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Confira roteiro para conhecer Santa Cruz de La Sierra
Na capital de Santa Cruz, descubra arte, história, gastronomia, natureza e encantamento em uma Bolívia ainda pouco explorada
Um destino turístico bastante impactante na América do Sul é o estado de Santa Cruz e a sua capital Santa Cruz de La Sierra, a maior cidade da Bolívia e considerada a capital econômica do país. É, com certeza, o local mais rico e multicultural do país, com avenidas largas, trânsito bem pesado e construções antigas que decoram o seu centro histórico.
Santa Cruz de La Sierra foge bastante daquele cenário típico boliviano, de cidadezinhas pacatas, a maioria com ruas de terra, uma pracinha com sua igreja, um pequeno chafariz cercado por belos jardins. Contrariando as minhas expectativas, há, sim, muito o que fazer por lá – seja em uma visita rápida ou mais prolongada à cidade e ao estado de Santa Cruz.
Apesar de ser a maior cidade da Bolívia, o local não configura como um dos destinos mais turísticos do país. Porém, acaba sendo a porta de entrada de muitos brasileiros, devido à proximidade com a nossa fronteira. Vamos mostrar um pouco do que pode ser realizado nesse roteiro belíssimo.
Comece explorando o centro histórico
Andar pelas ruas do centro histórico, onde se concentram muitos de seus atrativos, é a melhor maneira de começar a desbravar a cidade. O ponto de referência inicial desse roteiro é a Plaza 24 de Setembro, considerado o coração da cidade.
Rodeada de edifícios coloniais, a praça abriga a majestosa catedral de San Lorenzo, que impressiona por sua arquitetura imponente e é uma referência importante das construções jesuíticas, muito presente em toda a área oriental desse enorme estado boliviano.
O turista pode desfrutar, ao redor dela, de um calçadão fechado para os carros, com vendedores de café, centenas de pombas que fazem um balé de voos rasantes, os tradicionais engraxates de sapatos e algumas mesas ao redor da praça, em que os mais senhores ensaiam algumas partidas de xadrez ou jogos de carta para passar o tempo.
A igreja é um monumento que caracteriza a paisagem cruceña, com enormes torres de ladrilhos em cor de terra, resultado de uma obra popular que motivou a população local a sempre ajudar em sua construção e ampliação. Foram 4 construções em etapas diferentes. No início, a obra foi concebida para uma cidade que tinha, à época, 120 mil habitantes, e atualmente a população total ultrapassa 2,5 milhões de pessoas, o que acabou configurando em 4 obras de ampliação. Olhando do lado de fora, você consegue notar nitidamente a cor diferenciada dos azulejos.
Museu Sacro
Vale visitar o Museu Sacro, anexo à majestosa igreja, que guarda pertences dos arcebispos e uma coleção impressionante de artigos em prata e madeira, como castiçais, copos, talheres, imagens sagradas e vestimentas dos celebrantes.
Não deixe de subir no mirante, de onde se descortina uma impressionante vista de parte da grande cidade, que possui mais de 2,5 milhões de habitantes. Também dá para ver de pertinho as engrenagens e os ponteiros de seu antigo relógio.
Horário de funcionamento: todos os dias, das 8h às 21h. A torre, no entanto, fica aberta apenas das 8h às 12h e das 15h às 18h30, e o museu, das 15h às 18h.
Casas do governo são imponentes construções
Aproveite para conferir ali pertinho algumas construções da administração Pública – a Casa del Gobierno Autónomo Departamental e a Casa del Gobierno Autónomo Municipal, imponentes prédios históricos. Cada uma possui construções que são preservadas ao longo do tempo.
Museus e centros culturais
Nos arredores da Plaza de 24 de Setembro, está a Casa Municipal de La Cultura Raúl Otero Reiche, que reúne obras de diversos artistas sul-americanos. Horário de funcionamento: Dias de semana – das 8h às 12h e das 16h às 21h. Sábados e domingos – das 16h às 21h. Entrada gratuita. Vale visitar e conferir esse espaço, que oferece exposições permanentes e algumas temporárias.
