Negócios
“Sorria, sua compra foi aprovada”: como a Unico torna vendas online rentáveis e seguras
Um dos grandes desafios dos e-commerces é melhorar o fluxo de caixa. Em uma atividade com margens pequenas, é vital ter nas mãos os recursos necessários para realizar investimentos, administrar dívidas e enfrentar a concorrência.
Nesse contexto, poucas modalidades de crédito são tão eficazes quanto a antecipação de recebíveis. Nos ambientes digitais, contudo, o mecanismo costuma ser menos utilizado em comparação com transações feitas nas maquininhas.
Nas compras online, as dúvidas são maiores a respeito da qualidade da transação, o que faz com que tanto bancos quanto adquirentes resistam em oferecer o crédito a lojistas. É aí que a Unico, líder em identidade digital no país, entra em cena. “Nós garantimos que aquela transação é boa”, diz Paulo Naliato, vice-presidente da empresa.
Naliato é responsável pela gestão de negócios do Unico IDPay, solução inédita no mercado brasileiro que autentica a identidade do comprador por meio da biometria facial e confirma a titularidade do dono do cartão de crédito junto ao emissor– e tudo isso de forma simples, rápida e segura. “Com a nossa solução, criamos um espaço maior para que os adquirentes possam antecipar os recebíveis dos lojistas”, afirma Naliato.
Trata-se de uma iniciativa oportuna. No primeiro semestre de 2024, os brasileiros foram alvo de 2 milhões de tentativas de fraudes online, segundo levantamento da Unico.
Não bastasse isso, muitas compras são negadas por suspeita de serem fraudes – mas não necessariamente são. Estudo realizado também pela empresa constatou que 27% dos consumidores já tiveram uma compra online com cartão de crédito negada. Recuperar uma parcela dessas compras pode significar muitos milhões de reais a mais para toda a indústria, que envolve bandeiras de cartão, emissores e adquirentes.
O mercado de adquirência avança no Brasil no embalo do aumento das transações realizadas com cartões de crédito, débito ou pré-pagos. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), de janeiro a junho de 2024, os brasileiros realizaram 22,1 bilhões de transações com cartões, no maior resultado já registrado para um semestre.
O valor transacionado em meios eletrônicos de pagamento alcançou R$ 2 trilhões nos seis primeiros meses do ano, um crescimento de 11,2% em relação ao mesmo período do ano passado. As compras online também estão em alta. Elas movimentaram R$ 460,3 bilhões de janeiro de junho de 2024, um acréscimo de 18,8% versus 2023.
Os adquirentes estão por trás dessas operações – são eles que fazem a intermediação entre o estabelecimento comercial, as bandeiras e os bancos. Trata-se de um segmento, portanto, indispensável para a indústria financeira.
Nos últimos anos, o boom das fintechs aumentou a concorrência no setor, obrigando as empresas a desenvolver novas estratégias e buscar meios de se diferenciar. Em um mercado cada vez mais acirrado, a tecnologia exerce papel vital. É a inovação que permite que as adquirentes ofereçam novas soluções, serviços e produtos para seus clientes.
O Unico IDPay, por exemplo, foi criado justamente para trazer uma nova solução tecnológica, permitindo que os adquirentes reduzam, ou eliminem, a insegurança na operação e oferta de produtos. A solução auxilia os adquirentes no processo de validação de pagamentos digitais, recuperando boas vendas que seriam bloqueadas por suspeita de fraude.
Com isso, os adquirentes, além de aumentarem a sua lucratividade, ajudam os lojistas em sua jornada comercial, contribuindo para que eles também aumentem as suas receitas – a antecipação de recebíveis é exemplo disso.
Diferente de outros modelos do mercado, onde existem análises manuais, com alto tempo de espera, e desafios que retiram o consumidor da jornada de compra, no Unico IDPay a vantagem é assegurar a melhor experiência de compra possível para todas as partes envolvidas na transação. Com uma única selfie, a solução valida a identidade do cliente e a titularidade do cartão de crédito usado na compra diretamente com as instituições emissoras de cartões.
No caso de compras com cartão de crédito de terceiros, a empresa atende de forma exclusiva a um dos principais desafios do mercado: conseguir validar com o titular a transação, garantindo transparência e segurança. Através de um link enviado, o processo acontece, sem análise manual, o que evita a desistência da compra e a perda de clientes por experiência negativa.
