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ARTIGO: Por que encerramos a Mercê e o que aprendemos

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ARTIGO: Por que encerramos a Mercê e o que aprendemos
Tempo de Leitura:7 Minuto, 51 Segundo


Em 2023, tomamos a difícil decisão de encerrar a Mercê, uma startup que cofundamos em 2019 e para a qual passamos quatro anos dedicando nossa paixão, energia e experiência empreendedora. Nossos instintos apontavam que seria a escolha certa na época.

Agora, com a perspectiva do tempo, ficou ainda mais claro que interromper as operações e devolver o capital restante aos nossos investidores foi a melhor decisão que poderíamos ter tomado.

Em uma conversa recente com Arjuna Costa e Diana Narváez, da Flourish Ventures, uma de nossas investidoras, refletimos sobre quão valiosa foi essa experiência, mesmo que o resultado não tenha sido o que esperávamos.

A maioria das startups falha e, ainda assim, há pouca orientação para empreendedores que suspeitam que a ideia em que estão trabalhando pode nunca ter sucesso, que não conseguem ver um caminho sustentável para sua empresa, que simplesmente não estão na janela correta e mercado para a tese ou até mesmo que não têm certeza de como proceder.

Em nosso caso, os pilares de apoio que tivemos nos permitiram aprender lições das quais esperamos que outros fundadores possam se beneficiar.

Cofundamos a Mercê como um marketplace B2B que permitia aos pequenos varejistas de alimentos e de produtos de mercearia adquirir estoque de forma mais eficiente, evitando faltas e acessando capital de giro, oferecendo-lhes ferramentas de software para ajuda-los a gerenciar seus negócios por meio de um aplicativo para smartphone.

Em 2021, o negócio era operacionalmente intensivo, e levantamos uma rodada de financiamento Série A de US$ 10 milhões, coliderada pela Flourish Ventures e GFC.

A tomada de decisão

À medida que percebemos a mudança no ambiente de financiamento de startups no início de 2022, concluímos que um modelo de negócios, com margens pequenas e com alta dependência de escala para gerar poder de barganha, exigiria rodadas adicionais de financiamento para crescer e tornar-se sustentável.

O mercado, que parecia ter condições para que startups compensassem sua falta de tamanho com alto poder de crescimento, em um momento em que os juros americanos vinham de uma consistente sequência de baixa, mudou e as condições se tornaram ruins em especial para o mercado de venture capital — sobretudo para negócios operacionais e em fase de crescimento naquela época. Parecia um caminho improvável para o sucesso.

Rapidamente, mudamos nosso foco em busca de margens mais altas. Questionamos algumas de nossas suposições, realizamos uma série de experimentos para ver se poderíamos chegar a um modelo de negócios leve em capital e impulsionado por tecnologia, mantendo nosso foco em capacitar pequenos proprietários de lojas locais.

Fomos disciplinados e, junto do nosso board, definimos um prazo para avaliar esses esforços, que seriam orientados por métricas claras.

Entre o fim de 2022 e o início de 2023, também começamos a explorar possibilidades de uma fusão ou aquisição da nossa operação por uma empresa maior e bem estabelecida, o que nos daria o poder de barganha devido a seu alto volume de compra.

Enquanto isso, nós adicionaríamos tecnologia à operação, o que permitiria melhorar nossas margens. Tivemos conversas com parceiros estratégicos, investidores e grupos de private equity interessados na tecnologia da Mercê, mas o diálogo não avançou. E, no primeiro trimestre de 2023, decidimos parar as operações e preservar o caixa, que representava 70% do que havíamos levantado em nossa Série A.

Propusemos três opções naquele momento: começar um novo negócio do zero, buscar fusão com uma startup já com validação de mercado e ainda em estágio inicial, na qual o nosso capital restante pudesse gerar valor, ou devolver o caixa disponível aos nossos investidores.

Rapidamente descartamos um novo negócio — o mercado parecia favorecer startups que trabalhavam com tendências como IA e modelos asset light, que não se alinhavam com os interesses de todos os sócios em começar algo do zero, bem como com as expectativas dos nossos investidores, em especial os que se preocupavam legitimamente com o timing de seus fundos e com seus mandatos por segmentos de mercado e modelos.

Após uma busca sistemática de empresas em estágio inicial, encontramos um alvo promissor e nosso Conselho apoiou que seguíssemos essa opção. No entanto, após meses de tratativas, o negócio não se concretizou. Nesse momento, nós, como fundadores, junto do Conselho e de nossos investidores, tomamos a decisão de prosseguir com a dissolução da empresa e devolver o que restava do caixa.

