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O que falta para o estrangeiro ficar confortável e investir no Brasil, na visão do CEO da TIM

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O que falta para o estrangeiro ficar confortável e investir no Brasil, na visão do CEO da TIM
Tempo de Leitura:2 Minuto, 45 Segundo


Com a relação entre governo federal e setor privado comprometida, uma crise provocada pela apresentação de projetos arrecadatórios que comprometem o planejamento financeiro das empresas, Alberto Griselli, CEO da TIM Brasil, defendeu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua equipe trabalhem para a estabilização do cenário e previsibilidade de modo a não perder investimentos.

Em meio à apresentação de projetos que mudam significativamente o planejamento tributário das companhias, como foi o caso da apresentação da polêmica Medida Provisória (MP) que altera regra do PIS/Cofins, o CEO da TIM Brasil disse que o governo precisa atuar de maneira consistente, a fim de criar um ambiente de negócios capaz de criar um ambiente de negócios favorável.

“Quando você tem uma estratégia, um rumo consistente, ainda que tenha que se adaptar às mudanças do mundo, mas consegue dar previsibilidade, o investidor fica bem mais confortável em investir no País”, disse Griselli na quinta-feira, 13 de junho, ao NeoFeed, antes de sua participação no FII Priority Summit, evento promovido pelo Future Investment Initiative Institute, entidade sem fins lucrativos do fundo soberano da Arábia Saudita, o PIF, no Rio de Janeiro.

Vendo o FII Summit como uma “vitrine para o Brasil” atrair investidores da Arábia Saudita e do mundo, capaz de ajudar a garantir investimentos no futuro, Griselli comparou com a experiência de atuar no setor privado, em que precisa deixar a estratégia clara para conseguir atrair acionistas.

“Somos uma empresa com um free float e quando nossos investidores entendem o que estamos fazendo, dá previsibilidade, eles vêm e investem em nós”, afirmou.

Apesar dos ruídos do momento, Griselli destacou as oportunidades que existem no País, como fica evidente com os investimentos estrangeiros diretos, com o Brasil sendo o segundo maior receptor de recursos no ano passado, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Dentre as áreas com oportunidades, ele citou o caso de infraestrutura, como rodovias, portos e aeroportos, num momento em que essas áreas precisam se modernizar, expandir e digitalizar.

“O Brasil tem vários setores em que o investimento vai chegar”, afirmou. “Projetos estruturais, que não estão diretamente ligados ao nosso setor, por exemplo, apresentam oportunidades de negócios para diversas empresas, como a TIM Brasil.”

Destacando que a TIM atua no País há 25 anos, Griselli disse que “variações” na economia brasileira são bastante frequentes, para “o bom e para o menos bom”, sendo uma situação que a empresa aprendeu a lidar.

“Temos a vantagem de ser um setor resiliente, pois somos um serviço essencial para a vida das empresas e das pessoas, apesar de que um quadro de crescimento de demanda seja bom para todo mundo”, afirmou.

“Nós sabemos como lidar com situações de inflação muito alta no passado recente e parte dos nossos insumos são dolarizados, a gente sabe utilizar nossas alavancas para minimizar riscos”, complementou.

Mesmo com o cenário conturbado, Griselli destacou que os investimentos seguem em frente, em especial o 5G. O guidance da companhia aponta para um capex nominal de R$ 4,4 bilhões a R$ 4,6 bilhões neste ano, mesma faixa de valores prevista para ser investida por ano até 2026.

“Nossos investimentos no 5G estão firmes e fortes, está no nosso guidance, tudo está acontecendo conforme o planejado”, afirmou.





Fonte: Neofeed

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Saint-Gobain reforça estrutura (e a relevância) do Brasil em seu mapa global

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Saint-Gobain reforça estrutura (e a relevância) do Brasil em seu mapa global
Tempo de Leitura:5 Minuto, 7 Segundo


Aos 61 anos, Javier Gimeno é um veterano de Saint-Gobain. Após iniciar sua carreira no grupo francês em 1987, ele cumpriu diversas escalas nas operações da gigante de materiais de construção, avaliada em € 45,2 bilhões. Da sua terra natal, a Espanha, até a França e a região Ásia-Pacífico.

