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FTX e Alameda Research terão que pagar US$ 12,7 bilhões a vítimas de fraude

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Tempo de Leitura:2 Minuto, 22 Segundo


A novela entre a Justiça dos Estados Unidos e a exchange FTX parece estar chegando ao fim após mais de 20 meses de disputa. Na quarta-feira, 7 de agosto, o Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York aprovou um acordo de US$ 12,7 bilhões entre FTX, Alameda Research e a Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC).

A negociação visa a recuperar parte do dinheiro perdido pelos clientes da FTX após a falência decretada pela companhia em novembro de 2022. Na estimativa das autoridades, os danos ultrapassam os US$ 8 bilhões.

Inicialmente, a CFTC pedia US$ 52,2 bilhões em restituições, porém, após muitos meses de negociação, a FTX e sua empresa-irmã Alameda aceitaram encerrar o caso por um valor 75% inferior. Assim, a ordem exige que a FTX e a Alameda paguem US$ 8,7 bilhões em restituições e US$ 4 bilhões em devolução de lucros.

Além do valor estipulado, os réus da exchange – que incluem Sam Bankman-Fried, o fundador da FTX condenado a 25 anos de prisão, o diretor de engenharia Nishad Singh, Gary Wang, CTO da empresa e outros executivos -, estão terminantemente proibidos de se envolver em negociações e transações com commodities e ativos relacionados, como a negociação de criptomoedas.

No documento, o presidente da CFTC, Rostin Behnam, mencionou que a agência está atrás de outras empresas do setor, incluindo a Binance, e afirmou que “isso é apenas a ponta do iceberg.”

“Na ausência de legislação sobre ativos digitais para preencher lacunas regulatórias, as entidades continuarão a operar nas sombras, aprimorando suas práticas criminosas e continuando a enganar os clientes”, afirmou Behnam.

O colapso da FTX

A falência da FTX, antes uma das maiores exchanges de criptomoedas do mundo, com valor de mercado de US$ 32 bilhões, pegou todos de surpresa no fim de 2022. Na época, a empresa enfrentou uma grave crise de liquidez desencadeada por uma enxurrada de retiradas de clientes após revelações de má gestão financeira.

Após a falência, a Justiça descobriu um esquema de repasse de dinheiro entre a FTX e a Alameda Research, que também pertencia a Sam Bankman-Fried. De lá, esses valores eram repassados às contas de pessoas-chaves da FTX.

“O uso dos ativos da exchange pela Alameda, depositados por clientes da FTX, não foi autorizado por seus clientes e eles não foram informados sobre essas negociações”, afirmou a CFTC no processo. “Bankman-Fried e outros representantes da FTX declararam publicamente que os ativos depositados pelos clientes estavam devidamente segregados e custodiados pela FTX.”

Declarado culpado por sete acusações de fraude e conspiração que levaram ao fim da exchange, Bankman-Fried foi condenado a 25 anos de prisão em março deste ano. Alguns executivos da companhia, que também fizeram parte da fraude, ainda esperam por suas sentenças.



Fonte: Neofeed

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NotCo traz vertical B2B para o Brasil e leva sua IA, o Giuseppe, para além de produtos à base de planta

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NotCo traz vertical B2B para o Brasil e leva sua IA, o Giuseppe, para além de produtos à base de planta
Tempo de Leitura:2 Minuto, 52 Segundo


A NotCo, foodtech chilena conhecida pelo desenvolvimento de produtos à base de plantas avaliada em US$ 1,5 bilhão, está lançando sua vertical B2B no Brasil, em busca de expandir a utilização de sua inteligência artificial proprietária, o Giuseppe.

Com oito anos de experiência e mais de 400 produtos desenvolvidos por meio desta tecnologia, a empresa já opera em países como Estados Unidos, Canadá, México, Argentina, além de sua terra natal, o Chile. Nessa vertical B2C, a companhia tem 20% de participação do mercado à base de plantas no mundo.

A companhia, que já captou US$ 430 milhões em rodadas de investimentos lideradas por fundos como Kaszek e L Catterton, tem mais de 8 mil ingredientes cadastrados na plataforma de IA. Com essa base, a NotCo decidiu utilizar seu “poder de fogo” para auxiliar grandes empresas do segmento de alimentos a inovar no desenvolvimento dos produtos, mesmo os que não são plant-based.

“Ao longo do tempo, as empresas começaram a nos procurar para utilizar a tecnologia do Giuseppe para solucionar problemas que encontravam em produtos já existentes, como a presença de gordura ou mesmo de itens de origem animal”, afirma Giulia Braghieri, diretora sênior de desenvolvimento de negócios B2B Global da NotCo.

Segundo a executiva, essas companhias estão em busca de eficiência e redução de custos, o que pode ser resolvido pela tecnologia.

Giulia Braghieri, diretora sênior de desenvolvimento de negócios B2B Global da NotCo, e André Weinmann, CEO da NotCo no Brasil

Na prática, o Giuseppe mapeia a estrutura molecular de alimentos de origem animal e cria receitas 100% plant-based que tem o objetivo de preservar o mesmo sabor, cor e textura dos produtos originais.

