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Economia

Mesmo na pandemia, emprego na construção cresceu 21,6%, revela IBGE

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Enquanto a pandemia de covid-19 causava reflexos econômicos em grande parte da economia do país por causa das medidas de isolamento e rígidos controles sanitários, a indústria de construção civil foi um dos setores que ajudaram o mercado de trabalho a resistir aos impactos recessivos.

Em 2020, 2021 e 2022, o setor da construção aumentou a empregabilidade em todos os anos, acumulando um acréscimo de 411,6 mil pessoas, o que corresponde a uma alta de 21,6% no período.

O dado faz parte da Pesquisa Anual da Indústria da Construção, divulgada nesta quarta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento oferece um raio X do setor. Os dados mais recentes são de 2022, quando o país tinha 2,3 milhões de trabalhadores na indústria da construção.

O analista da pesquisa, Marcelo Miranda Freire de Melo, contextualiza que esse patamar de emprego ainda fica distante do pico de empregabilidade no setor, que chegou a 3 milhões em 2013. Mas aponta uma tendência recente de crescimento. Em 2019, eram 1,9 milhão de ocupados.

“Durante a pandemia, temos visto um crescimento ano a ano do número de pessoas ocupadas. O setor da construção impulsionou o emprego dentro do país. Isso mostra a relevância da indústria da construção na economia”, avalia o analista do IBGE.

Para ter noção do quão díspar essa tendência positiva de emprego na construção ficou do restante da economia durante a pandemia, nos anos de 2021 e 2022, enquanto crescia a ocupação no setor, o país vivenciava taxas de desemprego próximas a 15%, um recorde na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE.

Valores

Apesar de alta no emprego durante a pandemia, a pesquisa sobre a indústria da construção revela que houve queda no nível do salário médio mensal. Em 2019, a remuneração média era de 2,3 salários mínimos, terminando 2022 em 2,2 salários mínimos – ligeira recuperação ante 2021 (2,1 salários mínimos). Cada ano considera o respectivo valor do salário mínimo. Em 2022, por exemplo, o valor era R$ 1.212.

O levantamento mostra que havia 174,7 mil empresas no setor, que pagaram R$ 79,6 bilhões em salários e outras remunerações para os 2,3 milhões de trabalhadores.

Ao somar todas as incorporações (empreendimentos imobiliários que partem do zero), obras e serviços de construção executados em 2022, o IBGE chega ao valor de R$ 439 bilhões.

Brasília (DF) 28/05/2024 - Mesmo na pandemia, emprego na construção cresceu 21,6%, revela IBGE.
Arte EBC
Brasília (DF) 28/05/2024 - Mesmo na pandemia, emprego na construção cresceu 21,6%, revela IBGE.
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A pesquisa divide esse montante em três grandes grupos. O maior deles é o de construção de edifícios, que movimentou R$ 186,1 bilhões. Em seguida, veem obras de infraestrutura (R$ 147,8 bilhões), como rodovias, ferrovias e transporte por dutos, e o grupo serviços especializados para construção (R$ 105,1 bilhões), que engloba instalações elétricas, hidráulicas, obras de acabamento e demolição.

Construção de edifícios é também o grupo que mais emprega, com 862,8 mil pessoas, seguido por serviços especializados (770,3 mil) e obras de infraestrutura (684,7 mil).

Observando a proporção de cada um desses três grandes grupos na indústria da construção, percebe-se que o de obras de infraestrutura perdeu participação desde 2007, quando começa a série histórica do IBGE. Na época, respondia por 45,6%, chegando a 33,7% em 2022.

Já o grupo construção de edifícios, que em 2007 era o segundo mais importante (38,8% de participação), passou a ser o de maior participação desde 2011. Em 2022, respondia por 42,4%.

O grupo serviços especializados sempre figura como o terceiro de maior proporção, porém é o que mais cresceu nos últimos anos. Em 2007 representava 15,6%, terminando 2022 em 23,9%.

Regiões e estados

A Região Sudeste concentrava em 2022 praticamente metade do valor das incorporações, obras e serviços de construção (49,5%), nível abaixo dos 52,3% registrados em 2013.