Já o Manzana Uno é um espaço cultural interativo, com diferentes exposições de fotografias e obras de arte. Horário de funcionamento: segunda a domingo, das 10h às 12h30 e das 16h às 21h. Entrada gratuita.
Ainda no centro histórico, fica o Museu de Arte Contemporânea, com mais de 250 obras fixas de arte moderna da Bolívia. Funcionando: dias de semana – das 9h às 12h e das 15h às 20h; sábados – das 15h às 20h. Não abre aos domingos.
Outras igrejas
Algumas outras igrejas que ficam na região do centro histórico e que você pode visitar são: Iglesia La Merced, Iglesia San Andres, Iglesia San Francisco e Iglesia Jesús Nazareno.
Jardim botânico para caminhar e relaxar
O parque é grande e bem cuidado, surpreendendo pela variedade de espécies. Você pode percorrer os cerca de 6 km entre as árvores e descobrir mais sobre a flora local. Não deixe de fazer a pequena trilha que leva até o mirante.
Nesse espaço ecológico, são nada menos de 500 espécies de flora que se distribuem em dois locais, divididas por um riozinho chamado Guapilo. No total, podem ser encontradas 12 espécies de mamíferos e mais de 200 espécies de aves. Há, ainda, mais de 6 km de reserva florestal, com trilhas interpretativas.
Endereço: Carretera a Cotoca, quilômetro 8 ½. Horário de funcionamento: das 8h às 18h. A melhor maneira de chegar até lá é por meio das vans com destino à Cotoca, que saem do terminal da região central (esquina entre a Calle Barrón e a Avenida Suarez Arana). As entradas custam 3 bolivianos, cerca de 1 real.
Equipetrol reúne shoppings, restaurantes e agitada vida noturna
O bairro de Equipetrol é um dos locais mais valorizados de Santa Cruz de La Sierra, onde fica o shopping Ventura Mall, o maior da cidade, como também muitos dos bares e restaurantes badalados e os principais endereços comerciais da cidade. A maioria das agências de viagens também estão por lá.
Vale dar uma voltinha durante a noite para ver o movimento do bairro que é efervescente. Um endereço certo onde você encontrará muitas opções de onde comer é a Avenida Monsenhor Rivero.
Marriott Santa Cruz de La Sierra
Uma boa dica de hospedagem neste bairro, equivalente à região dos Jardins de São Paulo, é o Marriott. O hotel é a maior e mais completa referência de hospedagem de Santa Cruz. Tem apartamentos com vista panorâmica para o cinturão verde, piscina, sauna, spa, centro de eventos e um dos restaurantes mais admirados da cidade.
O Marriott Santa Cruz de La Sierra oferece também um spa magnífico com muitas terapias, inclusive para passantes. Além disso, esse endereço é a sede dos principais eventos sociais da cidade. Uma boa dica é tomar o café da manhã, mesmo que você não se hospede por lá. É um buffet com mais de 50 itens, entre frios, queijos, frutas, bolos, tortas, salgados, omeletes, sucos, iogurtes, geleias e uma variedade de pratos quentes.
Amplie sua experiência com outros passeios
Se você tem mais de um dia para ficar em Santa Cruz de La Sierra aproveite, pois há vários passeios próximos que podem valer muito e ampliar ainda mais a sua experiência.
Parque Nacional Amboró
Para quem quer fugir do clima de cidade e ter mais contato com a natureza, está aqui uma ótima opção de o que fazer em Santa Cruz de La Sierra: dar uma escapadinha até o Parque Nacional Amboró. Por lá, você pode avistar mais de mil espécies de aves, centenas de espécies de mamíferos e répteis, além da flora riquíssima.
No parque, você encontrará três ecossistemas diferentes: o da Floresta Amazônica, o do “Chaco” (Pantanal) e a vegetação típica da Cordilheira dos Andes. É preciso contratar um guia para visitar o local, que fica a apenas 40 km de Santa Cruz de La Sierra. É um ótimo passeio para se combinar com uma estadia em Samaipata, já que fica no caminho entre as duas cidades.