Antecipando a tempestade e redefinindo “fracasso”

Essa jornada com a Mercê nos mostrou a realidade: mesmo com uma equipe muito talentosa, uma ideia inovadora e os recursos para executá-la, as condições de mercado importam. Modelos de negócio não podem ser criados e validados em qualquer momento e condição de mercado.

Também entendemos que é imperativo manter-se atento às tendências de mercado que afetarão seu negócio — mudanças no ambiente de financiamento, ações dos concorrentes, novos entrantes e incumbentes, e a evolução dos modelos de negócios — para antecipar quando uma tempestade está chegando.

Se os sinais mudaram e se tornaram ruins, então não é “fracasso” reconhecer esse fato e se planejar para minimizar os danos. É como se preparar para fazer um cruzeiro com os melhores marinheiros em um mar estável, mas descobrir que o mar mudou e uma das maiores tempestades que já existiram vai acontecer exatamente naquele período.

Nesse cenário adiar ou cancelar a viagem não é uma decisão errada, especialmente se rotas alternativas já foram analisadas e não se mostraram viáveis.

Além das questões de mercado, no nosso caso, descobrimos que a disposição dos microempreendedores de pagar por produtos de software na América Latina era muito baixa, uma situação que não conseguimos gerenciar. Diante de condições de mercado desafiadoras e atentos às tendências, tornou-se claro que estávamos lutando a guerra errada e em um dos momentos mais desfavoráveis.

Sabíamos que tínhamos de considerar cuidadosamente o que era melhor para nossa equipe e nossos investidores. Prosseguir de forma teimosa ou cega, sem uma real chance de alcançar nossos objetivos, não era o caminho certo ou racional. Devolver o dinheiro foi uma decisão difícil de aceitar, mas também foi a coisa certa a fazer.

O valor da experiência

Todas essas mudanças e decisões vieram com estresse intenso, mas, como empreendedores em série, tínhamos a formação, a experiência e a maturidade para lidar com a complexidade da situação com clareza. Ambos tivemos experiências bem-sucedidas em startups no passado e, de certa forma, sentimos que tínhamos menos a provar do que um fundador de primeira viagem.

Não duvidamos de nossas próprias habilidades, e nosso processo de pensamento não se tratava de ego, validação de nossa reputação ou demonstração de paixão. Mas, sim, de ser racionais e cuidar do nosso time e do dinheiro de nossos investidores. Demonstrar resiliência é importante, mas nenhuma resiliência mudaria os fortes ventos contrários que enfrentamos.

Um dos pilares da nossa cultura é ter pessoas em primeiro lugar. Também discutimos muito este tema no processo, afinal, montamos um time excelente, extremamente dedicado e com valores muito alinhados. Nossa conclusão, em linha com nossa cultura, é que não seria justo colocar todos esses talentos por anos em uma direção que não entendíamos ser a melhor possível para eles.

Nossa decisão foi dar o máximo para sermos transparentes e ajudá-los a se realocarem em empresas em que confiamos.

Sabíamos que precisávamos estar alinhados como fundadores, contar um com o apoio um do outro e mostrar à nossa equipe que estávamos unidos. Sentimos que era importante ser abertos, honestos e até vulneráveis sobre o que estava acontecendo, mesmo que as notícias não fossem o que as pessoas queriam ouvir. Estávamos determinados a manter todos informados, não apenas sobre o que estava acontecendo, mas também sobre o porquê, e essa transparência tornou o processo de encerramento menos doloroso.

Gerenciando pressões externas

A comunicação clara também foi um ponto chave com nossos stakeholders. Ao considerarmos se havíamos chegado a um ponto de inflexão, conversar com nossos investidores foi imensamente útil. O conhecimento deles sobre o setor permitiu que pudessem ver a tempestade se aproximando e nos ajudou a agir antes dos concorrentes.

Eles puderam oferecer essa visão porque fomos transparentes sobre os desafios que estávamos enfrentando, o que, novamente, surgiu de nossa experiência empreendedora, pois muitas vezes pode parecer contra intuitivo ser tão aberto com os investidores.

Frequentemente, fundadores mais jovens e menos experientes evitam pedir apoio porque sentem pressão para agir de forma perfeita, lidar com tudo e ser super-heróis, mas ninguém espera isso.

Dito isso, para se sentir confortável com um diálogo aberto, e para que essas conversas sejam produtivas, o alinhamento e a confiança entre fundadores e investidores são fundamentais. Deve haver uma base de respeito mútuo e valores compartilhados para que um fundador possa contar com os investidores em busca de apoio, especialmente quando os tempos ficam difíceis.

