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A desafiadora (e promissora) busca pelo “aço verde”

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A desafiadora (e promissora) busca pelo “aço verde”
Tempo de Leitura:5 Minuto, 46 Segundo


Do momento em que o engenheiro inglês Henry Bessemer descobriu, em 1856, como retirar as impurezas do ferro, o aço se transformou no metal mais usado na indústria e entrou definitivamente para o nosso cotidiano. Ele está nos utensílios domésticos, nos meios de transporte, na construção civil, nos equipamentos médicos, na agricultura… e por aí vai, tão importante no presente quanto no futuro.

Com o avanço das novas tecnologias energéticas, a procura pelo material é cada vez maior. Para se ter ideia, a infraestrutura global de energia usa hoje entre 1% e 3% de todo o aço produzido no planeta — 1,8 bilhão de toneladas anuais, segundo a World Steel Association. Nos próximo anos, porém, esse índice deve chegar a 10%, alavancado sobretudo pelos sistema eólicos e fotovoltaicos.

Há de se considerar ainda o crescimento da população global. Hoje, cada um dos 8 bilhões de habitantes do planeta “consome”, em média, 220 quilos de aço, por ano. Mas a distribuição entre as regiões é bastante desigual. Enquanto o europeu responde por 320 quilos, por exemplo, ao africano cabem apenas 30 quilos.

Mantido o cenário atual, 2050 exigirá 2,23 bilhões de toneladas de aço. Alguns analistas, porém, estimam que o consumo per capita deve aumentar, sobretudo nos países em desenvolvimento. Caso a previsão se confirme, a demanda deve subir para 2,75 bilhões de toneladas anuais.

Nenhum problema não fosse a a fabricação de aço uma atividade nociva ao meio ambiente. A siderurgia é responsável por 7% a 9% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE). Descarbonizar a cadeia de produção do aço é, portanto, urgente.

Ainda não se chegou ao chamado (e tão sonhado) “aço verde”, aquele produto carbono neutro. Algumas inovações já despontam no horizonte como soluções efetivas, capazes de impulsionar o futuro sustentável. Para entendê-las, é preciso, antes, compreender os processos.

Há duas formas de produção de aço. A mais comum é também a mais poluente. A chamada rota integrada opera com fornos de altíssimas temperaturas, alimentados por carvão mineral, o coque. Do derretimento do minério de ferro é obtido o aço. Globalmente, essa tecnologia reponde por 71% do volume total de aço e para cada tonelada de material produzido são liberados 2 mil quilos de CO² na atmosfera.

O segundo método de produção, batizado rota de redução direta, funciona à base de gás natural e opera em temperaturas mais baixas. tem, portanto, uma pegada de carbono menor.

Batizado briquete, o material desenvolvido pela Vale é capaz de reduzir as emissões de carbono resultantes da produção de aço em 10% (Divulgação/Vale)

Pelo método tradicional de fabricação de aço, as temperaturas dos fornos podem ultrapassar 1,3 mil ºC

Sete em cada dez siderúrgicas do mundo usam o método mais poluente para fabricar aço: à base de carvão mineral, chamado coque, na produção de ação

Se o europeu médio responde por 320 quilos anuais, ao africano cabem apenas 30 quilos

“Quando comecei minha carreira em metalurgia, em meados da década de 1970, acreditávamos que a solução estava na substituição do coque por carvão vegetal”, diz Paulo Assis, professor da Faculdade de Engenharia de Minas, da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), em Minas Gerais, em entrevista ao NeoFeed.

Feito a partir da madeira de eucalipto, o carvão vegetal compensa as emissões, graças à possibilidade de reflorestamento. Assim, a cada tonelada de aço produzido dá para sequestrar mil quilos de CO².

Como, no Brasil, predomina o uso de carvão vegetal, as emissões do país são menores em relação às médias globais. Aqui, a siderurgia corresponde a 4% do total de GEE lançados na atmosfera, segundo o Instituto do Aço.