Desde 2021, o executivo está instalado em São Paulo, de onde comanda os negócios da empresa na América Latina. Tradicionalmente, a região representa cerca de 10% das vendas da companhia, que, nos dados mais recentes, apurou uma receita global de € 35 bilhões nos primeiros nove meses de 2024.

Em outro dado que reforça a relevância da região, o Brasil costuma figurar entre os cinco principais mercados globais da Saint-Gobain. E para se manter nesse clube seleto, o País está no centro de parte dos próximos investimentos na América Latina, com foco em produção, pesquisa e inovação.

“A Saint-Gobain tem muita confiança na América Latina”, diz Gimeno, vice-presidente sênior e CEO da Saint-Gobain para a América Latina, ao NeoFeed. “E o Brasil é, sem dúvida, o centro de gravidade da nossa presença aqui. O País joga o papel de catalisador do grupo na região.”

O grupo entende que, como um player importante nesse jogo, o Brasil já está bem atendido no que diz respeito à capacidade de produção. Hoje, a empresa mantém 58 fábricas no País e 90 na América Latina. Mas há exceções nesse campo, com abertura para investimentos seletivos em novas unidades.

Nesse contexto, a Saint-Gobain está dando andamento às negociações para o início da construção de uma nova linha de placa de gesso – material usado em construções como as paredes de drywall – no Brasil, ainda neste ano e com início de operação previsto para 2026.

Segundo Gimeno, a unidade vai demandar um aporte de “dezenas de milhões de euros”. Em 2024, o grupo inaugurou uma segunda linha em Mogi das Cruzes (SP). Com o novo projeto, sua capacidade anual de produção total no segmento deve saltar de 80 milhões para 140 milhões de metros quadrados.

O executivo não revela, porém, onde será instalada a nova planta e diz apenas que provavelmente será na região Nordeste. Mas, conforme apurou o NeoFeed, a Saint-Gobain já mantém negociações com o governo da Bahia para que a cidade de Feira de Santana abrigue o projeto.

Ainda na área fabril, a companhia está reservando espaço para investimentos em automação e digitalização em outras unidades. Além de projetos para acelerar a descarbonização dos seus processos, dentro da meta de reduzir suas emissões de carbono em 33% até 2030.

O plano de curto e médio prazo da Saint-Gobain para o Brasil também passa pela expansão do centro de pesquisa e desenvolvimento (P&D) da companhia instalado em Capivari, cidade que fica a cerca de 400 quilômetros de São Paulo. Hoje, essa estrutura é formada por mais de 70 cientistas e a ideia é dobrar esse time nos próximos doze meses.

Javier Gimeno, vice-presidente sênior e CEO da Saint-Gobain para a América Latina

“O driver dessa expansão é a nossa necessidade de fugir do risco de comoditização dos nossos produtos”, afirma o CEO. “São produtos mais técnicos, inovadores e mais respeitosos com o meio ambiente. E que acreditamos que se traduzem rapidamente em crescimento adicional.”

A unidade é um dos seis centros de P&D do grupo no mundo e o único na América Latina. A localização e a adaptação de produtos globais para o mercado local é uma de suas atribuições. Mas essa equipe também se dedica a desenvolver inovações adotadas em outras operações da empresa.

“Esse centro tem um papel relevante em linhas e produtos em que o Brasil é reconhecido no mundo inteiro”, observa Gimeno. “Isso inclui, por exemplo, os impermeabilizantes asfálticos e as placas de fibrocimento.”

Leve e sustentável

O contexto por trás desses dois novos projetos de expansão envolve dois eixos. O primeiro segue a orientação global do grupo de reduzir sua dependência do mercado europeu e avançar nos Estados Unidos e em mercados emergentes como a América Latina e, principalmente, o Brasil.

Já o segundo vem no rastro da pegada, também global, de construção leve e sustentável. A ideia é priorizar ofertas que exijam menos recursos para produção. Além de reduzir custos e permitir instalações mais rápidas e mais fáceis, entre outras vantagens.

