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Santander mostra o investidor estrangeiro comprado em Brasil enquanto o local continua vendido

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Santander mostra o investidor estrangeiro comprado em Brasil enquanto o local continua vendido
Tempo de Leitura:2 Minuto, 59 Segundo


A elevação da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de risco Moody’s trouxe o debate sobre a perspectiva pessimista que os brasileiros têm do País. A apenas um degrau do grau de investimento, um movimento impensável para o mercado financeiro, o Santander pôs a discussão na mesa e descobriu que os investidores estrangeiros estão, de fato, muito mais otimistas.

Em um relatório enviado a clientes que NeoFeed teve acesso, o Santander conta que recebeu na primeira semana de outubro cinco gestores estrangeiros e cinco locais para debater as perspectivas para o mercado brasileiro. E o resultado foi visões antagônicas.

Para os investidores institucionais globais, o problema fiscal no Brasil não é tão grave, pois a economia está indo bem – especialmente pela melhora nos preços das commodities. Além disso, a queda de juros globalmente trará um diferencial de juros muito grande, o que deve resultar em fluxo de investimento para o País levando à valorização do real frente ao dólar.

Na visão dos estrangeiros, não há possibilidade de a Selic subir mais de 200 basis points (2 pontos percentuais). Eles acreditam que o Brasil se beneficiará significativamente do estímulo chinês e do ciclo de flexibilização global, o que reduzirá a inflação e melhorará as perspectivas fiscais.

No entanto, os investidores locais se mostraram muito preocupados com a situação fiscal brasileira e suas possíveis consequências: inflação e depreciação do real.

Enquanto os estrangeiros afirma que o Brasil já criou proteções o suficiente para não repetir os erros de 2014-2016, os investidores brasileiros veem a sucessão presidencial como um fator crucial capaz de dar um impulso positivo ou negativo significativo para a economia brasileira.

Na visão dos analistas do Santander que assinam o relatório, Aline de Souza Cardoso, Guilherme Bellizzi Motta e Luane Fontes, as origens das diferenças de pensamento se dão por alguns fatores.

O primeiro ponto seria que os investidores locais se concentram principalmente no Brasil, aventurando-se ocasionalmente no mercado dos EUA ou em ETFs globais. Ao passo que os estrangeiros olham para uma vasta gama de empresas semelhantes com perspectivas de crescimento comparáveis, mas valorizações muito mais elevadas, em mercados como a Índia, por exemplo. Nessa perspectiva, as ações brasileiras parecem atraentes do ponto de vista da avaliação relativa.

O segundo ponto é que o horizonte de investimento é diferente. Enquanto os estrangeiros tipicamente olham mais o longo prazo, os locais estão mais presos nas dificuldades do dia a dia do mercado.

A diferença de visão leva a um approach diferente para a escolha de companhias. Os investidores locais preferem companhias expostas ao dólar, não acreditando em uma valorização do real. As empresas mais citadas por eles foram Embraer, Weg, Petrobras, Eletrobras, BRF, Itaú, Rumo, Sabesp e Prio.

Já os estrangeiros disseram preferir: SLC, Vivara, Smartfit, Weg, Embraer, Nubank, Suzano, Prio, Inter, Rede D’Or, Cury, Sabesp e Equatorial.

O relatório também fala que o time de macroeconomia do Santander fez revisões em 4 de outubro de algumas estimativas. O PIB foi revisado para cima, fechando em 3% ante 2,3%, mas em 2025 continua em 1,5%.

A inflação agora está projetada em 4,4% no ano, ante 4,1%. E a Selic para o fim de 2024 subiu de 11,25% para 11,75%, com sua taxa terminal chegando a 12,5% em março de 2025.

Dado esse maior impulso na economia, o Santander acredita que as chances agora são grandes de cumprir a meta fiscal para 2024, mas em 2025 ainda é esperado um déficit de 1%. Não há projeções para 2026.





Fonte: Neofeed

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Ineficaz e prejudicial às farmácias: a visão do Itaú BBA sobre venda de remédio em supermercados

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Ineficaz e prejudicial às farmácias: a visão do Itaú BBA sobre venda de remédio em supermercados
Tempo de Leitura:2 Minuto, 33 Segundo


O impacto dos preços dos alimentos na inflação tem levado o governo a buscar alternativas para reduzir o custo de vida da população. Uma das medidas em estudo seria a liberação da venda de medicamentos isentos de prescrição (MIPs) em supermercados.

A proposta, que resgata o projeto de lei nº 1774/2019 atualmente travado na Câmara, parte da premissa de que as redes de supermercados poderiam aumentar sua rentabilidade graças às margens mais altas dos medicamentos, o que supostamente permitiria controlar a alta dos preços dos alimentos.

Analistas do Itaú BBA, no entanto, avaliam a medida como insuficiente para conter a inflação dos alimentos, além de preverem impactos significativos sobre as farmácias, que atualmente detêm a exclusividade na venda desses medicamentos. Os MIPs representam cerca de 15% das receitas das principais redes de farmácia, segundo o banco.

