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O “atalho” do Grupo Leste para investir em edifício de US$ 330 milhões em Miami

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The Summit Grupo leste Miami FIP
Tempo de Leitura:4 Minuto, 18 Segundo


O Grupo Leste foi uma das primeiras casas a abrir as portas para brasileiros investirem em ativos privados nos Estados Unidos. Agora, está ampliando a sua base de captação, antes concentrada apenas em investidores institucionais de bolsos profundos. E o “atalho” para conseguir recursos foi a criação de um Fundo de Investimento em Participações (FIP)

A gestora criada pelo ex-BTG Emmanuel Hermann, que conta atualmente com US$ 2,6 bilhões sob gestão, criou um FIP para clientes da Arton Advisors investirem no mercado imobiliário americano, sem que precisem estruturar uma offshore e com a possibilidade de assinarem cheques menores.

O veículo levantou US$ 15 milhões (R$ 85,4 milhões) para financiar o início do desenvolvimento de um edifício multifamily (edifício residencial para locação) em Miami. A partir de agora, os FIPs vão ganhar espaço na estratégia de captação do Grupo Leste, que tem como meta atingir US$ 8 bilhões sob gestão nos próximos quatro anos.

“Esse FIP está abrindo um novo leque de investidores”, diz Stephan de Sabrit, managing partner do Grupo Leste, ao NeoFeed. “Vamos ter mais capital e poderemos fazer mais negócios, porque vemos que existe demanda.”

A estruturação do FIP foi possível graças à edição da Resolução CVM 175, publicada no fim de 2022, que ampliou a diversos tipos de investidores o acesso a fundos formados por ativos financeiros totalmente no exterior.

Até a mudança da regulamentação, interessados em investir com o Leste precisavam de uma estrutura offshore, que apresenta custos elevados. E os fundos que a casa estruturava aos clientes exigiam aportes mínimos de US$ 1 milhão, às vezes permitindo cheques de US$ 250 mil.

Com o FIP, a possibilidade de investir junto com o Leste ficou mais simples e barato. O fundo estruturado com a Arton, escritório ligado ao BTG Pactual, atraiu mais de 70 investidores brasileiros, que assinaram cheques a partir de R$ 250 mil para realizar os investimentos

“Estamos estudando há anos como quebrar isso [barreiras para investir no exterior], porque era algo apenas para quem tinha offshores, não era para qualquer um”, afirma Guilherme Loiacono, diretor comercial do Grupo Leste. “O FIP é bastante eficiente em termos tributários, não tem come-cotas, rende em dólar e, no final, devolve em reais, na estrutura do cliente no Brasil.”

Os US$ 15 milhões serão utilizados para financiar a fase anterior ao desenvolvimento do empreendimento, na parte mais burocrática. Prevista para ser construída na região da Brickell, centro financeiro de Miami, a torre residencial do tipo multifamily contará com 60 andares, 500 apartamentos de alto padrão, áreas de lazer e uma piscina no rooftop.

O custo total do empreendimento é de US$ 330 milhões e levará três anos para ser construído. As obras estão previstas para começar no ano que vem, quando o Leste planeja levantar os recursos com investidores institucionais americanos.

Stephan de Sabrit, managing partner do Grupo Leste
Stephan de Sabrit, managing partner do Grupo Leste

O empreendimento tem um retorno anual projetado de 20% em dólares para os investidores brasileiros, o equivalente a 2,3 vezes o capital investido, líquido de fees e tributos americanos, em linha com o que o Leste vem entregando nessa frente.

Sabrit destaca que a Flórida, em especial Miami, vive uma forte demanda por residências, considerando o fluxo migratório de americanos e de pessoas do exterior para a cidade, enquanto a oferta não segue no mesmo ritmo.

O estado também vem atraindo empresas como Blackstone e Citadel, que querem se beneficiar de um código tributário menos pesado, fazendo com que seja um foco de investimentos. “Miami vive um momento diferenciado em relação a outras partes do país, com o institucional americano olhando para a cidade”, diz Sabrit.