Além disso, investidores que compreendem profundamente seu negócio e seu mercado terão conselhos muito mais específicos para oferecer do que alguém que traz apenas dinheiro para a mesa.

Em última análise, ao fechar a Mercê quando e como fizemos, garantimos que haveria muito mais oportunidades para todos os envolvidos — para nossa equipe, para nossos investidores e para nós.

O fim da história, diferente do que sonhamos, não minimiza o orgulho do que construímos como time. E nos deixa ainda mais empolgados pelo que vem a seguir.

Diego Libanio e Guilherme Bonifácio são empreendedores em série e, depois de quatro anos da fundação da Mercê, decidiram encerrar as operações da startup. 



Fonte: Neofeed

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Saint-Gobain reforça estrutura (e a relevância) do Brasil em seu mapa global

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Saint-Gobain reforça estrutura (e a relevância) do Brasil em seu mapa global
Tempo de Leitura:5 Minuto, 7 Segundo


Aos 61 anos, Javier Gimeno é um veterano de Saint-Gobain. Após iniciar sua carreira no grupo francês em 1987, ele cumpriu diversas escalas nas operações da gigante de materiais de construção, avaliada em € 45,2 bilhões. Da sua terra natal, a Espanha, até a França e a região Ásia-Pacífico.

Desde 2021, o executivo está instalado em São Paulo, de onde comanda os negócios da empresa na América Latina. Tradicionalmente, a região representa cerca de 10% das vendas da companhia, que, nos dados mais recentes, apurou uma receita global de € 35 bilhões nos primeiros nove meses de 2024.

Em outro dado que reforça a relevância da região, o Brasil costuma figurar entre os cinco principais mercados globais da Saint-Gobain. E para se manter nesse clube seleto, o País está no centro de parte dos próximos investimentos na América Latina, com foco em produção, pesquisa e inovação.

“A Saint-Gobain tem muita confiança na América Latina”, diz Gimeno, vice-presidente sênior e CEO da Saint-Gobain para a América Latina, ao NeoFeed. “E o Brasil é, sem dúvida, o centro de gravidade da nossa presença aqui. O País joga o papel de catalisador do grupo na região.”

O grupo entende que, como um player importante nesse jogo, o Brasil já está bem atendido no que diz respeito à capacidade de produção. Hoje, a empresa mantém 58 fábricas no País e 90 na América Latina. Mas há exceções nesse campo, com abertura para investimentos seletivos em novas unidades.

Nesse contexto, a Saint-Gobain está dando andamento às negociações para o início da construção de uma nova linha de placa de gesso – material usado em construções como as paredes de drywall – no Brasil, ainda neste ano e com início de operação previsto para 2026.

Segundo Gimeno, a unidade vai demandar um aporte de “dezenas de milhões de euros”. Em 2024, o grupo inaugurou uma segunda linha em Mogi das Cruzes (SP). Com o novo projeto, sua capacidade anual de produção total no segmento deve saltar de 80 milhões para 140 milhões de metros quadrados.

O executivo não revela, porém, onde será instalada a nova planta e diz apenas que provavelmente será na região Nordeste. Mas, conforme apurou o NeoFeed, a Saint-Gobain já mantém negociações com o governo da Bahia para que a cidade de Feira de Santana abrigue o projeto.

Ainda na área fabril, a companhia está reservando espaço para investimentos em automação e digitalização em outras unidades. Além de projetos para acelerar a descarbonização dos seus processos, dentro da meta de reduzir suas emissões de carbono em 33% até 2030.

O plano de curto e médio prazo da Saint-Gobain para o Brasil também passa pela expansão do centro de pesquisa e desenvolvimento (P&D) da companhia instalado em Capivari, cidade que fica a cerca de 400 quilômetros de São Paulo. Hoje, essa estrutura é formada por mais de 70 cientistas e a ideia é dobrar esse time nos próximos doze meses.

Javier Gimeno, vice-presidente sênior e CEO da Saint-Gobain para a América Latina

“O driver dessa expansão é a nossa necessidade de fugir do risco de comoditização dos nossos produtos”, afirma o CEO. “São produtos mais técnicos, inovadores e mais respeitosos com o meio ambiente. E que acreditamos que se traduzem rapidamente em crescimento adicional.”

A unidade é um dos seis centros de P&D do grupo no mundo e o único na América Latina. A localização e a adaptação de produtos globais para o mercado local é uma de suas atribuições. Mas essa equipe também se dedica a desenvolver inovações adotadas em outras operações da empresa.