Temperaturas mais baixas e sem água

Mais recentemente novas alternativas surgiram para tornar a cadeia do aço ainda mais verde. Depois de 20 anos de estudos, no Centro Tecnológico de Ferrosos, em Minas Gerais, e R$ 1,2 bilhão em investimentos, a mineradora Vale chegou a um produto capaz de substituir o coque.

Batizado briquete, o material é composto por minério de ferro e aglomerantes, à base de areia proveniente do tratamento dos rejeitos da mineração.

Além de não usar água, o material pode ser trabalhado em temperaturas mais baixas — entre 200 ºC e 250 ºC contra os cerca de 1,3 mil ºC do processo convencional. Com isso, a rota integrada é convertida em rota de redução direta e, segundo a companhia, é possível reduzir em até 10% a emissão de gases do efeito estufa (GEE) na produção de aço.

Em dezembro de 2023, a Vale inaugurou, na unidade Turbarão, no Espírito Santo, a primeira fábrica de briquete do mundo. Apesar de recente, a empresa diz já ter 30 siderúrgicas interessadas na inovação, sobretudo na Europa e no Oriente Médio. Os pedidos garantem a produção de briquetes pelos próximos 18 meses.

Biogás com rejeitos do agropecuária

Vinda dos laboratórios da UFOP, outra frente de pesquisa para tornar a siderurgia mais sustentável utiliza o biogás obtido a partir dos resíduos da agropecuária, como os excrementos de bois e cavalos e o bagaço da cana, como insumo e fonte de energia para a produção de aço.

“Essa tecnologia é capaz de reduzir 95% das emissões em comparação ao uso do coque”, afirma Assis, que acaba de voltar da China, onde esteve para apresentar a novidade.

Atualmente, os chineses são responsáveis por cerca de 60% da produção de aço mundial, utilizando principalmente os fornos de altas temperaturas. Com o compromisso de reduzir drástica e rapidamente as emissões, o país está ávido por inovações. “Falei para uma plateia de 200 pessoas do setor, que ficaram muito interessadas, sem nenhuma contestação do método”, diz o pesquisador.

Outra vantagem do uso deste tipo de combustível é a economia. O coque utilizado no Brasil é importado. Anualmente, o País gasta US$ 10 milhões com a compra do carvão mineral. Com o biogás, é possível reduzir os custos em 40%.

Uma grande esperança para zerar as emissões de CO² da cadeia do aço é o hidrogênio verde. Considerado o Santo Graal da transição energética, o gás poderia ser utilizado na transformação do ferro, conforme os estudos mais recentes.

Há, no entanto, desafios a vencer. É preciso construir infraestrutura e transporte para a distribuição do combustível. “Já conhecemos as técnicas de produção do gás, mas elas ainda são muito caras e complexas”, afirma Jaques Paes, professor do MBA em ESG da Fundação Getúlio Vargas, em entrevista ao NeoFeed.

Como diz Gustavo Werneck, CEO da Gerdau, “não existe uma única bala de prata para descarbonizar o setor de aço”. Por isso, a maior produtora de aço do Brasil (e maior recicladora de sucata metálica da América Latina) tem estabelecido parcerias tanto com empresas quanto com centros de pesquisa.

A colaboração mais recente foi anunciada em 9 de setembro. A siderúrgica se uniu à Petrobrás para a investigação da integridade de materiais em ambiente marítimo e a produção de aço via redução direta.





Fonte: Neofeed

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Para acabar com as “ferrovias de papel”, governo quer mexer no marco legal do setor. Não será fácil

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Tempo de Leitura:5 Minuto, 38 Segundo


Menos de quatro anos depois de entrar em vigor, a Lei das Ferrovias deverá passar por uma série de mudanças até o final do ano para destravar projetos e viabilizar investimentos visando a melhora e ampliação da malha ferroviária.

Entre as medidas que estão sendo formatadas – e que vão exigir alterações regulatórias complexas pelo Congresso Nacional -, a que mais chama a atenção é a permissão aportes de recursos públicos no regime de autorizações ferroviárias, hoje exclusivo de projetos, obras e financiamento do setor privado.