Os medicamentos isentos de prescrição possuem margens brutas médias de 30% a 35%, consideravelmente maiores do que as de produtos alimentícios, que variam entre 16% e 20%. “Para os varejistas de alimentos, isso é claramente positivo”, afirma o Itaú BBA. Ainda assim, o banco ressalta que esse ganho adicional não necessariamente resultaria em preços de alimentos mais baixos.

“Temos muita dificuldade em imaginar como isso ajudaria a controlar a inflação alimentar. É difícil supor que as redes de supermercados repassarão esse adicional de lucro para reduzir os preços dos alimentos – e parece bastante impossível controlar isso”, avaliam os analistas.

O Itaú BBA também destaca que é “praticamente impossível” estimar com precisão as potenciais receitas ou lucros adicionais, considerando que as redes de supermercados enfrentariam custos elevados devido aos requisitos sanitários. Gastos com farmacêuticos, manipulação e armazenamento, por exemplo, poderiam impactar negativamente a rentabilidade do negócio.

“Várias grandes redes de varejo de alimentos já operaram farmácias dentro de suas lojas, mas essas operações não foram vistas como bem-sucedidas em termos de execução e rentabilidade.”

Outro entrave significativo para a aprovação da medida, na visão do Itaú, são as preocupações com a automedicação, uma das principais causas de intoxicação no Brasil. O banco lembra que esse debate ocorre pelo menos desde 2013, sendo essa questão um dos maiores obstáculos ao avanço da proposta.

“Muitas compras de OTCs são feitas por impulso, de modo que uma eventual aprovação dessa medida provavelmente aumentaria o mercado endereçável desses produtos, em vez de apenas tirar participação das farmácias”, afirma o Itaú BBA em seu relatório. “Acreditamos que a probabilidade de a proposta se tornar lei é baixa.”

Embora considere improvável a aprovação da medida, o Itaú avalia que o aumento da demanda pelo novo canal de vendas poderia fortalecer as farmacêuticas. Nessa linha, os analistas destacam a Hypera como a principal beneficiada, dada sua sólida relação comercial com as varejistas, com as vendas de produtos como Zero-Cal e Engov After.

“A liberação de medicamentos em redes de supermercados deve ter um efeito positivo nas vendas devido ao maior consumo por impulso, mas consideramos que o impacto potencial para as empresas farmacêuticas seja menos significativo do que para as empresas de varejo alimentar.”



Fonte: Neofeed

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Na JHSF, investimentos em receita recorrente estão se pagando (e vêm mais por aí)

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Na JHSF, investimentos em receita recorrente estão se pagando (e vêm mais por aí)
Tempo de Leitura:5 Minuto, 38 Segundo


Os investimentos da JHSF nas áreas de negócios com receita recorrente feitos nos últimos anos, intensificado ao longo de 2024, vêm dando frutos financeiros e operacionais para o grupo centrado na alta renda.

E no momento em que o cenário econômico começa a ficar negativo, em vez de ficar tímida, a companhia pretende “ir para cima”, com lançamentos e inaugurações previstas para 2025, para cumprir com o objetivo de que a receita recorrente responda por dois terços da geração de caixa no médio e longo prazo.

“Estamos bastante focados em ativos de renda recorrente, por fazerem a companhia em ciclo macroeconômicos mais complicados tomar decisões de forma segura, preservando capital, balanceando a companhia”, diz Augusto Martins, CEO da JHSF, ao NeoFeed, diretamente da Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial, em Davos. “E a prévia operacional do quarto trimestre mostra que estamos no caminho certo.”

De acordo com a prévia operacional divulgada nesta quinta-feira, 23 de janeiro, a parte de shopping centers foi um dos destaques do quarto trimestre. As vendas totais apresentaram crescimento de 19,7% na comparação com o quarto trimestre de 2023, somando R$ 1,7 bilhão, e 20% ante o consolidado do ano anterior, a R$ 5,3 bilhões.

As vendas dos shoppings Cidade Jardim e Jardins e do Catarina Fashion Outlet cresceram 32%, 31,4% e 9,2% nos últimos três meses de 2024, respectivamente. Na comparação com o ano de 2023, o crescimento foi de 20,8% no Cidade Jardim, 29,3% no Shops Jardins e 26,3% no Catarina, com Martins destacando que o resultado na outlet ocorreu mesmo após a expansão, que dobrou sua área.

Os indicadores de aluguel também tiveram alta no trimestre e no ano. O chamado Aluguel Mesma Área (SAR), a variação entre o aluguel faturado em uma mesma área no período versus no ano anterior, por exemplo, subiu 16,7% nos últimos três meses e 11,3% no ano.

A JHSF também reviu o portfólio de ativos, concentrando em shoppings de alta renda. No ano passado, saiu dos shoppings Ponta Negra, em Manaus, e Bela Vista, em Salvador. A empresa vendeu fatias na expansão do Catarina e do Shops Faria Lima, previsto para ficar pronto em 2026.