Naliato lembra que a solução entrega um resultado também com zero chargeback por fraude. O chargeback, ou “reversão de pagamentos”, ocorre quando uma cobrança é contestada pelo titular de um cartão de crédito, que tem o direito de solicitar o estorno de um valor não reconhecido e que já foi lançado na sua fatura. Neste caso, a solução atua em contestações de identidade quando o usuário alega que não foi ele quem fez a compra.
“O Unico IDPay traz três grandes benefícios”, diz Naliato. “O primeiro é a eliminação de análises manuais, que custam um volume relevante de dinheiro.” Além de reduzir o custo operacional na gestão de transações de pagamento, outro aspecto a se destacar é o fato de a tecnologia aumentar consideravelmente e com segurança os índices de aprovações de compras. O terceiro benefício evidente é eliminar o chargeback por fraude. “Convertemos de 30% a 40% do que seria negado utilizando outras soluções.”
Um dos usuários da tecnologia é o PagBank, ex-PagSeguro, que contabiliza resultados consistentes na operação de link de pagamentos, desde o início da parceria com a Unico. “O uso da biometria facial nas transações previne fraudes e gera maior taxa de conversão nas vendas, fatores que todo comércio busca. O custo que o comércio online tem para levar o cliente até seu site é cada vez maior e perder a venda por questões de fraude ou conversão da transação é muito oneroso. Com a inclusão dessa nova solução, estimamos aumento da aprovação de transações que eram negadas, garantindo mais vendas e eficiência de custo na operação do lojista”, afirma Angelo Aguilar, diretor executivo de Produtos e Adquirência do PagBank.
Quais são os próximos passos do Unico IDPay? Além de estar posicionado para continuar revolucionando o checkout seguro e o combate à fraude no e-commerce, o produto deverá se expandir para outros usos, como compras por múltiplos canais e com experiências cada vez mais integradas na jornada do consumidor.
“Num sentido mais amplo, trazemos uma contribuição para toda a sociedade, pois tornamos as transações financeiras mais corretas, justas e transparentes”, afirma Naliato.
Negócios
Na Volkswagen, o “inferno astral” não tem fim
Em meio a uma de suas piores crises, com direito à perda da liderança na China, queda das vendas na Europa e margem de lucro reduzida, a Volkswagen pode ter que lidar com uma greve na Alemanha, por conta da decisão de fechar fábricas no país, algo que nunca fez em 87 anos de história.
Funcionários da montadora na Alemanha estão se preparando para realizar paralisações pontuais nas próximas semanas, depois que os executivos da companhia rejeitaram a demanda deles por reverter o fechamento das fábricas.
“Vamos nos preparar para uma escalada a partir do início de dezembro”, disse Thorsten Gröger, negociador do IG Metall, sindicato que representa funcionários do ramo da metalurgia na Alemanha, nesta quinta-feira, 21 de novembro, segundo o jornal Financial Times.
A Volkswagen anunciou, em setembro deste ano, que poderia fechar fábricas na Alemanha por viver uma “situação grave”. O plano deve seguir adiante, segundo informou a líder do conselho de funcionários da montadora, Daniela Cavallo, em outubro, e prevê o corte de dezenas de milhares de empregos, além de promover um corte de salários.
O anúncio dos preparativos para uma greve veio após mais de seis horas de negociações entre a empresa e o sindicato. De acordo com o FT, na quarta-feira, 20 de novembro, os funcionários propuseram abrir mão de € 1,5 bilhão em aumentos salariais no futuro em troca do corte de pagamento de bônus aos executivos e dividendos aos acionistas, além da reversão do fechamento das fábricas.
A Volkswagen informou que a proposta é um “sinal positivo, com os representantes dos funcionários mostrando abertura para reduzir os custos trabalhistas”. Mas declarou que a oferta precisa ser avaliada para determinar “se resulta num alívio financeiro sustentável para a companhia e oferece perspectivas para a força de trabalho”.
Segunda maior montadora do mundo, os problemas da Volkswagen não são recentes, mas as perdas em vendas e de mercado, especialmente na China, levaram a gigante alemã a gigante alemã a prever fechar 2024 com US$ 500 milhões de prejuízo.
Além da questão competitiva, a Volkswagen possui uma estrutura inchada em comparação com seus concorrentes. A montadora alemã tinha cerca de 684 mil funcionários em 2023. Isso é cerca de 309 mil a mais do que a Toyota, que, no ano passado, vendeu cerca de 2 milhões de veículos a mais do que a Volkswagen em todo o mundo no ano passado.
Apesar do anúncio de paralisações, representantes do sindicato e da companhia devem retomar as conversas em 9 de dezembro. Cavallo disse que espera fechar um acordo antes do Natal.