Duas noites em Samaipata
Samaipata é uma pequena cidade pacata nos pés dos Andes, a 135 km de Santa Cruz de La Sierra. Por lá, não faltam casinhas coloridas, pousadas simpáticas com conceitos boutique, restaurantes naturais, cafés charmosos, artesanato e muito contato com a natureza.
Samaipata está cercada pelas montanhas do gigantesco Parque Nacional Amboró, com uma biodiversidade sem igual. Para quem gosta de cachoeiras, vale conhecer as La Cuevas, com 3 quedas d’água e piscinas naturais bem convidativas para um banho.
Mas um dos maiores atrativos da cidade é o chamado El Fuerte de Samaipata, um sítio arqueológico com vestígios de antigas civilizações, Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. Muitas pessoas visitam Samaipata em apenas um dia, mas sugerimos reservar pelo menos 2 dias inteiros para aproveitar bem a cidade.
Dunas em plena região metropolitana
Quando pensamos em tudo o que fazer em Santa Cruz de La Sierra, não esperávamos encontrar essa bela surpresa; essas lindas dunas ficam no Parque Lomas de Arena, a apenas 25 km da cidade. Um ótimo passeio para brincar na areia, tentar um sandboard, visitar algumas lagoas e curtir um visual bem lindo.
Para chegar lá, o ideal é fechar um tour saindo do centro ou do seu hotel em Santa Cruz. Se preferir ir de transporte público, você deverá pegar o ônibus 21 na esquina das ruas Colon com a Yacucho – o Parque será no ponto final. Dali, siga em uma boa caminhada de 6 km até as dunas.
Saborearte e Rota Jesuítica
Alguns outros roteiros são importantes para completar a sua experiência turística em Santa Cruz de La Sierra. A aproximadamente 280 km da cidade, se encontra Chochis. O lugar é conhecido principalmente por ser uma das cidades que pertencem às missões de Chiquitos, nomeado como Patrimônio Mundial e por ser o único a ter um templo construído integralmente em pedras. Denominado Saborearte, é um roteiro turístico que mistura arte, artesanato, natureza, gastronomia e atividades voltadas ao meio ambiente.
Lá também é o lugar onde originalmente se fundou a cidade de Santa Cruz de La Sierra. O local oferece serras, caminhos e trilhas entre a densa selva, vistas panorâmicas deslumbrantes e uma boa rede de hotéis charmosos que oferecem boa estrutura de lazer.
San José de Chiquitos tornou-se um destino turístico com um legado histórico-cultural muito forte e, pouco a pouco, seus moradores começaram a oferecer serviços aos visitantes com novas opções gastronômicas e recheado cardápio de atividades culturais e de experiência.
Além disso, a região oferece serras com trilhas e mirantes espetaculares que permitem o contato com a natureza. O bosque seco Chiquitano oferece estupendas experiências aos visitantes.
Pestana Las Hamacas
Tive a oportunidade de visitar alguns roteiros interessantes. Nossa viagem começou no ateliê Pestana Las Hamacas de Dona Maria Faldin, que ensina seus saberes sobre o minucioso trabalho de tecer e criar roupas e outros itens por meio de um algodão especial. Ela explica todo o processo, faz os turistas interagirem e, no final, os visitantes são brindados com um suco de fruta regional e salgados tradicionais da região oriental da Bolívia.
Maria Faldin diz que esse aprendizado vem desde sua bisavó e que já está ensinando à sexta geração da família. Atualmente, suas filhas e netas já fazem a arte de tecer e criar mais de uma dezena de produtos, como bolsas, sacolas, redes, malhas e pequenos utensílios.
Pestana “La Tranquera”
Outro local que vale a pena conhecer: a oficina de Pitágoras, o Pestana “La Tranquera” conhecido como “Cozinheiro Matemático”, pois tem habilidades enormes como cozinheiro e tem, em sua profissão de artesão, a sua real capacidade.
É ele quem produz a chamada “Máscara de Abuelo”, que se tornou símbolo da riqueza cultural que caracteriza a cidade de São José de Chiquitos. Durante a visita, podemos conhecer o significado desse ícone cultural, aprendendo um pouco o ofício de como é talhar e criar essas máscaras que se tornaram o verdadeiro símbolo das missões jesuíticas de Chiquitos.
