Carvalho do Prado, de 34 anos, que também está afastado de suas funções
O soldado da Polícia Militar que disparou e matou o estudante de medicina Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, em São Paulo, foi indiciado por homicídio doloso, conforme informações da Secretaria da Segurança Pública (SSP). O policial responsável pelo tiro, Guilherme Augusto Macedo, de 26 anos, está sendo investigado junto com o soldado Bruno Carvalho do Prado, de 34 anos, que também está afastado de suas funções até que as investigações sejam concluídas. Os parentes de Acosta demonstraram alívio com o indiciamento, afirmando que o jovem foi “executado de forma brutal sem qualquer reação”. O estudante, que cursava o 5º ano de medicina na Universidade Anhembi Morumbi, foi morto durante uma abordagem policial na Vila Mariana, em um episódio que gerou grande comoção.
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De acordo com a SSP, as gravações das câmeras corporais dos policiais envolvidos serão incorporadas ao inquérito. A situação teve início quando a PM foi chamada para lidar com um incidente envolvendo Acosta, que, segundo relatos oficiais, teria agido de forma agressiva e atingido o retrovisor da viatura. Após uma perseguição, o estudante entrou em um hotel, onde ocorreu o confronto que resultou no disparo que o feriu no abdômen. Após ser atingido, Acosta foi levado ao Hospital Ipiranga, mas não resistiu aos ferimentos.
A conduta dos policiais tem sido alvo de críticas, com muitos argumentando que uma abordagem mais cautelosa poderia ter evitado a tragédia. O irmão do estudante expressou sua dor e questionou a necessidade do uso de força letal na situação. A Associação Atlética Acadêmica Medicina Anhembi Morumbi também se manifestou sobre o ocorrido, lamentando profundamente a perda do aluno.
Publicado Sarah Paula
*Reportagem produzida com auxílio de IA
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