O anúncio, feito esta semana pelo secretário Nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro, durante uma audiência pública na Câmara dos Deputados, foi bem recebido pelo setor, que vinha cobrando do Ministério dos Transportes a mesma iniciativa que a pasta dedica ao segmento rodoviário.

O cenário atual do setor ferroviário é marcado por muitos anúncios de projetos bilionários de expansão da malha, mas poucas obras em andamento. Muito por conta da dificuldade de deslanchar justamente a maior inovação do marco regulatório de 2021 – a criação do regime de autorizações ferroviárias.

No papel, a iniciativa tinha tudo para dar certo: a empresa interessada apresenta projeto no qual fica encarregada de obter licenciamentos junto aos órgãos competentes, de tocar os projetos de engenharia e de viabilidade socioambiental, além da busca de financiamento para construir e explorar novos trechos, a maioria para o transporte de cargas.

Desde 2021, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) recebeu 106 requerimentos, que geraram 45 contratos de autorizações ferroviárias. Juntos, prometem R$ 241,14 bilhões em investimentos para explorar 12.546 km de trilhos, quase metade da malha existente. Apenas dois contratos, porém, saíram da prancheta – o que rendeu às autorizações o apelido de “ferrovias de papel”.

De acordo com especialistas, é muito difícil viabilizar projetos ferroviários apenas com recursos privados, pois normalmente são de longo prazo de construção, com rentabilidade baixa. A participação do Estado é essencial não só com aportes financeiros, principalmente no início, mas também com incentivos fiscais e outros benefícios.

A solução proposta pelo governo de fazer parceria com o setor privado, na prática, se dará por meio de um contrato no formato de PPP (parceria público-privada). No caso das autorizações, o modelo ainda não está definido.

Em outros modelos, caso um determinado projeto necessite de aporte de recursos públicos para sua viabilidade via PPP, haverá um leilão onde qualquer interessado que se qualifique poderá fazer um lance. Este lance será na forma de propor o volume de recursos públicos a ser aplicado no projeto. Quem propor menor volume vence o certame.

“Até então fizemos obras públicas para depois conceder, mas o mundo nos ensina que é possível fazer diferente, fazer leilões com aporte, para elevar a taxa interna de retorno dos projetos para obter uma taxa mínima de atratividade que estimule o setor privado”, disse Ribeiro na Câmara.

Outra mudança é a regulamentação de um chamamento público para trechos com baixa utilização ou mesmo abandonados pelas atuais concessionárias.

Incentivos fiscais por meio de debêntures incentivadas, aceleração da renovação antecipada de concessões (que podem render R$ 20 bilhões ao governo) e a questão da interoperalidade – facilitar à empresa que obteve autorização ferroviária o direito de passagem por uma ferrovia sob concessão para chegar ao destino– também foram citados por Ribeiro.

Esforço político

Luiz Baldez, presidente da Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Carga (ANUT), elogia o pacote de promessas do governo, mas reconhece que vai exigir um grande esforço político para ser aprovado no Congresso.

Segundo ele, a solução de adotar a parceria com o poder público como forma de impulsionar as autorizações ferroviárias vai exigir uma mudança importante tanto na Lei das Ferrovias – que cita as autorizações ferroviárias exclusivamente como um modelo de atuação do setor privado – como na lei das PPPs, de 2004.

Isso porque a lei da PPP, por exemplo, fala que o poder público só pode injetar recursos ao longo do projeto, e precisaria fazer uma alteração legal para permitir que o governo coloque o dinheiro na assinatura do contrato.

“Sem um aporte inicial grande do governo, o setor privado não tem segurança jurídica de colocar a parte dele, pois ao longo do projeto o Orçamento público pode ter contingenciamento e outras limitações fiscais”, diz Baldez.

A boa notícia, segundo ele,  é que, em tese, bastaria acrescentar um capítulo à lei das PPPs prevendo essa modelagem. Já a alteração na lei original das autorizações ferroviárias para permitir a parceria com o poder público terá necessariamente de passar pelo Congresso Nacional.