No total, foram levantados R$ 733 milhões. Combinado com os R$ 1,3 bilhão captados via duas emissões de CRI, a JHSF reforçou sua estrutura de capital. Com essas captações, a duration da dívida consolidada passou de 4,5 anos para 6,2 anos.

Outro segmento que mostrou força foi a divisão de locação residencial e de clubes, que registrou um NOI anual estabilizado consolidado de R$ 110 milhões. O segmento fechou o ano com cerca de 75 mil metros quadrados de área, distribuídos entre casas, apartamentos e clubes.

Em hospitalidade e gastronomia, a JHSF registrou uma RevPar (receita por quarto disponível) de R$ 2,6 mil em seus hotéis no quarto trimestre, alta de 25,4%, com a diária média aumentando 19%, a R$ 4,4 mil. A taxa de ocupação aumentou 3,1 pontos percentuais, a 58,8%.

No ano, a diária média subiu 15,5%, para R$ 3,9 mil, com a RevPar aumentando 20,7%, a R$ 2,1 mil, e taxa de ocupação evoluindo 2,3 pontos percentuais, para 54,1%. Em meados de dezembro, houve a inauguração do Boa Vista Surf Lodge Hotel, localizado junto à piscina de surf do Boa Vista Village.

O São Paulo Catarina Aeroporto Executivo Internacional também apresentou bons resultados. O número de movimentos aumentou em 34,7% e os litros abastecidos em 41,4% na comparação com o quarto trimestre de 2023. Em relação a 2023, os crescimentos foram 41,1% e 49,6%, respectivamente.

Aumentando a receita recorrente

Para 2025, a JHSF planeja uma série de lançamentos e inaugurações nos segmentos de receita recorrente. Em shoppings, a ideia é fortalecer o mix de lojas.

No fim do ano passado, houve a abertura da flagship exclusiva da joalheria Van Cleef & Arpels no Shopping Cidade Jardim. Isso fez com que a unidade passasse a contar com as flagships das quatro principais joalherias do mundo – Van Cleef & Arpels, Tiffany&Co., Cartier e Bulgari.

Neste ano, haverá a inauguração da flagship da marca de roupas italiana Brunello Cucinelli no Shops Jardins. “Estamos há um bom tempo reforçando o mix de lojas, na curadoria das lojas, focadas em alta renda, reforçando o desempenho da parte de malls”, diz Martins.

Na divisão de locação residencial e de clubes, a parte de clubes é uma das principais apostas. No ano passado, a companhia iniciou comercialização de memberships, a operação do Boa Vista Village Surf Club e o desenvolvimento das obras do São Paulo Surf Club e do Fasano Club.

A piscina de surf do São Paulo Surf Club já está em fase final de acabamento, com abertura prevista para o primeiro semestre. Já as obras do Fasano Club foram concluídas e sua abertura está prevista para o primeiro trimestre de 2025. “É um novo negócio que começamos a operar no ano passado e está maturando, com uma evolução muito grande”, diz Martins.

A companhia também pretende pegar parte dos estoques de imóveis desenvolvidos pela parte de incorporação e vai destinar para locação, na operação chamada JHSF Residence, inaugurada em 2023. “Ela visa a atender alguns clientes que ao invés de investir para comprar querem alugar um produto pronto”, diz Martins.

O São Paulo Catarina Aeroporto Executivo Internacional, por sua vez, passa por uma expansão com a construção de quatro novos hangares neste ano, elevando o total para 16 hangares, com o objetivo de atender a demanda.

Ainda que o foco seja crescer a parte de receita recorrente, a JHSF seguirá investindo em incorporação, mantendo a estratégia de preservação de margens e valorização dos estoques. As vendas contratadas subiram 2,6% no quarto trimestre, para R$ 242,7 milhões, e 5,2% no ano, a R$ 1,1 bilhão.

“A companhia não vai abrir mão de preços, porque, no médio e longo prazo, não traz a solidez que a companhia precisa”, diz Martins.

A estratégia da receita recorrente e seus resultados foram elogiados pelos analistas da XP. Para eles, os números do quarto trimestre foram positivos, especialmente os segmentos não residenciais, que continuam a apresentar desempenho superior.

“Em nossa opinião, isso reforça o sólido domínio dos shopping no portfolio da empresa, que agora está significativamente focado em clientes de alto padrão após os desinvestimentos nos shoppings Bela Vista e Ponta Negra”, dizem os analistas Ygor Altero e Ruan Argenton.

Por volta das 15h37, as ações da JHSF caíam 2,11%, a R$ 3,71. Em 12 meses, os papéis recuam 27,7%, levando o valor de mercado a R$ 2,5 bilhões.





Fonte: Neofeed

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Wealth Point #34 – Luiz Osório, da SOMMA Investimentos, e Rodrigo Samaia, da EQI

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O post Wealth Point #34 – Luiz Osório, da SOMMA Investimentos, e Rodrigo Samaia, da EQI apareceu primeiro em NeoFeed.



Fonte: Neofeed

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