As ações da Volkswagen fecharam o pregão desta quinta-feira com queda de 0,71% na Bolsa de Frankfurt, a € 81,02. No ano, elas acumulam queda de 32,3%, levando o valor de mercado a € 44,5 bilhões.
Negócios
Predomínio das “Sete Magníficas” no S&P 500 deve evaporar em 2025, prevê Goldman Sachs
O banco de investimento Goldman Sachs prevê que, após atingir grandes altas nos últimos dois anos, as ações das sete gigantes de tecnologia – Amazon, Alphabet, Apple, Meta, Microsoft, Nvidia e Tesla – deverão perder a grande vantagem em relação a outros papeis do índice S&P 500 no ano que vem.
Em nota enviada a clientes, o estrategista-chefe de ações do Goldman Sachs nos EUA, David Kostin, citou dois fatores para fundamentar sua previsão.
O primeiro, relativo à valorização das Sete Magníficas, indica que suas ações teriam atingido um teto “após uma valorização justa”. Isso significa que as empreses precisarão continuar crescendo a taxas descomunais para que as ações continuem subindo, o que Kostin considera pouco provável.
O segundo fator diz respeito às perspectivas da economia em 2025. Kostin prevê que o S&P 500 deverá manter crescimento de dois dígitos em 2025, mas num ritmo menor que o atual, uma vez que a futura gestão do presidente eleito Donald Trump tende a aumentar os riscos de choques no mercado.
“O diferencial cada vez menor nas taxas de crescimento dos lucros deve corresponder a um estreitamento nos retornos relativos das ações”, escreveu Kostin, questionando a longevidade do boom da IA — o combustível que alimentou a supervalorização das Sete Magníficas.
“Embora a história de crescimento dos lucros ‘micro’ apoie o desempenho superior contínuo das ‘Magnificent 7’, fatores mais ‘macro’, como crescimento econômico e política comercial, inclinam-se a favor do S&P 493”, escreveu Kostin.
O grupo das sete gigantes de tecnologia foi responsável por mais da metade do aumento de 57% no S&P 500 nos últimos dois anos. Mas, ano após ano, essa lacuna de desempenho superior vem diminuindo.
Em 2023, as sete ações geraram um retorno de 76,3%, contra um retorno de 13,8% das ações das outras 483 empresas do S&P 500, uma diferença de cerca de 63 pontos percentuais. Em 2024, até agora, essa diferença de “retorno do prêmio” caiu para 22 pontos percentuais.
Em sua perspectiva de ações dos EUA para 2025, Kostin espera que a diferença de prêmio entre os dois blocos possa cair para apenas 7 pontos percentuais – a menor em sete anos -, à medida que o crescimento dos lucros diminui.
Concentração de mercado
Em outubro deste ano, Kostin já havia advertido que episódios de mercados altamente concentrados não costumam durar. No comunicado aos clientes, o estrategista do Goldman Sachs alertou que uma combinação de fatores fundamentais sugere que o mercado está “mais vulnerável do que o normal” a quedas significativas se houver qualquer contratempo no crescimento das Sete Magníficas.
Mesmo assim, Kostin manteve otimismo quanto ao S&P 500. Ele estimou uma meta de 6.500 pontos para o S&P 500 no fim de 2025, representando um ganho de cerca de 11% no índice de referência em relação aos níveis atuais. A previsão está alinhada com a projeção de 6.500 pontos que o Morgan Stanley fez esta semana e um pouco abaixo da meta da BMO Capital Markets para 2025, de 6.700 pontos.
“Em nossa perspectiva macro básica, a economia e os lucros continuam a crescer e os rendimentos dos títulos permanecem em torno dos níveis atuais”, escreveu Kostin. “Mas o risco de eventos permanece alto em 2025, inclusive da ameaça potencial de uma tarifa generalizada e do risco potencial de rendimentos de títulos ainda mais elevados.”
Embora ainda seja um retorno saudável, 11% são bem inferiores em comparação com o desempenho dos últimos dois anos. Em 2023, o S&P 500 se recuperou fortemente, terminando o ano com alta de 24%. Até agora, neste ano, também subiu 24% – isso depois que os investidores começaram o ano bastante pessimistas, esperando apenas um ganho de 2%, de acordo com uma pesquisa de fevereiro da agência Reuters.
As previsões de Kostin pressupõem que Trump implementará tarifas gerais sobre todas as importações, com peso maior para as chinesas. Economistas esperam que as tarifas sejam amplamente inflacionárias, já que os custos elevados tendem a ser repassados aos consumidores.