No período, a região que ganhou mais volume foi a Sul, que saltou de 12,2%, em 2013, para 16,7%, em 2022.

O analista Marcelo Miranda acrescenta que os efeitos da tragédia climática que atinge o Rio Grande do Sul neste mês de maio poderão ser observados em edições futuras da Pesquisa Anual da Indústria da Construção.

“Ainda não temos esses dados de 2024 nas pesquisas estruturais, mas é importante ter esse valor histórico para poder estabelecer um patamar e, futuramente, discutir as consequências do que aconteceu especificamente na indústria da construção.”

No intervalo de dez anos, São Paulo figura como principal estado em valor de incorporações, obras e/ou serviços da construção. O Rio de Janeiro perdeu a segunda posição para Minas Gerais. A Bahia caiu de quarto para quinto. Já Pernambuco, que era o quinto em 2013, aparece em 2022 no 11º lugar. Na contramão, o Paraná saltou da sétima para a quarta posição.

Público x privado

Outro cenário revelado pela pesquisa é o fato de o setor público perder relevância na indústria da construção em dez anos, passando de 33,7% de participação em 2013 para 30,2% em 2022.

Apesar da queda nesse intervalo, 2022 representa um crescimento de 4,1 pontos percentuais ante 2021.

Já a relevância do setor privado saltou de 66,3% em 2013 para 69,8% em 2022. Desde 2020, a iniciativa privada representa mais da metade inclusive na atividade de obras de infraestrutura, o que inclui obras para setores como energia elétrica, telecomunicações, água, esgoto e transporte por dutos.

Para o analista da pesquisa, Marcelo Melo, a explicação para o ganho de importância do setor privado nesse tipo de atividade passa pelas parcerias público-privadas (PPP).

“Antes o governo fazia tudo por conta própria e, hoje em dia, costuma atrair parceria público-privada por meio de licitações, fazendo um ganho de participação desse demandante [setor privado].”

Custos e concentração

O levantamento do IBGE detalha que praticamente metade (48,3%) dos custos da indústria da construção é referente ao gasto com pessoal, seguido por consumo de materiais de construção (37,4%) e obras e serviços contratados a terceiros (14,3%).

Uma mudança exposta pela pesquisa é a redução no grau de concentração. As oito maiores empresas do setor tinham 10,1% de participação em 2013. Após dez anos, o índice caiu para 3,5%, o menor valor da série histórica.



Fonte: Agência Brasil

Economia

Bandeira tarifária de energia volta a ser verde, sem cobrança extra

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A bandeira tarifária de energia elétrica em agosto será verde, o que significa que as contas de luz dos consumidores não terão custo extra no próximo mês. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), as condições favoráveis para geração de energia elétrica no país permitem a adoção da bandeira sem cobrança. 

No mês passado, a Aneel tinha estabelecido bandeira amarela, com acréscimo de R$ 1,88 a cada 100 kW/h consumidos, por causa da previsão de chuva abaixo da média e a expectativa de aumento do consumo de energia.

“No final de junho, houve uma expectativa de menor volume de chuvas para julho, o que se confirmou na maior parte do país. Porém, o volume de chuvas na Região Sul neste mês contribuiu para a definição da bandeira verde em agosto”, explicou o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa. 

Criado pela Aneel em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias indica aos consumidores os custos da geração de energia no Brasil. O cálculo para acionamento de cada bandeira leva em conta principalmente o risco hidrológico e o preço da energia.

As bandeiras tarifárias funcionam da seguinte maneira: as cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração, sendo a bandeira vermelha a que tem um custo maior, e a verde, sem custo extra.



Fonte: Agência Brasil

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Economia

Ministério da Agricultura confirma fim de foco de Newcastle no RS

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O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) comunicou a Organização Mundial de Saúde Animal sobre o fim da doença de Newcastle (DNC) no país. O foco da doença tinha sido confirmado em 17 de julho em um estabelecimento de avicultura comercial de corte em Anta Gorda, no Rio Grande do Sul.

Com a medida, o governo brasileiro aguarda a retirada da suspensão, por parte dos países importadores, para a retomada total das exportações de carnes de aves e seus produtos.