La Siesta del Posoka
Outra experiência magnífica foi conhecer o trabalho de Dona Juanita da La Siesta del Posoka, que resguarda o patrimônio e as tradições gastronômicas Chiquitana por meio da elaboração e preparo dos deliciosos pães de arroz e a empanada de arroz, delícias de comidas do oriente boliviano.
As receitas, os insumos e a forma de preparação refletem uma herança cultural de várias gerações. Durante a visita, os turistas podem conferir desde a preparação da farinha de arroz até o preparo final dos produtos, passando as iguarias pelo forno e depois servidas. O chá natural, preparado na brasa, é o complemento ideal para degustar essas verdadeiras delícias salgadas.
Chochis é rota turística mágica e encantadora
Se você é um amante da natureza, visitar uma cidade no meio da natureza seria, com certeza, um sonho se tornando realidade! Então, deixe-me apresentar-lhe Chochis, uma pequena cidade na região de Chiquitania, na Bolívia, com menos de 1000 habitantes, onde tudo o que você pode encontrar ao redor é uma natureza verde abundante.
Casas coloridas são os mais representativos cenários desta linda cidade. O local mais emblemático de Chochis é a enorme torre de pedra natural, chamada Torre de David (David’s Tower), que se ergue majestosamente mesmo ao lado da cidade. Uma trilha de pouco mais de 2 km de subida íngreme pode levá-lo aos pés desta enorme torre de pedra, que tem um perímetro de 800 metros.
Santuário Mariano de La Torre
A vista de lá já é deslumbrante. Na base da torre de rocha, está o Santuário Mariano de La Torre, uma construção religiosa, perfeitamente integrada com a natureza, decorada com enormes e representativas esculturas em madeira que ornamentam o santuário. O local tornou-se um santuário de fé e arte ao mesmo tempo.
Os nativos locais aprenderam a arte de talhar em madeira com os jesuítas que vieram à região – séculos atrás – para trazer a evangelização, por meio das missões jesuítas. Hoje em dia, as esculturas em madeira têm influências tanto dos nativos como dos jesuítas. Os personagens nativos locais parecem ser, por vezes, protagonistas em representações de passagens religiosas. São dezenas de desenhos que retratam partes dos acontecimentos religiosos, principalmente do ensinamento católico.
Para conferir de perto toda essa arte, você pode visitar o ateliê de Campo Arte, que é um espaço ecológico, onde você poderá ver e admirar as peças e o processo de trabalho de arte sacra, produzidas pelo artista Cesar Lara, que, além de artesão, é o mais competente guia local condutor. Explica de maneira detalhada toda a riqueza histórica e artística a região.
Serra de Chochis é um colírio para os olhos
A poucos quilômetros da cidade, encontra-se a Serra de Chochis. Fazendo uma caminhada nesta área, você encontrará lagoas cristalinas, cavernas e vestígios arqueológicos. A vida selvagem da área tem uma grande diversidade de aves, répteis e mamíferos. Esta região é também conhecida como Bosque de Piedra, devido às formações rochosas pouco usuais que a caracterizam. A caminhada na Serranía de Chochis pode exigir bastante esforço, mas vale a pena!
Cachoeira Véu da Noiva e águas quentes
Uma piscina natural alimentada por uma cachoeira, chamada Velo de la Novia (Véu da Noiva), está localizada a apenas 2 km da praça principal de Chochis. O caminho é bastante fácil e rápido, especialmente enquanto desfruta da natureza exuberante, repleta de plantas e animais. Chochis é um local ideal para se manter em contato com a natureza.
Outra dica é conhecer o distrito de Águas Calientes, onde você pode banhar-se nos rios cristalinos de águas naturalmente aquecidas e tendo, ao fundo, um mar de montanhas como presente.
Onde se hospedar
Existem duas principais regiões que concentram as melhores opções de hotéis em Santa Cruz de La Sierra. A primeira é o centro histórico, ideal para quem quer ficar bem localizado e conhecer grande parte dos atrativos caminhando. A outra região é Equipetrol, um bairro mais moderno e com boas opções de comércio e restaurantes ao redor. A melhor opção de hospedagem é o Marriott Hotel Santa Cruz de La Sierra, que tem os melhores serviços da cidade.