Muitos desses efeitos negativos serão mitigados pelo que o Goldman espera ser um cenário econômico otimista no geral, com a inflação caindo, um Federal Reserve dovish (que favorece taxas de juros mais baixas e uma menor preocupação com a inflação) e atividade acelerada de fusões e aquisições, o que pode levar a maiores retornos para investidores em empresas que forem compradas.
Negócios
Vita faz novo investimento e mira R$ 30 bilhões em consultoria até 2026
A aceleradora de Multi-Family Offices (MFO) Vita Investimentos fez uma aquisição de uma fatia minoritária na Consist, MFO com atuação em São Paulo, capital e Interior do Estado.
Essa é a 14ª investida da empresa desde 2022 e o seu ecossistema de consultorias já soma R$ 3,5 bilhões. O objetivo é chegar até 2026 com cerca de 35 operações e R$ 30 bilhões sob consultoria.
Fundada em 2020 e comandada por Renato Riga e Alexandre Latuf, a Consist possui cerca de R$ 250 milhões em ativos sob consultoria (AUC), com clientes de patrimônio médio de R$ 7 milhões (sobretudo, empresários) e operações em Sorocaba e São Carlos, além de São Paulo.
“A parceria com a Consist representa mais um passo na missão da Vita de consolidar consultorias independentes em um ambiente de colaboração e inovação tecnológica”, afirma Ricardo Guimarães, sócio da Vita, em entrevista ao NeoFeed.
Para Renato Riga, sócio da Consist, a parceria traz ganhos tecnológicos, diminuindo custos e burocracias, o que amplia o foco no atendimento e coloca a empresa em um ambiente de troca de informações.
“Há uma questão de intercâmbio de melhores práticas, tanto pelo contato com a equipe da própria Vita quanto das demais investidas, o que, por sua vez, resultará em benefícios para o cliente final”, explica.
A Vita é uma aceleradora de Multi-Family Offices oferecendo suporte em tecnologia, inteligência de mercado e desenvolvimento comercial para consultorias independentes, com operações no Brasil e nos Estados Unidos, inspirada na americana Focus Financial Partners.
Na visão da empresa, menos maduro, o mercado de consultoria no Brasil tem mais dificuldade de se desenvolver do que nos Estados Unidos, por não oferecer soluções para se plugar de forma independente. A infraestrutura tecnológica ficou a cargos de bancos e corretoras, que preferem atuar no modelo de assessoria de investimento para ter uma rentabilidade maior e mais controle sobre o cliente.
No entanto, nos últimos anos do pós pandemia, muitas casas apostaram nesse modelo e surgiram diversas consultorias, que hoje percebem que precisam ser grandes e ter estrutura para sobreviver.
“Este mercado está passando por uma grande consolidação. Com os mínimos para ter acesso a produtos e serviços aumentando passa a ser muito importante ser grande em total de AuC. E muitas consultorias que abriram estão buscando se tornar mais robustas”, afirma Nathalie Girard Torque, sócia da Vita.
A Vita busca seus parceiros olhando para o valor do capital humano, o potencial das regiões em que estão e como eles se complementam com o restante do seu portfólio. A empresa está entre as principais consolidadoras do mercado de consultoria e pretende chegar a 2026 com um leque entre 35 e 40 operações, que somarão cerca de R$ 30 bilhões.
Juntamente com o suporte em infraestrutura e tecnologia, a empresa quer agora focar no apoio ao crescimento das suas investidas. Por isso, há dois meses, trouxe como sócio Guilherme Galli, que foi diretor do B2B do BTG Pactual e tem passagens anteriores pela XP e pelo Itaú BBA. Ele também vai ajudar a Vita a identificar outras potenciais investidas.
Além desse braço, a Vita conta ainda com seu Multi Family Office próprio, que hoje tem R$ 3,5 bilhões sob consultoria e pretende chegar a R$ 7 bilhões em dois anos.
Para a empresa, a CVM 179, que entrou em vigor neste mês e traz transparência nos custos de distribuição no mercado financeiro, deve, com o tempo, impulsionar o mercado de consultoria, assim como aconteceu nos EUA. Mas a velocidade disso dependerá do quão transparente realmente o mercado se tornar.
“Antes era uma competição injusta do serviço “gratuito” contra o pago. Agora há instrumentos para conversar sobre propostas diferentes. Mas é preciso ver como essa informação vai chegar ao cliente ou se será mascarada como a marcação a mercado” afirma Nathalie Torque, sócia da Vita. “Mas temos um arcabouço e isso é um avanço.”
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