A Newcastle é uma doença viral contagiosa que afeta várias espécies de aves, assim como répteis e mamíferos. 

O Mapa informa que os protocolos de biosseguridade em aviários estão sendo reforçados e aplicados em todos os estados produtores do Brasil. Qualquer suspeita de doença de Newcastle, que incluam mortalidade súbita e sinais respiratórios e nervosos, além de diarréia e edema na cabeça das aves, devem ser comunicadas aos órgãos competentes para serem acompanhadas.

As Guias de Trânsito Animal (GTA), para transporte de animais sem risco sanitário e venda comercial, continuam a ser emitidas pelo Centro de Operações de Emergência Zoossanitária com o objetivo de prevenir a disseminação da doença a outras áreas do país.

Emergência zoossanitária

A pasta também reduziu a abrangência da área de emergência zoossanitária para os municípios gaúchos do Vale do Taquari e Anta Gorda, Doutor Ricardo, Putinga, Ilópolis e Relvado, diante da inexistência de novas suspeitas de novos focos para a doença.

As medidas de controle e vigilância no raio de 10 quilômetros da ocorrência do foco seguem sendo executadas pelas equipes federal e estadual.

De acordo com o Mapa, a granja afetada segue monitorada por 42 dias para verificar se o vírus ainda circula. Após esse período e com resultado negativo para a presença do agente patógeno, o aviário será liberado para funcionamento novamente.

Já para as demais granjas da região que estão na área de emergência agropecuária, a liberação será por protocolos específicos.

Exportações

O Mapa também atualizou as áreas de suspensão da certificação temporária para exportações de carnes de aves e seus produtos. China, Argentina e México seguem com as restrições de exportação para todo Brasil. Já em relação ao estado do Rio Grande do Sul, segue apenas Arábia Saudita; Bolívia, Chile, Cuba, Peru, União Econômica Euroasiática e Uruguai.

Para os protocolos sanitários, baseados em zona de restrição ou raio afetado estão países como África do Sul, Albânia, Canadá, Cazaquistão, Coreia do Sul, Egito, Filipinas, Hong Kong, Índia, Israel, Japão, Jordânia, Kosovo, Macedônia, Marrocos, Maurício, Mianmar, Montenegro, Namíbia, Paquistão, Polinésia Francesa, Reino Unido, República Dominicana, Sri Lanka, Tailândia, Taiwan, Tajiquistão, Timor Leste, Ucrânia, União Europeia, Vanuatu e Vietnã.



Fonte: Agência Brasil

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Economia

Lula sanciona criação de título de renda fixa para estimular indústria

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta sexta-feira (26) a lei que cria a Letra de Crédito de Desenvolvimento (LCD). O título de renda fixa, sujeito a isenção tributária para pessoa física, tem o objetivo de financiar investimentos em infraestrutura na indústria brasileira. 

A LCD poderá ser emitida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelos bancos de desenvolvimento autorizados pelo Banco Central, que poderão emitir até um limite de R$ 10 bilhões anuais com o papel. O projeto apresentado pelo governo federal que institui a LCD foi aprovado neste ano pelo Congresso Nacional. 

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, explicou que a LCD vem complementar dois outros títulos de crédito já existentes: a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA), a Letra de Crédito Imobiliário (LCI), que também são emitidas pelo setor privado para financiar atividades nesses setores.

“Passamos a ter então a LCD, que é para o desenvolvimento. Ela contempla a indústria, comércio e serviços e será emitida pelos bancos de desenvolvimento. O principal é BNDES”, disse.  

Segundo Alckmin, a LCD vai estimular a venda dos títulos, porque, para pessoa física, o Imposto de Renda será zero em para pessoa jurídica, o imposto será reduzido de 25% para 15%.  

“Esse benefício é diretamente para o tomador, nada para o banco. Então, o tomador do empréstimo, a indústria principalmente, mas também o comércio serviços, ele terá um crédito mais barato, provavelmente ficará entre 1% e 1,2% a 1,3% mais barato”, disse Alckmin.



Fonte: Agência Brasil

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