Outra opção é o Hotel Los Tajibos, um pouco mais tradicional. Já para quem for à Rota Saborearte, pode escolher ficar no Hotel Boutique La Villa Chiquitana. É um hotel com apartamentos grandes e bem decorados e oferece boa área de lazer, com piscinas, jacuzzis ao ar livre, academia, jardins bem cuidados, restaurante, pequena academia e um bom café da manhã.
O empreendimento tem vista privilegiada da Serra de São José de Chiquitos e fica em um local tranquilo, dando inclusive para fazer grande parte dos passeios locais a pé. O La Villa Chiquitana tem serviço de quarto, uma pequena lojinha com produtos artesanais, estacionamento e promete um atendimento personalizado.
Lugares para comer
Para comer, um endereço completo e saboroso é o restaurante da sorridente Adriana, o Sabor Chiquitano. Experimente as deliciosas e crocantes empanadas de queijo, ou carne de sol com azeitonas, ou a sopa de amendoim, uma das delícias da casa. O lugar fica no coração da praça central, bem em frente à igreja.
Outra sugestão é o El Aljibe, tradicional restaurante e museu que resgata a gastronomia do leste da Bolívia, recriando aromas, sabores e sensações da antiga Santa Cruz. Construída em uma antiga casa de aproximadamente 1880, mantém a decoração e os ambientes com as características das casas de outrora e a forma como o povo de Santa Cruz vivia com seus utensílios e artigos do cotidiano.
O cardápio é composto por pratos tradicionais seguindo as receitas originais, além de comidas que são verdadeiras aulas de gastronomia típica. Os visitantes também vão encontrar pratos que estavam quase extintos e foram resgatados e atualmente fazem parte do interessante cardápio. O local é ideal para os turistas que queiram reencontrar-se ou conhecer a gastronomia local com o sabor das vilas bolivianas e seguindo as receitas das avós.
Como ir do Brasil
A Gol Linhas Aéreas tem voo comercial diariamente a Santa Cruz de La Sierra, saindo de Guarulhos, exceto aos sábados. Outra opção são os voos da BOA – Boliviana de Aviación, que também partem de Guarulhos.
Com quem comprar esse roteiro
Pode contatar a empresária Paola Salviaterra da Scape Travel, que pode realizar todos esses e outros passeios pela Bolívia. Ela oferece um atendimento personalizado e completamente humanizado, com rotas a medida das necessidades do cliente.
Por Claúdio Lacerda Oliva – revista Qual Viagem
Enviado especial à Bolívia pela Scapetravel e Hotel Marriott Santa Cruz de La Sierra
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3 receitas naturais para reparar pele e cabelo danificados pelo sol
Com a chegada do verão e as férias de fim de ano, a exposição ao sol, ao sal do mar e ao cloro das piscinas se intensifica, impactando diretamente a saúde da pele e dos cabelos. A radiação ultravioleta (UV) em excesso acelera o envelhecimento da pele, provocando ressecamento, manchas e aumentando o risco de câncer. Para os cabelos, os efeitos incluem ressecamento, perda de brilho, quebra e desbotamento da cor, especialmente em fios tingidos.
Além do uso de protetor solar e produtos para hidratar a pele e os cabelos, existem opções naturais que podem aliviar os danos causados pelo sol. Segundo o farmacêutico naturopata Jamar Tejada, da capital paulista, os tratamentos naturais oferecem uma abordagem preventiva e reparadora, focada no equilíbrio do organismo.
“A pele e os cabelos são espelhos da nossa saúde interna e a homeopatia pode atuar profundamente para reduzir os danos causados por fatores externos típicos do verão, enquanto a naturopatia ajuda a nutrir e proteger essas estruturas de forma integral”, explica.
Abaixo, o farmacêutico ensina três receitas naturais para cuidar da pele e do cabelo. Confira!
1. Queimadura solar leve
Queimaduras solares são um dos maiores problemas da estação e a homeopatia oferece opções como Cantharis, indicada para alívio de queimaduras leves, enquanto a naturopatia aposta no uso de aloe vera pura para hidratação profunda e ação anti-inflamatória.