“Esse centro tem um papel relevante em linhas e produtos em que o Brasil é reconhecido no mundo inteiro”, observa Gimeno. “Isso inclui, por exemplo, os impermeabilizantes asfálticos e as placas de fibrocimento.”

Leve e sustentável

O contexto por trás desses dois novos projetos de expansão envolve dois eixos. O primeiro segue a orientação global do grupo de reduzir sua dependência do mercado europeu e avançar nos Estados Unidos e em mercados emergentes como a América Latina e, principalmente, o Brasil.

Já o segundo vem no rastro da pegada, também global, de construção leve e sustentável. A ideia é priorizar ofertas que exijam menos recursos para produção. Além de reduzir custos e permitir instalações mais rápidas e mais fáceis, entre outras vantagens.

Gimeno diz que o portfólio atual já tem itens cuja fabricação utiliza 50% menos energia e traz ganhos de produtividade de cerca de 20%. Mas há um outro dado que sustenta essa aposta: a percepção de uma demanda cada vez maior por esses produtos e, ao mesmo tempo, a penetração ainda baixa no Brasil.

“No caso, por exemplo, das placas de gesso, o consumo no Brasil é de apenas 0,8 metro quadrado por ano. Nos Estados Unidos, são 10 metros”, diz o executivo. “Então, nós acreditamos que temos espaço para aumentar radicalmente essa taxa de penetração.”

Essa visão é o que também dá fôlego para que a Saint-Gobain atravesse o cenário macroeconômico do País, que Gimeno classifica como de “leitura difícil”, com a mescla de bons indicadores, como a queda na taxa de desemprego, com dados nada favoráveis, como a elevação da taxa de juros.

Já no campo de aquisições, ele diz que, no Brasil, a Saint-Gobain pode olhar apenas para acordos de menor porte, que complementem a oferta. O mesmo não acontece em outros países da região. No México, por exemplo, o grupo acabou de concluir a compra da Ovniver, seu maior acordo na região.

Ainda no que diz respeito aos M&As, Gimeno desconversou sobre uma possível venda da Telhanorte. Operação de varejo de materiais de construção do grupo no Brasil, a marca convive, há anos, com rumores sobre um acordo nessa direção.

“Essa é uma pergunta que está na mesa desde a minha chegada. A Saint-Gobain não ia vender e não vendeu. Mas não vai ampliar a exposição ao varejo brasileiro e vem otimizando essa rede”, diz. “E vamos dar sequência em 2025, com algumas lojas não rentáveis sendo fechadas. Mas nada brutal.”



Fonte: Neofeed

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BlackRock vê novo piso tarifário nos EUA e compara política à de 1930

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taxas impostos
Tempo de Leitura:2 Minuto, 35 Segundo


O adiamento em um mês das tarifas americanas de 25% sobre o México e o Canadá trouxe algum alívio para o mercado. Mas ainda é incerto se o governo americano manterá a alíquota sobre os produtos vizinhos.

Caso os planos avancem, segundo a BlackRock, as taxas poderiam se aproximar das praticadas pelos Estados Unidos na década de 1930 – período em que o país aumentou significativamente os preços dos produtos importados para proteger sua indústria e agricultura durante a Grande Depressão.

Esse aumento protecionista agravou a crise, desencadeando retaliações de outros países e reduzindo o comércio global. Os Estados Unidos só retomariam a abertura comercial a partir de 1934, sob o comando de Franklin D. Roosevelt.

“A chave para os mercados é entender por quanto tempo as tarifas de 25% irão durar: quanto mais tempo permanecerem, maior será o impacto nas cadeias de suprimentos”, diz a BlackRock, maior gestora do mundo, com US$ 11,6 trilhões sob gestão.

“As implicações econômicas podem ser maiores do que os efeitos diretos. Tarifas prolongadas, como as propostas, podem prejudicar o crescimento e aumentar a inflação”, complementa trecho do relatório.

Outra questão importante, alerta a gestora, é a retaliação desses países contra os Estados Unidos. “Assim como os EUA, o Canadá e o México estão posicionando as tarifas como uma questão de segurança nacional, incentivando o consumo de produtos não americanos e limitando a dependência do comércio transfronteiriço.”

Porém, os analistas da BlackRock acreditam que as tarifas de 25% serão usadas apenas como uma barganha de negociação, visto o adiamento das tarifas após o México e o Canadá aceitarem reforçar a segurança de suas fronteiras. Mas as tarifas de 10%, como as impostas à China, serão a “nova base” da economia americana, visando garantir maior arrecadação de impostos em meio a uma sequência de déficits fiscais.