A iniciativa com a Arton é parte de um esforço do Leste de firmar parcerias com multi family offices que vêm buscando possibilidades de investimentos fora do Brasil para dolarizar o patrimônio de seus clientes, considerando a maturidade e liquidez do mercado.

A diversificação internacional é um tema que vem sendo vendido há tempos aos investidores brasileiros, com o setor imobiliário sendo um dos caminhos escolhidos por várias gestoras. A CIX Capital, da família Zogbi, está financiando a construção de moradias populares na Califórnia.

A Inter Asset ampliou o seu portfólio de real estate nos Estados Unidos em maio, com um segundo fundo de desenvolvimento de multifamily em parceria com a Resia, subsidiária da MRV&Co. Outros nomes que investem nos mercados americanos são RBR Asset e Urca Capital Partners.

Para lidar com a concorrência, o Leste aposta no interesse de investidores em estarem em ativos desenvolvidos pela própria casa, além da expertise de sua expertise em investimentos alternativos nos Estados Unidos, considerando seus nove anos de existência na maior economia do mundo.

Para isso, o FIP será parte relevante. O plano é seguir constituindo veículos do tipo, considerando as características de co-investimento de empreendimentos imobiliários, mas a ideia é também disponibilizar FIPs para investidores brasileiros acessarem outros produtos da plataforma do Leste.

“Pode ser para crédito imobiliário, que está em um excelente momento de mercado, ou para os deals de renda, em que alugamos os imóveis para locatários de primeira linha e distribuímos o aluguel aos investidores”, diz Loiacono.





Fonte: Neofeed

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Em tom duro, Hypera rejeita oferta de fusão da EMS

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Em tom duro, Hypera rejeita oferta de fusão da EMS
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Após três dias de expectativas, a farmacêutica Hypera anunciou nesta quinta-feira, 24 de outubro, ter rejeitado a proposta de incorporação feita pelo laboratório EMS, que colocaria a nova empresa a ser criada na liderança do segmento de medicamentos genéricos, com uma participação de mercado de cerca de 20%.

Em fato relevante marcado por um tom duro, a Hypera disse que seu conselho de administração decidiu rejeitar a oferta pública de aquisições de ações e de incorporação “de forma não solicitada ou previamente discutida”.

A Hypera alegou três motivos para rejeitar o negócio: o portfólio de produtos da EMS, substancialmente focado em medicamentos genéricos, não está alinhado com os segmentos que a Hypera avalia como estratégicos; as duas empresas têm cultura organizacional e práticas de governança corporativa “absolutamente distintas”; e, por fim, que a avaliação atribuída à Hypera “subestima significativamente” o valor da companhia.

A oferta anunciada na segunda-feira, 21 de outubro, pela EMS, do empresário Carlos Sanchez, previa uma fusão das duas empresas, precificando as ações da Hypera em R$ 30, um prêmio de 39% sobre o valor de tela do dia. Além de propor a incorporação, a EMS também faria uma OPA de até 20% do capital para os acionistas que desejassem uma saída da operação.

A eventual fusão entre EMS e Hypera (dona de marcas como Buscopan, Engov, entre outras) criaria uma empresa com faturamento de R$ 16 bilhões, um Ebitda de R$ 4,9 bilhões e sinergias nas áreas fabril, comercial, P&D, entre outras áreas, tornando-a, de longe, líder do mercado de genéricos.

As duas empresas chegaram a iniciar tratativas visando a uma eventual fusão no ano passado, mas as negociações não avançaram. Sanchez, porém, voltou à carga nos últimos meses e, aproveitando o momento ruim da Hypera, decidiu tornar pública esta semana a oferta, com assessoria do BTG Pactual e do Lefosse Advogados.

O passo foi dado depois que a Hypera anunciou ao mercado, em 18 de e outubro, ter iniciado um “processo de otimização do capital de giro”, por meio da redução da política de prazo de pagamento concedida aos clientes. A companhia informou na ocasião que o objetivo era incrementar sua geração de caixa operacional em cerca de R$ 2,5 bilhões até 2028 e em R$ 7,5 bilhões nos próximos dez anos.