Ingredientes
- 2 colheres de sopa de gel de aloe vera puro (calmante e regenerador)
- 5 gotas de óleo essencial de lavanda (anti-inflamatório e cicatrizante)
- 1 colher de chá de óleo de coco (hidratante e protetor)
- 1/2 colher de chá de vinagre de maçã diluído (ajuda a restaurar o pH da pele)
Modo de preparo
Misture o gel de aloe vera, o óleo essencial de lavanda e o óleo de coco em um recipiente limpo. Acrescente o vinagre de maçã diluído e mexa até obter uma mistura homogênea.
Para usar, lave a área afetada com água fria para remover impurezas e resfriar a pele. Aplique uma fina camada da mistura sobre a queimadura leve, deixando agir por 15-20 minutos. Depois, remova suavemente com água fria ou morna e, se necessário, repetir o processo 2-3 vezes ao dia até a pele melhorar.
Em casos de queimaduras solares mais graves, é fundamental procurar ajuda médica, especialmente se vier acompanhada de sintomas como febre alta, calafrios, desidratação, náuseas, tontura, bolhas extensas ou dor intensa. Esses sinais podem indicar uma reação mais severa à exposição solar, como insolação ou queimaduras de segundo grau, que necessitam de avaliação e cuidados especializados.
2. Ressecamento intenso da pele
A pele tende a perder hidratação devido à exposição solar e ao sal. Para nutrir de dentro para fora, remédios homeopáticos como Natrum muriaticum podem ajudar no equilíbrio dos líquidos corporais, assim como as máscaras faciais à base de óleos vegetais como abacate e jojoba.
Ingredientes
- 1 colher de sopa de óleo de abacate (rico em vitaminas A, D e E, excelente para hidratar e reparar a pele)
- 1 colher de chá de óleo de jojoba (equilibra a oleosidade natural da pele e forma uma barreira protetora contra a perda de água)
- 2 colheres de sopa de polpa de abacate amassada (nutre e acalma a pele)
- 1 colher de sopa de mel puro (umectante natural, hidrata e suaviza a pele)
- 1 colher de chá de iogurte natural sem açúcar (ajuda a restaurar o pH da pele e oferece uma leve ação calmante)
Modo de preparo
Em um recipiente limpo, misture a polpa de abacate com o mel até formar uma pasta homogênea. Adicione o óleo de abacate e o óleo de jojoba, misturando bem. Incorporar o iogurte natural, mexendo até obter uma textura cremosa.
Para utilizar, é importante limpar o rosto com água morna e um sabonete suave para remover impurezas. Aplique a máscara em uma camada uniforme sobre o rosto, evitando a área dos olhos. Após agir por 20 minutos, enxágue com água morna, removendo delicadamente a máscara.
3. Cabelos danificados
A queda capilar é comum no verão devido ao ressecamento e ao impacto dos raios UV. Tratamentos homeopáticos como Silicea e Calcarea phosphorica fortalecem a estrutura dos fios, enquanto óleos essenciais, como o de alecrim, auxiliam na estimulação do couro cabeludo e podem ser usados adicionando 5 gotas do óleo na quantidade utilizada para uma lavagem dos cabelos. Ou ainda, a dica do especialista é fazer um tônico.
Ingredientes
- 10 gotas de óleo essencial de alecrim
- 100 ml de água destilada ou filtrada
- 1 colher de chá de vinagre de maçã
Modo de preparo
Em um frasco spray limpo, misture todos os ingredientes. Depois, borrife diretamente no couro cabeludo, evitando excesso nos fios e massagear suavemente. Deixe secar naturalmente.
Como prevenir os danos causados pelo sol
Para prevenir os danos causados pelo sol na pele e no cabelo, Jamar Tejada recomenda o uso de protetores solares naturais e shampoos livres de substâncias agressivas, além de uma dieta rica em antioxidantes e óleos saudáveis. “A combinação de cuidados tópicos e internos é o segredo para aproveitar o verão sem comprometer a saúde e a estética”, destaca.