O setor também vê com esperança a possibilidade de destravar outro gargalo, a obtenção de licenciamento ambiental. Baldez explica que um projeto ferroviário de porte (500 km) pode levar de nove a dez anos para entrar em operação.

“São dois anos para fazer projeto, mais dois anos para as licenças ambientais prévias – em caso sensíveis, como na Amazônia, pelo menos mais dois anos” – e outros cinco a seis de obras”, diz.

A esperança repousa num projeto de lei da bancada ruralista que está parado no Senado, o PL 2.159/2021, que afrouxa controles para acelerar a aprovação de licença ambiental. “Na prática, o PL libera a licença prévia ambiental para iniciar o projeto sob o compromisso de a empresa cumprir todas as exigências, sob risco de multa e outras penalizações”, diz Baldez.

Eduardo Schiefler, especialista em direito público e sócio do escritório Schiefler Advocacia, vê muitas dificuldades para aprovar as medidas sugeridas. Isso porque as modelagens de PPPs são complexas em se tratando de obras federais de grande porte – tanto que não há nenhuma em andamento no setor de infraestrutura.

Ele lembra que o marco regulatório do setor ferroviário cita as concessões como regime público de execução de projetos e as autorizações ferroviárias como regime da iniciativa privada.

“Não são alterações simples, viabilizar a utilização da lei da PPP na lei das autorizações teria de se criar uma nova figura jurídica, pois o marco faz menção às concessões”, diz. “Se houver aporte de dinheiro público nas autorizações, por que não fazer por concessão?”

Schiefler adverte que essa alteração no regime de autorização ferroviária sem que isso configure regime público de concessão abre brecha para questionamentos de constitucionalidade. Basta que algum setor que se considere prejudicado entre com uma ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal: “Aí fica a dúvida: quem vai investir num projeto assim?”

O especialista aponta, tanto na questão da PPP quanto do licenciamento, dificuldades políticas tão graves como jurídicas para serem superadas.

“Com essa discussão sobre a crise fiscal do governo não será simples aprovar aportes públicos num regime de autorização que previa apenas investimentos privados; da mesma forma que, com essas queimadas e todo o debate ambiental, vejo dificuldade política para abrandar a liberação de licenciamento”, prevê Schiefler.



Fonte: Neofeed

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Bank of America vê bolha “se aproximando” da bolsa. E recomenda ouro e bonds como proteção

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Bank of America vê bolha
Tempo de Leitura:2 Minuto, 39 Segundo


O tão esperado corte de juros nos Estados Unidos representou tamanha injeção de ânimo no mercado de equity que o Bank of America (BofA) está sugerindo cautela aos investidores.

Diante do risco de formação de bolhas na renda variável, o estrategista Michael Hartnett optou por um call um pouco mais conservador, recomendando bonds e ouro como hedges atrativos para se proteger, segundo relatório obtido pelo site MarketWatch.

Na quarta-feira, 18 de setembro, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano), começou o afrouxamento da política monetária dos Estados Unidos com força, decidindo por um corte de 0,50 ponto percentual, levando os juros para a faixa de 4,75% a 5% ao ano. Essa foi a primeira redução desde 2020.

A decisão fez com o S&P 500 fechasse o pregão seguinte com recorde, alimentando o ganho visto desde o começo do ano – o índice acumula alta de 20% em 2024. Nesta sexta-feira, 20 de setembro, o índice recuava, em movimento de ajuste após o rally de ontem. Por volta das 16h51, ele caia 0,12%, aos 5.706,84 pontos.

Diante da expectativa de que o movimento pode estimular ainda mais o mercado – isso e a perspectiva de crescimento de dois dígitos dos lucros das companhias –, Hartnett diz que é preciso ter cautela antes de embarcar no otimismo, num momento em que uma recessão ou uma retomada da inflação não estão descartados.

Para investidores que querem se posicionar em ativos mais arriscados, o estrategista do BofA recomenda posições em commodities e ações internacionais. Hartnett diz que essas duas classes devem se beneficiar se o Fed conseguir conduzir o soft landing da economia, sendo que commodities possuem a vantagem de oferecer um hedge contra pressões inflacionárias.