Além disso, a Hypera descontinuou seu guidance para 2024 e divulgou números prévios para o último trimestre, com receitas, Ebitda e lucro que não agradaram parte do mercado –a ação chegou a desabar mais de 15% por conta disso.  Para o terceiro trimestre, a Hypera projeta faturamento líquido ao redor de R$ 1,9 bilhão, um Ebitda perto de R$ 561 milhões e lucro líquido em torno de R$ 370 milhões.

No comunicado no qual anuncia ter rejeitado a proposta da EMS, a Hypera reitera que, sendo uma companhia aberta desde 2008, com substancial dispersão acionária, mantém perfil diferente da EMS, uma empresa familiar de capital fechado.



Fonte: Neofeed

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Wealth Point #28 – Luccas Fiorelli, da HCI Invest, e Lucas Ferraz, da Faz Capital

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Fonte: Neofeed

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“Vamos sofrer com isso”, alerta Bill Gates sobre propostas protecionistas de Trump

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A ameaça do ex-presidente Donald Trump de elevar as tarifas de importação dos Estados Unidos fez com Bill Gates ligasse o sinal de alerta para as consequências de medidas que possam afetar o livre comércio.

Para o cofundador da Microsoft, medidas como essa vão ter duras consequências sobre o bem estar das pessoas, considerando a perspectiva de retaliação dos outros países. A grande questão, segundo ele, é fazer com que o público perceba a situação faltando menos de duas semanas para as eleições.

“A dificuldade é convencer os eleitores que o livre comércio é algo que está totalmente em seu favor, é difícil argumentar esse caso, então eu entendo um político que queira se aproveitar disso, mas vamos sofrer com isso”, disse Gates, nesta quarta-feira, 23 de outubro, durante participação virtual no evento Bloomberg New Economy, que ocorreu em São Paulo.

Gates destacou também que medidas protecionistas ventiladas por Trump também acabam afetando a velocidade de inovação, especialmente num momento em que a tecnologia é essencial para lidar com as mudanças climáticas.

Ele abordou ainda as consequências que uma eleição de Trump pode ter em projetos ligados à questão climática, considerando que o ex-presidente já sinalizou o interesse em promover combustíveis fósseis e que diminuiria subsídios para energia limpa, além de questionar a crise climática.

Para ele, esse é um tema a ser observado, considerando os diversos projetos que estão sendo construídos em estados majoritariamente republicanos através de recursos oriundos do Inflation Reduction Act (IRA).

Ele espera um apoio bipartidário para a manutenção desse projetos e também em temas como energia nuclear, mas acredita que alguns incentivos fiscais devem de fato desaparecer, especialmente para indústrias maduras, como carros elétricos, que caminham para ficarem mais baratos.

No entanto, Gates afirmou que indústrias como aço e cimento e o setor de transporte aéreo ainda precisam de tempo para maturar, ainda precisando serem apoiadas. “Ainda estamos construindo a infraestrutura [para esses segmentos] e sem apoio governamental, a transição desse tipo de indústria vai desacelerar bastante”, afirmou.

Segundo Gates, ainda é preciso investir bastante na tecnologia para que ela ganhe escala e fique mais barata para adoção. Sem isso, não será possível adotar medidas em escala global para reduzir os riscos oriundos da crise climática. “Essas tecnologias são mais intensivas em capital do que a revolução digital”, disse.

Em sua fala, Gates também tratou sobre o Brasil, destacando que o País tem feito esforços para reduzir a questão do desmatamento, citando as pesquisas conduzidas pela Embrapa. “É fantástico que a questão ganhou importância”, disse.

Questionado se está otimista com o País, ele afirmou que o Brasil é uma “história mista”, tendo feito avanços na frente de desmatamento e combate à desnutrição, mas citou desafios na parte de governança, com a necessidade de envolver diversas partes na questão da mudança climática.

Sobre este ponto, ele ponderou que se trata de um desafio global e que é preciso colaborar com o Brasil para criar políticas que ajudem a reduzir ainda mais a redução da Amazônia.

“Somos muito bons em medir [a redução da Amazônia], por conta dos satélites, mas as políticas que nos levarão até isso ainda são muito complexas, especialmente engajar diferentes partes para isso”, disse.



Fonte: Neofeed

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