Por Mayra Barreto Cinel
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4 dicas para manter bonito tons quentes e vibrantes nos cabelos
Nova onda de coloração combina diferentes nuances para iluminar o visual e trazer modernidade aos fios
As colorações em tons quentes e vibrantes estão em alta e vêm ganhando destaque tanto nos salões de beleza quanto entre quem opta por colorir os fios em casa. Inspirada nas misturas de tons feitas por hair stylists, como chocolate, caramelo e ruivo, a tendência cria um efeito natural e luminoso nos cabelos, o que explica a procura pela técnica.
“Os tons quentes são versáteis e combinam com diferentes tons de pele, realçando a beleza de maneira única e personalizada”, completa Dione Wennie, gestora de educação profissional do Instituto Embelleze. Segundo a profissional, a busca por essas cores também cresceu devido à praticidade de reproduzir as misturas profissionais em casa.
“Hoje existem variações de tons quentes prontos e disponíveis para comprar e fazer em casa, como as novas nuances Cappuccino, Marrom Avelã, Vermelho Morango e Marrom Café, da marca de coloração Maxton Delícias”, diz a especialista.
Antes de mergulhar na transformação, é fundamental avaliar a saúde e a condição do cabelo. “Cabelos saudáveis garantem um resultado mais uniforme e duradouro. Se os fios estão danificados, é importante tratá-los antes de qualquer coloração”, orienta Dione Wennie.
Além disso, a escolha do tipo de tintura é determinante. “Tinturas permanentes são perfeitas para quem quer uma mudança duradoura e de alta cobertura, enquanto as temporárias são boas opções para quem quer experimentar novas cores sem compromisso a longo prazo”, explica.
A cabeleireira também enfatiza a importância do teste de mecha: “Nunca deixe de fazer, pois ele evita surpresas indesejadas e garante que a cor ficará exatamente como você imaginou”.
Cuidados após a coloração
Dione Wennie reforça ainda que manter a saúde dos cabelos após a coloração é essencial para prolongar o brilho e a intensidade da cor. Para isso, ela recomenda alguns cuidados básicos. Veja!
1. Evite água quente
Uma dica importante para manter a saúde e a beleza dos fios é cuidar da temperatura da água. “Lave os cabelos com água morna ou fria para não abrir as cutículas do fio e evitar o desbotamento”, recomenda.
2. Proteja contra o sol
Para manter a cor dos cabelos vibrante e protegida, é essencial adotar cuidados específicos contra os danos. “Use produtos com proteção UV para proteger os fios dos raios solares, que podem levar à oxidação da cor”, aconselha Dione Wennie.
3. Hidrate sempre para evitar o desgaste da coloração
Manter os cabelos nutridos e com a cor sempre vibrante requer produtos que ofereçam cuidados específicos. “Produtos formulados com ingredientes com essa função específica, como os da família Novex Azeite de Oliva e Alecrim, são excelentes para nutrir os fios e manter viva a tonalidade por muito mais tempo”, diz Dione Wennie.
4. Retoques na medida certa
Para garantir que os cabelos estejam sempre bonitos e com uma cor uniforme, é fundamental seguir uma rotina de cuidados. Por isso, vale lembrar: “fazer manutenções regulares ajuda a manter a uniformidade da cor e o visual sempre impecável”, finaliza a especialista.
Por Caroline Amorim
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7 sintomas da labirintite e como tratá-la
Doença é caracterizada por uma inflamação no ouvido interno, responsável pelo equilíbrio e audição
A labirintite é uma inflamação que afeta o labirinto, uma estrutura no ouvido interno responsável por regular o equilíbrio e a audição. Essa condição pode ser causada por infecções virais ou bacterianas, mas também está associada a fatores como estresse, ansiedade, alterações metabólicas e até mesmo traumas na cabeça.
Os sintomas da labirintite podem surgir de forma repentina e interferir significativamente na rotina diária. Reconhecer os sinais dessa condição é essencial para procurar atendimento médico, iniciar o tratamento correto e evitar complicações que possam comprometer o bem-estar do paciente a longo prazo.
Veja, abaixo, 7 sintomas da labirintite e como tratá-la!