Com ele, a startup afirma que é possível desenvolver e reformular produtos de maneira rápida, eficiente e econômica, reduzindo o tempo de teste e estudo que é destinado a esses produtos e, consequentemente, seus custos.

“Na indústria de alimentos tradicional, as empresas levam cerca de 18 meses, no mínimo, para lançar um produto, já que esse processo exige testes, erros e acertos e questões burocráticas que mudam a todo tempo”, afirma André Weinmann, CEO da NotCo no Brasil. “Com o Giuseppe, esse tempo se reduz para semanas”.

Um dos exemplos mais recentes do uso da tecnologia ocorreu no Reino Unido. Por lá, existe uma regulamentação do HFSS (Healthier Food Score System) utilizada para medir a qualidade dos produtos oferecidos aos clientes – o que define onde eles ficam apresentados nas gôndolas.

Para se enquadrar nessas regras, uma grande marca inglesa solicitou os serviços da NotCo, que desenvolveu um chocolate exatamente da forma esperada pelas regras, com o mesmo sabor do original.

Fora do Brasil, a NotCo já atende empresas como Kraft Heinz, Starbucks, Burger King e Mars nesse segmento B2B.

Com a tecnologia, a empresa espera expandir seus serviços além do segmento de alimentos, podendo atingir mercados como o de fragrâncias, pet e farmacêutico.

“Toda empresa de consumo precisa inovar na sua produção e isso não é uma questão do Brasil e sim do mundo”, afirma Weinmann. “As opções e variáveis são praticamente infinitas e, quanto mais o tempo passa, mais o mercado evolui e abre novas oportunidades de negócios”.

Com a vertical B2B, a empresa espera superar o desempenho do B2C em poucos anos. “Se nós conseguirmos ajudar pelo menos uma inovação dentro das grandes empresas nesse primeiro momento, já é um mega feito para a NotCo”, diz Braghieri.



Fonte: Neofeed

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Com mercado de ações em baixa, (até) a B3 se rende à renda fixa

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Na B3, balcão mais diversificado leva à elevação de recomendação para a ação
Tempo de Leitura:3 Minuto, 20 Segundo


Saída de estrangeiros, seca de IPOs e desinteresse de fundos e pessoas físicas pelo mercado de ações brasileiro. Esses são alguns dos desafios enfrentados pela B3, a dona da bolsa de valores de São Paulo, nos últimos anos. Sem o vento a favor que impulsionou seu principal negócio no início da década, a companhia tem buscado se reinventar. Investiu na aquisição de concorrentes, ampliou sua atuação em dados e tecnologia e, para 2025, coloca a renda fixa no centro de suas prioridades.

Com a taxa Selic a 12,25% e perspectivas de atingir 15% no próximo ano, a B3 tem se preparado para atender o aquecido mercado de crédito privado, que teve um desempenho fora da curva em 2024. Até o terceiro trimestre, o número e o volume de emissões de debêntures já haviam superado o recorde de 2023, movimentando R$ 326 bilhões no mercado primário.

“É um mercado que cresceu muito em 2024 e tem uma perspectiva [de crescimento] ainda maior para 2025, impulsionado por mais maturidade, vencimentos mais longos e novos emissores”, afirmou Gilson Finkelsztain, CEO da B3, durante o evento B3 Day, realizado na quarta-feira, 18 de dezembro.

A B3 já colhe frutos desse cenário, com a receita da divisão de Balcão crescendo 15% no terceiro trimestre, alcançando R$ 288 milhões — a maior parte proveniente de instrumentos de captação bancária. A distribuição de debêntures no período gerou R$ 19,6 milhões em receita.

“A renda fixa é a maior oportunidade de diversificação que temos agora. O momento desse mercado é excepcional, além de ser contracíclico em relação ao mercado de ações. Quando os juros sobem, a renda fixa vai bem, e quando caem, as ações ganham tração. Isso ajuda a suavizar os resultados da companhia”, destacou Luiz Masagão, vice-presidente de produtos e clientes da B3.

Além de prover infraestrutura para a distribuição de debêntures, a B3 atua na análise documental das ofertas, custódia e depósito. “Já estamos consolidados no mercado primário, mas o secundário ainda é muito analógico, com negociações feitas via chat da Bloomberg ou por telefone, com gritaria nas mesas de tesouraria. Há uma enorme oportunidade de digitalizar e automatizar esses processos”, pontuou Masagão.

Hoje, o mercado de renda fixa é altamente concentrado em bancos e corretoras, que negociam papéis com clientes e, posteriormente, entre si. A estratégia da B3 é conectar esses diferentes pools de liquidez por meio de uma plataforma digital, aumentando a eficiência e a liquidez. “Não queremos transformar o mercado de renda fixa em um mercado de livro central, como o de ações”, explicou André Milanez, CFO da B3.