Segundo ele, as ações fora dos Estados Unidos estão mais baratas e estão começando a superar o desempenho dos ativos americanos.

Não é a primeira vez que o estrategista do BofA alerta para bolhas no mercado de renda variável dos Estados Unidos. Ao longo do último ano, ele tratou dos riscos trazidos pelo tema da inteligência artificial (IA), que tem elevado muito fortemente o valuation das big techs.

No caso da situação das empresas de tecnologia, Hartnett não está sozinho. No mês passado, a gestora ativista Elliott Management, que conta com cerca de US$ 70 bilhões em ativos sob gestão, afirmou que as expectativas em torno da IA são “exageradas”, com a tecnologia ainda não entregando as promessas de ganho de produtividade.

Hartnett também já demonstrou preocupação com o afrouxamento monetário. Em junho, segundo a Bloomberg, ele disse que o corte de juros nos Estados Unidos pode ser um indício de problemas na economia.

Muitos economistas destacam que, no passado, o Fed optou por cortes de juros agressivos quando entendia que a economia estava perto de uma recessão ou de uma profunda crise.

Na coletiva após a decisão de reduzir os juros em 0,50 ponto percentual, o presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, disse que o ritmo de desaceleração da inflação permitiu o Fed a focar no mercado de trabalho, a fim de evitar uma queda muito dura nos índices de emprego.



Fonte: Neofeed

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Publicidade nas plataformas de streamings é um “caminho sem volta”, diz Sergio Gordilho

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Tempo de Leitura:1 Minuto, 57 Segundo


O modo com que o consumidor é impactado pela publicidade vem mudando de acordo com o avanço da tecnologia. Antes, um comercial de 30 segundos no intervalo da novela das nove era a melhor forma de fazer anúncios. Agora, não é mais.

De uns tempos para cá, as marcas perceberam que é possível impactar com mais eficiência nichos específicos de clientes por meio do celular, onde cada indivíduo acessa conforme suas preferências.

No NeoConference, primeiro evento do NeoFeed, Sergio Gordilho, sócio da Agência Africa Creative, disse que a publicidade nos streamings segue a mesma lógica e é a bola da vez para ganhar cada vez mais espaço.

“Antigamente, o brasileiro mudava de roupa para fazer compras. Hoje, ele faz compras o tempo todo, de casa ou onde ele estiver. Essa é uma alteração de comportamento que a publicidade também teve que se adequar”, diz Gordilho.

Gordilho disse que, ao longo das últimas décadas, as marcas deixaram de ser imperadoras na comunicação com o consumidor para se tornarem apenas participantes da conversa.

Com avanço dos vídeos sob demanda e maior uso de redes sociais, segundo ele, as agências publicitárias precisaram pensar em comerciais mais curtos com mensagens assertivas.

Para o sócio da Agência Africa Creative, o surgimento de novos canais de streamings aumenta a concorrência e abre uma janela de oportunidade para as agências publicitárias, com a inserção de comerciais nessas plataformas. Em sua visão, a adoção de mais anúncios é o único caminho viável para conseguir aumentar os lucros nesse tipo de negócio.

“Todo mundo falou que os comerciais terminariam nas plataformas de streaming. Mas, daqui a pouco, as plataformas de streamings devem ter renda maior vinda de comerciais do que assinaturas, porque o dinheiro está aí, investimento está aí”, afirma Gordilho.

Esse é um caminho que muitos já aderiram. Há dois anos, a Netflix lançou um plano com anúncios e o Prime Video, da Amazon, também incluiu comerciais no seu plano básico nos Estados Unidos e na Europa.

“Não tem como achar que só na adesão, em cima de assinatura, qualquer marca se posiciona, porque quando tem a crise, a primeira coisa que você corta são os canais de streaming para economizar. E não tem condição de aumentar o preço porque existe uma competição muito grande”, diz o sócio da Agência Africa Creative.





Fonte: Neofeed

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