1. Vertigem
A vertigem é uma sensação de que o ambiente ao redor está girando ou de que o próprio corpo está em movimento, mesmo estando parado. Esse sintoma é característico da labirintite e pode variar de episódios leves a intensos, comprometendo atividades cotidianas e a qualidade de vida. Geralmente é acompanhada por outros sintomas, como náuseas e desequilíbrio.
2. Tontura
A tontura é uma sensação de desequilíbrio ou instabilidade, como se estivesse prestes a cair ou pisando no vazio. Diferentemente da vertigem, não envolve a percepção de rotação do ambiente, mas pode ser igualmente debilitante. Pessoas com labirintite frequentemente relatam episódios de tontura, que podem ser desencadeados por movimentos rápidos da cabeça ou mudanças de posição.
3. Perda de audição
A labirintite pode afetar a audição, resultando em perda auditiva parcial ou total no ouvido afetado. Essa perda auditiva pode ser temporária ou permanente, dependendo da gravidade e da causa subjacente da inflamação. É importante procurar um profissional de saúde ao notar qualquer alteração na audição para avaliação e tratamento adequados.
4. Zumbido
O zumbido é a percepção de sons como apitos, chiados ou roncos sem que haja uma fonte externa. Esse sintoma é comum em pessoas com labirintite e pode variar em intensidade, sendo mais perceptível em ambientes silenciosos. O zumbido pode interferir no sono e na concentração, afetando o bem-estar do indivíduo.
5. Náuseas e vômitos
Devido à interferência no sistema de equilíbrio, a labirintite pode causar náuseas e, em casos mais graves, vômitos. Esses sintomas geralmente ocorrem com episódios de vertigem e podem levar à desidratação se persistirem por longos períodos. É essencial manter-se hidratado e buscar orientação médica se os sintomas forem intensos ou prolongados.
6. Suor excessivo
Durante as crises de labirintite, é comum ocorrer sudorese excessiva. Esse sintoma está relacionado à resposta do sistema nervoso autônomo às sensações de vertigem e náuseas. Embora não seja perigoso, o suor excessivo pode ser desconfortável e contribuir para a sensação geral de mal-estar durante as crises.
7. Dificuldade de concentração
A labirintite pode afetar a capacidade de concentração e provocar sensação de confusão mental. A combinação de vertigem, tontura e zumbido pode dificultar o foco em tarefas diárias, impactando o desempenho no trabalho ou nos estudos. É importante reconhecer esse sintoma e considerar pausas durante atividades que exijam concentração.
Diagnóstico da labirintite
O diagnóstico da labirintite é realizado por um médico otoneurologista, que avalia cuidadosamente os sintomas relatados pelo paciente, como tontura, vertigem e zumbido. Durante a consulta, o especialista analisa o histórico clínico e observa possíveis fatores desencadeantes ou agravantes, além de realizar testes específicos para identificar alterações no equilíbrio e na audição.
“No caso da labirintite, por exemplo, precisamos verificar se houve uma infecção prévia, se existe algum sintoma associado à tontura, como essa tontura se apresenta e se há alterações na audição, o que é feito através da audiometria”, detalha a Dra. Nathália Prudencio, otorrinolaringologista especialista em tontura e zumbido. Após uma avaliação, o médico poderá confirmar se realmente se trata de labirintite e recomendar o tratamento mais adequado.
Tratamento para a labirintite
O tratamento inclui adotar hábitos saudáveis e o uso de medicamentos quando é identificada alguma infecção ou para aliviar os sintomas. “A labirintite se resolve com o tratamento correto, porém pode deixar algumas sequelas. Como a doença está ligada a uma infecção, o tratamento geralmente envolve repouso, alimentação balanceada, hidratação e uso de medicamentos para aliviar os sintomas, além de antibióticos caso se trate de uma infecção bacteriana”, explica a Dra. Nathália Prudencio.
Por isso, ao identificar os sintomas, é importante procurar um especialista. “Mas você não deve assumir o diagnóstico de labirintite e se automedicar, pois essa pode não ser a causa da tontura, exigindo um tratamento completamente diferente. Então procure um otoneurologista”, recomenda a médica.
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