A peça-chave para isso é a plataforma de negociação digital TradeMate, que já conecta de 200 a 300 players. “Já estamos registrando títulos nessa plataforma e, em breve, iniciaremos negociações no modelo de book privado, onde cada player poderá oferecer ativos a bases específicas de clientes”, disse Masagão.

Com a digitalização desse mercado, a B3 planeja desenvolver uma série de produtos, incluindo uma plataforma de dados em tempo real e índices de renda fixa, previstos para o primeiro semestre de 2025, viabilizando a criação de ETFs atrelados a esses índices.

Paralelamente, a companhia trabalha com a Anbima no desenvolvimento do mercado de derivativos de crédito, abrindo caminho para futuros ligados a índices de crédito.

Gestores de crédito estão especialmente ansiosos pela possibilidade de operar vendidos em debêntures, algo que aumentaria a liquidez do mercado, melhoraria a precificação e ofereceria proteção em momentos de spreads comprimidos, como ocorreu no segundo semestre de 2024. Embora ainda não regulamentada, a B3 já monitora essa demanda e, segundo Milanez, está tecnicamente preparada para viabilizar tais operações.

“Essa é uma demanda que está na nossa agenda. Essa mudança aumentaria os volumes e retroalimentaria o sistema. Hoje, temos muitos títulos indexados à inflação e a taxas pré-fixadas, o que exige negociações mais frequentes. O potencial de crescimento é enorme, e estamos animados com as transformações que estamos presenciando no mercado de renda fixa”, afirmou Milanez.



Fonte: Neofeed

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Brava Energia vende parte de campo de gás natural para a PetroReconcavo por US$ 65 milhões

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Brava Energia vende parte de campo de gás natural para a PetroReconcavo por US$ 65 milhões
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A Brava Energia, empresa de óleo e gás resultado da fusão entre 3R e Enauta, concluiu a venda de metade de sua operação de gás natural na Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte, para a PetroReconcavo.

De acordo com o fato relevante divulgado na noite de 18 de dezembro, a Brava receberá US$ 65 milhões, “sendo 35% na data da assinatura dos acordos definitivos da transação e o remanescente na data de fechamento, após o cumprimento das condições precedentes”. Pessoas próximas disseram ao NeoFeed que a expectativa da companhia era levantar cerca de US$ 40 milhões com esse ativo.

“A assinatura deste acordo reforça a parceria estratégica com a Brava no Rio Grande do Norte, conferindo mais um passo da implementação do nosso plano de resiliência e eficiência operacional”, trouxe o comunicado assinado por Rafael Cunha, CFO da PetroReconcavo.

A conclusão do deal com a PetroReconcavo acontece um dia após a Brava ter anunciado, também em fato relevante, a contratação do Itaú BBA como assessor financeiro para ajudar na avaliação de potenciais transações de parceria ou venda de ativos.

Após a fusão entre 3R e Enauta, a Brava passou a acumular pesadas despesas financeiras e ter uma alavancagem de 3,7 vezes a relação dívida líquida sobre Ebitda.

A necessidade da companhia, neste momento, é fazer caixa para reduzir a sua alavancagem. Na mesa de negociação estão os ativos onshore da empresa de óleo e gás.

Nas condições atuais da companhia, esses campos são rentáveis para a companhia se o preço do petróleo Brent permanecer acima de US$ 60 o barril. Embora nos últimos três anos o preço tenha ficado mais perto de US$ 70, qualquer crise que derrube a cotação vai impactar diretamente nos negócios da Brava.

Mas pessoas próximas à Brava avaliam que a venda total desses ativos é uma possibilidade remota neste momento. A percepção é que não existe nenhuma empresa independente do setor de óleo e gás com dinheiro para fazer uma proposta nas condições que a vendedora quer.

E, internamente, as conversas para a venda de qualquer campo da Brava começam com “se chegar no nosso preço”.

A companhia tem consciência de que será difícil recuperar o investimento próximo a US$ 2 bilhões para montar seu portfólio onshore. Pelos cálculos do Santander, a Brava deve conseguir algo entre US$ 1,4 bilhão e US$ 1,5 bilhão. Esse montante já será suficiente para reduzir a alavancagem para 0,8 vez.

“Gostamos de ver a Brava avançar com sua revisão de portfólio e estratégias de parceria e desinvestimento, pois acreditamos que elas são essenciais para o processo de desalavancagem da empresa”, escreveram os analistas Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz, do Santander.

Como prosseguimento deste plano, a Brava assinou um contrato de exclusividade com a Azevedo e Travassos e a Petro-Victory Energy para a potencial venda de 11 concessões de óleo e gás localizadas na Bacia Potiguar, no estado do Rio Grande Norte, que registraram uma produção média diária de aproximadamente 250 barris de óleo equivalente no período entre janeiro e novembro de 2024.

Na B3, a ação RECV3, da PetroReconcavo, está em queda de 25,1% no ano. O valor de mercado da companhia é de R$ 4,6 bilhões. Já o papel BRAV3, da Brava, acumula perda de 23,9% em 2024. E o valor de mercado da empresa é de R$ 9,3 bilhões.





Fonte: Neofeed

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