Gimeno diz que o portfólio atual já tem itens cuja fabricação utiliza 50% menos energia e traz ganhos de produtividade de cerca de 20%. Mas há um outro dado que sustenta essa aposta: a percepção de uma demanda cada vez maior por esses produtos e, ao mesmo tempo, a penetração ainda baixa no Brasil.

“No caso, por exemplo, das placas de gesso, o consumo no Brasil é de apenas 0,8 metro quadrado por ano. Nos Estados Unidos, são 10 metros”, diz o executivo. “Então, nós acreditamos que temos espaço para aumentar radicalmente essa taxa de penetração.”

Essa visão é o que também dá fôlego para que a Saint-Gobain atravesse o cenário macroeconômico do País, que Gimeno classifica como de “leitura difícil”, com a mescla de bons indicadores, como a queda na taxa de desemprego, com dados nada favoráveis, como a elevação da taxa de juros.

Já no campo de aquisições, ele diz que, no Brasil, a Saint-Gobain pode olhar apenas para acordos de menor porte, que complementem a oferta. O mesmo não acontece em outros países da região. No México, por exemplo, o grupo acabou de concluir a compra da Ovniver, seu maior acordo na região.

Ainda no que diz respeito aos M&As, Gimeno desconversou sobre uma possível venda da Telhanorte. Operação de varejo de materiais de construção do grupo no Brasil, a marca convive, há anos, com rumores sobre um acordo nessa direção.

“Essa é uma pergunta que está na mesa desde a minha chegada. A Saint-Gobain não ia vender e não vendeu. Mas não vai ampliar a exposição ao varejo brasileiro e vem otimizando essa rede”, diz. “E vamos dar sequência em 2025, com algumas lojas não rentáveis sendo fechadas. Mas nada brutal.”



Fonte: Neofeed

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BlackRock vê novo piso tarifário nos EUA e compara política à de 1930

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taxas impostos
Tempo de Leitura:2 Minuto, 35 Segundo


O adiamento em um mês das tarifas americanas de 25% sobre o México e o Canadá trouxe algum alívio para o mercado. Mas ainda é incerto se o governo americano manterá a alíquota sobre os produtos vizinhos.

Caso os planos avancem, segundo a BlackRock, as taxas poderiam se aproximar das praticadas pelos Estados Unidos na década de 1930 – período em que o país aumentou significativamente os preços dos produtos importados para proteger sua indústria e agricultura durante a Grande Depressão.

Esse aumento protecionista agravou a crise, desencadeando retaliações de outros países e reduzindo o comércio global. Os Estados Unidos só retomariam a abertura comercial a partir de 1934, sob o comando de Franklin D. Roosevelt.

“A chave para os mercados é entender por quanto tempo as tarifas de 25% irão durar: quanto mais tempo permanecerem, maior será o impacto nas cadeias de suprimentos”, diz a BlackRock, maior gestora do mundo, com US$ 11,6 trilhões sob gestão.

“As implicações econômicas podem ser maiores do que os efeitos diretos. Tarifas prolongadas, como as propostas, podem prejudicar o crescimento e aumentar a inflação”, complementa trecho do relatório.

Outra questão importante, alerta a gestora, é a retaliação desses países contra os Estados Unidos. “Assim como os EUA, o Canadá e o México estão posicionando as tarifas como uma questão de segurança nacional, incentivando o consumo de produtos não americanos e limitando a dependência do comércio transfronteiriço.”

Porém, os analistas da BlackRock acreditam que as tarifas de 25% serão usadas apenas como uma barganha de negociação, visto o adiamento das tarifas após o México e o Canadá aceitarem reforçar a segurança de suas fronteiras. Mas as tarifas de 10%, como as impostas à China, serão a “nova base” da economia americana, visando garantir maior arrecadação de impostos em meio a uma sequência de déficits fiscais.

Ainda que menor, a taxa de 10% não está imune a retaliações. A China, após ser taxada pelos Estados Unidos, impôs tarifas de 10% a 15% sobre produtos americanos, além de ter dado início a uma investigação antitruste contra o Google.