Ainda que menor, a taxa de 10% não está imune a retaliações. A China, após ser taxada pelos Estados Unidos, impôs tarifas de 10% a 15% sobre produtos americanos, além de ter dado início a uma investigação antitruste contra o Google.

“As tarifas serão uma ferramenta chave do novo governo americano, como sinalizado durante a campanha presidencial.”

Diante do potencial inflacionário das políticas de Trump, a BlackRock tem recomendado a compra de ouro e mantém recomendação “underweight” para os títulos de longo prazo do Tesouro americano.

As discussões tarifárias, na avaliação da BlackRock, também devem minar a confiança do investidor no curto prazo, gerando pressões adicionais sobre o mercado americano nos próximos meses.

A gestora, no entanto, segue otimista com o desempenho das bolsas de Nova York para uma janela de 6 a 12 meses. expectativa de crescimento de lucros e da economia americana sustenta a tese, assim como a perspectiva de desregulamentação e investimentos em inteligência artificial.

“Os mercados podem se ajustar a um novo regime de tarifas de 10% se o crescimento permanecer sólido e a inflação controlada. As grandes empresas de tecnologia podem ter um bom desempenho, dados os balanços sólidos, a resiliência dos lucros e seu papel central no desenvolvimento da IA”, afirma o relatório.



Fonte: Neofeed

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No plano bilionário de recompra de ações do UBS, ser “grande demais para quebrar” virou um problema

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No plano bilionário de recompra de ações do UBS, ser
Tempo de Leitura:2 Minuto, 23 Segundo


O banco suíço UBS anunciou que realizaria a recompra de US$ 3 bilhões em ações em 2025, sendo US$ 1 bilhão no primeiro semestre e mais US$ 2 bilhões na segunda metade do ano. Os planos, porém, podem ser prejudicados por reformas no regime de capital dos bancos na Suíça, de acordo com o Financial Times.

Com a perspectiva de novas regras por parte do governo, a instituição terá de se preparar para um possível aumento relevante nos requisitos de capital destinados a bancos considerados “grandes demais para quebrar”. Até o momento, o mercado não sabe quais serão essas novas normas.

Na visão do CEO do UBS, Sergio Ermotti, uma “reação exagerada” do governo suíço pode prejudicar a competitividade do banco. “Não parece ser o momento certo para fazer experimentos com o aumento de exigências, justamente quando a economia precisa que o sistema bancário seja uma fonte de estabilidade e força”, afirmou Ermotti ao FT.

Essa competitividade do UBS trouxe frutos no quarto trimestre de 2024. O banco entregou resultados financeiros superiores aos esperados pelos analistas, atingindo um lucro líquido de US$ 770 milhões nos últimos três meses de 2024, impulsionado por sua divisão de investimentos.

O lucro antes de impostos dessa divisão também superou as expectativas, chegando a US$ 486 milhões. Por outro lado, a unidade de gestão de fortunas, que costuma se destacar no banco, decepcionou, registrando captação menor do que o esperado.

Os números levaram o banco, que continua no processo de integração do Credit Suisse, ao seu quarto trimestre consecutivo de lucratividade. Sua receita total também registrou valorização de 7% nos três últimos meses do ano, atingindo US$ 11,6 bilhões.

No recorte da receita de mercados globais, o banco saltou 44% no trimestre, com maior volume de negociações em ações e câmbio. O número foi impulsionado pela forte demanda de clientes institucionais e privados, que se fortaleceram pelo aumento do apetite por risco com o retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos.

Os resultados seguiram a tendência vista nos grandes bancos de Wall Street, que reportaram seus números nas últimas semanas. Por lá, o francês BNP Paribas também divulgou uma recuperação em sua divisão de investimentos, que elevou os lucros em mais de 15% no trimestre.

Na visão do UBS, o primeiro trimestre de 2025 deve surfar nas “condições de mercado construtivas”. Apesar disso, o banco acredita que o sentimento dos investidores pode ser afetado por um cenário macro incerto fora dos Estados Unidos, além do aumento nas incertezas nas dinâmicas econômicas e de comércio global, o que pode mudar as perspectivas ao longo do ano.

Com a notícia do possível cancelamento na recompra de ações do UBS, os papéis do banco estavam em queda de 6,6% na bolsa de valores de Zurique. Em 12 meses, as ações sobem 15,6%.



Fonte: Neofeed

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