“As tarifas serão uma ferramenta chave do novo governo americano, como sinalizado durante a campanha presidencial.”

Diante do potencial inflacionário das políticas de Trump, a BlackRock tem recomendado a compra de ouro e mantém recomendação “underweight” para os títulos de longo prazo do Tesouro americano.

As discussões tarifárias, na avaliação da BlackRock, também devem minar a confiança do investidor no curto prazo, gerando pressões adicionais sobre o mercado americano nos próximos meses.

A gestora, no entanto, segue otimista com o desempenho das bolsas de Nova York para uma janela de 6 a 12 meses. expectativa de crescimento de lucros e da economia americana sustenta a tese, assim como a perspectiva de desregulamentação e investimentos em inteligência artificial.

“Os mercados podem se ajustar a um novo regime de tarifas de 10% se o crescimento permanecer sólido e a inflação controlada. As grandes empresas de tecnologia podem ter um bom desempenho, dados os balanços sólidos, a resiliência dos lucros e seu papel central no desenvolvimento da IA”, afirma o relatório.



Fonte: Neofeed

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No plano bilionário de recompra de ações do UBS, ser “grande demais para quebrar” virou um problema

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No plano bilionário de recompra de ações do UBS, ser
Tempo de Leitura:2 Minuto, 23 Segundo


O banco suíço UBS anunciou que realizaria a recompra de US$ 3 bilhões em ações em 2025, sendo US$ 1 bilhão no primeiro semestre e mais US$ 2 bilhões na segunda metade do ano. Os planos, porém, podem ser prejudicados por reformas no regime de capital dos bancos na Suíça, de acordo com o Financial Times.

Com a perspectiva de novas regras por parte do governo, a instituição terá de se preparar para um possível aumento relevante nos requisitos de capital destinados a bancos considerados “grandes demais para quebrar”. Até o momento, o mercado não sabe quais serão essas novas normas.

Na visão do CEO do UBS, Sergio Ermotti, uma “reação exagerada” do governo suíço pode prejudicar a competitividade do banco. “Não parece ser o momento certo para fazer experimentos com o aumento de exigências, justamente quando a economia precisa que o sistema bancário seja uma fonte de estabilidade e força”, afirmou Ermotti ao FT.

Essa competitividade do UBS trouxe frutos no quarto trimestre de 2024. O banco entregou resultados financeiros superiores aos esperados pelos analistas, atingindo um lucro líquido de US$ 770 milhões nos últimos três meses de 2024, impulsionado por sua divisão de investimentos.

O lucro antes de impostos dessa divisão também superou as expectativas, chegando a US$ 486 milhões. Por outro lado, a unidade de gestão de fortunas, que costuma se destacar no banco, decepcionou, registrando captação menor do que o esperado.

Os números levaram o banco, que continua no processo de integração do Credit Suisse, ao seu quarto trimestre consecutivo de lucratividade. Sua receita total também registrou valorização de 7% nos três últimos meses do ano, atingindo US$ 11,6 bilhões.

No recorte da receita de mercados globais, o banco saltou 44% no trimestre, com maior volume de negociações em ações e câmbio. O número foi impulsionado pela forte demanda de clientes institucionais e privados, que se fortaleceram pelo aumento do apetite por risco com o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos.

Os resultados seguiram a tendência vista nos grandes bancos de Wall Street, que reportaram seus números nas últimas semanas. Por lá, o francês BNP Paribas também divulgou uma recuperação em sua divisão de investimentos, que elevou os lucros em mais de 15% no trimestre.

Na visão do UBS, o primeiro trimestre de 2025 deve surfar nas “condições de mercado construtivas”. Apesar disso, o banco acredita que o sentimento dos investidores pode ser afetado por um cenário macro incerto fora dos Estados Unidos, além do aumento nas incertezas nas dinâmicas econômicas e de comércio global, o que pode mudar as perspectivas ao longo do ano.

Com a notícia do possível cancelamento na recompra de ações do UBS, os papéis do banco estavam em queda de 6,6% na bolsa de valores de Zurique. Em 12 meses, as ações sobem 15,6%.



Fonte: Neofeed

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